CULTURA E MOVIMENTO: SISTEMATIZAÇÃO DE CONTEÚDOS E METODOLOGIAS DE ENSINO PARA O COMPONENTE CURRICULAR EDUCAÇÃO FÍSICA Markus de Lima Silva 1 (UFS) [email protected] Luiz Anselmo Menezes Santos2 (DEF/UFS) [email protected] RESUMO: O presente artigo pretende relatar os resultados alcançados com a prática pedagógica desenvolvida através do Projeto de Extensão “Cultura e Movimento: divulgação de conteúdos e metodologias para o componente curricular Educação Física” aprovado pelo PIBIX/UFS (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Extensão) em 2009. A intenção foi o de apresentar parâmetros para operacionalização da Educação Física a partir dos pressupostos da cultura corporal de movimento. Desta forma, apresentamos um caminho de como contextualizar os conteúdos de ensino da Educação Física, relacionando-os com a cultura dos indivíduos, na perspectiva do ensino-aprendizagem. Os dados apresentados foram concretizados contando com a colaboração dos alunos e professores do Colégio Estadual José de Alencar, onde foram desenvolvidas atividades que envolveram: a reciclagem de diversos materiais para os fins didático-pedagógicos; o diagnóstico motor dos alunos; intervenções pedagógicas e registro áudio-visual das aulas ministradas, oportunizando a ampliação das aprendizagens dos alunos, fato manifestado ao final das atividades realizadas. Palavras-chave: Educação Física escolar, ensino-aprendizagem, cultura corporal de movimento. INTRODUÇÃO Projeto de Extensão “Cultura e Movimento: divulgação de conteúdos e metodologias para o componente curricular Educação Física” aprovado pelo PIBIX (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Extensão) foi realizado no período de 01 de junho de 2009 a 31 de maio de 2010. Teve como principal característica apresentar parâmetros para operacionalização da Educação Física a partir da aplicação de conteúdos propostos para este 1 2 Graduando do 6º período em Educação Física pela Universidade Federal de Sergipe. Professor Mestre Assistente do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Sergipe. componente curricular. Os conteúdos adotados pelo projeto se basearam principalmente no livro “Proposta de Sistematização de Conteúdos para a Educação Básica: componente curricular Educação Física”, elaborado pelos professores do Departamento de Educação Física da UFS. Baseando nestes parâmetros, situamos o desenvolvimento do projeto na consolidação de conteúdos específicos para Educação Física Escolar a partir da concepção da Cultura Corporal de Movimento, em viabilizar aos acadêmicos experiência didático-metodológica que possibilite o exercício da docência garantido uma formação do professor de forma dinâmica entre Ação-Reflexão, no estabelecimento de relações entre a educação integral do indivíduo e as diferentes condutas corporais aprendidas culturalmente de forma mecânica, como também em possibilitar a interligação entre a pesquisa, o ensino e a extensão na aplicação de métodos que estimulem a experimentação de elementos científicos na sistematização de praticas corporais aplicadas ao estudo do movimento. Logo, para o estabelecimento dos objetivos acima descritos, participaram das atividades desenvolvidas pelo projeto (100) cem alunos do ensino fundamental menor do Colégio Estadual José de Alencar Cardoso, como também outras (30) trinta instituições estaduais de ensino, onde fizemos a divulgação, através de reunião, com os responsáveis pelo estabelecimento dos resultados obtidos pelo projeto e entregamos a cada uma delas um exemplar da proposta curricular da Educação Física adotada pelo projeto. DESENVOLVIMENTO Pensar em Educação Básica é levar em consideração a consolidação de uma formação do educando, isto é, que o educador ao exercer sua prática pedagógica utilize-se do processo de ensino-aprenzidagem. A sistematização de conteúdos de ensino são organizações de ações ditas como intelectuais, sistematizadas, facilitadoras, em momentos contextualizados, complexos e incertos pelos alunos, para que a partir destas situações criadas pelos professores os alunos recriem, reformulem e reorganizem seus conhecimentos de forma ativa e crítica, isto é, os alunos se apropriarão do objeto de conhecimento (oportunidade de aprendizagem) estabelecendo relações, percepções e compreensões, sempre interagindo com o meio, desta forma adquirindo a aprendizagem. Até então, essa