Manual de Impactos Ambientais do Saneamento Fonte - Acervo Marcos Freire e Mariana Maziero Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte - SEMARH-RN Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte - CAERN Diretoria Técnica - DT Assessoria de Licenciamento Ambiental e Outorgas - ALA Manual de Impactos Ambientais do Saneamento Autor Marcos Antônio Freire da Costa Júnior, Biólogo - Msc em Bioecologia Aquática Analista Ambiental - ALA/DT/CAERN MAT. 3786 Revisão Técnica Silvana Fernandes Vilar dos Santos Lima, Engª - Msc em Contaminação Ambiental Assessora - ALA/DT/CAERN MAT. 1339 Colaboradores Man Cheng NG, Técnico de Controle Ambiental - UAZN/RNN/DT/CAERN Domingos Sávio Toscano de Brito, Técnico em Engenharia - GFO/DT/CAERN Roberta Borges de Medeiros Falcão, Assistente Social - GQM/DT/CAERN Paulo Eduardo Vieira Cunha, Engº Civil, Doutor em Engenharia Sanitária - GDP/DT/CAERN Natal/RN, agosto de 2013 COMPANHIA DE ÁGUAS E ESGOTOS DO RIO GRANDE DO NORTE - CAERN MANUAL DE IMPACTOS AMBIENTAIS DO SANEAMENTO EQUIPE RESPONSÁVEL Yuri Tasso Duarte Queiroz Pinto Diretor Presidente - PR Ricardo da Fonseca Varela Filho Diretor Técnico - DT João Maria Alves de Castro Diretor Comercial e Financeiro - DC Jailton José Barbosa Tinôco Diretor Administrativo - DA Silvana Fernandes Vilar dos Santos Lima Assessora de Licenciamento Ambiental e Outorgas - ALA/DT Revisão Técnica Marcos Antônio Freire da Costa Júnior Analista Ambiental - ALA/DT Autor Com a publicação de um segundo manual desta natureza, provamos que o trabalho da Caern é continuado. Sempre afirmei que a empresa tinha viabilidade financeira e operacional. Hoje, com capacidade de investir em pessoas e equipamentos, caminha para prestar um serviço de excelência para o povo potiguar. Povo este que é a principal razão de existir da Caern. Uma nova Caern está surgindo. Orgulho-me de fazer parte desta história que é feita diariamente por 1890 caernianos. Sumário Prefácio.................................................................................................................................................................11 01 Apresentação................................................................................................................................................ 13 02 Introdução.................................................................................................................................................... 17 03 Objetivos e Metas........................................................................................................................................ 19 04 Tipos de Intervenções................................................................................................................................ 21 4.1. Obras de implantação e alteração ....................................................................................................... 21 4.1.1. Implantação, alteração e correção de empreendimentos do tipo linear................................... 21 4.1.2. Implantação de empreendimentos do tipo poligonal................................................................ 21 4.1.3. Implantação de barragens e reservatórios ................................................................................. 21 4.2. Operação e manutenção...................................................................................................................... 21 4.2.1. Operação dos Sistemas de água e esgoto.................................................................................. 21 4.2.2. Manutenção dos sistemas de água e esgoto............................................................................. 21 4.2.3. Reparos dos Sistemas de água e esgoto.................................................................................... 21 05 Impacto Ambiental: Definição e Métodos de Análise.................................................................. 23 5.1. Definição............................................................................................................................................... 23 5.2. Métodos de análise.............................................................................................................................. 23 5.3. Atributos e parâmetros utilizados para análise dos impactos ambientais........................................ 24 06 Principais Interferências e Impactos Resultantes do Saneamento...................................... 31 6.1. Limpeza das áreas................................................................................................................................ 31 6.2. Preparação das áreas...........................................................................................................................40 6.3. Obras de implantação e alteração de sistemas do saneamento......................................................... 50 6.4. Operação e manutenção de sistemas do saneamento.........................................................................64 07 Medidas de Controle Ambiental............................................................................................................ 97 7.1. Definição, Importância e Classificação............................................................................................... 97 7.2. Considerações gerais............................................................................................................................ 97 7.3. Proposição de medidas de controle para os impactos ambientais listados...................................... 98 08 Considerações Finais................................................................................................................................131 09 Referências...................................................................................................................................................133 10 Glossário...................................................................................................................................................... 136 8 ETE do Baldo – Fonte CAERN Fonte - ETA de Extremoz - CAERN 10 Prefácio MANUAL DE IMPACTOS AMBIENTAIS DO SANEAMENTO Na atualidade, a humanidade depende cada vez mais da ir além, gerando muitos impactos ambientais positivos tecnologia para satisfazer suas necessidades. A evolu- na operação, como o fornecimento de água tratada, pre- ção tecnológica tem trazido consigo o desenvolvimento servando a saúde da população, a coleta e o tratamento econômico e o crescimento do bem-estar social, porém dos esgotos, reduzindo significativamente a poluição também tem causado, através dos diversos tipos de ati- dos corpos d’água, e consequentemente, reduzindo e vidades humanas, um nível de degradação ambiental o evitando muitas doenças de veiculação hídrica, dentre qual dificilmente é suportado pelo sistema ecológico. vários outros benefícios. Com isso, a gestão e o controle ambiental, através de A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do diversas técnicas, têm sido cada vez mais fundamentais Norte (CAERN), por meio de seus trabalhos, tem como no sentido de tornar as atividades humanas plausíveis missão contribuir para a melhoria da qualidade de vida de se desenvolverem, com o mínimo de impactos e de- da população norte-rio-grandense, satisfazendo suas gradação ao meio ambiente. necessidades de abastecimento de água e esgotamento sanitário e respeitando os fatores sociais, econômicos Obras de saneamento básico, apesar dos impactos ne- e ambientais. gativos ao meio ambiente na fase de implantação, se forem bem gerenciadas do ponto de vista ambiental, Marcos Antônio Freire da Costa Jr. podem ocorrer com o mínimo de impactos adversos e Biólogo - Analista Ambiental 11 Fonte - Acervo Marcos Freire e Mariana Maziero 12 01 Apresentação Este Manual tem como objetivo orientar, fornecendo informações importantes a todo o corpo técnico da CAERN (gerentes, chefes de unidades, fiscais de obras, operadores etc), assim como às empresas terceirizadas, executoras de obras de implantação, ampliação e manutenção dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, a respeito das principais ações de prevenção, controle e monitoramento de impactos e proteção ao meio ambiente durante a execução dessas obras, e também durante as ações de operação nos sistemas, sejam elas de rotina ou emergenciais. Este Manual segue algumas diretrizes constantes no Manual Ambiental de Obras de Saneamento da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal - CAESB (ROCHA & ALÍPAZ, 2010), adaptadas à realidade do cotidiano de atividades da CAERN, no Estado do Rio Grande do Norte. O Manual é composto pelas seguintes partes principais: 1 Intervenções típicas a serem tratadas; 2 Definição e métodos de análise de impactos ambientais; 3 Principais Interferências Ambientais e seus impactos diretos e indiretos resultantes de obras de implantação e alteração, assim como de atividades de operação e manutenção de empreendimentos de saneamento; 4 Medidas de Controle Ambiental preventivas, corretivas ou potencializadoras para os impactos ambientais listados para as obras e atividades de operação e manutenção de empreendimentos de saneamento; 13 Símbolos dos impactos ambientais utilizados neste manual Desmatamento ou supressão vegetal Alagamentos Aumento dos níveis Estocagem de equipamentos e materiais de ruídos e vibrações 14 Desnudamento do solo Erosão do solo Abertura de valas Instabilidade de terrenos ou taludes Poluição atmosférica Geração de efluentes sanitários Geração de resíduos sólidos Geração de entulhos Poluição do solo Degradação do solo Poluição de corpos d’água Degradação hídrica Aumento de tráfego local Movimentação de terra Interferência em equipamentos urbanos Interferência no patrimônio histórico, arqueológico e cultural Perda ou alteração do habitat das espécies Incêndios e explosões Perturbação da fauna nativa Proliferação de pragas e vetores Veiculação de doenças Danos à saúde e bem-estar Perturbação da população local Alteração da paisagem natural Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas Perda dos recursos naturais Geração de odores Danos patrimoniais Obras de instalação e manutenção Acidentes com animais perigosos Acidentes a Operação e manutenção de sistemas de saneamento empregados e terceiros Operação e manutenção de Promoção da saúde, sistemas de saneamento bem-estar e justiça social Limpeza pública Aumento de expectativa de vida e redução da mortalidade infantil Geração de emprego e renda Incremento nas Finanças públicas Controle e prevenção de doenças Desenvolvimento social e econômico Combate a incêndios Higiene pessoal Preservação dos recursos hídricos e da sua biodiversidade Impactos positivos Impactos negativos Fonte - ETE Pendências - CAERN 15 ETE Pendências - CAERN 16 02 Introdução Os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em implantação proporcionam consideráveis benefícios ao meio ambiente e à qualidade de vida das populações atendidas. No entanto, também podem gerar impactos ambientais negativos relevantes, capazes de atingir e causar prejuízos aos meios físico, biótico e socioeconômico. Segundo DAMATO & MACUCO (2002), em sua essência, os projetos de saneamento propiciam efeitos sociais e ambientais positivos. A distribuição de água potável, a coleta e tratamento de esgotos sanitários são atividades que levam à melhoria da saúde e da qualidade de vida de uma população, assim como podem ajudar na reversão de alguns processos de degradação ambiental. No entanto, também podem causar alguns impactos negativos quando da implantação do canteiro de obras, movimentação de terra e na operação das estações de tratamento de água e tratamento de esgoto. A CAERN necessita em suas atividades do cotidiano, seja de implantação e ampliação de redes, estações elevatórias, estações de tratamento etc, seja nas operações e manutenções, se adaptar a uma sociedade cada vez mais exigente e preocupada com a conservação e preservação do meio ambiente e incorporar vários cuidados ambientais em sua rotina. Assim como ter o devido cuidado com a proteção dos mananciais utilizados para o abastecimento público de água e os cursos de água onde são lançados os efluentes resultantes do tratamento dos esgotos. As melhorias nessas atividades são sempre oportunas e devem ser incentivadas já no processo decisório, de modo que todas as ações da CAERN contemplem não só as questões econômicas, mas também os aspectos sociais e ambientais a elas inerentes. A elaboração de estudos ambientais PRÉVIOS à implantação de empreendimentos de saneamento é uma exigência legal, e deve ser agregada pela Companhia em suas atividades, e inclui a proposição de projetos ambientais para a prevenção, minimização ou correção dos impactos ambientais decorrentes das obras e atividades de operação e manutenção do cotidiano da CAERN. 17 Fonte - Acervo Marcos Freire 18 e Mariana Maziero 03 Objetivos e Metas O principal objetivo deste Manual é instruir os colaboradores da CAERN (empregados e empresas terceirizadas) envolvidos nas obras de implantação e alteração e atividades de operação e manutenção de empreendimentos de saneamento, sobre os aspectos ambientais que devem ser considerados com vistas a evitar ou minimizar os impactos ambientais, e, negativos decorrentes de suas atividades, e com isso, respaldar a Companhia perante a sociedade e órgãos ambientais e também, evitar os passivos ambientais e multas por condutas consideradas inadequadas. Passivos Ambientais - O passivo ambiental representa os danos causados ao meio ambiente, representando, assim, a obrigação, a responsabilidade social da empresa com aspectos ambientais. Ou seja, representa toda e qualquer obrigação de curto e longo prazo, destinadas única e exclusivamente a promover investimentos em prol de ações relacionadas à extinção ou amenização dos danos causados ao meio ambiente, inclusive percentual do lucro do exercício, com destinação compulsória, direcionado a investimentos na área ambiental (KRAEMER, 2000). São metas deste Manual: 1) Mostrar de forma geral a ocorrência de impactos ambientais em decorrência de atividades de implantação, operação e manutenção de sistemas do saneamento e, através das redes de interação de impactos, mostrar um pouco da complexidade da ocorrência dos impactos ambientais e seus desdobramentos; 2) Criar na CAERN, ao longo do tempo, uma consciência ou cultura de cuidados ambientais no decorrer das obras de empreendimentos de saneamento; 3) Inserir no dia a dia de atividades de operação e manutenção da CAERN medidas de controle e prevenção ambiental adequadas; 4) Evitar multas e outras sanções por parte de órgãos ambientais e Ministério Público. 