Indústria química de Papel e Celulose Isabela Baroni Ricardo Caritá Gustavo Hotta Pedro Veronezi Tópicos discutidos 1. Visão geral da indústria e caracterização tecnológica da indústria química em estudo 2. Descrição generalizada do processo 3. caracterização de subprodutos e resíduos poluentes 4. panorama econômico da industria química em estudo incluindo análise econômica 1. Visão geral da indústria • Invenção: China (ano - 105) • Árabes (ano - 751) primeira fábrica • Bagdá, Egito, Norte da África, Espanha • De 1000 a 1830: trapos velhos eram o insumo básico da indústria de papel • 1719: madeira como matéria-prima • 1750: primeira máquina de produzir papel (Holanda). • Século XIX: aumenta a demanda por papel: necessidade de novas fontes de fibras • 1854: Inglaterraprocesso de produção de pasta celulósica através de tratamento com soda cáustica • Celulose - Parâmetros utilizados para classificação: (a) tipo de madeira ou fibra da qual é feita - Curta: eucalipto - Longa: pinheiro (b) forma como a madeira ou fibra é processada - Celulose mecânica (c) se é branqueada. • Papel - Parâmetros utilizados para classificação: (a) papel de imprensa (b) papéis de impressão e escrita (c) papéis de seda (d) papéis de embalagem (e) cartolina (f) papéis especiais. A indústria de papel e celulose no Brasil • Solo e clima favoráveis • O uso do eucalipto • Vantagens: um dos maiores produtores de celulose com menor preço do mundo Processo simplificado - Produção da madeira - Picagem - Cozimento - Branqueamento - Formação da folha - Secagem - Acabamento MatériaPrima glicos e Eucalipto Eucalipto: nativo da Oceania, chegou ao Brasil em 1909. Apresenta rápido crescimento. Cascas e galhos: energia celulose (C6H10O5)n Pinheiro Picagem Cozimento (Polpação) • Separação da lignina das fibras celulosas • Cavacos + Substancias químicas (NaOH e Na2S no Kraft) são cozidos a alta pressão nos digestores, dissolvendo a lignina. • A polpa sai com cerca de 5% de lignina • Licor negro(enxofre) > Licor branco Branqueamento • Adição de produtos químicos para retirar o excesso de lignina restante, branqueando a p • Utiliza-se tradicionalmente o Cl2, devido ao seu baixo custo e especificidade com a lignin • Gera efluentes organoclorados, cancerígenos e tóxicos ao ecossistema. • Por tonelada de polpa, são gerados: 3 a 5kg de organoclorados; 60m³ de água. Branqueamento Formação da folha Secagem Acabamento Calandra Enroladeira Jumbo • rebobinadeira • Cortadeira Visão em linha Resíduos na produção de Papel e Celulose – Em processo Kraft - Grande quantidade de resíduos gerados, aproximadamente 48t de resíduos para cada 100t. • Casca; • Resíduo Celulósico ; • Cinza de Caldeira; • Odores; • Lama de Cal; • e Iodo Biológico. Casca - 10 a 20% do volumes das toras. Resíduo Celulósico - Bagaço, folhas e galhos. Odores - Com características de enxofre (mercaptanas). - Na etapa da remoção da lignina. Lama de Cal - Originada do branqueamento da celulose, é constituído predominante por carbonato de cálcio. Iodo Biológico - Utilizado no tratamento de efluentes líquidos. Cinza - Proveniente da queima de madeira e casca nas caldeiras de biomassa. Licor Negro - Resíduo originado pelo cozimento da madeira. Subprodutos • • • • Fertilizantes; Fonte de energia; Licor Branco; Licor Negro (lignina e resto de covacos cozidos); • “Tail Oil”. Benefícios dos Fertilizantes • a) elevação do pH com aumento de fósforo e micronutrientes; • b) aumento da capacidade de troca de cátions dos solos (CTC); • c) incorporação de nutrientes minerais necessários às árvores; • d) melhoria das propriedades físicas como a granulométrica, a capacidade de retenção de água e a densidade do solo. Vantagens de Subprodutos • Ganhos expressivos em volume de madeira, praticamente dobrando a produtividade; • Conservação ambiental; • Agregação de valor ao resíduo anteriormente descartado; • Economia de recursos como energia. Panorama Econômico Histórico Economico • Incentivo Público • Entre 1885 e 1925 – pasta e celulose eram importadas e as atividades florestais eram desvinculadas as empresas. • Crise de 29 Concentração na Produção • 1933 Isenção de impostos • Indústria passa por um processo de verticalização Histórico Economico • 1950 Brasil é auto-suficiente na produção de papel, mas importava 70% da celulose • 1950 1956: a produção passou de 1500 t para 51000 t de eucalipto • Projeto Borregaard Fábrica com capacidade de 500 t/dia Aspectos da indústria • Gera desconcentração industrial • Consumo ligado a fatores como renda e escolaridade • Crescimento médio anual elevado • Alto nível de produtividade Dados do setor • 220 empresas em 450 municípios, localizados em 17 estados e nas 5 regiões • 1,7 milhão de hectares de área plantada para fins industriais • 2,8 milhões de hectares de florestas preservadas • 2,2 milhões de hectares de área florestal total certificada • Exportações: US$ 5,8 bilhões Dados do setor • Saldo Comercial: US$ 4,1 bilhões - 16,7% do saldo da Balança Comercial do Brasil • Impostos pagos: R$ 2,2 bilhões • Investimentos: US$ 12 bilhões nos últimos 10 anos • Emprego: 114 mil empregos diretos (indústria 67 mil, florestas 47 mil) e 500 mil empregos indiretos Brasil • 3,0% do valor total da pauta de produtos exportados • mercadorias de menor valor agregado • Balança comercial positiva no setor • Crise 2008 Prejuizo Aracruz Fusão Aracruz - VCP Brasil • Maiores empresas com participação de 90% na produção brasileira de pasta Desempenho do Setor Produtividade das florestas Destino das exportações de celulose Destino das exportações de papel Distribuição de Plantações no Brasil Matriz Energética