"Busca pelo Envolvimento do Funcionário Parte Dois: O Poder do Reforço Positivo.” Por Bill Sims, Jr. www.safetyincentives.com Na primeira parte desta história, expliquei sobre os três tipos de funcionários que se podem ter. Quando o assunto é envolvimento, todas as empresas têm três tipos de trabalhadores: Os que não apresentam conformidade, os que apresentam conformidade e os que são comprometidos. Inconforme: “Não irei cumprir suas normas de segurança e qualidade, pois sei que a única maneira de produzir bem é me arriscar e escolher o caminho mais curto.” Conforme: “Irei cumprir suas normas de segurança e qualidade, contanto que alguém (um gerente, supervisor ou observador) esteja de olho em mim. Porém, quando essa pessoa não estiver por perto, irei me arriscar mais e escolher o caminho mais curto.” Comprometido: “Irei seguir os procedimentos de segurança e qualidade em momentos decisivos, quando ninguém estiver observando. Eu sou assim...” De acordo com Gallup e Towers Perrin, se sua empresa é como a maioria, menos de 10% de seus funcionários se enquadram na categoria de comprometidos, 80% se enquadram na categoria dos que apresentam conformidade e 10% se enquadram na categoria dos que não apresentam conformidade. Ah, sim, tem mais uma coisa...o maior impulsionador dos lucros da sua empresa é justamente o envolvimento, o comprometimento da sua equipe. Muitas empresas registraram uma queda de 25% em seus níveis de comprometimento/envolvimento no decorrer dos últimos anos. Por que você acha que isso aconteceu? Para existir, o comprometimento precisa de algo que é raramente oferecido pelos gestores e líderes de hoje em dia: Reforço Positivo. Quando falo de Reforço Positivo, não estou me referindo à oferta de churrascos ou à distribuição de presente e camisetas, abordagens generalizadas que não geram resultados efetivos. Isso não é reforço positivo para os comportamentos que você realmente deseja que se repitam. Na realidade, esses tipos de reforços prejudicam o comprometimento e estimulam a não conformidade. Em suma, eles favorecem a mediocridade. Esses sistemas generalizados recompensam todos os funcionários com a mesma coisa: pagamentos em dinheiro, cartões de presente, churrascos, camisetas ou todos esses itens. Eles são os sistemas de recompensa mais comuns porque são fáceis e geralmente não custam caro à pessoa que os está oferecendo. A Google cometeu o clássico erro de principiante ao utilizar o sistema de recompensa generalizado, no qual todos os funcionários recebiam 10% de aumento, independentemente de seu desempenho (ou falta dele). A maioria das empresas (usando ou não sistemas de Segurança Baseados em Comportamento) possui algum tipo de "comemoração" de segurança, por meio do qual, mais uma vez, todos recebem o mesmo churrasco ou camiseta, independentemente de suas contribuições para o desempenho. Geralmente, esses sistemas são contraditórios e incompatíveis com as filosofias de gestão apresentadas. Você deve cumprir aquilo que prega. Quando recompensamos todos da mesma maneira, seja qual for seu nível de esforço, estamos introduzindo um sistema muito semelhante ao comunismo. No papel, o comunismo parece uma grande ideia. Essencialmente, é assim que funciona: Todos seremos pagos da mesma forma e cuidaremos uns dos outros, não importa quão intensamente nos dediquemos. Infelizmente, como muitas outras, essa forma de governo não funcionou muito bem para aqueles que a experimentaram. Mas, pelo menos, valeu pela tentativa. E eu acredito que os mesmos problemas subjacentes desse sistema são encontrados nos sistemas generalizados de hoje em dia. Para comprovar meu argumento, façamos de conta que você e eu trabalhamos na mesma empresa. Faça de conta, também, que você é o funcionário mais dedicado do departamento (por exemplo, você é comprometido com a segurança e a qualidade nos momentos decisivos, quando ninguém está olhando), e que eu sou seu colega de trabalho, o velho Bill Sims "apresenta o trabalho feito". Nós dois sabemos que eu sigo o caminho mais curto e crio atalhos que prejudicam a segurança e a qualidade, e eu inclusive tiro sarro de você por fazer as coisas "do jeito mais difícil", quando vejo que você