Anais do 15O Encontro de Iniciação Científica e Pós-Graduação do ITA – XV ENCITA / 2009
Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos, SP, Brasil, Outubro, 19 a 22, 2009.
Implementação e acompanhamento de disciplinas a distância no ITA
Victor Moraes de Faria
Bolsista PIBIC-CNPq, Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA
[email protected]
Silvia Matravolgyi Damião
Orientadora, professora do Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA
[email protected]
Resumo. Este artigo descreve a implementação de uma disciplina no ambiente virtual de aprendizagem Moodle, instalado no
servidor do ITA, e relatar o acompanhamento dessa disciplina bem como a análise do rendimento dos alunos. Estudos sobre
Educação a Distância (EAD), teorias de ensino e aprendizagem e Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) são também
mencionados, já que tais assuntos são de fundamental importância na implementação deste projeto que traz inúmeros benefícios
aos alunos de Engenharia do ITA.
Abstract. This article describes the implementation of a discipline in the virtual learning environment Moodle, installed in ITA’s
computer server, and also analyse this discipline and the student’s efficienc throughout the cours. Studies about Distance Education
(DE), theories of teaching and learning and Virtual Learning Environments (VLEs) are mentioned as well, because such subjects
are of fundamental importance to the implementation of this project that brings several benefits to ITA’s Engineering students.
Palavras chave: Educação a Distância, Ambiente Virtual de Aprendizagem, Moodle.
1. Introdução
Existe um grande mito sobre a questão da Educação (ou Ensino) a Distância no Brasil. Muitos acreditam que
cursos não presenciais são de qualidade inferior e que não possuem o mesmo rendimento ou eficiência que um curso
presencial.
No entanto, com o advento das novas tecnologias de informação e comunicação, mais especificamente, com o
uso do computador e da Internet, cursos dessa natureza têm se mostrado muito pertinentes em contextos diversos.
Várias instituições ensino superior, tanto nacionais como internacionais, já implementaram em seus programas cursos
dessa natureza e muitas empresas adotam cursos a distância em programas de formação continuada de seus
funcionários. A construção, implementação, acompanhamento e avaliação de cursos a distância é hoje objeto de muitos
estudos acadêmicos.
A concepção de um curso a distância é muito diferente daquela de um curso tradicional, ministrado
presencialmente. Vários fatores devem ser considerados ao se elaborar um curso a distância, dentre eles, o local
(ambiente) em que o curso será inserido, as ferramentas que serão utilizadas, a metodologia do curso, a concepção de
ensino-aprendizagem que dá embasamento ao curso, a forma como o conteúdo será apresentado aos alunos e trabalhado
ao longo do curso, o papel do professor on-line e o papel do aluno on-line, dentre outros.
Observa-se que no contexto do ITA é possível introduzir cursos a distância que atendam a necessidades específicas dos
estudantes de graduação e, possivelmente, de pós-graduação também. No que diz respeito ao aprendizado de língua
inglesa, um estudo feito por Damião (2006) identificou necessidades acadêmicas imediatas dos alunos de graduação do
ITA e necessidades profissionais futuras, que podem ser atendidas por meio de cursos de curta duração, de
aproximadamente 20 horas/aula (presenciais ou a distância). Assim, num primeiro momento, dois cursos presenciais,
oferecidos como disciplinas facultativas para os alunos de graduação, foram preparados: um no ano letivo de 2007,
HUM-43 - Elaboração de curriculum vitae, cartas de apresentação e formulários em língua inglesa; e outro, no
primeiro semestre de 2008, HUM-44 - Abstracts no meio acadêmico: leitura, compreensão e produção. Embora muitos
alunos manifestassem interesse por essas disciplinas, poucos puderam efetivamente cursá-las devido a restrições de
carga horária e tempo.
Assim, este projeto buscou inserir a disciplina de HUM-43 em um ambiente virtual de aprendizagem,
acompanhar o andamento dessa disciplina ministrada a distância e analisar sua eficiência quanto ao rendimento e
aproveitamento dos alunos.
Espera-se que, na modalidade a distância, os cursos possam ser freqüentados por um maior número de alunos.
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2. O Ensino a Distância
Muitas instituições de ensino aplicam a chamada Educação a Distância (EAD) em seus programas com auxílio
das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), sobretudo com o uso do computador e da Internet. Sabe-se que
existem diversos tipos de EAD como aquelas que fazem uso da televisão e do correio, mas o que interessa a esse estudo
é a EAD com a utilização do computador e da Internet, que constitui o foco desta pesquisa.
