Fotografias famosas
A imagem de Che
A famosa foto de Che Guevara,
conhecida formalmente como
“Guerrilheiro Heróico”, onde aparece
seu rosto com a boina negra olhando
ao longe, foi tirada por Alberto Korda
em cinco de março de 1960 quando
Guevara tinha 31 anos num enterro de
vítimas de uma explosão. Somente foi
publicada sete anos depois.
O Instituto de Arte de Maryland – EUA
denominou-a “A mais famosa
fotografia e maior ícone gráfico do
mundo do século XX”. É, sem sombra
de dúvidas, a imagem mais
reproduzida de toda a história
expressa um símbolo universal de
rebeldia, em todas suas
interpretações, (segue sendo um
ícone para a juventude não filiada às
tendências políticas principais).
A menina do Vietnã
Em oito de junho de 1972, um avião
norte-americano bombardeou a
população de Trang Bang com
napalm. Ali se encontrava Kim Phuc e
sua família. Com sua roupa em
chamas, a menina de nove anos
corria em meio ao povo desesperado
e no momento, que suas roupas
tinham sido consumidas, o fotógrafo
Nic Ut registou a famosa imagem.
Depois, Nic levou-a para um hospital
onde ela permaneceu por durante 14
meses sendo submetida a 17
operações de enxerto de pele.
Qualquer um que vê essa fotografia,
mesmo que menos sensível, poderá
ver a profundidade do sofrimento, a
desesperança, a dor humana na
guerra, especialmente para as
crianças.
Hoje em dia Pham Thi Kim Phuc está
casada, com dois filhos e reside no Canadá
onde preside a “Fundação Kim Phuc”,
dedicada a ajudar as crianças vítimas da
guerra e é embaixadora da UNESCO.
Abbey Road (1969)
A famosa fotografia da capa do álbum
foi tirada do lado de fora dos estúdios
Abbey Road em 8 de agosto de 1969
por Iain Macmillan. A sessão de fotos
durou dez minutos, John sempre muito
apressado só queria "tirar a foto e sair
logo dali, deveriamos estar gravando o
disco e não posando pra fotos
idiotas" detalhe: a ideia da foto era de
Paul McCartney. Foram feitas seis
fotos. Paul McCartney escolheu a que
achou melhor.
A foto foi objeto de rumores e teorias
de que Paul estaria morto, vítima de
um acidente de carro em 1966. Apesar
de ter sido apenas uma brincadeira e
puro marketing do grupo, a lenda ainda
é assunto de alguns beatlemaníacos.
Na capa do LP, os Beatles estão a
atravessar a rua numa faixa de
segurança a poucos metros do Estúdio
Abbey Road, e ficou marcada para
sempre para muitas pessoas.
Execução em Saigon
“O coronel assassinou o preso; mas e
eu… assassinei o coronel com minha
câmara? – Palavras de Eddie Adams,
fotógrafo de guerra, autor desta foto
que mostra o assassinato, em um de
fevereiro de 1968, por parte do chefe
de polícia de Saigon, a sangue frio, de
um guerrilheiro do Vietcong.
Adams, correspondente em 13
guerras, obteve por esta fotografia um
prêmio Pulitzer; mas ficou tão
emocionalmente tocado com ela que
se converteu em fotógrafo paisagístico.
Au bord de la Marne
Embora mais tarde viria a ser aclamado
como o pai do fotojornalismo, Henry
Cartier-Bresson estava em sua situação
máxima de conforto quando estava
tirando fotos que aparentemente não
diziam nada – homens nas ruas de Paris,
banhistas na fortaleza Pedro e Paulo, etc.
À primeira vista, a imagem – uma das
fotografias mais famosas de Bresson –
parece exatamente como sua linguagem:
os trabalhadores cansados em Juvisny
passando uma preguiçosa tarde às
margens do rio Marne.
A menina afegã
Sharbat Gula foi fotografada quando
tinha 12 anos pelo fotógrafo Steve
McCurry, em junho de 1984. Foi no
acampamento de refugiados Nasir
Bagh do Paquistão durante a guerra
contra a invasão soviética.
