Síntese de proteínas Tradução de mRNA para polipeptídeos F. Crick, S. Brenner e cols, em 1961: O código genético é um triplet Mutação em fago T4 com acridina Mutantes não crescem na linhagem K12 de E. coli Combinação de mutações podia recuperar a capacidade infectante do fago. •1966 - Nirenberg, Ochoa e Khorana participaram intensamente dos experimentos que resultaram na decifração do código genético Polinucleotídeo fosforilase: Une nucleotídeos sem necessidade de template Conclusões desses vários experimentos: • Todos os codons têm 3 nucleotídeos sucessivos • Muitos aminoácidos são especificados por mais de um codon • 61 das 64 combinações de 3 pares de bases são usadas para codificar aminoácidos específicos • As 3 combinações que não especificam aminoácidos codificam para o sinal de parada. Figure 6-50 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) Figure 6-51 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) Armação aberta de leitura – Open Reading Frame (ORF) Os tRNAs são as moléculas adaptadoras que possibilitam atribuir a cada triplet o seu aminoácido específico Figure 6-52 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) 61 triplets codificam aminoácidos Bactérias: 31 tRNAs distintos Humanos: 49 classes de tRNAs distintos classificados segundo as características do anticodon 497 genes para tRNAs espalhados no genoma Figure 6-53 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) Aminoacil tRNA sintetases (AARS) acoplam o aminoácido ao tRNA Uma AARS para cada um dos aminoácidos canônicos São denominadas pelas três letras que designam o aminoácido: Ex.: Alanina AlaRS AlaRS incorpora alanina em todos os tRNA que reconhecem os códigos de alanina O tRNA para alanina: tRNAAla H O C O C CH3 NH2 Inosina emparelha com A, C, G ou U Codons para alanina Alanil-tRNA tRNAAla GCU GCC GCA GCG I G C anticodon 3’ AAAAAAA UCG 5’ Reação catalisada pelas AARS Figure 6-56 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) Adenosina Figure 6-57 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) 20 AARS e 49 tRNAs (humano) Uma AARS terá que reconhecer mais de um tRNA com anticodons distintos O tamanho dos círculos corresponde à importância do nucleotídeo para o reconhecimento do tRNA pela AARS específica. A aminoacilação ocorre no núcleo em eucariotos Figure 6-58 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) As AARS têm sítio de edição: podem remover o aminoácido errado A síntese de proteínas é efeita nos ribossomos Sítio A: aminoacil-tRNA Sítio P: peptidil-tRNA Sítio E: saída (Exit) mRNA na subunidade ribossomal pequena mRNA Figure 6-65 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) Alongamento da cadeia polipeptídica: A peptidil-transferase presente na subunidade grande cataliza essa reação O sítio catalítico é formado por RNA A energia para o estabelecimento da ligação peptídica está no peptidil-tRNA AA-tRNA que entrou antes fornece energia para o que vem depois. A subunidade pequena se move carregando o mRNA numa distância de 3 nucleotídeos em relação ao ribossomo. Após o estabelecimento da ligação peptídica, a subunidade grande se desloca em relação à subunidade pequena, o que deixa os tRNAs em sítios híbridos: A na sub. pequena e P na grande, P na pequena e E na grande. “reset” do ribossomo Reinício do ciclo Fatores de alongamento participam do processo, acelerando-o e aumentando a fidelidade (oportunidades de proofreading) EF-Tu (eEF1) EF-Tu.GTP (eEF1.GTP) Se o pareamento é incorreto, aatRNA.EF-Tu.GTP tende a se desprender (proofreading) aatRNA.EF-Tu.GTP: tRNA inclinado, não possibilitando ainda a ligação do peptídeo a ele. A clivagem do GTP a GDP favorece