ALEITAMENTO
MATERNO
Dra Enf Nara Borges Ferreira
Especialista em Queimaduras, Enfermagem do Trabalho,
Obstetrícia, Administração Hospitalar, PSF e Saúde
Pública
VANTAGENS
PARA O BEBÊ:
- É o mais completo alimento para o bebê até o 6º mês de
vida,atende às necessidades nutricionais e metabólicas
ideal pra o sistema gastrintestinal e renal em
amadurecimento
- Fácil digestão.
- Protege o bebê contra doenças como: diarréia, resfriados,
infecções urinárias e respiratórias, alergias , a medida que
contém todas as substâncias necessárias para bem nutri-la
e imunizá-la.
- Previne as alterações estruturais e funcionais da face,
promovendo o desenvolvimento harmônico dessa
respectiva musculatura, promovendo melhor flexibilidade
na articulação das estruturas que participam da fala
• Diminui a probabilidade de
desencadeamento de processos alérgicos,
pelo retardo da introdução de proteínas
heterólogas existentes no leite de vaca
• Facilita a eliminação do mecônio e diminui
o risco de icterícia
• Melhor resposta às vacinações e
capacidade de combater doenças mais
rapidamente
• Diminui a taxa de desnutrição proteicocalórica diminuindo os índices de
mortalidade infantil
• Estimula o padrão respiratório nasal no bebê,
facilitando a oxigenação de suas estruturas
faciais.
• Desenvolve e fortalece a musculatura da boca da
criança, melhorando o desempenho das funções
de sucção, mastigação, deglutição e fonação
(fala).
• É uma forma muito especial e fortalecedora do
relacionamento entre mãe e filho, que transmite
segurança, carinho e amor ao bebê.
• Previne maus tratos
• Favorece um bom desenvolvimento físico e
mental da criança e, consequentemente,
estabilidade emocional e maior adaptação nas
etapas da vida.
PARA A MÃE:
• Em geral, o corpo retorna ao normal mais
rapidamente, contribuindo para o retorno mais
rápido ao peso pré-gestacional
• Previne anemia
• Método contraceptivo
• Ajuda a prevenir hemorragia pós parto
• Diminui o tempo em que o útero e o volume do
seio costumam levar para voltar ao tamanho
normal
• Aumenta o vínculo afetivo mãe-bebê
• Reduz rico de câncer de mama e
ovário
• Pode prevenir a osteoporoseRemineralização óssea
• Proteção contra diabete tipo 2
• Além disso, não custa nada, é de fácil
aquisição, a temperatura ideal,
estando livre de contaminações
externas e pronto para consumo
VANTAGENS PARA A FAMÍLIA E
SOCIEDADE
• Não tem custo
• Limpo e sem micróbios
• Pronto e em temperatura
certa
• Diminui custos de
internações por diarréias,
problemas respiratórios...
• Economia qto ao uso de gás
• Diminui o absenteísmo dos
pais ao trabalho, pois a cça
será mais saudável
• Evita mortes infantis – pobres?
• Evita diarréia- águas e chás?
• Evita infecção respiratória –otites?
• Diminui o risco de alergias- leite de vaca?
• Diminui o risco de hipertensão, colesterol
alto e diabetes- leite de vaca /DM tipo1?
• Reduz a chance de obesidade
• Melhor nutrição
• Efeito positivo na inteligência
• Melhor desenvolvimento da cavidade
bucal
• Proteção contra câncer de mama
• Evita nova gravidez
• Menores custos financeiros
• Promoção do vínculo afetivo entre mãe e
filho
• Melhor qualidade de vida
TIPOS DE
ALEITAMENTO
MATERNO
Aleitamento Materno
• Recebe leite materno (direto da
mama ou ordenhado),
independentemente de receber ou
não outros alimentos.
Aleitamento materno
exclusivo:
Somente leite materno, direto da mama
ou ordenhado, ou leite humano de
outra fonte, sem outros líquidos ou
sólidos, com exceção de gotas ou
xaropes contendo vitaminas, sais de
reidratação oral, suplementos minerais
ou medicamentos
Aleitamento materno
predominante
Além do leite materno recebe água ou
bebidas à base de água (água
adocicada, chás, infusões), sucos de
frutas e fluídos rituais.