19 Fonte - Captação de água - CAERN 20 04 Tipos de Intervenções As intervenções típicas relativas aos empreendimentos de saneamento, objeto deste Manual, constituem-se no seguinte: 4.1. Obras de implantação e alteração 4.1.1. Implantação, alteração e correção de empreendimentos do tipo linear Redes de abastecimento de água, adutoras, redes coletoras de esgotos sanitários, by pass, drenos, ramais, interceptores e emissários. 4.1.2. Implantação de empreendimentos do tipo poligonal Estações elevatórias de água e esgoto, reservatórios, estações de tratamento de água (ETA) e esgoto (ETE), boosters, caixas de areia, leitos de secagem etc. 4.1.3. Implantação de barragens e reservatórios Construção de barragens e reservatórios para a acumulação hídrica, lagoas de estabilização e tanques de acumulação de esgotos e lodos. 4.2. OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO 4.2.1. Operação dos Sistemas de água e esgoto Atividades de operação de rotina em todos os componentes dos sistemas de água e esgoto. 4.2.2. Manutenção dos Sistemas de água e esgoto Atividades de manutenção de rotina em todos os componentes dos sistemas de água e esgoto. 4.2.3. Reparos dos Sistemas de água e esgoto Atividades de reparos em todos os componentes dos sistemas de água e esgoto. OBS - A execução de obras e atividades envolve uma sequência de atividades no meio ambiente que, dependendo das características e circunstâncias das áreas de influência de cada empreendimento, bem como dos métodos e procedimentos construtivos e operacionais, podem resultar em impactos negativos diversos, motivo pelo qual deverão ser antecedidas pelo licenciamento ambiental pertinente, conforme explica ROCHA & ALÍPAZ (2010). Por isso, é fundamental seguir todas as recomendações constantes no Manual de Licenciamento Ambiental da CAERN (COSTA-JÚNIOR, 2013), que informa de maneira sucinta e objetiva sobre vários aspectos do licenciamento ambiental e a necessidade de cumprimento das etapas por parte do empreendedor, que, neste caso, é a própria CAERN. 21 Fonte - Acervo Marcos Freire e Mariana Maziero 22 05 Impacto Ambiental: Definição e Métodos de Análise 5.1. definição Impacto ambiental - pode ser definido conforme a legislação ambiental brasileira (Resolução CONAMA 001, de 23 de janeiro de 1986) como: “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia resultantes das atividades humanas que direta ou indiretamente, afeta: I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e V - a qualidade dos recursos ambientais.” Ainda, podemos definir Impacto Ambiental como sendo uma perturbação no ecossistema proveniente de uma ação ou omissão humana (efeito ambiental), qualificada de positiva (+) ou negativa (-) por um certo grupo social, no contexto de sua realidade espacial e temporal. O efeito ambiental inclui a noção de julgamento, valor positivo (benéfico) ou negativo (prejudicial). Portanto, o conceito de Impacto Ambiental é relativo porque o julgamento que lhe é intrínseco varia no espaço e no tempo. 5.2. métodos de análise A Análise ou Avaliação dos Impactos Ambientais-AIA é um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, de grande importância para a gestão institucional de planos, programas e projetos, em nível federal, estadual e municipal (IBAMA, 1995). Consiste em um processo de avaliação dos efeitos ecológicos, econômicos e sociais, que podem advir da implantação de atividades antrópicas (projetos, planos e programas), e de monitoramento e controle desses efeitos pelo poder público e pela sociedade. Ou seja, esse instrumento é formado por um conjunto de procedimentos capaz de assegurar desde o início do processo, que se faça um exame sistemático dos impactos ambientais de uma ação proposta (ou já ocorrida com danos) e de suas alternativas e que os resultados 23 sejam apresentados, de forma adequada, ao público e aos responsáveis pela tomada de decisão. CLAUDIO (1987) explica que a Avaliação de Impactos Ambientais tem como objetivo prevenir e minimizar as alterações que podem ocorrer na elaboração de um projeto ou determinada atividade, pois o estudo é essencialmente um instrumento de previsão. Neste sentido, SILVA (1994a) acrescenta que a avaliação propriamente dita dos impactos ambientais representa o prognóstico das condições emergentes, segundo as alternativas contempladas, sendo realizada em três etapas: Identificação; Previsão; Interpretação da importância dos impactos ambientais relevantes. No processo de Avaliação de Impactos Ambientais, são caracterizadas todas as atividades impactantes e os fatores ambientais que podem sofrer impactos dessas atividades, os quais podem ser agrupados nos meios físico, biótico e antrópico, variando com as características e a fase do projeto (SILVA, 1994b). Os métodos tradicionais que podem ser utilizados na Avaliação de Impactos Ambientais são mecanismos estruturados para identificar, coletar e organizar os dados de impacto ambiental, permitindo a sua apresentação em formatos visuais que facilitem a interpretação pelas partes interessadas (ANDREAZZI & MILWARD-DE-ANDRADE, 1990). Estes métodos variam com as características do projeto e as condições ambientais. Dentre os principais métodos empregados na Avaliação de Impactos Ambientais estão: ad-hoc, listagens de controle, check-lists, matrizes, overlays, redes e modelagem (MAGRINI, 1989; SILVA, 1994b). 24 Com o auxílio do método empregado a análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas é feita através da identificação, previsão da magnitude e importância dos prováveis impactos relevantes descriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazo, temporários, cíclicos e permanentes, seu grau de reversibilidade, as suas propriedades acumulativas e sinérgicas, a distribuição do ônus e benefícios sociais. Neste Manual, os impactos serão apenas analisados a título de identificação, em decorrência das interferências das atividades típicas do saneamento. Importante esclarecer que os mesmos não serão quantificados (importância e magnitude), pois para isso seria necessário uma análise mais detalhada a nível de um empreendimento específico, e esse manual aborda o saneamento como um todo. Dessa forma, é empregada aqui a metodologia de listagem de controle, de forma a listar apenas os principais impactos que o saneamento pode causar no meio ambiente e suas repercussões (impactos indiretos), assim como que medidas e ações poderão ser tomadas de forma a minimizar os efeitos dos impactos negativos (adversos) e potencializar os efeitos dos impactos positivos (benéficos). 5.3. Atributos e Parâmetros utilizados para Análise dos Impactos Ambientais A definição dos atributos e parâmetros utilizados para a análise dos impactos ambientais obedece a normas pré-estabelecidas, tendo como base uma técnica calcada nos sistemas abertos e na relação causa-efeito. Os atributos quali-quantitativos mais utilizados em estudos para a análise de impactos ambientais são: Magnitude Atributo que representa a extensão do impacto ambiental apresentando-se numa dimensão que se torna gradual às diferenciadas ações produtoras dos impactos no sistema ambiental, podendo os impactos serem classificados como Nulos, Fracos, Moderados e Fortes. A magnitude é um dos atributos que quantificam os impactos ambientais. Não será levada em consideração na lista dos impactos neste Manual, conforme explicado acima; Importância É a ponderação do grau de significância de um impacto em relação ao fator ambiental afetado e a outros impactos, podendo os impactos serem Nulos, Não-significativos, Moderados e Significativos. A importância, assim como a magnitude, é um dos atributos que quantificam os impactos ambientais. Também não será levada em consideração na lista dos impactos neste Manual, conforme explicado acima; Caráter Atributo que representa a influência de uma ação realizada no projeto tendo como resposta uma alteração ambiental na sua constituinte ecossistêmica, podendo os impactos serem Positivos (benéficos) e Negativos (adversos); Duração É a contabilização de tempo, da duração do impacto após finalizada a ação executada que o determinou, podendo os impactos serem Curtos ou Imediatos, de Médio e Longo prazo; Escala É o atributo que delimita a extensão espacial do impacto, tendo como base a relação entre a ação causadora e a extensão territorial atingida. Portanto, quanto a este atributo, os impactos podem ser classificados em: Local e Regional; Reversibilidade Este atributo menciona a capacidade do elemento do meio atingido por uma determinada ação de retomar as condições ambientais precedentes, podendo os impactos serem Reversíveis e Irreversíveis; Dinâmica Este atributo refere-se à dinâmica temporal dos efeitos dos impactos no meio ambiente, podendo esses serem Temporários, Cíclicos e Permanentes. Ordem É o atributo pelo qual se determina o nível de relação entre a ação impactante e o impacto gerado ao meio ambiente, podendo os impactos serem Diretos e Indiretos; 25 ATRIBUTOS CARÁTER POSITIVO (+) Quando uma ação realizada no projeto tem como consequência uma alteração benéfica à área. CARÁTER NEGATIVO (-) Quando uma ação realizada no projeto tem como consequência uma alteração negativa à área. NULO Impacto de magnitude inexpressiva para o meio analisado. FRACO Quando os fatores impactantes são pequenos, não chegando a causar descaracterização dos constituintes ambientais. MAGNITUDE MODERADO Quando os fatores impactantes são mediamente elevados chegando a causar uma baixa descaracterização dos constituintes ambientais. FORTE Quando os fatores impactantes são bastante elevados, a ponto de causar uma profunda descaracterização geral dos constituintes ambientais. DIRETO Também denominado impacto primário ou de primeira ordem. Resulta de ação direta do empreendimento sobre elementos do meio. ORDEM 26 INDIRETO Resulta de uma ação secundária em resposta à ação anterior ou quando é integrante de uma cadeia de reações, também denominada de impacto secundário ou de enésima. CURTA Quando a neutralização do impacto ocorre imediatamente após o final da ação. DURAÇÃO MÉDIA Quando da necessidade de decorrer razoável período de tempo para a dissolução do impacto. LONGA Quando, após a conclusão da ação geradora do impacto, este permanecer por longo período de tempo. LOCAL Quando a extensão do impacto atinge a superfície delimitada pela área de influência direta e uma pequena porção periférica do terreno. ESCALA REGIONAL Quando a extensão do impacto atinge a superfície delimitada pela área de influência funcional e sua bacia hidrográfica. REVERSIBILIDADE REVERSÍVEL Quando após a ação impactante o objeto ambiental atingido retorna às condições ambientais iniciais, de forma natural ou antrópica. IRREVERSÍVEL Quando o objeto ambiental atingido por ação impactante não alcança as condições ambientais anteriores, apesar de tentativas com esse propósito. TEMPORÁRIO É aquele cujos efeitos têm duração determinada. DINÂMICA CÍCLICO Quando o efeito se manifesta em intervalos de tempo determinados. PERMANENTE Quando, uma vez executada a ação, os efeitos não cessam de se manifestar num horizonte temporal conhecido. 27 NULO Impacto sem importância para o meio analisado. NÃO-SIGNIFICATIVO A intensidade da interferência do impacto sobre o meio ambiente e em relação aos demais impactos não implica em alteração da qualidade de vida. IMPORTÂNCIA MODERADO A intensidade do impacto sobre o meio ambiente e em relação aos outros impactos assume dimensões recuperáveis, quando adverso, para a queda da qualidade de vida, ou assume melhoria da qualidade de vida, quando benéfico. SIGNIFICATIVO A intensidade da interferência do impacto sobre o meio ambiente e junto aos demais impactos acarreta, como resposta, perda da qualidade de vida, quando adverso, ou ganho, quando benéfico. Rede de Interação de Impactos Utilizada nos quadros dos impactos a seguir, é um tipo básico de método de avaliação de impacto ambiental. As redes de interação estabelecem a sequência de impactos indiretos desencadeados a partir de cada ação (ou impacto direto) do projeto que se avalia, através de gráficos ou diagramas, permitindo retraçar, a partir de um impacto, o conjunto de ações que o causaram, direta ou indiretamente. “As redes de interação trabalham a partir de uma lista de atividades do projeto para estabelecer as relações de causa, condição e efeito. São uma tentativa de reconhecer que uma série de impactos pode ser desencadeada por uma só ação. Geralmente definem um conjunto de possíveis redes de interação e permitem ao usuário 28 identificar os impactos pela seleção e sequência apropriada das ações de um projeto” (WARNER & PRESTON, 1974). “Tentam identificar causas e consequências do impacto ambiental através da identificação das inter-relações das ações causais e dos fatores ambientais afetados, incluindo aquelas que representam efeitos secundários e terciários” (CANTER, 1996; 1998). NOTA - Também as redes de interação devem ser empregadas apenas para a identificação dos impactos indiretos e suas interações, uma vez que não destacam a importância relativa dos impactos identificados nem dispensam o uso de técnicas de previsão e outros métodos para completar as tarefas do estudo. Fonte - Acervo Marcos Freire e Mariana Maziero 29 Fonte - Acervo Marcos Freire 30 e Mariana Maziero 06 Principais Interferências e Impactos Resultantes do Saneamento A implantação, alteração, expansão e os serviços de manutenção de empreendimentos de saneamento exigem previamente a limpeza das áreas onde ocorrerão as obras. Esta atividade inclui etapas como: uma série de impactos indiretos afetando negativamente o meio físico, biótico e socioeconômico. Portanto, o desmatamento pode ser considerado, a depender do tamanho da área, de seu estado de conservação e pela grande quantidade de impactos que dele resultam, como impacto de moderada a significativa importância e de moderada a forte magnitude. 