Apesar de nos encontramos na era da informatização, introduzir esses modelos educacionais que se apóiam em
tecnologias como o computador e a Internet em uma estrutura tão conservadora como a da escola e da universidade,
pode ser uma tarefa bem difícil. Mas em um contexto onde os adventos tecnológicos alteram sobremaneira nosso modo
de vida, torna-se necessário transformar as concepções de ensino e aprendizagem existentes nas instituições de ensino,
levando-se em consideração as novas Tecnologias de Informação e Comunicação. Para isso, é preciso que os
educadores revisem o modo como ensinam, que entendam quais recursos as pessoas utilizam hoje para aprender, e que
os incorporem a suas práticas educacionais.
O conservadorismo existente nas escolas e universidades reside no fato de que o ensino está praticamente
centrado no professor. No entanto, deve-se educar o aluno de forma a dar a oportunidade de ele desenvolver um
pensamento crítico e autônomo e sua criatividade, sempre fazendo uso dos adventos tecnológicos representados pelas
TICs.
Os sistemas computacionais, com o uso dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs), estão sendo
desenvolvidos para promover o aprendizado conhecido por construcionista, que tem como objetivo proporcionar ao
estudante a tomada de iniciativa. Esse tipo de aprendizado surge em oposição ao modelo instrucionista tradicional, onde
a maior preocupação é com a aquisição e a transmissão da informação.
3. Ambiente Virtual de Aprendizagem
Ambiente Virtual de Aprendizagem é um tipo de sistema que fornece apoio às atividades realizadas pelo aluno,
constituindo um conjunto de ferramentas que são utilizadas ao longo do processo de aprendizagem. Os AVAs que são
estruturados para apoiar o aprendizado construcionista também podem ser chamados de Ambientes Interativos de
Aprendizagem (AIA). Nesse sistema, o aprendizado é dado por construção individual do conhecimento por meio de
exploração, investigação e descoberta. Um dos princípios desse ambiente é que os estudantes aprendem de maneira
mais efetiva quando constroem seu próprio conhecimento. O feedback obtido é dado pela interação do estudante com o
ambiente. Assim, o aluno obtém o retorno como função das suas ações, em lugar de um discurso dado pelo tutor.
3.1 O AVA Moodle
Moodle é a sigla em inglês para Modular Object Oriented Distance LEarning, e é conhecido no ambiente
computacional como um Sistema de Gerenciamento de Cursos (SGC) ou Course Management System (CMS) em
inglês. O Moodle também é considerado um AVA, e tem como objetivo auxiliar os educadores a criar cursos com
qualidade elevada e que são oferecidos online. Este AVA foi desenvolvido para apoiar o modelo construcionista de
aprendizagem e constitui um Open Source Software, ou software de fonte aberta em português. Assim, o Moodle pode
ser instalado, utilizado e até distribuído por qualquer pessoa que possua um sistema operacional (Windows, por
exemplo) compatível com o software.
O Moodle pode ser utilizado para cursos inteiramente online ou para complementar cursos presenciais, e
constitui uma ferramenta simples no quesito utilização. Para que um aluno tenha acesso aos cursos do Moodle
instalados no servidor de sua instituição de ensino, basta que ele preencha um formulário de cadastramento e que insira
uma senha para a disciplina que for cursar (no caso em que o educador tenha determinado uma senha). Ou, em outro
caso, o educador pode cadastrar esse aluno se tiver posse de seus dados, como nome completo e e-mail. Para acessar,
basta determinar um nome de acesso e senha. No entanto, mesmo uma pessoa sem realizar o cadastro pode ter acesso
restrito ao conteúdo dos cursos como visitante.
Os cursos desse AVA podem ser estruturados de formas diferentes, como por semana ou por tópicos. Na
estrutura por semanas, as atividades ocorrem semanalmente, de forma que se deve seguir o cronograma com o passar
das semanas. Por eventos, as atividades se sucedem sem precisar seguir a estrutura semanal.
