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Perguntas / Questions
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Pergunta nº: 1125/Question nº: 1125
Título: /Title: Eucalipto na região de Salesópolis e assuntos
diversos
Por: / By: Eduardo Resstom
E-mail: [email protected]
Questão: /Question:
Boa tarde, Celso
Sou produtor de eucalipto em Salesópolis - SP (alto Tietê - grande São
Paulo) e procurando alternativas para o escoamento da produção da
região, que hoje encontra-se com excesso de oferta. Conheci seu
trabalho e por essa razão esse primeiro contato. Fácil constatar seu
enorme entusiasmo com o eucalipto, desde sua visita ao Horto de Rio
Claro, até sinalizar na pasta singularidades e curiosidades, a sua enorme
potencialidade (http://www.eucalyptus.com.br/).
Há na região e em todo o Vale da Paraíba, um enorme excesso de
eucalipto, com seriíssimas restrições de consumo pelas empresas
fabricantes de celulose. Suzano e Fibria não tem interesse em comprála, pois suas unidades fabris já atingiram autossuficiência através de
áreas próprias. Nobrecel encontra-se em processo de recuperação
judicial, sem maiores oportunidades.
Milhares de pequenos, médios e grandes produtores abandonaram
atividades quase centenárias (gado, leite, arroz, etc.), para se dedicar a
silvicultura, incentivados por essas companhias. Mas a realidade é
trágica. Por exemplo: Salesópolis tem capacidade de produção mensal
acima de 40 mil m³, mas a demanda esta limitada a 15 mil m³.
Produtores e todo o elo da cadeia produtiva contraíram dívidas, e a
situação é preocupante. Todo o vale do Paraíba e vizinhança encontra-se
na mesma situação. As possibilidades são inúmeras: serraria (com
todos os derivados), carvão, madeira tratada, construção civil e
celulose. Porém, as companhias de celulose fomentaram espécies
clonadas, cuja vocação é para a produção de celulose. Por essa razão a
procura por alternativas. Salesópolis, além de ser estância turística, é o
local da nascente do rio Tietê, e está situada em região de proteção dos
mananciais. Significa que nenhuma atividade com risco de poluição
poderá se implantada, além do excesso dos entraves burocráticos. Mas
nos municípios vizinhos, Santa Branca e Paraíbuna, não há restrição.
Com essa explanação bem sintetizada, meu interesse neste momento é
criar uma alternativa economicamente viável, por exemplo, uma
pequena fábrica de celulose, ou qualquer outra possibilidade voltada
para o mercado interno ou para a exportação, pois o porto de São
Sebastião é próximo. Outro fato, analisando o balanço divulgado pela
Bracelpa, comparando-se as exportações de celulose e papel entre os
meses de janeiro de 2011 e 2012, temos um aumento respectivamente
em US$, de 26,0% e 9,7%. Toda atividade envolve risco, mas o
dinamismo dos investimentos em celulose no Brasil evidencia uma
evolução na produção e na demanda. Para finalizar esta introdução, faço
parte da cooperativa de Salesópolis - Camat, Cooperativa Mista do Alto
Tietê, que agrega 200 produtores, e com essa situação crítica encontrase sufocada na sua potencialidade, além de começar a perder sua
viabilidade econômica, pois a cota mensal imposta pela Fibria é de
apenas 3 mil m³, e é a única compradora. Por outro lado, é nas
situações de crise que somos forçados a desbravar novas fronteiras,
saindo da zona de conforto, mesmo com baixa lucratividade, para
buscar a sobrevivência. E é essa a razão do meu contato. Gostaria de
saber se há interesse em nos ajudar com sua expertise, qual seria o
valor do investimento para uma planta para qualquer processo industrial
pequeno, para agregar valor, com consumo inicial de 30 mil m³ por
mês, neste caso suprida somente por Salesópolis, e quanto custaria sua
assessoria neste processo. Há também no vale do Paraíba uma
capacidade ociosa de 100 mil m³ por mês, mas é necessário aprofundar
esta avaliação. Para concluir, caso não haja interesse, se poderia
indicar alguém aqui do nosso estado, que pudesse nos auxiliar na busca
de possibilidades ou alternativas.
Muito obrigado e não faltará oportunidade para nos conhecermos.
Eduardo Resstom Jonival
11-78379286 e 11-84471122
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Resposta por Celso Foelkel: / Answer by Celso Foelkel:
Bom dia Eduardo – espero que a situação esteja melhorando para
vocês.
Tenho um amigo muito competente que está promovendo junto ao filho
dele
o
fomento
na
região
bragantina
em
SP
(http://www.jornalomunicipio.com.br/noticias/destaques.asp?numero_n
oticia=562
e
http://groups.yahoo.com/group/forumsocialclimabr/message/1320
e
http://txt.estado.com.br/suplementos/agri/2006/01/25/agri25539.xml)
– eles ajudaram a desenvolver algumas centenas de fomentados e a
madeira está, pelo que sei, tendo um direcionamento adequado. O
nome dele é Nelson Barboza Leite e ele hoje é diretor florestal da
empresa Eco Brasil Florestas no Tocantins. Entretanto, ele e o filho
atuam juntos e o filho Alexandre Barboza Leite é engenheiro florestal,
sendo dono da empresa Teca Consultoria e Empreendimentos Florestais
- [email protected] - (11)4033 1811 cel.(11)9615 2942.
Sugiro um contato com ele para conhecer o exemplo em Bragança
Paulista e como eles poderiam eventualmente lhes ajudar. Também
sugiro
contatar
o
engenheiro
florestal
Shiguenori
Kajyia
([email protected] ) que tem experiência enorme no tema, para ouvir
uma outra opinião, além das que você já deve ter consultado.
Em tempo, a fabricação de celulose por vocês acredito que só seria
viável em caso de pastas mecânicas ou quimotermomecânicas (aceitam
portes menores com tecnologia mais simples e menos cara e com
potencial poluente menor), a exemplo do que está fazendo a empresa
Melhoramentos Fibras na região de Camanducaia – SP. Talvez eles
possam
ter
interesse
em
sua
madeira.
Leia
em
http://www.melhoramentos.com.br/v2/fibras/
e
http://www.melhoramentos.com.br/v2/florestal/
Um abraço e sucessos
Celso Foelkel
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Por:/ By: Eduardo Resstom
E-mail: [email protected]
Celso, boa tarde.
Estou ausente de São Paulo e segunda-feira tratarei dos diversos temas
abordados com muita objetividade por você.
No momento só tenho que agradecer seu interesse.
Eduardo
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Por:/ By: Celso Foelkel
Olá Eduardo – o movimento de vocês ganha corpo e espaço.
Veja a notícia no link abaixo:
http://painelflorestal.com.br/noticias/eucalipto/15233/queda-nocomercio-de-eucalipto-preocupa-produtores
Um abraço e sucessos
Celso
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