1) desmatamento ou supressão vegetal da área; 2) nivelamento do solo; 3) implantação do canteiro de obras; 4) delimitação de áreas de empréstimo1 e áreas de bota-fora4; 5) abertura e/ou melhoramento de estradas de serviço e acessos e dos trechos para implantação de tubulações. Além do desmatamento, em todas estas etapas acima no quadro, ocorrerão impactos ambientais negativos e esses poderão atingir o meio físico (solo, ar, águas super ficiais e subterrâneas etc), o meio biótico (flora e fauna silvestres) e o meio socioeconômico (comunidades inseridas nas áreas de influência etc), além de poderem alcançar Áreas de Preservação Permanente2, Unidades de Conservação46, dentre outras áreas legalmente protegidas3. Na limpeza de áreas, especificamente na ação de desmatamento, o componente da vegetação, caso a área esteja vegetada, será o mais afetado e desencadeará Após a conclusão da obra ou do serviço, a recuperação ambiental dessas áreas deve ser a garantia de que os danos ambientais não persistam e possam resultar em passivos ambientais para a CAERN. 6.1. LIMPEZA DAS ÁREAS 31 IMPACTOS AMBIENTAIS RESULTANTES Alteração da paisagem natural (poluição visual - Foto 1) Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas Degradação do solo Danos à saúde e bem-estar (acidentes diversos15 a trabalhadores e a terceiros) Desmatamento ou supressão vegetal (Foto 2) Aumento dos níveis de ruídos16, vibrações17 e fuligens18 Perda de recursos naturais Incêndios Perturbação da fauna nativa 7 (fuga de animais silvestres) Perturbação à população local (por ruídos, vibrações e fuligens) Perda ou alteração do habitat 8 das espécies Geração de entulhos19 (Foto 4) Desnudamento do solo 9 (Foto 3) Poluição atmosférica Poluição10 de corpos d’água Proliferação de pragas18 e vetores de doenças20 Degradação hídrica 11 Geração de emprego e renda Erosão do solo1 2 podendo formar ravinas1 3 e voçorocas1 4 32 1 - LIMPEZA DAS ÁREAS Fonte: CAERN 2 1 Fonte: CAERN 4 Limpeza das áreas 3 Fonte: CAERN Fonte: CAERN 1 - LIMPEZA DAS ÁREAS Impactos X Atributos IMPACTOS AMBIENTAIS Alteração da paisagem natural (poluição visual) Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas Desmatamento ou supressão vegetal Perda de recursos naturais Perturbação da fauna nativa (fuga de animais silvestres) Perda ou alteração do habitat das espécies Desnudamento do solo Poluição de corpos d’água Degradação hídrica Erosão do solo (ravinas e voçorocas) Degradação do solo Danos à saúde e bem-estar (acidentes diversos a trabalhadores e a terceiros exposição a ruídos em níveis elevados) Aumento dos níveis de ruídos, vibrações e fuligens Incêndios Perturbação da população local (por ruídos e vibrações, fuligens e poeiras) Geração de entulhos Poluição atmosférica Proliferação de pragas e vetores de doenças Geração de emprego e renda Atributos Qualificativos Caráter Negativo Ordem Indireta Escala Local/Regional Duração Longa Dinâmica Reversibilidade Permanente Irreversível Negativo Indireta Local/Regional Média/Longa Temporária Negativo Negativo Negativo Direta Indireta Indireta Local/Regional Local/Regional Local/Regional Média/Longa Longa Curta Temporária Permanente Temporária Reversível/ Irreversível Reversível Irreversível Reversível Negativo Indireta Local/Regional Longa Permanente Irreversível Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Indireta Direta Indireta Indireta Indireta Indireta Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Média/Longa Média/Longa Longa Curta/Média Longa Curta/Média/ Longa Temporária Temporária Permanente Temporária Permanente Temporária Reversível Reversível Reversível Reversível Reversível Reversível/ Irreversível Negativo Direta Local/Regional Curta Temporária Reversível Negativo Negativo Indireta Indireta Local/Regional Local/Regional Curta Curta/Média Temporária Temporária Reversível Reversível Negativo Negativo Negativo Indireta Indireta Indireta Local/Regional Local/Regional Local/Regional Temporária Temporária Cíclica Reversível Reversível Reversível Positivo Indireta Local/Regional Curta/Média Curta Curta/Média/ Longa Curta Temporária Reversível Redes de Interações dos Impactos Ambientais Diretos (D); Indiretos (I) Emprego e renda (I) Desmatamento (D) Perda de recursos naturais (I) Geração de entulhos (I) Acidentes (I) Alteração da paisagem natural (I) Perturbação da fauna (I) Desnudamento do solo (I) Perda ou alteração do habitat das espécies (I) Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas (I) Incêndios (I) Poluição atmosférica (I) Erosão do solo (I) Perturbação da população local por fuligens e poeiras (I) Proliferação de pragas e vetores (I) Poluição de corpos d’água (D) Degradação do solo (I) Danos à saúde e bem-estar (I) Degradação hídrica (I) Perturbação da fauna (I) Perda de recursos naturais (I) Interferências ecológicas em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas (I) Aumento dos níveis de ruídos e vibrações (D) Dados à saúde pela exposição a ruídos em níveis elevados (I) Impactos diretos resultando em impactos indiretos (1ª ordem) Perturbação da população local por ruídos (I) Impactos indiretos resultando em outros impactos indiretos (2ª e 3ª ordem) 35 ENTENDENDO A REDE DE INTERAÇÕES DE IMPACTOS ACIMA! 1) O Desmatamento ou Supressão Vegetal* da área poderá causar: 1.1 - Geração e acúmulo de entulhos (galhos, folhas e raízes), que por sua vez poderá resultar: 1.1.1 - Na Proliferação de pragas e vetores, que por fim poderá causar Danos à saúde e bem-estar das pessoas, sobretudo pela possibilidade de veiculação de doenças infecto-contagiosas; 1.1.2 - Na Alteração da paisagem natural, que poderá interferir negativamente na harmonia paisagística de áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas (caso existam nas imediações das obras); 1.1.3 - Em acidentes diversos (picadas de animais peçonhentos, danos físicos etc) a empregados e terceiros que não estejam devidamen- Legenda Impacto direto Impacto indireto de 3ª ordem Impacto indireto de 1ª ordem Impacto indireto de 4ª ordem Impacto indireto de 2ª ordem Impacto indireto de 5ª ordem * As cores distintas em cada termo representam diferentes impactos ambientais. Identifique no quadro de legenda a cor correspondente à frase e, consequentemente, ao evento relacionado. 36 te protegidos por EPCs17 e EPIs18. Isso por sua vez, pode resultar também em Danos à saúde e bem-estar das pessoas; 1.1.4 - Em incêndios acidentais ou propositais que a depender da quantidade de lenha disponível poderão ser de pequena, média ou forte magnitude, e como consequência podem resultar em: 1.1.4.1 - Em acidentes diversos (danos físicos) a empregados e terceiros. Isso por sua vez, pode resultar também em danos à saúde e bem-estar das pessoas atingidas; 1.1.4.2 - Em poluição atmosférica pela liberação de grandes quantidades de fuligens e CO2, que por sua vez poderá resultar em perturbação da população local, que neste caso pode evoluir para danos à saúde das pessoas pela inalação de fuligens e CO2, e a poluição atmosférica também poderá resultar em Interferências negativas diversas em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas, sobretudo, no tocante à perturbação da fauna local; 1.1.4.3 - Em perda ou alteração do habitat das espécies a depender, sobretudo, do grau de preservação da área atingida pelo fogo, que poderá causar a Perturbação e afugentamento da fauna local e a Perda de recursos naturais, que por sua vez poderá interferir negativamente em áreas ambientalmente sensíveis e protegidas e Afetar negativamente a paisagem natural; 1.2 - Emprego e renda do tipo temporário e geralmente aproveitado apenas nesta fase de limpeza da área; 1.3 - Perda de recursos naturais, que neste caso refere-se à vegetação do local e que, como consequência, poderá resultar em: 1.3.1 - Alteração da paisagem natural, que por sua vez poderá interferir negativamente na harmonia paisagística de áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas (caso existam nas imediações das obras); 1.3.2 - Perturbação da fauna, que por sua vez poderá Interferir negativamente na ecologia de áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas (caso existam nas imediações das obras); 1.3.3 - Interferências ecológicas negativas diretas em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas que poderão Afetar negativamente a fauna local; Legenda Impacto direto Impacto indireto de 3ª ordem Impacto indireto de 1ª ordem Impacto indireto de 4ª ordem Impacto indireto de 2ª ordem Impacto indireto de 5ª ordem * As cores distintas em cada termo representam diferentes impactos ambientais. Identifique no quadro de legenda a cor correspondente à frase e, consequentemente, ao evento relacionado. 1.4 - Alteração da paisagem natural, como consequência direta do desmatamento, que por sua vez, poderá Interferir negativamente na harmonia paisagística de áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas (caso existam nas imediações das obras); 1.5 - Desnudamento do solo, com a retirada da vegetação e que poderá resultar em: 1.5.1 - Interferências ecológicas negativas diretas em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas, que poderão Afetar negativamente a fauna local; 1.5.2 - Erosão do solo, que por sua vez poderá resultar: 1.5.2.1 - Em Perda de recursos naturais (solo) e que poderá Afetar a fauna local do solo e causar Degradação paisagística na área; 1.5.2.2 - Em Interferências ecológicas negativas em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas e que poderão Afetar negativamente a fauna local; 1.5.2.3 - Em Degradação gradual do solo, inclusive com perda do mesmo através da evolução dos processos erosivos e de lixiviação pelas chuvas. Este impacto, por sua vez pode resultar em Interferências ecológicas negativas em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas e que poderão Afetar negativamente a fauna local; 1.5.2.4 - Em Acidentes, devido à fragilidade do solo erodido e consequente 37 instabilidade do terreno provocando deslizamentos de terra, dentre outros problemas que poderão causar sérios Danos à saúde das pessoas atingidas; 1.6 - Interferências ecológicas negativas diretas em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas, que poderão Afetar negativamente a fauna local; protegidas (caso existam nas imediações das obras); 1.8 - Perturbação da fauna local - O corte da vegetação causará diretamente a perturbação e afugentamento da fauna local, que por sua vez refletirá na Perda de recursos naturais (fauna) e em interferências ecológicas negativas em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas. 1.7 - Perda ou alteração do habitat das espécies - O corte da vegetação causará diretamente a perda ou alteração do habitat de espécies tanto da fauna (vertebrados e invertebrados), como da flora (epífitas). Este impacto poderá resultar em: 1.7.1 - Perda de recursos naturais (vegetação), que poderá Afetar a fauna local e causar Degradação paisagística na área; 1.7.2 - Interferências ecológicas negativas diretas em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas; 1.7.3 - Perturbação da fauna local, que por sua vez poderá interferir negativamente na ecologia de áreas ambientalmente sensíveis ou Legenda Impacto direto Impacto indireto de 3ª ordem Impacto indireto de 1ª ordem Impacto indireto de 4ª ordem Impacto indireto de 2ª ordem Impacto indireto de 5ª ordem * As cores distintas em cada termo representam diferentes impactos ambientais. Identifique no quadro de legenda a cor correspondente à frase e, consequentemente, ao evento relacionado. 38 2) A Poluição de corpos d’água - que pode ser resultante nesta fase da erosão do solo e consequente carreamento de material terroso, que poderá causar: 2.1 - Degradação hídrica - que se dará de forma gradual e a depender do tipo do contaminante e da capacidade de depuração do ecossistema aquático. Este impacto, por sua vez poderá resultar em: 2.1.1 - Perturbação da fauna aquática local, que por sua vez poderá Interferir negativamente na ecologia de áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas (caso existam nas imediações das obras) e vice-versa e na Perda de recursos naturais (mortandade de fauna aquática); 2.1.2 - Perda de recursos naturais (água de boa qualidade) que poderá, por sua vez Afetar a fauna local, acelerar ainda mais a Degradação hídrica e Interferir negativamente na ecologia de áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas (caso existam nas imediações das obras); 2.1.3 - Danos à saúde e bem-estar das pesso- as que porventura entrarem em contato com a água do ambiente degradado (ex. eutrofizado); 2.1.4 - Interferências ecológicas negativas diretas em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas, que poderá, por sua vez, Afetar negativamente a fauna aquática local; 2.2 - Perturbação da fauna aquática local - que poderá se dar de forma aguda (intensa) ou crônica (gradual): 2.2.1 - Perda de recursos naturais (água de boa qualidade) que poderá, por sua vez, Acelerar as interferências negativas sobre a fauna local, acelerar ainda mais a Degradação hídrica e Interferir negativamente na ecologia de áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas (caso existam nas imediações das obras); 2.2.2 - Interferências ecológicas negativas diretas em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas, que poderá por sua vez acelerar ainda mais os efeitos negativos sobre a Fauna aquática local, além de poder também acelerar a Degradação aquática; áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas, que poderão Afetar negativamente a fauna aquática local e Acelerar ainda mais a degradação hídrica; 2.4 - Perda de Recursos Naturais - (água de boa qualidade) que poderá, por sua vez afetar: 2.4.1 - Negativamente áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas, que poderá por sua vez acelerar ainda mais os efeitos negativos sobre a Fauna aquática local, além de poder também acelerar a Degradação aquática; 2.4.2 - Perturbação da fauna aquática local, que por sua vez poderá Interferir negativamente na ecologia de áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas (caso existam nas imediações das obras) e acelerar a Perda de recursos naturais (mortandade de fauna aquática); 2.4.3 - Acelerar a Degradação hídrica, que por sua vez poderá voltar a causar Perturbação da fauna aquática local, Perda de recursos naturais, Danos à saúde e bem-estar das pessoas e Interferências ecológicas negativas diretas em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas. 2.3 - Interferências ecológicas negativas diretas em 3) Aumento dos Níveis de Ruídos e Vibrações pro- Legenda Impacto direto Impacto indireto de 3ª ordem Impacto indireto de 1ª ordem Impacto indireto de 4ª ordem Impacto indireto de 2ª ordem Impacto indireto de 5ª ordem veniente de máquinas, roçadeiras, veículos leves e pesados etc. Este impacto pode resultar em Perturbação da população local e cujo quadro a depender da intensidade e duração desses pode evoluir para uma situação de estresse e causar Danos à saúde (sistema auditivo) e bem-estar da população exposta. * As cores distintas em cada termo representam diferentes impactos ambientais. Identifique no quadro de legenda a cor correspondente à frase e, consequentemente, ao evento relacionado. 