Aleitamento
materno
complementado
• Criança recebe, além do leite materno,
qualquer alimento sólido ou semi-sólido
com a finalidade de complementá-lo, e
não de substituí-lo.
• Nessa categoria a criança pode receber,
além do leite materno, outro tipo de leite,
mas este não é considerado alimento
complementar.
Aleitamento materno misto
ou parcial
• Criança recebe
leite materno e
outros tipos de
leite.
CAUSAS DE DESMAME
PRECOCE
• Fatores sócio- econômicos e culturais
• Falta de conhecimento sobre o processo
da lactação
• Uso de bicos, mamadeiras e chupetas
• Temores, crendices e inseguranças
Prejuízos à saúde da criança com a
introdução precoce de outros
alimentos
• Maior número de episódios de diarréia;
• Maior número de hospitalizações por
doença respiratória;
• Risco de desnutrição se os alimentos
introduzidos forem nutricionalmente
inferiores ao leite materno, como, quando
os alimentos são muito diluídos
• Menor absorção de nutrientes como
o ferro e o zinco;
• Menor anticoncepção;
• Menor duração do aleitamento
materno;
LEITE HUMANO
• Contém todos os nutrientes
• Fácil absorção e digestão
• Anticorpos, células e outras substâncias que
protegem o bebê contra infecções
• Contém fatores de crescimento que preparam o
intestino imaturo para digerir e absorver
• O leite sofre alterações durante as mamadas: no
intervalo das mamadas, é produzido o leite anterior,
q corresponde a um terço do vol tot produzido, e
durante a sucção, é secretado o leite posterior, q
corresponde a 2 terços desse volume.
• O leite posterior é mais rico em gorduras
• “ O leite do começo mata a sede e o leite do fim
engorda”
PRODUÇÃO DO LEITE
• Estímulo neuro-hipófise
que envolve placenta,
hipófise e mamas.
• PLACENTA: Produz
esteróides placentários
( estrógenos e
progesterona) que
preparam as mamas
para lactação.
• O leite produzido nos alvéolos é levado até os
seios lactíferos por uma rede de ductos.
• Para cada lobo mamário há um seio lactífero,
com uma saída independente no mamilo.
• Estrogênio: responsável pela ramificação dos
ductos lactíferos
• Progestogênio: formação dos lóbulos.
• Outros hormônios envolvidos na aceleração do
crescimento mamário:lactogênio placentário,
prolactina e gonadotrofina coriônica
• Com a saída da placenta os níveis de
esteróides caem, conduzindo a hipófise
anterior a liberar prolactina, que
estimula os alvéolos mamários a
produzirem leite
• Com a diminuição dos esteróides
após o parto, a produção de leite
tem início- APOJADURA OU DESCIDA
( 48 a 72 hs após o parto)
• Vol leite aumenta: 2º dia: 50ml/dia
• 4º dia: 550ml/dia
• 3 meses: 850ml/dia
• Qto mais sucçao: aumenta os níveis
plásmaticos de prolactina.
• A prolactina é o hormônio fundamental
para a galactopoiese, permitir a sucção
do mamilo é o elemento básico para a
manutenção da amamentação e diminui
os sintomas devidos à apojadura.
LACTOGÊNESE
Preparo da mama para
amamentação
• FASE I- hormônios atuando no preparo
das mamas;
• FASE II- após saída da placenta, queda
de progesterona e liberação de prolactina
pela h. anterior e h. posterior libera
ocitocina através da sucção;
• FASE III- após descida do leite
( galactopoiese): sucção e esvaziamento
da mama.
TIPOS DE LEITE
1) COLOSTRO- + proteína e – gordura.
• Rico em imunoglobulinas, lactoferrina,
soroalbumina, Na, Cl e pouca lactose,
• Basicamente um exsudato plasmático
• Após o parto ainda é produzido por 7 dias/liq
espesso, amarelado e denso.