Educação Física vem sendo aplicada como uma atividade complementar de cunho extracurricular, portanto, sem compromisso e contribuição direta e formal para com a Educação do sujeito na escola. Os professores internalizaram essa concepção de Educação Física, limitada ao fazer espontâneo da criança, nas primeiras séries e ao estabelecimento de padrões de movimento nas séries mais avançadas. Esse comportamento dominante camufla concepções de homem, ensino e sociedade, uma vez que se corre o risco de proporcionar oportunidades bem pobres de aprendizagem em toda a Educação Básica. Como se sabe, a verdadeira aprendizagem se dá da ação do sujeito sobre os objetos de conhecimento, para que lhe seja possível assimilar formas e conteúdos desses objetos e, em seguida, modificar-se e modificá-los (NEIRA, 2005, p. 88). O desafio para a Educação Física nesse momento é, então, seguir como prática educativa, devendo ir ao encontro dos objetivos definidos em cada proposta pedagógica sem perder a especificidade da área. Junto com os demais componentes curriculares a Educação Física está definida, na Educação básica, como portadora de um conhecimento capaz de fazer alunos de diferentes sexos, faixas etárias, religiões e etnias, viverem a sua cidadania de maneira autônoma. Ao considerar o corpo e suas linguagens como intrusos na aprendizagem do saber sistematizado, a instituição escolar e os próprios professores parecem não estar preparados para lidar com o corpo em movimento. Podemos, assim, inferir que não é à toa que as práticas corporais como conteúdos da Educação Física não têm espaço na escola. Isso se dá pelo fato de seus caminhos pedagógicos serem opostos dos preceitos metodológicos dos outros componentes curriculares, pois seus conhecimentos advêm da expressão corporal como linguagem, e suas formas de aprendizagem consideram o homem em movimento, como até hoje o é fora da escola. (Melo, 2006, p.189). Enquanto componente curricular, a Educação Física deve se posicionar de maneira estratégica junto aos outros componentes, no intuito de colaborar para a formação básica dos educandos. Entretanto, apesar do reconhecimento legal, a prática pedagógica materializada cotidianamente nas escolas brasileiras com a Educação Física em sua maioria ainda não manifestam um comprometimento formativo educacional. A Educação Física como componente curricular exige um novo pensar e um novo agir de seus professores, no intuito de dar sentido às práticas pedagógicas e às aprendizagens delas decorrentes. Tal atitude permite o surgimento de um novo olhar para a Educação Física, e possibilita, dentre outras coisas, sua valorização e consolidação pelo desenvolvimento de conteúdos que contribuem para o pleno desenvolvimento do sujeito (LDB) (Brasil, 1997). “Trata-se de organizar o conhecimento pedagógico da Educação Física de forma a garantir uma efetiva aprendizagem de seus conteúdos por parte dos alunos”. (Melo, 2006, p.189). Nesse caso, é importante a tarefa de seleção de conteúdos, pois estes são a base que comporá a aprendizagem dos alunos. Na compreensão de Darido (2005), os conteúdos de ensino são os conjuntos de conhecimentos, habilidades, hábitos, modo valorativo e atitudinais de atuação social, abordados pedagógica e didaticamente, tendo em vista a assimilação ativa e aplicação pelos alunos em sua prática de vida. Por esse motivo, propõe-se uma abordagem dos conteúdos seguindo três dimensões: conceitual – compreendendo “o que o aluno deve saber”, procedimental – que compreende “o que se deve saber fazer” e atitudinal – que compreende “o como deve ser”. Nesse sentido, o aluno deverá apropriar-se de conhecimentos que justificam a presença e importância da Educação Física na educação básica. Esse componente curricular pode ainda contribuir para que as diversas manifestações da Cultura Corporal de Movimento sejam preservadas, difundidas e conhecidas, contribuindo também para o aperfeiçoamento das práticas democráticas necessárias nas aulas a fim de que as diferenças possam ser respeitadas. Trata-se, então de dar aos conteúdos uma abordagem para além do fazer. A Educação Física possui um vasto conteúdo formado pelas diversas manifestações corporais criadas pelo ser humano ao longo dos anos. São eles jogos, brincadeiras, danças, esportes, ginásticas, lutas, etc. Este conjunto de práticas tem sido chamado de cultura corporal de movimento, cultura