39 6.2. PREPARAÇÃO DAS ÁREAS Para a implantação, alteração e expansão e os serviços de manutenção de empreendimentos de saneamento pode ser necessária à realização de cortes, aterros, escavações do solo, de forma a preparar as áreas para receber os equipamentos dos empreendimentos de saneamento, além de permitir a abertura e/ou melhoramento de estradas de acesso e os serviços de topografia. As atividades relacionadas à preparação das áreas como escavações, terraplenagem44 e abertura de estradas de acessos, alocação de material terroso em áreas de empréstimos e também nas áreas de bota-fora implicarão em impactos diretos e indiretos no solo, tendo em vista a natureza degradadora das mesmas, com impactos de importância e magnitude variados, sobretudo, a depender das dimensões dos empreendimentos. As escavações, em especial atenção, podem resultar em efeito ambiental negativo no que diz respeito também a instabilidade dos processos sedimentares35. Estes efeitos podem ser temporários, uma vez que ao final da ação os locais trabalhados devem ser recuperados conforme mais a frente listaremos as ações corretivas. As atividades de preparação das áreas também resultarão na intensificação do tráfego de máquinas, veículos e equipamentos, que por sua vez, poderá resultar na ocorrência de acidentes envolvendo pessoas, causar danos aos equipamentos urbanos (ex. destruição do pavimento), ao solo e à água, e, sobretudo, incomodar a população local devido à intensificação do trânsito, dos ruídos e vibrações, além da emissão de poeiras e fuligens. Conforme ROCHA & ALÍPAZ (2010), de modo geral, os impactos ambientais resultantes dessas atividades poderão: 40 1) comprometer a fauna e a flora22 do entorno; 2) interferir negativamente em áreas legalmente protegidas ou ambientalmente sensíveis; 3) causar degradação no solo e poluição e degradação na água (esta última pelo carreamento de solo exposto, através da lixiviação23, para corpos d’água superficiais); 4) interferir negativamente no patrimônio arqueológico, histórico e cultural; 5) interferir negativamente (causando instabilidade), pelas escavações e intensificação do tráfego, em equipamentos urbanos (postes de iluminação pública, placas de sinalização, calçadas, ruas e estradas etc); 6) causar transtornos aos trabalhadores e moradores da área; 7) podem determinar a criação de talvegues43 e consequentemente, de áreas de alagamento. POSSÍVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS Alteração da paisagem natural (poluição visual) Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas Perda de recursos naturais (biodiversidade) Perturbação da fauna nativa (fuga de animais silvestres) Movimentação de terra (terraplenagem25, escavações e abertura de acessos e valas26 - Foto 5) Degradação do solo (perda e alteração da estrutura de solo) pelo uso de máquinas Erosão do solo (formação de ravinas e voçorocas - Foto 6) Degradação hídrica (assoreamento27 de corpos d’água - Foto 7) (alteração do fluxo de água subterrânea) (desaparecimento de nascentes28) Poluição hídrica (carreamento de materiais diversos pela lixiviação) Danos à saúde e bem-estar (acidentes diversos a trabalhadores e a terceiros) (exposição a ruídos em níveis elevados) (doenças respiratórias) Deslocamentos de máquinas causando perturbação da população (ruídos, vibrações, fuligens, degradação das ruas e outros equipamentos urbanos - Foto 8) Instabilidade de terrenos e taludes29 (deslizamentos) Geração de entulhos (sobretudo, material terroso resultante das escavações - Foto 9) Interferência no patrimônio histórico, arqueológico e cultural30 Inundações (alagamentos - Foto 10) Danos Patrimoniais Geração de emprego e renda 41 2 - PREPARAÇÃO DAS ÁREAS 5 7 10 Fonte: Marcos Freire Jr Fonte: Marcos Freire Jr Preparação das áreas Fonte: Marcos Freire Jr 8 Fonte: Marcos Freire Jr 6 Fonte: Marcos Freire Jr 9 Fonte: Marcos Freire Jr Calha Parshall da ETE do Baldo - Fonte - CAERN 2 - PREPARAÇÃO DAS ÁREAS Impactos X Atributos IMPACTOS AMBIENTAIS Alteração da paisagem natural (poluição visual) Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas Perda de recursos naturais Perturbação da fauna nativa (fuga de animais silvestres) Movimentação de terra (terraplenagem, escavações e abertura de acessos e valas) Degradação do solo (perda e alteração da estrutura de solo pelo uso das máquinas) Erosão do solo (formação de ravinas e voçorocas) Degradação hídrica (assoreamento de corpos d’água) (alteração do fluxo de água subterrânea) (desaparecimento de nascentes) Poluição hídrica (carreamento de materiais diversos pela lixiviação) Danos à saúde e bem-estar (acidentes diversos a trabalhadores e a terceiros) (exposição a ruídos em níveis elevados) (doenças respiratórias) Deslocamentos de máquinas causando perturbação da população por: (ruídos e vibrações) (fuligens e poeiras) (degradação das ruas por abertura de buracos e outros equipamentos urbanos) Instabilidade de terrenos e taludes (deslizamentos) Geração de entulhos (sobretudo, material terroso resultante das escavações) Interferência no patrimônio histórico, arqueológico e cultural Inundações (alagamentos) Danos patrimoniais (prejuízos a veículos, residências etc) Geração de emprego e renda Atributos Qualificativos Caráter Negativo Ordem Indireta Escala Local/ Regional Duração Longa Dinâmica Permanente Reversibilidade Irreversível Negativo Indireta Local/Regional Média/Longa Temporária Negativo Negativo Indireta Indireta Local/Regional Local/Regional Longa Curta Permanente Temporária Reversível/ Irreversível Irreversível Reversível Negativo Direta Local/Regional Curta Temporária Irreversível Negativo Indireta Local/Regional Longa Temporária Irreversível Negativo Indireta Local/Regional Curta/Média Temporária Reversível Negativo Indireta Local/Regional Longa Temporária/ Permanente Reversível Negativo Indireta Local/Regional Curta/Média Temporária Reversível Negativo Indireta Local/Regional Curta/Média/ Longa Temporária Reversível/ Irreversível Negativo Direta Local/Regional Curta/Média Temporária Reversível Negativo Indireta Local/Regional Longa Cíclica Reversível Indireta Local/Regional Curta Temporária Reversível Negativo Indireta Local/Regional Curta Temporária Irreversível Negativo Negativo Indireta Indireta Local/Regional Local/Regional Curta/Média Curta Temporária Temporária Reversível Irreversível Positivo Indireta Local/Regional Curta Temporária Reversível Redes de Interações dos Impactos Ambientais Diretos (D); Indiretos (I) Instabilidade de terrenos e taludes (I) Interferências em áreas sensíveis ou protegidas (I) Mov. de terra (D) Poluição Hídrica (I) Perturbação da fauna nativa (I) Degradação hídrica - alteração do fluxo d’água subterrâneo (I) Danos à saúde e bem-estar acidentes diversos (I) Interferência no patrimônio histórico, arqueológico e cultural (I) Alteração da paisagem natural (I) Perda de recursos naturais (I) Degradação hídrica assoreamento (I) Degradação do solo (I) Degradação hídrica desap. nascentes (I) Erosão do solo (I) Danos patrimoniais (I) Deslocamento de máquinas (D) Perturbação da população por ruídos e vibrações (I) Danos à saúde e bem-estar exposição a ruídos elevados (I) Inundações (alagamentos) (I) Degradação das ruas e outros equipamentos urbanos (I) Perturbação da população por fuligens e poeiras (I) Emprego e renda (I) Danos à saúde e bem-estar doenças respiratórias (I) Impactos diretos resultando em impactos indiretos (1ª ordem) Impactos indiretos resultando em outros impactos indiretos (2ª e 3ª ordem) 45 ENTENDENDO A REDE DE INTERAÇÕES DE IMPACTOS ACIMA! 1) Movimentação de terra (terraplenagem, escavações e abertura de acessos e valas) podendo causar: 1.1 - Alteração da paisagem natural, com perda do status de harmonia paisagística que ocorre naturalmente no meio ambiente; 1.2 - Interferência no patrimônio histórico, arqueológico e cultural, com possibilidade de perda de material desse patrimônio, caso não seja feito o resgate, se forem detectados através de estudos técnicos sítios arqueológicos nos locais das obras; 1.3 - Interferência em áreas sensíveis ou protegidas, com possibilidades de impactos diretos e indiretos no solo, ar, água, meio biótico desequilibrando os ecossistemas dessas áreas. Por sua vez, essa interferência pode resultar: Legenda Impacto direto Impacto indireto de 3ª ordem Impacto indireto de 1ª ordem Impacto indireto de 4ª ordem Impacto indireto de 2ª ordem Impacto indireto de 5ª ordem * As cores distintas em cada termo representam diferentes impactos ambientais. Identifique no quadro de legenda a cor correspondente à frase e, consequentemente, ao evento relacionado. 46 1.3.1 - Na Perda de recursos naturais, que por sua vez poderá causar Alteração da paisagem natural, Perturbação da fauna nativa e Degradação do solo. A degradação do solo, por sua vez, pode, por exemplo, resultar em Instabilidade de terrenos e taludes e Erosão do solo. A erosão do solo pode resultar em Assoreamento de corpos d’água, Inundações, Poluição hídrica etc; 1.3.2 - Na Degradação do solo, que poderá, por sua vez, resultar em Perdas de Recursos Naturais, Erosão do solo e Instabilidade de terrenos e taludes. A instabilidade de terrenos e taludes, por exemplo, pode causar ou agravar Erosões no solo, que pode resultar em Assoreamento de corpos d’água, Inundações e alagamentos, Danos patrimoniais (ex. deslizamentos de terras e crateras podendo causar prejuízos em veículos, residências e equipamentos públicos e privados diversos) e Acidentes e Danos à saúde e bem-estar das pessoas; 1.3.3 - Na Poluição hídrica, por carreamento de material terroso resultante das escavações etc, que por sua vez pode resultar em Perdas de recursos naturais, Degradação hídrica por assoreamento e Perturbação da fauna nativa pela perda da qualidade da água. A perturbação da fauna nativa, por exemplo, pode agravar as Interferências em áreas sensíveis ou prote- Fonte: Marcos Freire Jr gidas, que por sua vez poderão agravar a Perda de recursos naturais, sobretudo, perda do componente faunístico do ecossistema aquático e suas biocenoses6; 1.4 - Instabilidade de terrenos e taludes, a movimentação de terra e principalmente as escavações e aberturas de valas das obras de saneamento (Foto 11), se não forem bem gerenciadas, podem resultar em instabilidade de terrenos e taludes, que, por sua vez, pode causar Erosão do solo, formando ravinas e voçorocas (Foto 12), que, por sua vez, pode resultar em Assoreamento de corpos d’água, Inundações e alagamentos, Danos patrimoniais (ex. deslizamentos de terras e crateras podendo causar prejuízos em veículos, residências e equipamentos públicos e privados diversos, como a degradação do pavimento de ruas etc) e Acidentes e Danos à saúde e bem-estar das pessoas; Foto 11. Abertura de vala. Fonte: Marcos Freire Jr Foto 13. Atropelamento de fauna nativa. Fonte: Marcos Freire Jr Foto 12. Erosão. 47 1.5 - Perturbação e afugentamento da Fauna, os trabalhos de terra com o uso de máquinas poderão causar impactos ambientais negativos à fauna local, como atropelamentos (Foto 13), afugentamentos e pertubações devido aos níveis elevados de ruídos e vibrações. Como consequência esse impacto pode resultar: 1.5.1 - Na Perda de recursos naturais, relativos ao componente faunístico e suas biocenoses; 1.5.2 - Em Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas, sobretudo, no tocante ao desequilíbrio ecológico que poderá advir da perda e afugentamento da fauna nativa local; 1.6 - Degradação hídrica (alteração do fluxo d’água subterrâneo), os trabalhos de terra com o uso de máquinas, escavações e perfurações diversas, obras de rebaixamento de lençol freático etc poderão causar alterações no fluxo d’água subterrâneo, que por sua vez poderá resultar ou agravar a degradação hídrica por Desaparecimento de nascentes d’água. O desaparecimento de nascentes, por sua vez pode Legenda Impacto direto Impacto indireto de 3ª ordem Impacto indireto de 1ª ordem Impacto indireto de 4ª ordem Impacto indireto de 2ª ordem Impacto indireto de 5ª ordem * As cores distintas em cada termo representam diferentes impactos ambientais. Identifique no quadro de legenda a cor correspondente à frase e, consequentemente, ao evento relacionado. 