Sua foto foi publicada na capa da
National Geographic em junho de 1985
e, devido a seu expressivo rosto de
olhos verdes, a capa converteu-se
numa das mais famosas da revista e
do mundo.
No entanto, naquele tempo ninguém
sabia o nome da garota. O mesmo
homem que a fotografou realizou uma
busca à jovem que durou exatos 17
anos. Em janeiro de 2002, encontrou a
menina, já uma mulher de 30 anos e
pôde saber seu nome. Sharbat Gula
vive numa aldeia remota do
Afeganistão, é uma mulher tradicional
pastún, casada e mãe de três filhos.
Ela regressou ao Afeganistão em 1992.
O homem do tanque Tiananmen
Também conhecido como o “Rebelde
Desconhecido”, esta foi a alcunha que
foi atribuído a um jovem anônimo que
se tornou internacionalmente famoso
ao ser gravado e fotografado em pé em
frente a uma linha de vários tanques
durante a revolta da Praça de
Tiananmen de 1989 na República
Popular Chinesa.
A foto foi tirada por Jeff Widener, e na
mesma noite foi capa de centenas de
jornais, noticiários e revistas de todo
mundo. O jovem estudante
(certamente morto horas depois)
interpôs se a duas linhas de tanques
que tentavam avançar. No ocidente as
imagens do rebelde foram
apresentadas como um símbolo do
movimento democrático Chinês: um
jovem arriscando a vida para opor-se a
um esquadrão militar.
Na China, a imagem foi usada pelo
governo como símbolo do cuidado dos
soldados do Exército Popular de
Libertação para proteger o povo
chinês: apesar das ordens de avançar,
o condutor do tanque recusou fazê-lo
se isso implicava causar algum dano a
um cidadão.
Protesto silencioso
Thich Quang Duc, nascido em 1897, foi
um monge budista vietnamita que se
sacrificou até a morte numa rua
movimentada de Saigon em 11 de
junho de 1963. Seu ato foi repetido por
outros monges. Enquanto seu corpo
ardia sob as chamas, o monge
manteve-se completamente imóvel.
Não gritou, nem sequer fez um
pequeno ruído.
Thich Quang Duc protestava contra a
maneira que a sociedade oprimia a
religião Budista em seu país. Após sua
morte, seu corpo foi cremado conforme
à tradição budista. Durante a cremação
seu coração manteve-se intacto, pelo
que foi considerado como quase santo
e seu coração foi transladado aos
cuidados do Banco de Reserva do
Vietnã como relíquia.
Espreitando a morte
Em 1994, o fotógrafo Sudanês Kevin
Carter ganhou o prêmio Pulitzer de foto
jornalismo com uma fotografia tomada
na região de Ayod (uma pequena
aldeia em Suam), que percorreu o
mundo inteiro.
A figura esquelética de uma pequena
menina, totalmente desnutrida,
recostando-se sobre a terra, esgotada
pela fome, e a ponto de morrer,
enquanto num segundo plano, a figura
negra expectante de um abutre se
encontra espreitando e esperando o
momento preciso da morte da garota.
Quatro meses depois, abrumado pela
culpa e conduzido por uma forte
dependência às drogas, Kevin Carter
suicidou-se.
The falling man
The Falling Man é o título de uma
fotografia tirada por Richard Drew
durante os atentados do 11 de
setembro de 2001 contra as torres
gêmeas do WTC. Na imagem pode-se
ver um homem atirando-se de uma das
torres.
A publicação do documento pouco
depois dos atentados irritou a certos
setores da opinião pública norteamericana. Ato seguido, a maioria dos
meios de comunicação se autocensurou, preferindo mostrar
unicamente fotografias de atos de
heroísmo e sacrifício.
O beijo da Times Square
O Beijo de despedida a Guerra foi feita
por Victor Jorgensen na Times Square
em 14 de Agosto de 1945, onde um
soldado da marinha norte-americana
beija apaixonadamente uma
enfermeira. O que é fora do comum
para aquela época é que os dois
personagens não eram um casal, eram
perfeitos estranhos que haviam
acabado de encontrar-se.