• Ação de anticorpos, laxativo, facilita expulsão
do mecônio e previne a icterícia
2) LEITE DE TRANSIÇÃO- produzido entre
o 7º e 15º dia após o parto.
• Vol médio: 500ml/dia.
• Menos IgA e vitaminas lipossolúveis
• Aumento de lipídeos e lactose
3) LEITE MADURO- após o 15º dia, branco,
opaco, pouco odor, sabor levemente
doce.
• Mais lactose, lipídeos, vitaminas e
minerais
• Menos proteínas
• 4) LEITE PRÉ-TERMO-LEITE DE MÃES
DE PREMATURAS
• Mais proteínas, lipídeos, gorduras,
sódio, cloro, vit A e E
• Menor teor de lactose e vit C
• Maior quantidade de IgA e
lactoferrina
• Não supre as necessidades de Ca e
Fósforo se cça < 1500g
• A principal proteína do leite materno
é a lactoalbumina e a do leite de
vaca é a caseína, de difícil digestão
para a espécie humana.
MÉTODO CANGURU
• 1979- Héctor Martinez e Edgar Rey
Sanabria-Materno Infantil de Bogotá,
Colômbia
• Nova forma de lidar com RN pré termo e
baixo peso ao nascer
• Resposta a situação crítica de
superpopulação ( mais de 1 RN em
incubadora), infecções cruzadas,
ausência de recursos tecnológicos,
desmame precoce, mortalidade neonatal
abandono materno
ESSÊNCIA
• AMOR
• CALOR
• ALEITAMENTO MATERNO
• Esse tipo de humanização oferece ao
bebê uma vivência da passagem da vida
uterina para a extra-uterina, aumentando
muito o vínculo entre pais e bebê.
• Deixa o bebê mais seguro,
proporcionando mais confiança aos pais
no manuseio do seu filho.
• O Método aproxima os pais do bebê.
• É uma relação importante para o
desenvolvimento completo do bebê que
veio antes ao mundo.
O Método se desenvolve em 3 etapas:
• A primeira :quando o bebê ainda
está internado UTI Neo. Os pais
devem ter livre o acesso à UTI Neo e
serem possibilitados a manter o
contato físico com o seu bebê, isto é,
serem estimulados pela equipe
hospitalar a tocarem seu bebê que
está dentro da incubadora.
• Se o bebê estiver em condições
clínicas estáveis, principalmente em
relação à respiração, os pais poderão
fazer a posição Canguru, onde o
bebê fica apenas de fralda
“amarrado” no peito nu do papai ou
da mamãe.
• A equipe do hospital e em conjunto
com a opinião dos pais irão decidir
quanto tempo será feita essa posição
dentro da UTI Neo
• Quando o bebê está bem estável,
pode ir para o Alojamento Conjunto
para que mãe e bebê permaneçam
24 horas na posição Canguru.
• O bebê não fica no berçário e é a
mamãe quem fará os cuidados com o
bebê, com supervisão da equipe
hospitalar.
• Na posição Canguru, o bebê
tem menos refluxo e as vias
aéreas são mantidas livres
e há diminuição do risco de
apnéia
• O contato com o corpo da
mãe promove a
manutenção dos níveis
adequados de temperatura
corpórea do bebê.
• O desenvolvimento
neurológico da criança é
melhor
• Canguru em casa - Já a terceira etapa
consiste na alta hospitalar, mas não do
Método.
• Já orientada e segura para cuidar do
bebê sozinha em casa, a mamãe recebe
alta para fazer a posição Canguru em
casa. A mãe tem que assegurar que fará
a posição Canguru durante as 24 horas
do dia. Não só ela, mas qualquer outra
pessoa da sua confiança e que esteja
habilitada para “amarrar” o bebê ao
corpo, como o papai ou a vovó.
Até quando?
• Até que mãe e bebê se sintam bem.
O comum é até o bebê atingir 2
quilos ou até quando seria a data
provável do parto, ele começa a ficar
agitado, a subir pela mãe e a suar.