48 causar Perda de recurso natural, ou seja, água doce mineral de boa qualidade; 1.7 - Danos à saúde e bem-estar por acidentes diversos, a ação de manuseio de equipamentos pesados oferece riscos de acidentes no trabalho ou prejuízos à saúde e bem-estar de trabalhadores. O não isolamento devido das áreas em obras também pode oferecer riscos de acidentes a terceiros que por ali inadvertidamente transitem. Também, os resíduos gerados, sejam atmosféricos (ruídos e poeiras), ou sólidos, se não forem adequadamente controlados podem acarretar em prejuízos à saúde dos trabalhadores por doenças respiratórias. Por fim, a não utilização de EPCs e EPIs ou a utilização incorreta destes por parte dos trabalhadores pode gerar graves danos físicos à saúde deles; 1.8 - Inundações (Alagamentos de terrenos), provocadas nos terrenos por possíveis irregularidades topográficas resultantes das obras de saneamento. Que, por sua vez, podem gerar: Danos patrimoniais (ex. prejuízos em veículos, residências e equipamentos públicos e privados diversos) e Acidentes e Danos à saúde e bem-estar das pessoas que transitem inadvertidamente pelos locais em obras; 1.9 - Degradação do solo, provocada por atividades relacionadas às obras civis como fundações, escavações, terraplenagem, alocação de material terroso em áreas de empréstimos e também nas áreas de bota-fora e que poderão implicar em impactos diretos e indiretos no solo, degradando o mesmo ao longo do tempo. Por sua vez, este impacto de degradação no solo pode provocar: 1.9.1 - Erosão, com perda de solo, formando ravinas e voçorocas, que, por sua vez, pode resultar em Assoreamento de corpos d’água, Perdas de recursos naturais (solo), Alteração da paisagem natural, Inundações e alagamentos, Danos patrimoniais (ex. deslizamentos de terras e crateras podendo causar prejuízos em veículos, residências e equipamentos públicos e privados diversos, como a degradação do pavimento de ruas etc) e Acidentes e Danos à saúde e bem-estar das pessoas; 1.9.2 - Instabilidade de terrenos e taludes, que, por sua vez, pode resultar ou agravar os processos de Erosão do solo, formando ravinas e voçorocas, que, por sua vez, podem causar ou agravar Assoreamento de corpos d’água, Inundações e alagamentos, Danos patrimoniais (ex. deslizamentos de terras e crateras podendo causar prejuízos em veículos, residências e equipamentos públicos e privados diversos, como a degradação do pavimento de ruas etc) e Acidentes e Danos à saúde e bem-estar das pessoas; poluição hídrica, por exemplo, pode causar Danos à saúde e bem-estar das pessoas e Perturbação e perda de fauna nativa local etc; 1.11 - Danos patrimoniais, a movimentação de terra e principalmente as escavações e aberturas de valas das obras de saneamento, utilizando-se para isso de grandes máquinas, pode resultar em danos patrimoniais, tais como: prejuízos em veículos, residências e equipamentos públicos e privados diversos, como a degradação do pavimento de ruas etc; 1.12 - Perturbação da população local por fuligens, poeiras etc, a movimentação de terra e principalmente as escavações e aberturas de valas das obras de saneamento, e também o aumento do tráfego local pode resultar em poluição atmosférica local acarretada pelas poeiras, fuligens e fumaças. Também, com as atividades de movimentação de solo, como na abertura de acessos, nivelamento e fundações, haverá emissão de poeiras podendo gerar a perturbação da população local. Este impacto pode acarretar em Danos à saúde e bem-estar da população local por doenças respiratórias; 1.10 - Perdas de recursos naturais, a movimentação 1.13 Geração de Emprego e Renda, as obras civis de terra e principalmente as escavações e aberturas de valas das obras de saneamento podem resultar em áreas de bota-fora com grandes quantidades de terra retiradas do local em obras, causando pois, a perda de solo na área, que, por sua vez, pode resultar em Alteração da paisagem natural, Perturbação da fauna nativa e Degradação do solo. A degradação do solo, por sua vez, pode, por exemplo, resultar em Instabilidade de terrenos e taludes e Erosão do solo. A erosão do solo pode resultar em Assoreamento de corpos d’água, Inundações, Poluição hídrica. A de escavações, terraplenagem, abertura de acessos, dentre outras, serão responsáveis pela contratação de mão de obra terceirizada, gerando renda e aquecimento da economia, sendo, portanto, impacto do tipo positivo e temporário, ou seja, terá seus efeitos atuando enquanto durarem as obras; 2) Deslocamento de máquinas, durante as obras de escavações, terraplenagem, abertura de acessos, dentre outras, podendo causar: 49 2.1 Danos à saúde e bem-estar por acidentes di- 2.4 - Perturbação da população local por fuligens, versos, as ações de manuseio de máquinas e equipamentos pesados oferecem riscos de acidentes no trabalho ou prejuízos à saúde de trabalhadores. O não isolamento devido das áreas em obras também pode oferecer riscos de acidentes a terceiros que por ali inadvertidamente transitem. Por fim, a não utilização de EPCs ou EPIs ou a utilização inadequada destes por parte dos trabalhadores pode gerar graves danos físicos à saúde deles; poeiras etc, o deslocamento intenso de máquinas pode resultar em poluição atmosférica local acarretada pelas poeiras, fuligens e fumaças pertubando a população local. Este impacto pode resultar em Danos à saúde e bem-estar da população local por doenças respiratórias; 2.2 - Degradação de ruas e outros equipamentos urbanos, a movimentação de máquinas pesadas durante a movimentação de terra e principalmente durante as escavações e aberturas de valas das obras de saneamento pode resultar em Danos patrimoniais, tais como: prejuízos em veículos, residências e equipamentos públicos e privados diversos, como a degradação do pavimento de ruas e acessos etc. Outrossim, esses impactos podem acarretar em Inundações e alagamentos de terrenos durante períodos chuvosos, devido a irregularidades topográficas deixadas nos locais em obras. Por sua vez, essas inundações e alagamentos de terrenos podem gerar Danos patrimoniais e Acidentes diversos a terceiros; 2.5 - Perturbação da população local por ruídos e vibrações, o deslocamento intenso de máquinas pode gerar ruídos e vibrações em níveis elevados que poderão afetar não apenas os operários, mas também os moradores da área do entorno. Este impacto pode acarretar em Danos à saúde e bem-estar dos trabalhadores e população local por exposição a ruídos em níveis elevados; 2.6 - Geração de Emprego e Renda, a movimentação de máquinas será responsável pela contratação de mão de obra especializada e terceirizada, sendo impacto do tipo positivo e temporário, ou seja, terá seus efeitos atuando enquanto durar as obras; 6.3. Obras de implantação e alteração de sistemas do saneamento 2.3 - Erosão do solo, formando ravinas e voçorocas, que, por sua vez, pode resultar em Assoreamento de corpos d’água, Perdas de recursos naturais (solo), Alteração da paisagem natural, Inundações e alagamentos, Danos patrimoniais (ex. deslizamentos de terras e crateras podendo causar prejuízos em veículos, residências e equipamentos públicos e privados diversos) e Acidentes e Danos à saúde e bem-estar das pessoas; 50 Representam as atividades cujas ações estão diretamente relacionadas às obras de implantação, expansão e alteração de sistemas de abastecimento d’água e esgotamento sanitário, bem como àquelas que visam corrigir, ajustar ou otimizar o funcionamento desses sistemas. O desenvolvimento das obras poderá produzir situações que exponham trabalhadores e pessoas que vivem nas vizinhanças a acidentes ou a distúrbios de saúde. A dis- posição inadequada de resíduos e entulhos, bem como as condições de estocagem de materiais podem oferecer abrigo a animais perigosos (peçonhentos e pragas urbanas), criar condições para a proliferação de vetores de doenças, além de causarem poluição ambiental (no ar, água e solo), alteração da paisagem natural (poluição visual), aumento do risco de ocorrência de incêndios e explosões e acidentes a empregados e terceiros. Também, a implantação do canteiro de obras e demais instalações associadas, por serem determinantes de consumo e geradoras de resíduos e efluentes, podem provocar poluição ambiental e visual, acidentes com animais perigosos e criar condições para a proliferação de vetores de doenças. O uso de recursos naturais, o risco de incêndios, explosões, acidentes e a contamina- ção8 das águas também podem resultar dessa atividade. Além disso, durante as obras poderão ocorrer impactos negativos à população local por aumento dos níveis de ruídos, vibrações e fuligens do deslocamento de máquinas e grandes veículos, além da possibilidade de danos patrimoniais a automóveis, residências etc, resultantes muitas vezes de ações construtivas inadequadas, dentre outras. Por outro lado, impactos positivos importantes e essenciais para a sociedade como um todo poderão ser advindos dessas atividades quando os empreendimentos de saneamento estiverem devidamente instalados e operando, tais como: 1) promoção da saúde, bem-estar e justiça social; 2) Geração de emprego e renda; 3) Incrementos nas finanças públicas e 4) Desenvolvimento social e econômico. Desinfecção com ultravioleta dos efluentes tratados na ETE do Baldo. Fonte - CAERN. 51 IMPORTANTE!!! 1) Promoção da saúde, bem-estar e justiça social; Através da oferta de água potável à população de modo geral, propiciando a redução no número de doenças de veiculação hídrica pelo consumo de água contaminada, imprópria ao uso, contribuindo para a melhoria na saúde, bem-estar (qualidade de vida) e justiça social. 2) Geração de emprego e renda; A geração de emprego e aumento de renda pode acarretar na melhoria do poder aquisitivo e aquecer a economia local, através do consumo diverso durante a instalação e operação dos empreendimentos de saneamento e que, consequentemente, poderão estimular a melhoria da qualidade de vida dos envolvidos direta e indiretamente nesses empreendimentos. 3) Incrementos nas Finanças públicas; Finanças Públicas é o campo da Economia preocupado com o pagamento de atividades coletivas e governamentais, assim como com a administração e o desempenho destas atividades. A instalação e operação desses empreendimentos representará um aumento na arrecadação de impostos, taxas e contribuições, fato esse que contribuirá positivamente para a melhoria das finanças públicas municipal, estadual e federal. 4) Desenvolvimento social e econômico. A oferta de água potável através dos empreendimentos de saneamento favorece o desenvolvimento socioeconômico da população através dos seguintes aspectos (BARROS et al., 1995): 52 Aspectos Sociais 1 Melhoria da saúde e das condições de vida de uma comunidade; 2 Diminuição da mortalidade em geral, principalmente da infantil; 3 Aumento da esperança de vida da população; 4 Diminuição da incidência de doenças relacionadas à água; 5 Implantação de hábitos de higiene na população; 6 Facilidade na implantação e melhoria da limpeza pública; 7 Facilidade na implantação e melhoria dos sistemas de esgotos sanitários; 8 Possibilidade de proporcionar conforto e bem-estar; 9 Melhoria das condições de segurança. Aspectos Econômicos Aumento da vida produtiva dos indivíduos economicamente ativos; 2 Diminuição dos gastos particulares e públicos com consultas e internações hospitalares; 3 Facilidade para instalações de indústrias, onde a água é utilizada como matéria-prima ou meio e operação; 4 Incentivo à indústria turística em localidades com potencialidades para seu desenvolvimento. 1 Fonte - Marcos Freire e Mariana Maziero. 53 IMPACTOS AMBIENTAIS RESULTANTES Geração de efluentes sanitários Degradação hídrica (perda gradual da qualidade da água pela poluição) Veiculação de doenças Danos patrimoniais (prejuízos a veículos, residências etc) Interferências em equipamentos urbanos (Foto 14) Perturbação da população local Poluição do solo Poluição atmosférica Estocagem de equipamentos e materiais (Foto 15) Obras de instalação e manutenção (instalação e manutenção de SES e SAA Foto 18) Proliferação de pragas e vetores (Foto 19) Obras de instalação e manutenção (instalação do canteiro de obras - Foto 20) Geração de entulhos (material de construção) (Foto 16) Aumento do tráfego de veículos (Foto 21) Geração de resíduos sólidos Incêndios Danos à saúde e bem-estar (prejuízos à saúde pela exposição a ruídos, vibrações e fuligens em níveis elevados) (danos físicos) Geração de odores fétidos Geração de emprego e renda Aumento dos níveis de ruídos e vibrações 54 Acidentes a empregados e terceiros Promoção da saúde, bem-estar e justiça social Acidentes com animais perigosos Incrementos nas Finanças públicas Poluição hídrica (contaminação da água superficial e subterrânea) (Foto 17) Desenvolvimento social e econômico 3 - Obras de implantação e alteração 15 Fonte: CAERN 14 Fonte: CAERN 16 Fonte: Marcos Freire Jr 17 Fonte: Marcos Freire Jr 18 Fonte: CAERN 21 Fonte: CAERN Obras de Implantação e manutenção 19 Fonte: Marcos Freire Jr 20 Fonte: CAERN 3 - Obras de instalação e manutenção Impactos X Atributos Atributos Qualificativos IMPACTOS AMBIENTAIS Geração de efluentes sanitários Veiculação de doenças Interferências em equipamentos urbanos Poluição do solo Poluição atmosférica Estocagem de equipamentos e materiais Geração de entulhos (material de construção) Geração de resíduos sólidos Danos à saúde e bem-estar (prejuízos à saúde pela exposição a ruídos, vibrações e fuligens em níveis elevados) (danos físicos) Aumento dos níveis de ruídos e vibrações Acidentes a empregados e terceiros Acidentes com animais perigosos Poluição hídrica (contaminação da água superficial e subterrânea) Degradação hídrica (perda gradual da qualidade da água pela poluição) Danos patrimoniais (prejuízos a veículos, residências etc) Perturbação da população local Obras de instalação e manutenção (instalação e manutenção de SES e SAA) Proliferação de pragas e vetores Caráter Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Ordem Indireta Indireta Indireta Indireta Indireta Indireta Indireta Indireta Indireta Escala Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Duração Curta/Média Curta/Média Curta/Média Curta/Média Curta/Média Curta/Média Curta/Média Curta/Média Curta/Média/ Longa Dinâmica Temporária Cíclica Temporária Temporária Temporária Temporária Temporária Temporária Temporária Reversibilidade Reversível Reversível Irreversível Reversível Reversível Reversível Reversível Reversível Reversível/ Irreversível Negativo Negativo Negativo Negativo Indireta Indireta Indireta Indireta Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Curta/Média Curta/Média Curta/Média Média/Longa Temporária Temporária Temporária Temporária Reversível Reversível Reversível Negativo Indireta Local/Regional Longa Permanente Negativo Indireta Local/Regional Curta Temporária Negativo Negativo Indireta Direta Local/Regional Local/Regional Curta/Média Temporária Curta/Média Negativo Indireta Local/Regional Temporária/ Permanente Cíclica Obras de instalação e manutenção (instalação do canteiro de obras) Geração de odores fétidos Aumento do tráfego de veículos Incêndios Geração de emprego e renda Promoção da saúde, bem-estar e justiça social Incrementos nas Finanças públicas Desenvolvimento social e econômico Negativo Direta Local/Regional Reversível Reversível Negativo Negativo Negativo Positivo Positivo Positivo Positivo Indireta Indireta Indireta Indireta Indireta Indireta Indireta Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Curta/Média/ Longa Curta Curta/Média Curta Curta Curta/Média Média/Longa Média/Longa Média/Longa Irreversível Reversível Reversível/ Irreversível Reversível Reversível Temporária Temporária Temporária Temporária Temporária Permanente Temporária Permanente Reversível Reversível Reversível Reversível Irreversível Reversível Irreversível Redes de Interações dos Impactos Ambientais Diretos (D); Indiretos (I) Instalação e manutenção de SES e SAA e Canteiros de Obras (D) Danos patrimoniais (I) Poluição atmosférica (I) Veiculação de doenças (I) Poluição Hídrica (I) Degradação hídrica (I) Danos à saúde e bem-estar (I) Geração de entulhos (I) Geração de resíduos sólidos (I) Poluição do solo (I) Estocagem de equipamentos e materiais (I) Perturbação da popul. local (I) Geração de efluentes sanitários (I) Proliferação de pragas e vetores (I) Geração de odores (I) Incêndios (I) Desenvolvimento social e econômico (I) Incremento nas finanças públicas (I) Promoção da saúde, bem-estar e justiça social (I) Impactos diretos resultando em impactos indiretos (1ª ordem) Aumento dos níveis de ruídos e vibrações (I) Acidentes com animais perigosos (I) Acidentes a empregados e terceiros (I) Aumento do tráfego de veículos (I) Interferências em equipamentos urbanos (I) Geração de emprego e renda (I) Impactos indiretos resultando em outros impactos indiretos (2ª e 3ª ordem) 57 ENTENDENDO A REDE DE INTERAÇÕES DE IMPACTOS ACIMA! 