BOTÂNICA FRENTE ÀS MUDANÇAS GLOBAIS Seção: Botânica Econômica A IMPORTÂNCIA DA CASTANHA PARA O DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO DA AMAZÔNIA Vanessa Araujo Castelo BRANCO (1) Marciléia Couteiro Lopes FERREIRA (2) Na Amazônia existem diversos produtos florestais não-madeireiros, dentre os quais, se destaca a castanhado-brasil (Bertholletia excelsa H. B. K), em função do valor econômico nacional e internacional, além do alimentício e ambiental. É uma espécie arbórea de grande porte, pertencente à família Lecythidaceae. A castanha é um dos produtos extrativista mais manejado pelas famílias e comunidades que vivem na região norte. Em maio de 2012, foi realizada uma pesquisa utilizando-se um caráter quali-quantitativo, onde foram levantados através de questionamentos não estruturados informações sócio-econômicas junto à atual direção da cooperativa, tais como, o processo histórico de sua criação, bem como o desenvolvimento do processo de gestão, suas atividades econômicas, sociais e ambientais. O objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento e análise de dados referentes ao manejo e comercialização da castanha no estado do Amazonas, gerando informações sobre o potencial de exploração e indicadores da utilização dos produtos não-madeireiros como alternativa para a população amazônica. No Amazonas, segundo dados obtidos através da Agência de Desenvolvimento Sustentável, o manejo movimenta um mercado de cerca de R$ 8.015.568,00. Em Lábrea a Cooperativa Mista Agroextrativista Sardinha, realiza o beneficiamento da castanha desde 2004. Grande parte da produção é absorvida no mercado local, pelo Governo do Estado, servindo de complemento à merenda escolar. Outra parte é destinada à exportação, principalmente para o Estado de São Paulo. A castanha beneficiada pela cooperativa tem como origem a floresta, onde mais de cem catadores estão cadastrados e fornecem o produto diretamente, sem a intervenção dos atravessadores. Desta forma o castanheiro recebe um preço justo pelo trabalho, demonstrando a importância econômica de fomentar, difundir e implementar alternativas que fortaleçam o desenvolvimento sustentável, local, gerando renda e trabalho, valorizando a cultura de cada região. Palavras-chave: Amazônia, produtos não-madeireiros, Bertholletia excelsa H. B. K Créditos de Financiamento: (1) Faculdade de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Amazonas, Membro Voluntário do Grupo PET-Florestal, Av. Gal. Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, Coroado, vanessa_castelobranco@hotmail. com, Manaus-AM, Brasil. (2) Faculdade de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Amazonas, Av. Gal. Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, Coroado, [email protected], Manaus-AM, Brasil. 11