• É como se estivesse na hora de
nascer mesmo, dentro de uma
gestação completa. É a hora em que
o bebê “avisa” que deixou de ser um
canguruzinho
PREPARO DAS MAMAS
DURANTE A GESTAÇÃO
1) Exame das mamas durante o pré natal
2) Sutiã com orifício central para expor aréola e mamilo,facilitando
a protusão de mamilos planos e invertidos
3) Banhos de sol
4) Evitar sabão, cremes e pomadas nos mamilos
5) Proibido ordenha durante a gestação para retirada do colostro
6) Ensinar a gestante a explorar as
mamas
7) Não lavar os mamilos após cada
mamada. O banho diário é suficiente
8) Caso o seio fique duro e ou empedrado,
usar sempre sutiã, suspender bem os
seios para facilitar a saída do leite.
9) Reuniões de grupo
AMAMENTAÇÃO NA SALA DE
PARTO
PROGRAMA DE
INCENTIVO AO
ALEITAMENTO
Rn deve sugar durante a
1º hora de vida, desde
que a mãe e a cça se
encontrem em boas
condições, favorecendo o
contato olho a olho, pele
a pele de ambos
AÇÕES DA ENFERMAGEM
NA SALA DE PARTO
• Criar ambiente de tranquilidade e apoio,
conforto físico e emocional para facilitar o
contato íntimo entre a mãe e a cça
• A Administração de medicamentos,
sedativos e analgésicos, deve ser
criteriosa
• O RN deverá ser coberto com campo
aquecido e seco, colocado junto à mãe
para mamar
UNIDADE DE ALOJAMENTO
CONJUNTO
• Segundo o MS Alojamento Conjunto é o sistema
hospitalar em que o recém-nascido sadio, logo após
o nascimento, permanece com a mãe, 24h por dia,
num mesmo ambiente, até a alta hospitalar.
• Este sistema possibilita a prestação de todos os
cuidados assistenciais, bem como a orientação à mãe
sobre a saúde de binômio mãe e filho.
• Segundo BRENELLI (1994), mãe e recém-nascido
colocados lado a lado no pós-parto, a mulher é
estimulada à amamentar e a cuidar de sua criança
tão logo quando possível, com o objetivo principal de
proporcionar e fortalecer o vínculo mãe-filho e
estimular o aleitamento materno
OBJETIVOS DO
ALOJAMENTO CONJUNTO
• Aumentar os índices de Aleitamento Materno;
• Estabelecer vínculo afetivo entre mãe e filho;
• Permitir aprendizado materno sobre como
cuidar do RN;
• Reduzir o índice de infecção hospitalar cruzada;
• Estimular a participação do pai no cuidado com
RN;
• Possibilitar o acompanhamento da
amamentação sem rigidez de horário visando
esclarecer às dúvidas da mãe e incentivá-la nos
momentos de insegurança;
• Orientar e incentivar a mãe (ou pais)
na observação de seu filho, visando
esclarecer dúvidas;
• Reduzir a ansiedade da mãe (ou
pais) frente a experiência
vivenciadas ;
• Favorecer troca de experiências
entre mães;
• Melhorar a utilização das unidades
cuidados especiais para RN;
• Aumentar o nº de crianças
acompanhadas por serviço de saúde.
ATENDIMENTO DE
ENFERMAGEM PRESTADO DE
FORMA INDIVIDUAL
O atendimento ao binômio mãe-filho no Alojamento
Conjunto constitui-se na operacionalização da função
educativa do sistema.
Esse atendimento acontece de forma contínua
durante a internação e se dá de forma
individualizada e em grupo.
AÇÕES DE ENFERMAGEM NO
ATENDIMENTO INDIVIDUAL
• Receber a mãe no Alojamento Conjunto após sua alta
no Centro Obstétrico.
• Avaliar suas condições físicas e emocionais.
• Fornecer a mãe informações precisas sobre as
condições de seu filho no momento de sua admissão no
Alojamento Conjunto.
• Retornar com a mãe os dados já existentes em seu
prontuário de modo a esclarecê-los ou ampliá-los,
quando necessário, e demonstrar-lhe que sua chegada
já estava sendo preparada com interesse pelo
profissional.
• Colher dados pertinentes aos objetivos do Alojamento
Conjunto, os quais propiciam ações mais específicas à
realidade da pessoa.