1) Obras de Instalação e Manutenção (instalação e manutenção de SES e SAA) podendo causar: 1.1 - Danos patrimoniais, as obras de saneamento como instalação de canteiros de obras, implantação de dutos e tubulações, poços de estações elevatórias e de abastecimento de água, construção de lagoas com impermeabilização de terrenos etc, utilizando-se para isso de grandes máquinas, podem resultar em danos patrimoniais, tais como: prejuízos em veículos, residências e equipamentos públicos e privados diversos, como a degradação do pavimento de ruas etc; 1.2 - Poluição atmosférica, durante as obras de implantação de estruturas e equipamentos do saneamento, o aumento do tráfego local pode resultar em poluição atmosférica local acarretada pelas poeiras, fuligens e fumaças, podendo gerar Perturbação da população local, e por aumento do nível de estresse Legenda Impacto direto Impacto indireto de 3ª ordem Impacto indireto de 1ª ordem Impacto indireto de 4ª ordem Impacto indireto de 2ª ordem Impacto indireto de 5ª ordem * As cores distintas em cada termo representam diferentes impactos ambientais. Identifique no quadro de legenda a cor correspondente à frase e, consequentemente, ao evento relacionado. 58 pode gerar Danos à saúde e bem-estar, assim como a poluição atmosférica pode resultar diretamente em Danos à saúde e bem-estar da população local por doenças respiratórias; 1.3 - Geração de entulhos diversos, as obras civis gerarão grande quantidade de entulhos de diversos tipos (metais, concreto, pedras, areia, argila etc), resíduos dos canteiros de obras etc. Esse material, se não for devidamente removido, pode causar (Foto 22): 1.3.1 - Veiculação de doenças, a exposição de metais, vidros e outros materiais cortantes pode veicular doenças como o tétano45 (Clostridium tetani). Entulhos podem também acumular água propiciando a trasmissão da dengue11 pela proliferação do mosquito Aedes aegypti. As doenças veiculadas podem, por sua vez, causar sérios Danos à saúde e bem-estar da população afetada; 1.3.2 - Poluição do solo, resultante da disposição inadequada de materiais contendo metais pesados, dentre outros poluentes. Este impacto, por sua vez, pode, por infiltração ou através do lixiviamento causar Degradação hídrica (perda de qualidade d’água dos corpos hídricos superficiais e subterrâneos) e Veiculação de doenças, que podem causar Danos à saúde e bem-estar das pessoas e este último imapacto pode causar Perturbação da população local; 1.3.3 - Danos à saúde e bem-estar, por danos físicos causados por materiais perfurocortantes29 e/ou contaminados, podendo, por sua vez Veicular determinadas doenças e essas causarem outros Danos à saúde e bem-estar das pessoas acarretando, por fim, em Perturbação da população local; 1.3.4 - Proliferação de pragas e vetores, os entulhos dispostos no meio ambiente de forma inadequada podem servir de habitat para pragas e vetores e favorecer a proliferação desses. Pragas e vetores, por sua vez, causam Perturbação da população local e Veiculação de doenças infecto-contagiosas13, que podem gerar graves Danos à saúde e bem-estar da população afetada que, por fim, pode agravar a Perturbação da população local; de forma inadequada podem servir de habitat para pragas e vetores e favorecer a proliferação desses. Pragas e vetores, por sua vez, causam Perturbação da população local e Veiculação de doenças infecto-contagiosas, que podem gerar graves Danos à saúde e bem-estar da população afetada que, por fim, pode agravar a Perturbação da população local; 1.4.3 - Perturbação da população local, por fortes odores e visual desagradável; 1.4.4 - Veiculação de doenças infecto-contagiosas, por contato direto com materiais perfurocortantes contaminados e que podem gerar graves Danos à saúde e bem-estar da população afetada que, por fim, pode agravar a Perturbação da população local; 1.4 - Geração de resíduos sólidos, as atividades de ins- 1.5 - Estocagem de equipamentos e materiais, du- talação de SAA e SES se não forem bem gerenciadas ambientalmente poderão resultar na disposição inadequada de resíduos sólidos de diversas naturezas (Foto 23), no solo e/ou próximos a corpos d’água, podendo trazer sérios impactos associados, tais como: rante as obras de implantação de estruturas e equipamentos do saneamento, ocorrerá estocagem de material na área (Foto 23) e se a área de estocagem não for bem delimitada e isolada poderá ocasionar o seguinte: 1.4.1 - Poluição e contaminação do solo, este impacto, por sua vez, pode, por infiltração ou através do lixiviamento, causar Degradação hídrica (perda de qualidade d’água dos corpos hídricos superficiais e subterrâneos) e Veiculação de doenças, que pode causar Danos à saúde e bem-estar das pessoas e este último pode causar Perturbação da população local; 1.5.1 - Poluição do solo, resultante da disposição inadequada de materiais contendo metais pesados, dentre outros poluentes. Este impacto, por sua vez, pode por infiltração ou através do lixiviamento causar Degradação hídrica (perda de qualidade d’água dos corpos hídricos superficiais e subterrâneos) e Veiculação de doenças, que pode causar Danos à saúde e bem-estar das pessoas e este último pode causar Perturbação da população local; 1.4.2 - Proliferação de pragas e vetores, os resíduos sólidos dispostos no meio ambiente 59 1.5.2 - Danos à saúde e bem-estar, por danos físicos causados por materiais perfurocortantes e/ou contaminados, podendo, por sua vez Veicular determinadas doenças e essas causarem outros Danos à saúde e bem-estar das pessoas acarretando, por fim, em Perturbação da população local; 1.5.3 - Proliferação de pragas e vetores, os entulhos dispostos no meio ambiente de forma inadequada podem servir de habitat para pragas e vetores e favorecer a proliferação desses (Foto 23). Pragas e vetores, por sua vez, causam Perturbação da população local e Veiculação de doenças infecto-contagiosas, que podem gerar graves Danos à saúde e bem-estar da população afetada que, por fim pode agravar a Perturbação da população local; 1.5.4 - Incêndios, resultante de materiais inflamáveis que porventura sejam estocados inadequadamente. Este impacto, por sua vez, pode causar Acidentes a empregados e terceiros, o que pode causar Danos à saúde e bem-estar das pessoas; 60 drica pela perda gradual da qualidade da água, acelerando o processo de eutrofização20 e que, ao longo do tempo, caso não cesse a fonte de poluição, pode inviabilizar corpos d’água para os diversos usos a que se destinam; 1.6.2 - Poluição e contaminação do solo, resultante da disposição in natura (sem tratamento) e inadequada de efluentes sanitários contendo nutrientes e patógenos em níveis elevados. Este impacto, por sua vez, pode, por infiltração nas camadas do solo ou através da lixiviação, causar Degradação hídrica (perda de qualidade d’água dos corpos hídricos superficiais e subterrâneos) e Veiculação de doenças, que pode causar Danos à saúde e bem-estar das pessoas e que neste último caso, pode resultar em Perturbação da população local; 1.6.3 - Perturbação da população local, por fortes odores e visual desagradável e que pode evoluir para Danos à saúde e bem-estar pelo estresse gerado; 1.6 - Geração de efluentes sanitários do canteiro de obras, os efluentes gerados no canteiro de obras durante a implantação de SES e SAA, se não forem pré-condicionados e destinados adequadamente, poderão com o tempo causar: 1.6.4 - Danos à saúde e bem-estar, por danos físicos causados por materiais perfurocortantes e/ou contaminados, podendo, por sua vez Veicular determinadas doenças e essas causarem outros Danos à saúde e bem-estar das pessoas acarretando, por fim, em Perturbação da população local; 1.6.1 - Poluição hídrica, por excesso de nutrientes e patógenos, que por sua vez pode resultar em Veiculação hídrica de doenças, que, por sua vez pode resultar em Danos graves à saúde e bem-estar da população local, Degradação hí- 1.6.5 - Geração de odores desagradáveis, através da disposição inadequada dos efluentes sanitários, causando, por sua vez, Poluição atmosférica e esta, podendo causar Perturbação da população local, que pode evoluir para Danos à saúde e bem-estar pelo estresse gerado; da desses, a não realização de exames periódicos, a sinalização inadequada de áreas de riscos podem gerar acidentes, que, por sua vez, podem causar graves Danos à saúde e bem-estar dos trabalhadores e terceiros; 1.6.6 - Proliferação de pragas e vetores, os efluentes sanitários dispostos inadequadamente no meio ambiente podem atrair pragas e vetores e favorecer a proliferação desses. Pragas e vetores, por sua vez, podem causar Perturbação da população local e Veiculação de doenças infecto-contagiosas, que podem gerar graves Danos à saúde e bem-estar da população afetada que, por fim, pode agravar a Perturbação da população local; 1.10 - Aumento do tráfego de veículos, a demanda por insumos, infraestrutura e matérias-primas intensificará a circulação de veículos pequenos, médios e pesados durante a fase de instalação de SES e SAA. Assim como, de materiais e pessoas, o que por consequência poderá afetar temporariamente e negativamente o meio socioeconômico, seja por: 1.7 - Aumento dos níveis de ruídos e vibrações, a instalação do canteiro de obras, o tráfego de caminhões com materiais, equipamentos, peças etc, as obras civis para instalação de SES e SAA, dentre outras, serão responsáveis pelos inconvenientes da geração de ruídos e vibrações que poderão causar: 1.10.1 - Danos patrimoniais, a movimentação intensa de grandes máquinas pode resultar em danos patrimoniais, tais como: prejuízos em veículos, residências e equipamentos públicos e privados diversos, como a degradação do pavimento de ruas etc; 1.7.1 - Perturbação da população local, pelos inconvenientes dos ruídos e vibrações, muitas vezes acima dos níveis aceitáveis. Este impacto, por sua vez, pode evoluir para Danos à saúde (sistema auditivo) e Danos ao bem-estar, pelo estresse gerado; 1.10.2 - Poluição atmosférica, o aumento do tráfego local pode resultar em poluição atmosférica local acarretada pelas poeiras, fuligens e fumaças, podendo gerar Perturbação da população local, que por aumento do nível de estresse pode gerar Danos à saúde e bem-estar, assim como a poluição atmosférica pode resultar diretamente em Danos à saúde e bem-estar da população local por doenças respiratórias; 1.8 - Acidentes com animais perigosos, a não utilização de EPIs pode gerar vários riscos de Danos à saúde e bem-estar dos trabalhadores das obras de instalação de SAA e SES, inclusive o risco de acidentes com animais perigosos, tais como: cobras, escorpiões, aranhas etc (Foto 23); 1.9 - Acidentes a empregados e terceiros, a não utilização de EPIs ou a utilização de forma inadequa- 1.10.3 - Aumento dos níveis de ruídos e vibrações, o tráfego de caminhões com materiais, equipamentos, peças etc será responsável pelos inconvenientes da geração de ruídos e vibrações, que poderão causar Perturbação 61 da população local, pelos inconvenientes dos ruídos e vibrações acima dos níveis aceitáveis. Este impacto, por sua vez, pode evoluir para Danos à saúde e bem-estar pelo estresse gerado e danos ao sistema auditivo; 1.10.5 - Acidentes a empregados e terceiros, a não utilização de EPIs ou a utilização desses de forma inadequada, a não realização de exames periódicos, a sinalização inadequada de áreas de riscos podem causar acidentes que tragam Danos à saúde e bem-estar dos trabalhadores e terceiros; Fonte: Marcos Freire Jr. 1.11 - Interferências em equipamentos urbanos, as obras de instalação de SAA e SES podem gerar vários inconvenientes ou interferências em equipamentos urbanos, como prejuízos físicos ao pavimento de acessos, ruas e avenidas, rompimento de tubulações e dutos diversos, rompimento de cabos e fios elétricos etc, ou seja, Danos ao patrimônio público, também podem gerar, Perturbação da população local e Acidentes a empregados e terceiros. Estes impactos indiretos, por sua vez, podem evoluir para Danos à saúde e bem-estar; Fonte: Marcos Freire Jr. 1.12 - Geração de emprego e renda, durante a fase de instalação de SAA e SES serão aproveitadas ao máximo mão de obra local de forma direta. A geração de empregos também acontece através da necessidade logística para a instalação dos empreendimentos. A geração de empregos e incrementos à renda contribuirão para o Desenvolvimento social e econômico que, por sua vez, contribuirá para Incrementos nas finanças públicas e para a Promoção da saúde, bem-estar e justiça social; 62 Fonte: Marcos Freire Jr. Foto 22. Obras gerando entulhos e estes atraindo vetores como o mosquito da dengue (Aedes aegypti). 