corporal, cultura de movimento, etc. Por se tratar de um conjunto de saberes diversificado e riquíssimo, existe a possibilidade de transmiti-lo na escola, porém não é o que se observa na maioria das aulas de Educação Física. (ROSÁRIO & DARIDO, 2005,p.165) A Educação Física configura-se, nesse âmbito, como elemento dentro do processo educativo, onde os valores/fins da Educação formal e seus respectivos objetivos estendem-se, em sua totalidade, à Educação Física que, como ato educativo, deve estar voltada para a formação do homem, em dimensão pessoal e social, envolvendo-o como uma unidade em relação mútua com a realidade social. No momento em que a profissão docente é concebida como uma ocupação de caráter intelectual, que requer uma formação longa em instituições que procuram articular, de forma indissociável, as atividades de ensino, pesquisa e extensão, a concepção do ato pedagógico baseia-se na construção pessoal do docente, estruturada a partir da análise que ele faz do real, dos conhecimentos teóricos adquiridos na sua formação e de conhecimentos práticos adquiridos em sua ação. A formação de professores de Educação Física é concebida como um processo permanente e contínuo que abrange todo o percurso profissional. Essa formação progressiva é justificada tanto pela natureza humana da profissão docente quanto pela dinâmica e complexidade do sistema educativo. METODOLOGIA A estruturação de conhecimentos foi elaborada de uma maneira que pudesse ser aproveitada em qualquer escola a partir das atuais Diretrizes Pedagógicas que consideram a disciplina Educação Física com um componente curricular dentro do processo ensinoaprendizagem. O projeto desenvolveu meios e estratégias para que os professores nele envolvidos sejam capazes de propor e construir Programas de Educação Física Escolar ajustados à proposta pedagógica da escola. O que se pretende oferecer é um ensino da Educação Física pautado em conteúdos que atendam a formação humana: a cognitiva, a cultural, a ética, a sociopolítica e afetiva, com o objetivo de trabalhar conhecimentos que tenham sentido e significado a partir da compressão da realidade social. Neste sentido, as praticas corporais desenvolvidas serão utilizadas como instrumento de comunicação e de intervenção da cultura corporal de movimento. O projeto contou com a participação de bolsistas do curso de Licenciatura em Educação Física da UFS nas ações pedagógicas previstas pelo programa e plano de curso da respectiva disciplina. Para tanto, o desenvolvimento do projeto aconteceu no Colégio Estadual José de Alencar, situado no bairro Bugio, na cidade de Aracaju, onde contou com a colaboração da professora de Educação Física da instituição, como também com os alunos do Ensino Fundamental Menor (1º ao 5º ano). Dentre as atividades desenvolvidas no projeto podemos citar a divulgação da proposta de sistematização de conteúdos para o componente curricular Educação Física, a aplicação de aulas com metodologias inovadoras, orientação de práticas pedagógicas, construção de materiais didáticos a partir de sucata e de produtos recicláveis, registro áudio-visual das intervenções desenvolvidas no colégio, o que resultou na produção do DVD “Projeto de Extensão Cultura e Movimento”, avaliação e divulgação dos resultados alcançados. A estruturação das atividades desenvolvidas no projeto estiveram situadas basicamente em quatro fases, organização e reciclagem dos materiais didático-pedagógicos, o diagnóstico dos alunos envolvidos nas intervenções, as aulas desenvolvidas a partir dos conteúdos programáticos e a elaboração e difusão dos registros produzidos durante todo o transcorrer do projeto, sendo que esta ultima fase ainda está em processo de concretização, ou seja, estamos organizando os materiais necessários para a divulgação com os professores e toda coordenadoria pedagógicas dos mais diferentes colégios da cidade. Dentre os materiais aproveitados como recursos didáticos podemos citar garrafas pet, plásticos, caixas de papelão, jornais e revistas velhas, cabo de vassoura, etc. De início, já no âmbito escolar, nossas intervenções foram embasadas na aplicação das atividades cujo objetivo permeou no diagnóstico de como os alunos, nos quais foram dedicados nossos esforços, estão em seu movimento, ritmo, percepção, atenção, afetividade, cooperação, etc., pois entendemos que toda prática pedagógica