SOLUÇÕES INTEGRADAS DE FORMAÇÃO
EM CONDUÇÃO E SEGURANÇA
Formação em Circuito
Fechado
Empresas e Ambulâncias
08-06-2010
Documento confidencial ForDrive. Este documento sustenta o modelo de formação em circuito reservado quer
para condução empresarial, quer para condução avançada.
FORMAÇÃO EM CIRCUITO RESERVADO
Esta formação tem como destinatários as formações para empresas (caso tenham módulo de circuito
reservado ou fechado), condução de ambulâncias ou outro tipo de condução avançada.
Bancas de Formação
O módulo prático de circuito reservado é iniciado com:
1. Explicação da posição de condução ergonómicamente correcta;
2. Demonstração por parte do formador, com voltas ao circuito, das diversas técnicas de viragem do
volante;
3. Após demonstração do formador os formandos experimentam também as diversas técnicas sobre a
supervisão do formador (é pressuposto que os formandos ajustem a sua posição de condução
mediante o aprendido no módulo prático e / ou explicação dada pelo formador).
Slalom
Objectivo do exercício:

Gestão de mãos no volante, diferença entre os inputs dependendo da técnica usada, importância da
simetria da técnica em relação ao comportamento do carro
Veículo(s) usado(s):

Veículo ligeiro ou Ambulância
Técnica a transmitir:

Posição de mãos às 9 / 3 e técnica nórdica de mãos por baixo do volante com movimentos
ascendentes usando ¾ de volante.
Montagem do exercício:



1ª Fase de aprendizagem: 8 pinos (ou mais se o tamanho da recta o permitir) com 12 passos/metros
de intervalo (para veículos ligeiros, no caso de ambulâncias pode ser 14) .
Número mínimo de passagens: 3 cada formando (pode e deve haver lugar a mais passagens caso haja
necessidade de incrementação das técnicas por parte dos formandos).
Caso estejamos na presença de um grupo que tenha tendência a acelerar e não cumprir com as
recomendações dos formadores, deve-se encurtar a distância entre pinos para 10 passos, num
segundo momento de passagem colectiva pelo exercício de slalom.
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
Num segundo momento ou segundo nível, caso o grupo tenha evoluído favoravelmente, pode-se
aumentar para 14 o número de passos de distância entre pinos.
Estratégias pedagógicas:


Manutenção da velocidade à entrada e à saída, que deve-se manter constante durante o exercício.
Pneus a derrapar / deriva, não é sinónimo de maior eficácia, pelo contrário está a perder aderência ao
solo.
Travagem de Emergência:
Montagem do exercício:

Corredor balizado por pinos, de preferência com piso molhado, e com a colocação de pinos ou
bonecos como obstáculo a cerca de x metros (o x pode depender do tamanho da recta e velocidade
atingida, este exercício deve ser testado primeiro pelo Formador).
Objectivo do exercício:
Sem ABS :



Perceber que roda bloqueada não vira, não consegue ter direccionalidade não conseguindo assim
desviar do obstáculo.
Saber que deve aliviar num certo momento o travão para desbloquear as rodas.
Em situação de travagem de emergência, o uso da caixa de velocidades não encurta a distância de
travagem.
Com ABS:






O ABS é um sistema anti-bloqueio das rodas, cujo principal objectivo é evitar que as rodas bloqueiem e
deixem de dar direccionalidade ao veículo, para no último momento permitir o desvio do obstáculo.
Entrada no dispositivo a 70 km/h (mais ou menos)
A zona de travagem deverá ter muita água.
Um formador deverá dar sempre um feedback da actuação do formando já depois deste ter saído da
zona de travagem e situar-se em segurança.
Se o exercício for evoluindo favoravelmente um formador deverá estar situado a mais de 15 metros do
final do exercício, sempre numa zona com segurança. Para que assim que o veículo bloqueie as rodas
o formador informe, levantando 1 dos braços, o lado de saída e contorno do obstáculo.
Deverão ser realizadas pelo menos 3 passagens por formando com cada tipo sistema.
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Veículo(s) usado(s):

Veículo ligeiro ou Ambulância
Estratégias pedagógicas:
Sem ABS:

Travagem forte até bloquear as rodas, aliviando o travão o estritamente necessário para desbloquear
as rodas (simulação manual de ABS) de forma a poder ter sempre direccionalidade enquanto o veículo
trava.
Com ABS:

Travagem a fundo desde o primeiro ao último instante. Se a entrada do ABS não ocorrer nos primeiros
metros será porque o formando não está a pressionar suficientemente o pedal do travão.
Técnica de Visão Selectiva
Objectivo do exercício:



Olhar para o ponto de fuga e não para os obstáculos;
Privilegiar movimentos ascendentes no volante por serem mais suaves e precisos;
Abordagem da trajectória correcta.
Montagem do exercício:

Numa pequena recta, ou numa curva ligeira, montar os 2 cubos insufláveis, um de cada lado da pista
(dentro), este exercício deverá ser testado primeiro pelo Formador.
Veículo(s) usado(s):

Veículo ligeiro ou Ambulância
Diversos (Ambulâncias)



O formando deverá sozinho fazer no mínimo 2 passagens com alguma velocidade
Num segundo momento, com um colega formando deitado na maca a simular uma vítima:
o 1 Passagem em simulação de marcha de emergência;
o 1 Passagem em simulação de marcha a caminho do hospital com vítima a bordo (principio de
fisiologia do transporte)
Obter feedback da suposta vítima e do formando sobre a diferença de condução entre as 2 situações.
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Trajectórias:
Objectivo do exercício:






Identificar os diversos tipos de apex; reconhecer o mais eficaz; noção de travagem e destravagem.
Compreender o princípio de entrar lento e sair rápido.
Importância da travagem em recta, e do conceito de destravagem (manutenção da aderência nas
rodas dianteiras) na inserção em curva.
Identificar os vários momentos presentes durante a abordagem a uma curva (travagem, destravagem /
viragem do volante, aceleração de manutenção, aceleração progressiva / endireitar o volante).
Identificar o momento correcto de inserção em curva, com a correcta rotação da cabeça à procura do
final da curva.
Importância de uma correcta técnica de mãos na abordagem de um encadeado de curvas.
Veículo usado:

Veículo ligeiro
Manobrabilidade - Ambulâncias
Objectivo do exercício:



Fazer inversão de marcha:
o De frente
o De traseira
Trabalhar correcta técnica de viragem do volante:
o Cruzamento por cima
o Entrega por baixo
Compreender a diferença na abordagem e viragem de um veículo de frente e de traseira.
Montagem do exercício:

Num espaço aberto (ex: parque de estacionamento) marcar um rectângulo com 10m por 15m (mais ou
menos, devendo o Formador adaptar o exercício se necessário), com pinos (ou mesmo cadeiras de
plástico), deixando um local de entrada.
Veículo usado:

Ambulância
Diversos:

Cada formando deverá fazer pelo menos uma inversão de marcha de cada tipo.
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Exercício Global Final
Apenas para condução avançada, caso haja tempo no final da formação
Objectivo do exercício:

Ao ser um exercício com cronometragem de tempo, que conta para avaliação, pretende-se incutir um
factor stressante para avaliar o modo como cada formando lida com o mesmo.
Montagem do exercício:



Este exercício é constituído pela conjugação das bancas anteriores.
Como a banca de manobrabilidade é realizada fora da pista, deve-se averiguar da possibilidade de a
incluir ou replicar em algum ponto do percurso.
O slalom deve ter 14 passos de intervalo entre os pinos.
Diversos:





O formando realiza 1 volta1 à sua velocidade, com o Formador ao lado. Pretende-se:
o Conjugar as técnicas apreendidas,
o Resolução de eventuais dúvidas do formando,
o Correcção de posturas e técnicas pelo Formador,
o Adaptação da velocidade nas bancas de Slalom e Trajectórias
À entrada para a 2 ª volta, o formando pára no local da partida e espera pelo sinal de um Formador
para poder realizar a sua volta cronometrada.
À passagem pela banca de travagem, será o Formador a dar a ordem de travagem e para que lado se
deverá desviar. O veículo terá de se imobilizar por completo, sobe pena de penalização.
Cada toque em pino, cubo ou penalização na banca de travagem, acresce 5 segundos ao tempo
realizado pelo formando.
Esta banca pode ser formatada mediante as necessidades, tempo e espaço disponível, pelo que pode
contar com menos exercícios e até nem ser possível ou necessário o formador ir dentro da viatura.
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