As disciplinas no Moodle possuem diversos módulos, que são as possibilidades de atividades a serem
realizadas. Por exemplo, temos o módulo lição, que permite a produção de material para consulta e pode ser utilizado
para fornecer questões sobre o conteúdo apresentado. O módulo prova é utilizado para estabelecer uma tarefa com data
para execução, e pode até haver um limite de horas na data determinada, além de haver uma nota máxima atrelada à
tarefa. Pode-se fazer uso de questões de múltipla escolha e há também a possibilidade de se criar fóruns de discussão,
onde os alunos e professor podem discutir sobre questões relacionadas com o conteúdo do curso. Há também o módulo
teste, onde o professor cria questões de múltipla escolha, resposta curta ou verdadeiro/falso sobre determinado assunto.
Além disso, o educador pode fornecer arquivos para download contendo material teórico ou exercícios e há o recurso
chat, onde alunos e professores podem se comunicar e tempo real para trocar informações.
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4. O Curso HUM-43
O projeto vislumbrava, desde o início, a criação de um curso de inglês que buscasse atender às necessidades de
muitos alunos de graduação do ITA. O objetivo do curso HUM-43 - Elaboração de curriculum vitae, cartas de
apresentação e formulários em língua inglesa é proporcionar um aprendizado necessário aos alunos que possa se
enquadrar na carga horária tão intensa dos graduandos do ITA. Dessa forma, com o auxílio do Moodle, em sua versão
1.9, os estudantes podem cursar a disciplina no horário mais conveniente de forma a não entrar em conflito com os
horários da faculdade.
O curso, ao longo de sua implementação, sofreu modificações bastante significativas. No início, montou-se um
curso pouco interativo, que não era condizente com o esperado pelo projeto. No entanto, após análises minuciosas, o
curso foi amplamente modificado de forma a utilizar de maneira eficiente os recursos que Moodle oferece. Além disso,
o curso tornou-se altamente didático e interativo, promovendo maior contato entre os alunos e professor. A interface
final do curso, que recebeu o nome “Inglês para o mercado de trabalho” para ser aceito no currículo do ITA, pode ser
vista na Figura 1.
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Figura 1 – Estrutura final do curso de HUM-43
4.1 As atividades do curso
A versão final do curso, representada pela figura acima, de fato é muito mais didática e interativa. Todas as
atividades estão muito bem explicadas, direcionando o aluno para que ele possa utilizar o ambiente e seus recursos de
forma muito prática e proveitosa. As estrutura do curso foi fundamentada na proposta pedagógica de Ramos (2004) e
descrita por Damião (2009).
As duas partes do curso (curriculum vitae e cartas de apresentação) possuem atividades bastante
semelhantes, como atividades que com questões de múltipla escolha, de verdadeiro ou falso, fóruns para discussão, etc.
A divisão das atividades do curso foram feitas visando promover a maior interatividade possível entre aluno e
professor, e entre os próprios alunos.
A primeira parte do curso, conforme já foi dito, é voltada para a construção do currículo do aluno. O curso,
como mostra a Figura 1, foi estruturado da seguinte maneira: no tópico zero da página do curso, criou-se um espaço
para avisos. Nele, além de conter o nome do curso, o professor pode dar instruções aos alunos, bem como avisar sobre
algum material novo que foi inserido, ou alguma atividade nova que foi implementada. Já no primeiro tópico, há uma
pequena descrição de como o curso está estruturado, há materiais teóricos para que o aluno possa consultar e há um
glossário, mostrado na Figura 2, o qual pode ser editado pelos alunos, que disponibilizam para os outros estudantes o
significado de novas palavras em inglês que passam a conhecer ao longo do curso. No segundo tópico, tem-se um
espaço para que os alunos possam fazer o download de materiais com exemplos de currículos prontos. Ainda nele, há
uma atividade para ser feita, na qual o aluno deve baixar um documento, preenchê-lo e enviar para o professor pelo
próprio Moodle. Para isso o estudante deve fazer o upload do arquivo como mostra a Figura 3. Note que a atividade
mostrada na Figura 3 explica de maneira bem clara quais procedimentos o aluno deve adotar para realizar a tarefa,
evidenciando o caráter didático do curso.O terceiro tópico possui um fórum, como mostra a Figura 4, com um assunto
proposto pelo professor que deve ser discutido entre os alunos. Assim, tanto os alunos como o professor podem deixar
mensagens e participar da discussão com suas opiniões. Os tópicos quatro, cinco e seis, possuem exercícios para que os
alunos possam treinar seus conhecimentos sobre a construção de um currículo em inglês. Os exercícios são de três tipos
diferentes, podendo ser de múltipla escolha, verdadeiro ou falso, ou associativo. A Figura 5 mostra um exemplo de
atividade associativa.