está colocando a segurança em primeiro lugar. Quando nós dois vamos nos servir no churrasco de comemoração pela milionésima hora de trabalho seguro, eu digo pra você, com um sorriso no rosto: "Olha só, meu filé é maior do que o seu... como você se sente com isso?” Como você se sente agora, exatamente? Meio bravo? Pode acreditar. Quanto mais você pensar sobre isso, mais bravo vai ficar. Logo você estará pensando, "Acho que na verdade ninguém liga para o que eu faço aqui...acabo sempre recebendo a mesma coisa, não importa quanto eu me dedique a uma tarefa." E aos poucos, bem devagar, como os ponteiros daquele velho relógio na sua estante, seu comprometimento começará a andar mais devagar, a desaparecer. Em pouco tempo, você deixará de estar entre aqueles 10% de funcionários comprometidos e que "vão além". Bem-vindo ao Clube da Conformidade. Você pode ficar aqui com a gente, os 80% de funcionários que descobriram como fazer somente o suficiente pra sobreviver, e quase nada mais. Por que deveriam? A gerência não fez com que tivessem um motivo claro e convincente para isso. A gerência deixou bem claro que recompensará os funcionários que apresentam fraco desempenho e falta de conformidade, da mesma forma com que recompensa os ótimos funcionários. Assim, com suas abordagens generalizadas, a gerência recompensou a incompetência e puniu a competência. Isso é uma grande burrice! Esse fenômeno tem até um nome especial no meio militar. Chama-se "comer o queijo". Considere que o queijo seja a paixão coletiva, o espírito, o entusiasmo e o comprometimento da sua equipe. Pense que as dezenas de ratos escondidos, loucos de vontade de comer aquele pedação de queijo, sejam seus funcionários. Quando o gato (liderança) está por perto, os ratos mantêm distância do queijo. Mas quando o gato sai... os ratos fazem a festa, como você bem sabe. Timidamente, de mansinho em direção ao queijo, o rato "líder" mais corajoso dará uma mordida bem grande no queijo — uma recompensa instantânea, positiva, imediata, certeira pela sua coragem de se arriscar! Vai, rato, vai. Esses são os primeiros funcionários que colocam à prova a determinação e a habilidade de liderar de uma liderança. Assim que os outros ratos perceberem que o rato "líder" está comendo o queijo sem problema algum, eles também compreenderão que, se se bobearem, vão ficar sem queijo. Um de cada vez, eles também vão dando suas mordidas e, de repente, o queijo estará acabado. Da mesma forma, o "queijo" dos negócios atuais tem sido comido a tal ponto que hoje temos uma alarmante falta de comprometimento por parte dos funcionários, devido à incapacidade dos líderes de criar um reforço positivo para seus melhores colaboradores. Na realidade, durante a última crise econômica (que eu chamo de segunda Grande Depressão), a recompensa pela realização de um bom trabalho era manter o seu emprego e ainda desempenhar o trabalho de outros três ou quatro colegas que tivessem sido despedidos. Obviamente, sem aumento de salário. O jornal USA Today publicou recentemente que esses funcionários "usados e abusados", sobrecarregados de trabalho, que não receberam hora-extra ou bônus durante a última grande crise econômica estão agora processando em massa seus empregadores, exigindo o pagamento dessas horas trabalhadas. Parece que é hora de dar o troco... (e com certo atraso, em minha opinião). Desculpa, eu me distraí. Vamos voltar ao foco principal...estas são as perguntas que eu preciso responder a vocês... 1. De que forma, exatamente, você obtém mais reforço positivo no seu sistema de gestão? 2. As nossas culturas de segurança baseadas em melhores práticas estão funcionando de forma eficiente em termos de providenciar o reforço positivo que as pessoas tanto querem e precisam? Eu ADORARIA responder essas perguntas para vocês, mas o comandante está dizendo que é hora de decolar (estou saindo de Las Vegas e indo para São Francisco fazer uma palestra amanhã). No meu próximo artigo, abordarei essas duas questões e muito mais. Agora, é melhor apertar os cintos. Até o mês que vem. Fim... Sobre qual tema você gostaria que o Bill escrevesse na próxima coluna? Dê sua opinião agora mesmo em www.safetyincentives.com/vote!