Endividamento das Famílias
Informativo Assessoria Econômica
Junho 2015 | www.abbc.org.br
Endividamento
Sem crédito habitacional
Com crédito habitacional
33%
48%
46,2%
27,6%
abr/11
jul/11
out/11
jan/12
abr/12
jul/12
out/12
jan/13
abr/13
jul/13
out/13
jan/14
abr/14
jul/14
out/14
jan/15
abr/15
jan/15
abr/15
jul/14
out/14
abr/14
jan/14
jul/13
out/13
jan/13
abr/13
25%
jul/12
40%
out/12
27%
jan/12
42%
abr/12
29%
jul/11
44%
out/11
31%
abr/11
46%
Em abril, o endividamento das famílias apresentou alta de 0,1 p.p. na margem, fechando em 46,3% em abril – novo
teto da série calculada pelo Banco Central. O índice leva em conta o total da dívida das famílias com o Sistema
Financeiro Nacional (SFN) em relação à renda acumulada em 12 meses, com base na massa salarial ampliada
(MSAD) na qual são incorporados os rendimentos do trabalho e os benefícios previdenciários e dos programas de
proteção social do Governo. Desconsiderando o endividamento com o crédito habitacional, observa-se uma
tendência cadente, com índice permanecendo em 27,6% - menor patamar desde outubro de 2008. Esse movimento
sinaliza uma alteração do perfil do endividamento das famílias, com alongamento de prazos e redução dos
encargos. Apesar da menor demanda por crédito, a atual condição da atividade econômica deve ter efeito negativo
sobre a renda, aumentando a probabilidade de maior endividamento das famílias.
Comprometimento da Renda
Com ajuste sazonal
Exceto crédito habitacional - com ajuste sazonal
com amortização da dívida
com juros da dívida
15%
25%
12,5%
23%
22,0%
12%
21%
9,5%
19,6%
9%
19%
jan/15
abr/15
jul/14
out/14
jan/14
abr/14
jul/13
out/13
jan/13
abr/13
jul/12
out/12
jan/12
abr/12
jul/11
out/11
6%
abr/11
jan/15
abr/15
out/14
jul/14
jan/14
abr/14
jul/13
out/13
jan/13
abr/13
jul/12
out/12
jan/12
abr/12
out/11
jul/11
abr/11
17%
Ainda com base no conceito MSAD, a série dessazonalizada do comprometimento da renda das famílias com o
serviço da dívida (juros + amortizações) mostra pelo terceiro mês consecutivo o índice em 22,0%. A parcela da
renda que se refere à amortização da dívida ficou em 12,5%. Já o comprometimento com juros da dívida vem
apresentando tendência consistente de alta, elevando-se 0,1 p.p. na margem e de 0,3 p.p. em 2015, totalizando
9,5%. Tal movimento é potencializado pelos sucessivos aumentos da taxa básica de juros e pela diminuição da
renda real – 2,9% menor do que me abril de 2014. Os números do Banco Central indicam para este ano elevação
menor do comprometimento da renda, desconsiderando-se a participação do crédito habitacional.
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Endividamento das Famílias
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Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor
Percentual de famílias em atraso e sem condições de pagamento
80%
61,6%
60%
40%
20%
19,7%
6,9%
abr/15
jan/15
out/14
jul/14
abr/14
jan/14
out/13
jul/13
abr/13
jan/13
out/12
jul/12
abr/12
0%
Famílias endividadas
Famílias com conta em atraso
A Pesquisa da Confederação Nacional do
Comércio (CNC) de abril sobre endividamento e
inadimplência do consumidor (PEIC)* aponta na
margem piora nos indicadores. O total das
famílias endividadas - que declaram ter débitos
como cheque pré-datado, cartões de crédito,
carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestação
de carro e seguros - apresentou alta de 2,0 p.p.
na margem, fechando em 61,6% ante 62,3%%
em abril passado. O percentual das famílias com
dívidas em atraso teve alta de 1,8 p.p. na
margem, totalizando 19,7%, mas abaixo dos
21,0% do ano passado. Já as famílias que
declararam que não terão condições de pagar as
contas ou dívidas em atraso no próximo mês
apresentaram alta de 0,7 p.p. na margem,
chegando a 6,9%, mesmo patamar de abril de
2014.
Famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso
Fonte: PEIC CNC
* A PEIC é realizada mensalmente desde 2010 em todas
as capitais e no Distrito Federal, entrevistando cerca de 18
mil consumidores a respeito de suas dividas.
Perfil do endividamento
Nível de endividamento (% em relação ao total de famílias)
Categoria
abr/14
mar/15
abr/15
Muito endividado
11,8%
10,6%
12,0%
Mais ou menos endividado
24,1%
21,7%
22,5%
Pouco endividado
26,3%
27,3%
27,2%
Não tem dívidas desse tipo
37,5%
40,2%
38,2%
Não sabe
0,2%
0,2%
0,2%
Não respondeu
0,0%
0,0%
0,0%
Fonte: PEIC CNC
Considerando-se o nível de endividamento
percebido pelas famílias, a pesquisa apresentou
piora na margem e na comparação anual. O
percentual de quem se considera muito
endividado apresentou alta de 1,4 p.p. na
margem, totalizando 12,0% ante 11,8% no
mesmo período do ano anterior. Quem se
considera mais ou menos endividado teve alta de
0,8 p.p., encerrando em 22,5%, contudo ainda
abaixo do verificado em abril de 2014 (24,1%).
Por outro lado, o percentual de quem se
considera pouco endividado apresentou queda de
0,1 p.p. na margem, fechando em 27,2%, contra
26,3% em abril de 2014. Redução também no
percentual de quem se considera sem dívidas
desse tipo, com queda de 2,0 p.p. na margem e
alta de 0,7 p.p. na comparação anual, totalizando
38,2%.
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