1.13 - Promoção da saúde, bem-estar e justiça social, através da oferta de água potável à população de modo geral, propiciando a redução no número de doenças de veiculação hídrica pelo consumo de água contaminada e imprópria ao uso, contribuindo para a melhoria na saúde, bem-estar (qualidade de vida) e justiça social. Por sua vez, este impacto positivo contribui indiretamente para o Desenvolvimento social e econômico e este, por sua vez, para Incrementos nas finanças públicas, e este indiretamente para a Geração de emprego e renda; Fonte: CAERN Foto 23. Obras de saneamento gerando resíduos sólidos e estocagem inadequada de material, que por sua vez atraem pragas, vetores e animais perigosos. Fonte: Marcos Freire Jr. 1.14 - Promoção da saúde, bem-estar e justiça social, através da oferta de água potável à população de modo geral, propiciando a redução no número de doenças de veiculação hídrica pelo consumo de água contaminada e imprópria ao uso, contribuindo para a melhoria na saúde, bem-estar (qualidade de vida) e justiça social. Por sua vez, este impacto positivo contribui indiretamente para o Desenvolvimento social e econômico e este, por sua vez, para Incrementos nas finanças públicas, e este indiretamente para a Geração de emprego e renda; 1.15 - Incrementos nas finanças públicas - Finanças Públicas é o campo da Economia preocupado com o pa- Fonte: CAERN Fonte: Marcos Freire Jr. gamento de atividades coletivas e governamentais, assim como com a administração e o desempenho dessas atividades. A instalação de empreendimentos de SAA e SES representa aumento na arrecadação de impostos, taxas e contribuições, fato esse que contribuirá positivamente para a melhoria das finanças públicas municipal, estadual e federal. Este impacto positivo contribuirá, por sua vez, para a Geração de emprego e renda e Promoção da saúde, bem-estar e justiça social. A geração de emprego e renda também contribuirá para a Promoção da saúde, bem-estar e justiça social; 63 6.4. OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DO SANEAMENTO Representam as atividades cujas ações estão diretamente relacionadas à operação e manutenção de sistemas de abastecimento d’água e esgotamento sanitário. Sejam elas atividades de rotina ou emergenciais. Os sistemas de saneamento após serem devidamente instalados e iniciarem a fase de operação poderão também causar impactos ambientais negativos sobre o meio ambiente no qual estão inseridos e também para a população cliente, seja da água potável para os consumos direto e indireto, seja da coleta, tratamento e destinação dos es- Fonte - Acervo Marcos Freire 64 e Mariana Maziero gotos sanitários. Os impactos ambientais decorrentes da operação inadequada destes sistemas refletem diretamente em problemas de poluição e contaminação das águas superficiais e subterrâneas (WIECHETECK & CORDEIRO, 2002), embora, os efeitos positivos sejam marcantes e imprescindíveis pelos benefícios gerados. 6.4.1. Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) Para os Sistemas de Abastecimento de Água (SAA), os impactos prováveis são geralmente positivos, porque o abastecimento de água constitui serviço que assegura melhoria da saúde e do bem-estar da população. Os impactos negativos estão normalmente associados à localização do empreendimento (vulnerabilidade da área de influência) e à operação inadequada dos sistemas, que podem causar: AÇÕES Lançamento inadequado de resíduos provenientes dos decantadores e da água de lavagem de filtros, em corpos d’água Problemas na operação dos sistemas IMPACTOS NEGATIVOS Poluição de corpos hídricos Degradação hídrica Perturbação da fauna nativa Geração de odores Veiculação de doenças Danos à saúde e bem-estar Perturbação da população local Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas Perda de recursos naturais Proliferação de pragas e vetores Proliferação de pragas e vetores Vazamentos causando alagamentos Emissão de níveis elevados de ruídos Perturbação da população local Perda de recursos naturais (ex. água tratada) Danos patrimoniais Danos à saúde e bem-estar Acidentes a empregados e terceiros Geração de resíduos sólidos IMPACTOS POSITIVOS Oferta de água para consumo direto e indireto Promoção da saúde, bem-estar e justiça social Controle e prevenção de doenças Limpeza pública Aumento da expectativa de vida e redução da mortalidade infantil Desenvolvimento social e econômico Combate a incêndios Higiene pessoal 65 POSSÍVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS Geração de Resíduos Sólidos (Lodo) (Lançamento inadequado de resíduos provenientes dos decantadores e da água de lavagem de filtros, em corpos d’água) (Foto 24) Aumento dos níveis de ruídos (Foto 26) Danos patrimoniais Poluição de corpos hídricos Acidentes a empregados e terceiros (Foto 27) Degradação hídrica Geração de resíduos sólidos (RSU - Foto 28) Perturbação da fauna nativa Geração de odores fétidos Operação e Manutenção de Sistemas de Saneamento (Oferta de água para consumo direto e indireto - Foto 29) Veiculação de doenças Danos à saúde e bem-estar Promoção da saúde, bem-estar e justiça social Perturbação da população local Controle e prevenção de doenças (Foto 30) Perda de recursos naturais Limpeza pública Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas Aumento da expectativa de vida e redução da mortalidade infantil Proliferação de pragas e vetores 66 Desenvolvimento social e econômico Operação e Manutenção de Sistemas de Saneamento (Problemas na operação dos SAAs) Combate a incêndios Alagamentos (a partir de vazamentos - Foto 25) Higiene pessoal 4 - Operação de manutenção de SAA 25 24 27 Fonte: CAERN Fonte: CAERN Fonte: CAERN 30 Fonte: CAERN Fonte: CAERN Operação de manutenção de SAA 28 26 Fonte: CAERN 29 Fonte: CAERN 4 - Operação e manutenção de SAA Impactos X Atributos Atributos Qualificativos IMPACTOS AMBIENTAIS Geração de Resíduos Sólidos (Lodo) (Lançamento inadequado de resíduos provenientes dos decantadores e da água de lavagem de filtros, em corpos d’água) (Foto 24) Poluição de corpos hídricos Degradação hídrica Perturbação da fauna nativa Geração de odores fétidos Veiculação de doenças Danos à saúde e bem-estar Caráter Negativo Ordem Direta Escala Local Duração Curta Dinâmica Temporária Reversibilidade Reversível Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Indireta Indireta Indireta Indireta Indireta Indireta Local Local Local Local Local Local Média/Longa Longa Média/Longa Média/Longa Média/Longa Média/Longa Temporária Permanente Temporária Temporária Temporária Temporária Perturbação da população local Perda de recursos naturais Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas Proliferação de pragas e vetores Operação e Manutenção de Sistemas de Saneamento (Problemas na operação dos SAAs) Alagamentos (a partir de vazamentos - Foto 25) Aumento dos níveis de ruídos (Foto 26) Danos patrimoniais Acidentes a empregados e terceiros (Foto 27) Geração de resíduos sólidos (RSU - Foto 28) Operação e Manutenção de Sistemas de Saneamento (Oferta de água para consumo direto e indireto - Foto 29) Promoção da saúde, bem-estar e justiça social Controle e prevenção de doenças (Foto 30) Limpeza pública Aumento da expectativa de vida e redução da mortalidade infantil Desenvolvimento social e econômico Combate a incêndios Higiene pessoal Negativo Negativo Negativo Indireta Indireta Indireta Local Local Local Média/Longa Média/Longa Média/Longa Temporária Permanente Temporária Negativo Negativo Indireta Direta Local Local Curta/Média/ Longa Curta/Média Cíclica Cíclica Reversível Reversível Reversível Reversível Reversível Reversível/ Irreversível Reversível Irreversível Reversível/ Irreversível Reversível Reversível Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Positivo Indireta Indireta Indireta Indireta Indireta Direta Local Local Local Local Local Local/Regional Temporária Permanente Permanente Temporária Cíclica Permanente Reversível Reversível Irreversível Reversível Irreversível Irreversível Positivo Positivo Positivo Positivo Indireta Indireta Indireta Indireta Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Longa Longa Longa Permanente Permanente Permanente Permanente Positivo Positivo Positivo Indireta Indireta Indireta Local/Regional Local/Regional Local/Regional Longa Longa Longa Permanente Permanente Permanente Irreversível Irreversível Irreversível Irreversível Irreversível Irreversível Irreversível Irreversível Média Longa Curta Curta Curta/Média Longa Redes de Interações dos Impactos Ambientais Diretos (D); Indiretos (I) Geração de Resíduos Sólidos (D) (Lançamento de resíduos de decantadores e filtros) em corpos d’água Interferências em áreas sensíveis ou protegidas (I) Perturbação da fauna nativa (I) Veiculação de doenças (I) Perda de recursos naturais (I) Poluição de corpos hídricos (I) Degradação hídrica (I) Geração de odores (I) Proliferação de pragas e vetores (I) Perturbação da população local (I) Operação e Manutenção de SAA (D) (Problemas na operação dos sistemas) Perturbação da população local (I) Proliferação de pragas e vetores (I) Danos à saúde e bem-estar (I) Danos à saúde e bem estar (I) Vazamentos Alagamentos (I) Aumentos dos níveis de ruídos (I) Danos patrimoniais (I) Geração de resíduos sólidos (I) Acidentes a empregados e terceiros (I) Perda de água tratada (I) Impactos diretos resultando em impactos indiretos (1ª ordem) Impactos indiretos resultando em outros impactos indiretos (2ª e 3ª ordem) 69 Redes de Interações dos Impactos Ambientais Diretos (D); Indiretos (I) Operação e Manutenção de SAA (D) (Oferta de água p/ consumo direto e indireto) Desenvolvimento social e econômico (I) Higiene pessoal (I) Promoção da saúde, bem-estar e justiça social (I) Limpeza pública (I) Incremento nas finanças públicas (I) Combate a incêndios (I) Impactos diretos resultando em impactos indiretos (1ª ordem) 70 Aumento da expectativa de vida e redução da mortalidade infantil (I) Impactos indiretos resultando em outros impactos indiretos (2ª e 3ª ordem) Tratamento preliminar da ETE Ponta Negra - Fonte-CAERN. ENTENDENDO A REDE DE INTERAÇÕES DE IMPACTOS ACIMA! 1) Ações de Operação e manutenção de Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) como Geração de Resíduos Sólidos (lodo) podendo causar: 1.1 - Poluição de corpos hídricos, por excesso de nutrientes e patógenos , que por sua vez pode resultar em: 31 1.1.1 - Perdas de recursos naturais, a eutrofização pelo excesso de nutrientes resultantes do lodo de Estação de Tratamento de Água - ETA etc pode gradualmente causar perda da qualidade da água e perda de recursos naturais como peixes, moluscos, crustáceos e outros seres aquáticos. Este impacto, por sua vez, pode resultar em: 1.1.1.1 - Interferências em áreas sensíveis ou protegidas, perda do equilíbrio natural dos ecossistemas aquáticos ocasionada pela poluição desencadeada pelo excesso de nutrientes e outros elemen- Legenda Impacto direto Impacto indireto de 3ª ordem Impacto indireto de 1ª ordem Impacto indireto de 4ª ordem Impacto indireto de 2ª ordem Impacto indireto de 5ª ordem * As cores distintas em cada termo representam diferentes impactos ambientais. Identifique no quadro de legenda a cor correspondente à frase e, consequentemente, ao evento relacionado. 72 tos no lodo de ETA. Este impacto pode resultar em: Perturbação da população local, Perturbação da fauna aquática e agravar a Perda de recursos naturais; 1.1.1.2 - Perturbação da fauna aquática, a perda de recursos naturais como deterioração da qualidade da água (ex. déficit de oxigênio) e perda de determinados grupos faunísticos e florísticos mais sensíveis à poluição pode ocasionar em perturbação e perda crônica (gradual) e aguda (abrupta) de fauna aquática. Este impacto pode, por sua vez resultar ou agravar a: Perda de recursos naturais (fauna) e a interferência em áreas ambientalmente sensíveis, que, por sua vez pode causar Perturbação da população local que utiliza, por motivos econômicos e de subsistência, os recursos naturais do corpo d’água afetado; 1.1.1.3 - Perturbação da população local, pela perda de recursos naturais como água de qualidade para consumo e outros usos e perda de recursos faunísticos como peixes. Este impacto pode evoluir para Danos à saude e bem-estar da população por motivos de estresse; 1.1.2 - Degradação hídrica, pela perda gradual da qualidade da água acelerando o processo de eutrofização e que ao longo do tempo, caso não cesse a fonte de poluição, pode inviabilizar corpos d’água para os diversos usos a que se destinam. Este impacto pode resultar em: 1.1.2.1 - Perturbação da fauna aquática, a degradação hídrica como deterioração da qualidade da água e perda de determinados grupos faunísticos e florísticos mais sensíveis à poluição pode ocasionar em perturbação e perda crônica (gradual) e aguda (abrupta) de fauna aquática. Este impacto pode, por sua vez resultar ou agravar a: Perda de recursos naturais (fauna) e a interferência em áreas ambientalmente sensíveis, que, por sua vez pode causar Perturbação da população local que utiliza, por motivos econômicos e de subsistência, os recursos naturais do corpo d’água afetado; 1.1.2.2 - Interferências em áreas sensíveis ou protegidas, perda do equilíbrio natural dos ecossistemas aquáticos ocasionada pela degradação (eutrofização) desencadeada pelo excesso de nutrientes e outros elementos no lodo de ETA. Este impacto pode resultar em: Perturbação da população local, Perturbação da fauna aquática e agravar a Perda de recursos naturais; 1.1.2.3 - Veiculação hídrica de doenças, que, por sua vez pode resultar em Perturbação da população local e Danos graves à saúde e bem-estar da população local. Este último, por sua vez, pode agravar o estado de Perturbação da população local; 1.1.2.4 - Proliferação de pragas e vetores, que, por sua vez, pode resultar em Perturbação da população local e Veiculação de doenças infecto-contagiosas. Este último, por sua vez, pode resultar em Perturbação da população local e Danos graves à saúde e bem-estar da população local; 1.1.2.5 - Geração de odores fétidos, com o avanço do processo de eutrofização de corpos d’água e acúmulo de matéria orgânica nos sedimentos acarretará na liberação de odores fétidos causados pelo gás metano (CH4) e ácido sulfídrico (H2S). Este impacto, por sua vez pode causar Danos à saúde e bem-estar da população, pois esses gases são tóxicos se inalados e também pode resultar em Perturbação da população local pelos odores desagradáveis. Este último pode evoluir para Danos à saúde e bem-estar pelo estresse gerado; 1.1.2.6 - Perda de recursos naturais, a eutrofização pelo excesso de nutrientes resultantes do lodo de ETA etc pode gradualmente causar perda da qualidade da água e perda de recursos naturais como peixes, moluscos, crustáceos e outros seres aquáticos. Este impacto, por sua vez pode resultar em: Interferências em áreas sensíveis ou protegidas, dentre outros, que equivale a perda do equilíbrio natural dos ecossistemas aquáticos ocasionada pela poluição desencadeada pelo excesso de nutrientes e outros ele73 mentos no lodo de ETA. Este impacto, por exemplo, pode resultar em: Perturbação da população local, Perturbação da fauna aquática e agravar a Perda de recursos naturais; 1.1.3 - Interferências em áreas sensíveis ou protegidas, perda do equilíbrio natural dos ecossistemas aquáticos ocasionada pela poluição desencadeada pelo excesso de nutrientes e outros elementos no lodo de ETA. Este impacto pode resultar em: 1.1.3.1 - Perturbação da fauna aquática, a interferência em áreas sensíveis ou protegidas pela poluição aquática pode ocasionar em perturbação e perda crônica (gradual) e aguda (abrupta) de fauna aquática. Este impacto pode, por sua vez resultar ou agravar a: Perda de recursos naturais (fauna) e a interferência em áreas ambientalmente sensíveis, que, por sua vez pode causar Perturbação da população local que utiliza, por motivos econômicos e de subsistência, os recursos naturais do corpo d’água afetado; 1.1.3.2 - Perturbação da população local, pela interferência em áreas sensíveis ou protegidas pela poluição aquática. Este impacto pode evoluir para Danos à saúde e bem-estar da população por motivos de estresse; nar em Perturbação da fauna aquática e perda crônica (gradual) e aguda (abrupta) dessa; 1.1.4 - Perturbação da fauna aquática, a perda de recursos naturais como deterioração da qualidade da água (ex. déficit de oxigênio) e perda de determinados grupos faunísticos e florísticos mais sensíveis à poluição pode ocasionar em perturbação e perda crônica (gradual) e aguda (abrupta) de fauna aquática. Este impacto pode, por sua vez resultar ou agravar a: Perda de recursos naturais (fauna) e a Interferência em áreas ambientalmente sensíveis, que, por sua vez pode causar Perturbação da população local que utiliza, por motivos econômicos e de subsistência, os recursos naturais do corpo d’água afetado. Este último impacto pode evoluir para Danos à saúde e bem-estar da população por motivos de estresse; 1.1.5 - Veiculação hídrica de doenças, que, por sua vez pode resultar em Perturbação da população local e Danos graves à saúde e bem-estar da população local. Este último, por sua vez, pode agravar o estado de Perturbação da população local por motivos de sáude; 2) Ações de Operação e manutenção de Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) como Problemas na operação de SAAs podendo causar: 2.1 - Vazamentos e inundações, resultantes de des- 1.1.3.3 - Perda de recursos naturais, a interferência em áreas sensíveis ou protegidas pela poluição aquática pode ocasio74 gaste e rompimento de peças e tubulações por falta de operação e manutenção preventivas e periódicas (Foto 31). Este impacto pode resultar: Foto A Fonte: CAERN Foto B Fonte: CAERN Foto C Fonte: CAERN Foto D Fonte: Marcos Freire Jr. Foto 31. Falta de manutenção e operação periódicas ou as mesmas realizadas de forma irregular (A) podem causar vazamentos (B) e esses, por sua vez podem causar danos patrimoniais (C) e proliferação de pragas e vetores de doenças como a dengue (Aedes aegypti - D). 