a desligamento do complexo. O tRNA pode agora se endireitar e ficar na posição adequada para que ocorra a ligação peptídica Ainda nesta fase, se o pareamento é incorreto o aatRNA tende a se desprender Pareamento correto, a ligação peptídica se estabelece. A entrada do EF-G.GTP promove o deslocamento da subunidade grande para frente. Hidrólise de GTP a GDP, propicia o desprendimento do complexo EF-G.GDP e o movimento da subnidade pequena que arrasta consigo o mRNA Início da tradução: um processo finamente regulado Todos os organismos iniciam a síntese protéica com uma metionina – codon AUG Bactérias e organelas (cloroplastos e mitocôndrias): formil-metionina – fMet Metionina + MetAS + tRNAMetf Metionil-tRNAMetf Metionil-tRNAMetf + N10-formiltetrahidrofolato Formil-transferase formilmetionil-tRNAMetf Eucariotos e Archae: Metionina + MetAS + tRNAiMet Metionil-tRNAiMet formilmetionil-tRNAfMet e Metionil-tRNAiMet atuam apenas como iniciadores, não incorporam Met no meio da proteína. • Montagem do complexo ternário Met-tRNAiMet.eIF2.GTP eIF1, eIF1A, eIF3 e eIF5 5 1A eIF3 1 eIF4G 5 1A eIF3 1 eIF4A CAP eIF4E PAPB (na PoliA) Complexo de pré-iniciação eIF4F EAP 5 1 1A 3 40S 40S 1A EAP 1 eIF2 GTP Stop códon 3 5 eIF2 GTP Complexo de pré-iniciação 43S 1A 5 1 3 EAP CBC CAP 40S mRNA Stop códon 4A 4B CBC Exon-junction complex EJC CAP Complexo de pré-iniciação 43S AUG mRNA Stop códon Complexo de pré-iniciação 4A 43S 4B CBC Exon-junction complex EJC CAP AUG mRNA Complexo de iniciação varre a extremidade 5’do mRNA à procura do AUG inicial 80S AAAAAAAAA AUG 40S PABPN1 eIF4G 80S PABPC1 CAP eIF3 PABPN1 eIF4E polipeptídeo Stop Quando o AUG inicial é encontrado, os fatores de inciação se dissociam e a subunidade ribossomal grande se acopla ao complexo. Met-tRNAiMet ocupa a posição P, como se fosse um peptídeo primal Tem início a fase de alongamento Término da síntese Um codon de parada é encontrado: stop codon Um mRNA é traduzido várias vezes, dando origem a várias proteínas O primeiro round de amplificação tem características especiais mRNP com: CBC, Exon-Junction Complex (EJC) e PABPN1 CAP 80S MAGOH PYM AUG Y14 eIF4AIII AAAAAAAAA Stop 40S PABPC1 CBC eIF4G eIF3 PABPN1 1o. EJC PABPN1 CTIF PABPC1 SKAR SKAR EJC e os seguintes 80S AAAAAAAAA AUG 40S PABPC1 eIF4G 80S PABPC1 CAP eIF3 Y14 eIF4AIII PABPC1 2o. eIF4E PYM PABPN1 MAGOH CBC Stop Um passo fundamental: a escolha do AUG inicial Em eucariotos os genes são, em geral, monocistrônicos O AUG inicial frequentemente é o primeiro existente a partir da extremidade 5’ O AUG inicial deve estar num contexto favorável: sequência de KOZAC 5’ UTR -3 +4 (A/G)XXAUG(G) ORF 3’UTR CAP Kozac definiu a sequência: 5’GCCGCC(A/G)CCAUGG AUG inicial não menos que 32 nts a partir do CAP AUG anterior fora de um contexto favorável é, em geral, ignorado AAAAAAAAA eEF1 3 5 1A 1 CAP Encontro do AUG inicial: ligação forte e estável do Met-tRNAiMet ao sítio P A varredura é interrompida eEF1 e eEF1a se desprendem GTP é hidrolisado a GDP. eIF2.GDP se desprende Junta-se a subunidade ribossomal grande Encontro do AUG inicial em procarioto Não há varredura do 5’UTR AUG deve estar num contexto favorável: sequência de Shine Dalgarno 1 3 2 . GTP 3 3 1 30S 30S IF1, IF3 e IG2.GTP + f Met-tRNAfMet 1 SD 5’ AGGAGGU 3’ 3’ UCCUCCA 5’ Ligação do mRNA SD 30S 1 SD AUG 1 AUG Reconhecimento Do AUG UAA SD 3 Seq. Shine-Dalgarno Reconhecida por rRNA 1 UAA 1 UAA 30S Liga-se o f Met-tRNAfMet 3 AUG AUG UAA Pi Pronto para o alongamento 50S SD AUG UAA Procarioto: mRNAs policistrônicos Entradas internas para ribossomos: internal ribosomal entries (IRES) Figure 6-73 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008)