• Esclarecer sobre as rotinas gerais da unidade, de modo
a situá-la melhor no ambiente.
• Esclarecer sobre os cuidados específicos, com
dietas, higiene, medicação, deambulação, etc.,
pontuando sempre estas orientações com os
hábitos da mãe de modo a integrá-la em suas
experiências anteriores e expectativas.
• Esclarecer sobre objetivos gerais do Alojamento
Conjunto.
• Avaliar, respeitando a opinião da mãe, a
oportunidade de instalação do Alojamento
Conjunto.
• Trazer o RN para junto da mãe.
• Propiciar condições para que na mãe possa
reconhecer seu filho, mostrando-se disponível
para auxiliá-la na amamentação ou situações
que lhe pareçam difíceis
• Oportunizar que o pai participe nos encontros da
enfermeira com a mãe, incentivando-o a expressar
suas opiniões.
• Realizar os primeiros cuidados com RN e orientar a
mãe incentivando-a a cuidar do filho, estendendo este
estímulo à participação do pai sempre que este tiver
presente.
• Supervisionar os cuidados prestados pela mãe: troca
de roupa, medidas de higiene, cuidados com o coto
umbilical, avaliação da temperatura, etc, objetivando
orientá-la e esclarecê-la em suas dúvidas.
• Orientar a mãe sobre os demais cuidados com os
filhos: vestuários, eliminações, avaliação da cor da
pele, atividades, sono, profilaxia da dermatite
amonical, prováveis causas de choro, necessidades
afetivas, encaminhamentos e avaliações clínicas
periódicas.
• Registrar nos prontuários da mãe e do RN as
condições evidenciadas e condutas tomadas de modo
a fornecer as informações necessárias para ações de
outros profissionais da equipe.
• Acompanhar a evolução diária da paciente objetivando
reforçar orientações e detectar precocemente
problemas clínicos e emocionais.
• Acompanhar a evolução diária do RN, incentivando a
mãe a participar deste acompanhamento com objetivo
de que ela possa sentir-se capaz de conhecer e avaliar
seu filho, reconhecendo assim, também, situações
onde necessitará da ajuda do profissional de saúde
para auxiliá-la no atendimento da criança.
• Preparar alta da mãe e do RN, revisando orientações
dadas e fornecendo os encaminhamentos necessários.
IHAC- Iniciativa do Hospital
Amigo da Criança
• Idealizada em 1990 OMS e pelo
Fundo das Nações Unidas para a
Infância (UNICEF) para promover,
proteger e apoiar o aleitamento
materno.
• Este programa denomina hospital
amigo da criança, a maternidade
que cumpre os 10 passos para o
aleitamento bem sucedido.
• Procedimentos colocados em
prática pelos profissionais de saúde
Dez Passos para o Sucesso do
Aleitamento Materno
1.Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que
deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipe de
cuidados de saúde;
2. Treinar toda a equipe de cuidados de
saúde,capacitando-a para implementar esta norma;
3. Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o
manejo do aleitamento;
4. Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira
meia hora após o parto;
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a
lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus
filhos;
6. Não dar a recém-nascidos nenhum outro
alimento ou bebida além do leite materno, a
não ser que seja indicado pelo médico;
7. Praticar o alojamento conjunto - permitir que
mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por
dia;
8. Encorajar o aleitamento sob livre demanda;
9. Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças
amamentadas ao seio;
10. Encorajar a formação de grupos de apoio à
amamentação para onde as mães devem ser
encaminhadas, logo após a alta do hospital ou
ambulatório.
RESTRIÇÕES AO
ALEITAMENTO MATERNO
• Mães infectadas pelo HIV;HTLV1 e
HTLV2;
• Uso de medicamentos incompatíveis com
a amamentação.ex:antineoplásicos e
radiofármacos;
• Crianças com galactosemia
INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA
DA AMAMENTAÇÃO
• Infecção herpética, quando há vesículas
localizadas na pele da mama. A amamentação
deve ser mantida na mama sadia;
• Varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele
5 dias antes do parto ou até 2 dias após o
parto, recomenda-se o isolamento da mãe até
que as lesões adquiram a forma de
crosta.Criança deverá receber imunoglobulina
humana antivaricela zoster em ate 96 hs após
nascer
• Doença de chagas na fase aguda ou
quando houver sangramento
mamilar evidente
• Abscesso mamário: até drenar ou
iniciar Atb.Ofertar a mama sadia.
