A CASTANHA-DO-BRASIL E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: O
CASO DA COOPERATIVA MISTA AGROEXTRATIVISTA SARDINHA –
COOPMAS, LÁBREA-AM
Vanessa Araujo Castelo Branco1Bruna de Oliveira dos Santos 2David Franklin da Silva Guimarães 3Marciléia Couteiro
Lopes Ferreira 4Leocinira Santos 5
Resumo
Na Amazônia existem diversos produtos florestais não-madeireiros, dentre eles, se destaca a castanha-do-brasil
(Bertholletia excelsa H. B. K), em função do seu valor econômico. A castanha é um dos produtos extrativistas mais
manejado pelas comunidades que vivem na região norte. Em 2012, foi realizada uma pesquisa não estruturada junto à
cooperativa, na qual, informações dos aspectos sociais, econômicos e ambientais foram analisadas. Esta pesquisa teve
como objetivo levantar dados referentes ao manejo e comercialização da castanha no Amazonas. Segundo a Agência de
Desenvolvimento Sustentável, no Amazonas, o manejo da castanha movimenta um mercado de R$ 8.015.568,00. Em
Lábrea, a Cooperativa Mista Agroextrativista Sardinha, realiza o beneficiamento da castanha desde 2004, com um
faturamento médio anual de R$ 1.700.000,00. A produção é absorvida no mercado local, pelo Governo do Estado,
complementando a merenda escolar. Outra parte é exportada, principalmente para o Estado de São Paulo. A castanha
beneficiada tem como origem a floresta, onde mais de cem catadores cadastrados, fornecem o produto diretamente à
cooperativa, sem intervenção de atravessadores. Desta forma o castanheiro recebe um preço justo pelo seu trabalho,
demonstrando a importância econômica e social de oportunizar alternativas que fortaleçam o desenvolvimento
sustentável, valorizando a cultura de cada região.
Palavras-chave: Amazônia, produtos não-madeireiros, Bertholletia excelsa H. B. K.
THE BRAZIL NUT AND SUSTAINABLE DEVELOPMENT: THE CASE OF
SARDINHA AGROEXTRACTIVIST JOINT COOPERATIVE – COOPMAS, LÁBREAAM
Abstract
In the Amazon there are several non-timber forest products, among which stands out the Brazil nut (Bertholletia excelsa
H. B. K), depending on their economic value. The nut is one of the most extractive products managed by the
communities living in the north region. In 2012, a research was conducted by the unstructured cooperative, in which
information of the social, economic and environmental impacts were analyzed. This research aimed to collect data
relating to the management and marketing of nuts in the Amazonas. According to the Agency for Sustainable
Development, in the Amazonas, nut management moves market capitalization of U.S.$. 8,015,568.00. In Lábrea, the
Sardinha Cooperative, performs the processing of nuts since 2004, with an average annual revenues of U.S.$.
1,700,000.00. The production is absorbed in the local market, the State Government, complementing the school meals.
Another part is exported, mostly to the State of São Paulo. The nut is benefited in the forest, where more than one
hundred registered pickers, provide the product directly to the cooperative without the intervention of middlemen.
Therefore, gatherer nut receives fair price for their work, demonstrating the economic and social importance providing
opportunities to strengthen sustainable development, enhancing the culture of each region.
Keywords: Amazon, non-timber products, Bertholletia excelsa H. B. K.
1
Acadêmica do Curso de Engenharia Florestal, voluntária do Programa de Educação Tutorial de Engenharia Florestal; Universidade Federal
do Amazonas; e-mail: [email protected].
2
Acadêmica do Curso de Engenharia Florestal, bolsista do Programa de Educação Tutorial de Engenharia Florestal; Universidade Federal do
Amazonas; e-mail: [email protected].
3
Acadêmico do Curso de Engenharia Florestal, bolsista do Programa de Educação Tutorial de Engenharia Florestal; Universidade Federal do
Amazonas; e-mail: [email protected].
4
Professora Mestre do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal do Amazonas; e-mail: [email protected]
5
Professora Mestre do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Amazonas, Campus Lábrea; e-mail: [email protected]
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o caso da cooperativa mista agroextrativista sardinha