E la não sabia, mas eu seria dela. Ela me desejava branco. E eu ouvi o seu pedido. Ela já tinha um da cor de caramelo e uma da cor da castanha. Fui ao seu encontro. Não sei bem se fugi ou se facilitaram a minha fuga. Sei que corri muito, igual a uma chita. Parecia sem direção, mas ia no sentido dela. Cansado, parei ao lado do portão de uma casa. A dona me viu e me pegou, mas não podia ficar comigo. Já tinha dois e faltava lugar. Pôs-me na internet, a rede mundial de computadores e a forma mais rápida de encontrar o que se busca. E foi assim que começou nosso encontro. Ela veio me buscar. Veio com mais três, mas eu logo a reconheci. Fui em sua direção. Levaram-me de carro. Foi uma breve viagem. E me deram nome de chocolate branco. Se tinha um nome antes, esqueci. Adotei o que me deram porque tem tudo a ver comigo. Cheguei e me juntei ao caramelo e à castanha. Como vivo num mundo cão, no começo, macho com macho, foi só briga, e isso a afligia.