A fotografia, grande ícone, é
considerada uma analogia da
excitação e paixão que significa
regressar a casa depois de passar uma
longa temporada fora, como também a
alegria experimentada ao término de
uma guerra.
Almoço na construção de um arranha céu
Para muitos, a fotografia parece uma
fotomontagem. Na realidade, não é
assim. Essa foto foi feita no piso 69 do
edifício RCA (atualmente edifício GE),
em 29 de setembro de 1932, por
Charles Ebbets. A foto mostra 11
trabalhadores no momento do seu
descanso para comer. A maioria dos
homens foi identificada pelos membros
de suas famílias.
No mesmo dia, Ebbets fez uma foto
com os mesmos homens e a intitulou
de ‘homens dormindo em uma viga’.
Um dado curioso: o crédito da
fotografia ficou desconhecido durante
anos. Os direitos de autor da fotografia
só foram outorgados a Charles Ebbets
em 2003, depois de meses de trabalho
de uma empresa de investigação
particular.
Albert Einstein
A famosa e popular foto do cartaz de
Albert Einstein foi feita em 14 de março
de 1951 pelo fotógrafo da UPI Arthur
Sasse. Depois de um evento em
Princeton em honra a Einstein, em
comemoração ao seu aniversário de 72
anos, Sasse e outros fotógrafos
trataram de convencer o cientista a
sorrir para a câmera.
Cansado de sorrir durante todo o dia,
no evento, dizem que gritou: “Já basta!
É suficiente!” Como as palavras não
“acalmaram” os fotógrafos, a reação do
cientista foi ainda mais forte. Ele pôs a
língua para fora, como se estivesse,
digamos assim, dando uma banana
aos inconvenientes precursores dos
atuais paparazzos.
A informação curiosa é que Einstein
gostou tanto da foto que recortou a
imagem de modo que mostrasse
apenas seu rosto. Logo fez várias
cópias e enviou a imagem em cartões
(tipo postais) aos seus amigos. Na
imagem original o acompanhavam o dr.
Frank Aydelotte, ex-diretor do Instituto
de Estudos Avançados, e sua mulher.
O beijo do Hotel de Ville
Em 1950, a revista “Life” solicitou ao
fotógrafo francês Robert Doisneau que
fizesse uma série de fotos sobre
amantes de Paris. Depois de ver um
casal beijando-se, Doisneau perguntou
se podiam beijar de novo para que
pudesse fotografá-lo. François Delbart,
de 20 anos, e Jacques Carteaud, de 23
anos, aspirantes à carreira de ator,
foram levados a três lugares distintos
para fazer as fotografias, incluindo a do
Hotel de Ville.
Depois que apareceu na revista “Life”,
a foto ficou esquecida durante mais de
30 anos, nos arquivos da agência de
fotos na qual Doisneau trabalhou.
Finalmente foi adquirida por uma
empresa de cartazes e se converteu
em um dos pôsteres mais vendidos do
mundo. Devido ao sucesso, muita
gente fez declarações falsas
garantindo ser a garota que beijava o
namorado.
Em 1993 uma mulher demandou com o
fotógrafo porque ele “havia feito” a foto
sem seu consentimento. A demanda
obrigou Doisneau a revelar que a foto
não havia sido espontânea e que havia
utilizado dois modelos. Com isso a
demanda não foi adiante.
A informação curiosa é que, menos de
um ano depois de ter feito a foto, o
casal se separou. Françoise se casou
com Alain Bornet, um diretor de
documentários, e Jacques Carteaud se
tornou vinicultor, no sul da França, até
sua morte, em 2004.
Robert Doisneau continuou como
fotógrafo independente até morrer em
1994, duas semanas antes de
completar 82 anos. Em 2005 Françoise
Bornet leilou a impressão original, que
havia recebido alguns dias depois de
ter feito a foto, com a assinatura do
fotógrafo. Esperava ganhar 25 mil, mas
recebeu 200 mil dólares pela foto.
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