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Figura 2 – Glossário
Figura 3 – Atividade de envio de arquivo
Figura 4 – Tema do fórum de discussões
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Figura 5 – Exercício do tópico 4
Nos tópicos sete e oito, faz-se uso do recurso wiki do Moodle. Com este recurso, os alunos podem
compartilhar conhecimento e construir algo juntos, como o curriculum vitae de um aluno fictício. Dessa forma,
qualquer pessoa inscrita no curso pode editar aquilo que está sendo construído na wiki. Dessa forma, eles podem ter um
exemplo de como construir seu próprio currículo a partir do que foi montado coletivamente. A Figura 6 mostra um
trecho de um currículo que está sendo construído em uma wiki. O tópico nove possui um documento do Microsoft
Word para download, que tem campos que devem ser preenchidos com informações do aluno para auxiliá-lo na
montagem de seu currículo. Ainda neste tópico, o aluno tem um espaço para fazer o upload desse documento para que o
professor possa corrigir e dar-lhe um retorno. No final, temos o tópico dez, que nada mais é que um espaço para que o
estudante faça o upload do seu currículo final, que deve ser feito em um arquivo .doc do Microsoft Word. Assim, o
professor poderá ter acesso ao documento e corrigí-lo.
A segunda parte do curso, que tem como objetivo criar uma carta de apresentação em inglês, possui atividades
muito semelhantes às da primeira parte. O que muda são os documentos que são disponibilizados aos alunos e os
exercícios que devem ser feitos por eles. A parte de wiki foi suprimida, caso contrário o curso tornar-se-ia muito
extenso. É desnecessário falar de cada tópico, pois eles possuem o mesmo formato e disposição que os da primeira
parte.
Figura 6 – Trecho de currículo no recurso wiki
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4.2 Questionário sobre o curso
A disciplina de HUM-43, como foi explicitada acima, foi cursada pelos alunos e, no final, foi-lhes enviado um
questionário com questões pertinentes ao curso e à metodologia utilizada.
O questionário é composto de sete perguntas e um espaço para críticas e/ou sugestões. A primeira pergunta é
direcionada aos alunos que não concluíram o curso, perguntando-lhes qual o motivo de não o terem feito. Todos
responderam que foi pela falta de tempo devido à carga horária intensa do ITA. A segunda pergunta tem como objetivo
saber os pontos fortes e fracos do curso para os alunos. Como ponto forte, todos responderam a questão da flexibilidade
do curso, tanto temporal quanto espacial, já que pode ser feito em qualquer horário e não há a necessidade de
deslocamento. Foi mencionada também a qualidade do material disponibilizado. Como ponto fraco, foi mencionada a
falta de comunicação dentro do grupo e a cobrança menor em relação a um curso presencial. A terceira pergunta
procura saber o que poderia ser feito para melhorar a estrutura do curso. Mencionaram que seria interessante
disponibilizar mais exercícios, mesmo que opcionais para aqueles que desejam se aprofundar. A quarta pergunta referese aos recursos do Moodle, procurando saber se eles foram bem aproveitados. A grande maioria achou que sim, e
alguns acharam que o fórum poderia ser mais utilizado pelos alunos. A quinta pergunta busca saber se o contato
professor-aluno foi suficiente. Quase todos acharam que sim, elogiando inclusive a prontidão das respostas da
professora. A sexta pergunta visa saber do aluno seu interesse em realizar outros cursos de inglês pela Internet. Todos
responderam que têm muito interesse. Principalmente pela questão da flexibilidade, ou porque desejam viajar pro
exterior. A sétima questão pergunta se há vantagens do curso a distancia em relação aos cursos presencias no ITA. Foi
dito que pelo fato dos alunos do ITA possuírem uma enorme capacidade de aprenderem sozinhos, poderiam haver mais
cursos desse tipo. Além disso, foi mencionada a questão da flexibilidade, que foi muito citada no questionário como um
todo. No espaço das sugestões, falou-se em implementar mais cursos deste tipo no ITA, o que traria, de fato, muitos
benefícios aos alunos da instituição.