• Consumo de drogas de abuso.
CONTRA INDICAÇÕES NEO
NATAIS
• Alterações da consciência da cça
• Baixo peso com imaturidade para
sucção ou deglutição
Fenda palatina que
impossibilite o ato de sugar
Condições maternas que não
contra-indicam o aleitamento
materno
• TB: mãe não tratadas ou bacilíferas( 2
primeiras semanas após início do
tratamento ) amamentem com máscaras.
RN deve receber isoniazida 10 mg/kg/dia
por 3 meses, após, fazer PPD, se reator,
medicar, se não reator, fazer BCG.
• Hanseníase:
Por se tratar de doença cuja transmissão
depende de contato prolongado da
criança com a mãe sem tratamento, e
considerando que a primeira dose de
Rifampicina é suficiente para que a mãe
não seja mais bacilífera, deve-se manter
a amamentação e iniciar tratamento da
mãe;
• HEP B: a vacina e a administração de
imunoglobulina após o nascimento
praticamente eliminam qquer risco
teórico de transmissão da doença via
leite materno.
• HEP C: a prevenção de fissuras
mamilares em lactantes HCV positivas é
importante , umas x q não se sabe se o
contato da criança com sangue materno
favorece a transmissão da doença.
• DENGUE: sem contra indicação.
• CONSUMO DE CIGARROS: sem
contra indicação.
• CONSUMO DE ÁLCOOL: sem contra
indicação
Posições para
amamentar
• A posição do bebê ao seio e a forma
em que pega a mama são
fundamentais para evitar problemas
na amamentacão, tais como mamilos
fissurados, ou seios engurgitados.
• POSIÇÃO SENTADA
(forma tradicional)
POSIÇÃO SENTADA CRUZADA
(no outro seio)
• POSIÇÃO DEITADA
POSIÇÃO SENTADA INVERSA
Amamentando gêmeos
POSICIONAMENTO
• ROSTO DO BEBÊ DE FRENTE PARA A
MAMA, NARIZ ENCOSTADO NO MAMILO
• CABEÇA E TRONCO ALINHADOS NO
MESMO EIXO, PESCOÇO NÃO PODE
ESTAR RODADO OU LATERALIZADO
• PESCOÇO DO BEBÊ LEVEMENTE
EXTENDIDO
• CORPO DO BEBE BEM APOIADO PELAS
MÃOS DA MÃE
PEGA
• BOCA DO BEBÊ BEM ABERTA,
ENVOLVENDO A MAIOR PARTE DA
ARÉOLA
• LÁBIO INFERIOR INVERTIDO
• LÍNGUA SOBRE A GENGIVA INTERIOR E
COM AS BORDAS CURVADAS PARA
CIMA
• DEGLUTIÇÃO VISÍVEL E AUDÍVEL
• QUEIXO TOCANDO A MAMA
Pontos chaves da OMS para
posicionamento e pega
• Pontos-chave do posicionamento adequado
1. Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na
altura do mamilo;
2. Corpo do bebê próximo ao da mãe;
3. Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não
torcido);
4. Bebê bem apoiado.
• Pontos-chave da pega adequada
1. Mais aréola visível acima da boca do bebê;
2. Boca bem aberta;
3. Lábio inferior virado para fora;
4. Queixo tocando a mama.
ARMAZENAMENTO DO LEITE
• FORA DA GELADEIRA- 2 hs máximo
• GELADEIRA- até 24 HS- prateleira superior,
nunca na porta.
• CONGELADOR- 15 DIAS- abaixo de 10º
• REAQUECER EM BANHO MARIA
• OFERECER AO BEBÊ EM COPINHO OU COLHER
• O LEITE ORDENHADO E PASTEURIZADO- 6
MESES DE CONGELADOR
• DESCONGELAR EM GELADEIRA, AQUECER EM
BANHO MARIA, HOMOGEINIZAR E OFERTAR
• Não se recongela leite materno após desgelado.