deve ser posterior a um diagnóstico, fazendo com que facilite o trabalho do professor. Na terceira etapa, o projeto teve como parâmetro o objetivo de operacionalização das aulas planejadas para as turmas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, sendo que cada turma teve a oportunidade de ter uma vivência com cada um dos conteúdos selecionados. As aulas procuraram ter como eixo norteador a abordagem sintética de explicação teórica dos conteúdos, levando em conta o grau de desenvolvimento dos alunos, seu grau de escolaridade, o contexto do colégio e da turma, entre outros, como também uma vivência prática do assunto mencionado, ressaltando também questões éticas e condutas de convívio social. Na quarta etapa do projeto tivemos como principais atividades desenvolvidas a produção do DVD “Projeto de Extensão Cultura e Movimento”, no qual seu conteúdo estão os registros das aulas desenvolvidas com os alunos do Colégio Estadual José de Alencar, como também estamos numa fase adiantada da elaboração da segunda edição do livro adotado como parâmetro de organização didático-pedagógica, tendo em vista a possibilidade de expor este trabalho nos colégios da cidade de Aracaju como forma de problematizar e refletir que a Educação Física pode e deve ser vista como uma disciplina comprometida com a formação dos alunos. Nesta fase de difusão também concentramos nossos esforços na visitação de trinta colégios da rede estadual de ensino público situados no município de Aracaju. Estas visitas tiveram como objetivo a divulgação dos materiais e resultados produzidos no desenvolvimento do projeto, ou seja, a doação em todos os colégios da proposta curricular da Educação Física, o compartilhamento dos nossos relatos das nossas experiências no projeto, como também, a oportunidade de estabelecer relações com outras instituições escolares e mostrar-lhes que as aulas de Educação Física podem se direcionar a outros caminhos, como características formais, aos quais vemos com tanta freqüência no cotidiano escolar nos dias atuais. RESULTADOS As turmas demonstraram receptividade e motivação frente às atividades propostas. Esta avaliação tornou-se perceptível na expressão, tanto oral, como corporal que os alunos externaram na dedicação em executá-las, tanto correta, como erroneamente, os alunos manifestaram um grande interesse ao que estava sendo proposto. Este fato foi construído principalmente nos relatos feitos por eles após cada aula em que pediam mais atividades, perguntando quando seria a próxima, como também na manifestação da aprendizagem dos conteúdos propostos. As aulas durante o transcorrer da execução do projeto tiveram como grande meta proporcionar aos alunos vivências corporais relacionadas a sua cultura. Para tanto, foram oportunizados aos alunos conhecimentos relacionados a sua aprendizagem motora, sobre as mais diferentes manifestações culturais vivênciadas através do movimento humano no seu contexto, as relações existentes entre o rítmo e a expressão corporal, o desenvolvimento da sensibilidade e como esta poderá possibilitar a criatividade do aluno, os cuidados referentes a sáude corpórea, os conhecimentos acerca da ética, das normas e condutas relacionadas ao convívio em sociedade, possibilitando o exercício da cidadania. Desta forma, para a concretização destes objetivos educacionais, utilizamos como procedimento didático o processo motivacional do aluno, instigando-o e dasafiando-o nas situações-problema encontradas, vivências relacionadas com a cooperação, a socialização, como também reflexões acerca das nossas condutas no cotidiano. É importante ressaltar a forma com a qual as instituições escolares nos receberam na divivulgação dos materiais e resultados produzidos no projeto. Tivemos acesso a trinta instituições públicas de ensino estadual, onde fora entregue respectivamente trinta livros da proposta curricular da Educação Física adotada pelo projeto. Percebemos o grande interesse e admiração, em sua maioria, pelo o que nós haviamos desenvolvido. Este interresse e esta admiração tornou-se notória na medida em que a gestão dos colégios manifestaram a intenção em desenvolver o projeto na instituição, nos comentários realizados, estes que se baseavam em nos estimular ainda mais em desenvolver ações desta natureza, pois para elas ainda é algo muito carente no âmbito escolar, enfim, são manifestações como estas que nos encorajam e nos motivam ainda mais a desenvolvermos nossos ideais e principios educacionais acerca da Educação Física. Diante do que foi exposto neste trabalho, evidencia-se que a educação desenvolvida no ambiente escolar terá grande relevância nos processos formativos do ser humano. Educação esta que será desenvolvida através do ensino acompanhado de seus respectivos componentes curriculares. A Educação Física ao se considerar um componente curricular, enquanto disciplina formadora, deve-se tornar uma disciplina escolar com objetivos para fins de ensinoaprendizagem, onde o professor deve garantir aprendizagem ativa de seus alunos. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Educação Física ao ser considerada um componente curricular, enquanto disciplina formadora deve-se tornar uma disciplina escolar com objetivos para fins de ensinoaprendizagem, onde o professor deve garantir aprendizagem ativa de seus alunos. Esta disciplina é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, tem que estar submetida ao projeto pedagógico da escola. Se a atuação do professor é na quadra e em outros lugares do ambiente escolar, seu compromisso é com a escola, com o projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da formação humana. No entanto, como muitos professores reconhecem, a educação do corpo não se dá apenas nas aulas de Educação Física, mas nas diferentes experiências formativas (ou não-formativas), indo além da vida escolar e se refletindo em toda a vida social dos sujeitos. Como a literatura aponta, e os professores reconhecem no seu dia-a-dia, o corpo surge como uma das dimensões humanas que mais recebem atenção no seio de nossa cultura, do ponto de vista estético, tecnológico, científico, profilático, etc. Isso, por sua vez, traz uma série de conseqüências para aquilo que compõe nosso entendimento sobre o que é corpo ou o que significa “ser corpo” no mundo atual. Portanto, faz-se necessário compreender os diferentes saberes, valores, sentimentos e crenças que interferem sobre a constituição de nosso corpo, tanto no plano individual como social. Ao longo do processo formativo, torna-se essencial abordar questões como orientação sexual, ética, consumo, trabalho, saúde, violência doméstica, exclusão, preconceitos, etc. Assim, é essencial identificar e ampliar essas práticas educativas de maneira organizada e fundamentada, partindo do entendimento de que qualquer iniciativa educacional sobre a cultura corporal de movimento pauta-se sempre por uma intencionalidade. No entanto, reconhece-se que esse intento não se concretizará de forma simples ou fácil. Daí a importância que o conhecimento assume como sustentáculo dessa iniciativa de ressignificação do sentido da Educação Física na escola. Portanto apresentamos aqui perspectivas e reflexões para as aulas de Educação Física direcionada para a formação do educando. Os conteúdos devem ser pedagogizados com sentidos e significados, e necessitam ser trabalhados de forma integral, proporcionando por sua vez aprendizagens significativas, levando os alunos a aprender a aprender. Destacamos que as aulas de Educação Física não podem ser um apêndice das demais disciplinas e atividades escolares, nem ser um momento subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas em sala. REFERÊNCIAS DARIDO, Suraya C. & RANGEL, Irene C. A. (Coord.). Educação Física na Escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara/ Koogan, 2005. MELO, José Pereira de. Perspectivas da Educação Física Escolar: reflexões sobre a Educação Física como componente curricular. Revista Brasileira de educação Física e Esporte. São Paulo, v.20, set. 2006. Suplemento n. 5. p. 188-90 MENEZES, José A. Santos; SANTOS, Luiz Anselmo M.; SOUZA, Marília M. Nascimento; SANTOS, Keylla S. Carvalho. Proposta de sistematização de conteúdos para a educação básica: componente curricular educação física. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, 2009. NEIRA, Marcos Garcia. Educação Física: desenvolvendo competências. São Paulo: Editora Phorte. 2005. ROSÁRIO, Luís F. Rocha & DARIDO, Suraya C. A. sistematização dos conteúdos da educação física na escola: a perspectiva dos professores experientes. IN: Revista Motriz. Rio Claro, v.11 n.3 p.167-178, set./dez. 2005. SCARPATO, Marta (org.). Educação Física: como planejar aulas de educação básica. São Paulo: Avercamp, 2007.