5. Conclusões
A era da informatização de fato exige uma ampla revisão quanto à concepção dos métodos educacionais nas
instituições de ensino. Tanto as universidades quanto as escolas possuem, em geral, educadores que ainda se apegam
aos modelos tradicionais de ensinar, em que a aula está centralizada no professor e a preocupação maior está na
transmissão da informação. Mas, com o desenvolvimento cada vez maior das Tecnologias de Informação e
Comunicação, os educadores devem aperfeiçoar-se e capacitar-se para buscar implementar as TICs no meio
educacional.
Os sistemas computacionais, sobretudo os Ambientes Virtuais de Aprendizagem, são desenvolvidos cada vez
mais no sentido de auxiliar o processo de ensino. Os AVAs vêm sendo desenvolvidos para proporcionar o aprendizado
construcionista, em que o aluno constrói seu conhecimento através de etapas como o planejamento, a observação e a
reflexão daquilo que está estudando.
A interatividade e a facilidade para acessar e utilizar essas tecnologias proporciona a aplicação do Ensino (ou
Educação) a Distância. O EAD tem sido aplicado em diversos contextos educacionais e alcança proporções cada vez
maiores em nosso país. Esta modalidade de ensino teve seu início em rádios e depois na televisão, mas com o
surgimento das novas tecnologias, o EAD tem sido empregado com o uso do computador e da Internet nas instituições
de ensino.
A Educação a Distância tem obtido resultados muito positivos tanto no Brasil quanto em muitos outros países,
e os alunos que se submetem aos cursos à distância elogiam sobremaneira essa modalidade de ensino. De fato, não
existe mais as barreiras de tempo e espaço que podem dificultar ou até impossibilitar o aluno de assistir às aulas. Com o
uso da Internet e dos AVAs, os estudantes podem acessar o conteúdo dos cursos no horário que lhes é mais
conveniente. Assim, o aluno não precisa assistir a uma aula em um momento em que esteja estressado e não precisa
enfrentar um trânsito de quilômetros, como ocorre em alguns casos, para chegar à instituição de ensino. Assim, os
alunos de cursos à distância têm, em muitos casos, resultados mais satisfatórios que aqueles que atendem a cursos
presenciais.
Após a implementação do curso HUM-43 no ITA, foi possível observar, na prática, como o EAD traz tantos
benefícios aos estudantes. Devido à carga horária intensa do Instituto, muitas disciplinas optativas poderiam ser
oferecidas à distância com o uso do AVA Moodle, que está instalado no servidor da faculdade, visando oferecer a
oportunidade dos alunos cursarem disciplinas que não poderiam cursar presencialmente por falta de tempo. Dessa
forma, eles poderiam acessar seu conteúdo no momento de sua preferência, e teriam acesso a disciplinas que porventura
representem algumas de suas necessidades acadêmicas.
6. Agradecimentos
Anais do XV ENCITA 2009, ITA, Outubro, 19-22, 2009
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Agradeço à professora Silvia Matravolgyi Damião por todo apoio e por mostrar-se sempre prestativa a ajudar e
esclarecer qualquer dúvida ao longo do projeto. Além disso, agradeço o empenho em disponibilizar materiais de
primeira qualidade para a realização das pesquisas.
Agradeço também à professora Osilene Maria de Sá e Silva da Cruz, pelo apoio em revisar o curso
implementado no Moodle, fornecendo opiniões muito valiosas para que o curso pudesse se tornar mais didático e
interativo.
Agradeço ainda à Edna Maria dos Santos da Divisão de Informática do ITA (IAI) pela atenção quando houve
necessidade de acesso ao AVA Moodle, que está instalado no servidor do ITA, bem como pelo auxílio para resolver
pequenos problemas decorrentes da atualização do Ambiente.
Também agradeço aos alunos que fizeram o curso de HUM-43, pois colaboraram para que o projeto fosse
possível de ser implementado na prática.
E um agradecimento especial ao CNPq pelo auxílio, pelo incentivo e pela oportunidade de realizar este projeto.
7. Referências
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http://www.abed.org.br/congresso2007/tc/512200714317PM.pdf. Data da última visitação ao site: 30 de janeiro
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http://www.administradores.com.br/artigos/a_ead_no_ensino_superior/12991/. Data da última visitação ao site:
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Moodle – site de demonstração de cursos
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