LEGISLAÇÃO
• Todas as mães têm o direito de amamentar seus filhos. No
trabalho, em casa e até quando estão privadas de liberdade, elas
têm direito a alimentar o seu filho no peito.
• O aleitamento materno é também um direito da criança.
• Segundo o artigo 9º do ECA, é dever do governo, das instituições
e dos empregadores garantir condições propícias ao aleitamento
materno.
• Existem várias outras menções na legislação brasileira de
promoção ao aleitamento materno, como o alojamento conjunto
em hospitais e as normas para comercialização e anúncio de
produtos como leite em pó, mamadeiras e chupetas
• Constituição de 1988- licença
maternidade por 4 meses ( cap II- art
XVIII) pais licença de 5 dias ( art. XIX)
• CLT:
• Empresa com + de 30 empregados com
mais de 16 anos-local para os bebês ate
6 meses- art 389
• Locais: berçário, saleta de amamentação,
cozinha dietética e banheiro- art 400
• Quem amamenta –direito nos 1ºs 6
meses de 2 pausas para descanso de ½
hr cada e intervalos normais para
repouso e alimentação art 396
• Set/2008- licença maternidade
prorrogada para func públicos por mais
60 dias, total 6 meses.
( senadora Patricia Saboya + Lula + SBP
DIFICULDADES NO
ALEITAMENTO
• Fissura ou rachadura - ocorre quando a posição do
bebê e a pega do mamilo estão erradas.
• Como evitar:
• Secar bem o mamilo
• Posicionar o bebê corretamente
• Como tratar:
• Expor as mamas ao sol
Cuidado para não provocar queimaduras
• Orientar a mãe a iniciar a mamada pela mama sadia
ou menos comprometida
MAMAS INGURGITADAS
Dolorosas,edemaciadas, hiperemiadas,
febre
• Esvaziar as mamas após as
mamadas
• Antes de colocar o bebê pra mamar,
fazer a expressão manual para
facilitar a pega
MASTITE
Se não conseguir dar o leite:
retirá-lo por extração manual
ou bomba
• O leite está “secando” - ocorre quando
se introduz mamadeira, chuca, bico ou
chupeta.
• Como evitar e tratar:
• Dar o peito sempre que o bebê quiser.
Quanto mais o bebê mama, mais a mãe
produz leite.
Alimentação da mãe que
amamenta
• Não existe leite fraco, mas a mãe que
amamenta precisa de uma quantidade
maior de alimentos e de líquidos. Assim,
ela supre suas necessidades e produz
leite em quantidade e qualidade
adequadas ao bebê.
• Consumir dieta variada, incluindo pães e
cereais, frutas, legumes, verduras,derivados do
leite e carnes;
• Consumir 3 ou mais porções de derivados do
leite /dia;
• Esforçar-se para consumir frutas e vegetais
ricos em vitamina A;
• Certificar-se de que a sede está sendo saciada;
• Evitar dietas e medicamentos que promovam
rápida perda de peso (mais de 500g por
semana);
• Consumir com moderação café e outros
produtos cafeinados.
• Se a família está com dificuldade
para conseguir comida, é preciso
identificar na comunidade
instituições que possam
complementar a sua alimentação
• O governo deve propiciar apoio
alimentar à mãe que amamenta.
Está no Estatuto da Criança e do
Adolescente
PARA PENSAR
• «Se fosse disponibilizada uma nova vacina
que pudesse prevenir a morte de um milhão de
crianças ou mais por ano e que, além disso, fosse
barata, segura, de administração oral e não
exigisse uma cadeia de frio, esta tornar-se-ia
numa prioridade imediata para a saúde pública.
A amamentação pode fazer tudo isso e mais
ainda, mas precisa da sua própria "cadeia quente"
de apoios - ou seja, cuidados profissionalizados
que permitam às mães ganhar confiança e lhes
mostrem o que fazer e as protejam de más
práticas.»
• - Lancet 1994;344:1239-41
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