2.1.1 - Danos patrimoniais, as inundações de determinadas áreas podem resultar em danos patrimoniais, tais como: prejuízos em veículos, residências e equipamentos públicos e privados diversos, como degradação do pavimento de ruas etc. Este impacto pode resultar em: Acidentes a empregados e terceiros, e este, por sua vez, em Danos graves à saúde e bem-estar das pessoas; 2.1.2 - Perturbação da população local, este impacto pode evoluir para Danos à saúde e bem-estar da população por motivos de estresse; 2.1.3 - Proliferação de pragas e vetores, como a proliferação do mosquito da dengue (Aedes aegypti), transmissor da dengue, doença que é resultante de água parada. Este impacto, por sua vez, pode causar: Perturbação da população local e Danos graves à saúde e bem-estar da população local. Este último, por sua vez, pode agravar o estado de Perturbação da população local por motivos de sáude; 2.1.4 - Perda de água tratada, com os vazamentos ocorre grande perda de água tratada que é um recurso precioso e essencial para manutenção da saúde e bem-estar da população. Este impacto pode resultar em Perturbação da população local e Danos à saúde e bem-estar por falta da água tratada; 2.2 - Aumento dos níveis de ruídos, resultante de equipamentos (bombas, geradores etc) desregulados ou sem equipamentos abafadores. Este impacto, por sua vez pode resultar em Perturbação da população local e este, por sua vez pode evoluir para Danos à saúde e bem-estar das pessoas; 76 2.3 - Danos patrimoniais, tais como: prejuízos em veículos, residências e equipamentos públicos e privados diversos, como degradação do pavimento de ruas etc. Este impacto pode resultar em: Acidentes a empregados e terceiros, e este, por sua vez, em Danos graves à saúde e bem-estar das pessoas; 2.4 - Geração de resíduos sólidos, de natureza diversa, resultante da falta de instrução de alguns empregados e de uma Política Ambiental institucionalizada e atuante. Este impacto, por sua vez, pode resultar em: Proliferação de pragas e vetores, e este, por sua vez, em Danos graves à saúde e bem-estar das pessoas por várias doenças que podem ser transmitidas e Perturbação da população local. Além da proliferação de pragas e vetores, a geração de resíduos sólidos pode também resultar diretamente em Danos à saúde e bem-estar das pessoas, através de contato com materiais perfurocortantes e/ou contaminados; 2.5 - Acidentes a empregados e terceiros, estes acidentes podem ser em decorrência do não uso de EPIs ou do uso inadequado desses durante serviços de operação e manutenção de SAAs. Este impacto, por sua vez pode resultar em Danos à saúde e bem-estar de empregados e terceiros; Esgoto tratado na ETE do Baldo. Fonte - CAERN 6.4.2. Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES) Para os Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES), os impactos prováveis resultantes de uma operação inadequada são vários que, somados, podem poluir, degradar e assim prejudicar a qualidade dos corpos d’água ou solos onde são dispostos, podendo causar mais problemas do que benefícios à sociedade e ao meio ambiente. Por exemplo, a geração de resíduos sólidos (lodo e sobrenadante), a emissão de efluentes fora dos padrões de qualidade, com carga orgânica, nutrientes limitantes30 (ex. nitrogênio, fósforo e potássio) e DBO9 elevadas que podem favorecer processos de eutrofização dos corpos d’água, levando esses a um ‘fim’ precoce, além da contaminação de alimentos (ex. hortaliças), geração de odores desagradáveis causando AÇÕES Geração de Resíduos Sólidos Gerenciamento inadequado do lodo e sobrenadante provenientes do tratamento dos efluentes de SES 78 perturbação da população local etc. Portanto, é imprescindível que as Companhias de águas e esgotos como a CAERN, através de uma rotina de operação e manutenção eficiente minimizem e controlem os impactos negativos ou adversos, pois esses podem ser significativamente danosos ao meio ambiente e à saúde da população-alvo de seus serviços. Por outro lado, se bem operados e mantidos, os sistemas de esgotamento sanitário podem resultar em grandes benefícios à sociedade e ao meio ambiente. Abaixo estão listados impactos ambientais negativos advindos das atividades de operação e manutenção inadequadas e impactos ambientais positivos advindos de atividades executadas corretamente. IMPACTOS NEGATIVOS Poluição de corpos hídricos Degradação hídrica (eutrofização) Perturbação da fauna nativa Geração de odores fétidos Veiculação de doenças Danos à saúde e bem-estar Perturbação da população local Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas Perda de recursos naturais Poluição do solo Degradação do solo Proliferação de pragas e vetores AÇÕES Operação e manutenção de sistemas de saneamento - problemas resultantes de atividades de operação e manutenção inadequadas de SES IMPACTOS NEGATIVOS Geração de efluentes com qualidade insatisfatória Emissão de níveis elevados de ruídos Perturbação da população local Perda de recursos naturais Proliferação de pragas e vetores Danos patrimoniais (ex. Danos ao sistema pelo crescimento de vegetação podendo causar problemas na estrutura através das raízes) Poluição de corpos hídricos Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas Degradação hídrica (eutrofização) Perturbação da fauna nativa Perda ou alteração do habitat das espécies Geração de odores fétidos Veiculação de doenças Danos à saúde e bem-estar Poluição do solo Degradação do solo Acidentes a empregados e terceiros Geração de resíduos sólidos (lodo) IMPACTOS POSITIVOS Operação e manutenção de sistemas de saneamento - benefícios resultantes de atividades de operação e manutenção adequadas de SES Preservação de recursos hídricos e da sua biodiversidade7 Promoção da saúde, bem-estar e justiça social Controle e prevenção de doenças Limpeza pública Aumento da expectativa de vida e redução da mortalidade infantil Desenvolvimento social e econômico Higiene pessoal 79 POSSÍVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS Poluição de corpos hídricos Operação e Manutenção de Sistemas de Saneamento (problemas resultantes de atividades de operação e manutenção inadequadas de SES - ex. assoreamento de ETEs, quebra de equipamentos e recalque de estruturas, obstruções, crescimento de vegetação etc) Degradação hídrica (eutrofização) (Foto 34) Geração de efluentes com qualidade insatisfatória (Foto 35) Perturbação da fauna nativa Aumento dos níveis de ruídos e vibrações (neste caso apenas ruídos) Geração de Resíduos Sólidos (Gerenciamento inadequado do lodo e sobrenadante provenientes do tratamento dos efluentes de SES) (Foto 32) Danos patrimoniais (Foto 36) Geração de odores fétidos Acidentes a empregados e terceiros Veiculação de doenças Perda ou alteração do habitat das espécies Danos à saúde e bem-estar Perturbação da população local Operação e Manutenção de Sistemas de Saneamento (benefícios resultantes de atividades de operação e manutenção adequadas de SES) Perda de recursos naturais Preservação de recursos hídricos e da sua biodiversidade Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas Promoção da saúde, bem-estar e justiça social (Foto 32) Controle e prevenção de doenças Proliferação de pragas e vetores Poluição do solo (Foto 33) Limpeza pública Aumento da expectativa de vida e redução da mortalidade infantil Degradação do solo Desenvolvimento social e econômico Higiene pessoal 80 5 - Operação de manutenção de SES 33 32 Fonte: Marcos Freire Jr. Fonte: Marcos Freire Jr. 36 34 Operação de manutenção de SES Fonte: Marcos Freire Jr. 35 Fonte: Marcos Freire Jr. Fonte: Marcos Freire Jr. 5 - Operação e manutenção de SES Impactos X Atributos Atributos Qualificativos IMPACTOS AMBIENTAIS Geração de Resíduos Sólidos (Gerenciamento inadequado do lodo e sobrenadante provenientes do tratamento dos efluentes de SES) Poluição de corpos hídricos Degradação hídrica (eutrofização) Perturbação da fauna nativa Geração de odores fétidos Caráter Negativo Ordem Direta Escala Local Duração Curta/Média/ Longa Dinâmica Temporária Reversibilidade Reversível Negativo Negativo Negativo Negativo Indireta Indireta Indireta Indireta Local Local Local Local Média/Longa Longa Média/Longa Longa Reversível Reversível Reversível Reversível Veiculação de doenças Negativo Indireta Local Média/Longa Danos à saúde e bem-estar Negativo Indireta Local Média/Longa Perturbação da população local Negativo Indireta Local Média/Longa Perda de recursos naturais Negativo Indireta Local Média/Longa Temporária Permanente Temporária Temporária/ Cíclica Temporária/ Cíclica Temporária/ Permanente Temporária/ Cíclica Permanente Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas Proliferação de pragas e vetores Poluição do solo Degradação do solo Operação e Manutenção de Sistemas de Saneamento (problemas resultantes de atividades de operação e manutenção inadequadas de SES - ex. assoreamento de ETEs, quebra de equipamentos e recalque de estruturas, obstruções etc) Geração de efluentes com qualidade insatisfatória Negativo Indireta Local Média/Longa Temporária Negativo Negativo Negativo Negativo Indireta Direta Indireta Direta Local Local Local Local/Regional Curta/Média/Longa Média/Longa Longa Curta/Média/Longa Cíclica Temporária Permanente Temporária/ Cíclica Negativo Indireta Local/Regional Média/Longa Irreversível Aumento dos níveis de ruídos e vibrações (neste caso apenas ruídos) Danos patrimoniais Acidentes a empregados e terceiros Perda ou alteração do habitat das espécies Operação e Manutenção de Sistemas de Saneamento (benefícios resultantes de atividades de operação e manutenção adequadas de SES) Preservação de recursos hídricos e da sua biodiversidade Promoção da saúde, bem-estar e justiça social Controle e prevenção de doenças Limpeza pública Aumento da expectativa de vida e redução da mortalidade infantil Desenvolvimento social e econômico Higiene pessoal Negativo Indireta Local Longa Temporária/ Cíclica/ Permanente Permanente Negativo Negativo Negativo Positivo Indireta Indireta Indireta Direta Local/Regional Local Local Local/Regional Média/Longa Curta Longa Longa Temporária Permanente Permanente Permanente Irreversível Irreversível Irreversível Irreversível Positivo Indireta Local/Regional Longa Permanente Irreversível Positivo Positivo Positivo Positivo Indireta Indireta Indireta Indireta Local/Regional Local/Regional Local/Regional Local/Regional Longa Longa Longa Longa Permanente Permanente Permanente Permanente Irreversível Irreversível Irreversível Irreversível Positivo Positivo Indireta Indireta Local/Regional Local/Regional Longa Longa Permanente Permanente Irreversível Irreversível Reversível Reversível/ Irreversível Reversível Irreversível Reversível/ Irreversível Reversível Reversível Reversível Reversível Reversível Redes de Interações dos Impactos Ambientais Diretos (D); Indiretos (I) Geração de Resíduos Sólidos (D) (Gerenciamento inadequado do lodo e sobrenadante de SES) Poluição de corpos hídricos (I) Interferências em áreas sensíveis ou protegidas (I) Degradação hídrica (I) Perturbação da fauna nativa (I) Geração de odores (I) Veiculação de doenças (I) Proliferação de pragas e vetores (I) Perturbação da população local (I) Danos à saúde e bem-estar (I) Degradação do solo (I) Poluição do solo (I) Operação e Manutenção de SES (D) (Benefício de atividades de operação e manutenção adequadas de SES) Higiene pessoal (I) Promoção da saúde, bem-estar e justiça social (I) Desenvolvimento social e econômico (I) Incrementos nas finanças públicas (I) Perda de recursos naturais (I) Preservação de recursos hídricos e da biodiversidade (I) Controle e prevenção de doenças (I) Impactos diretos resultando em impactos indiretos (1ª ordem) Limpeza pública (I) Aumento da expectativa de vida e redução da mortalidade infantil (I) Impactos indiretos resultando em outros impactos indiretos (2ª e 3ª ordem) 83 Redes de Interações dos Impactos Ambientais Diretos (D); Indiretos (I) Operação e Manutenção de SES (D) (problemas de atividades de operação e manutenção de SES) Interferências em áreas ambientalmente sensíveis (I) Perdas de recursos naturais (I) Geração de efluentes com qualidade insatisfatória (I) Poluição hídrica (I) Perda ou alteração do habitat das espécies (I) Degradação hídrica (I) (Eutrofização) Geração de odores fétidos (I) Danos patrimoniais (I) Danos à saúde e bem-estar (I) Perturbação da fauna nativa (I) Geração de resíduos sólidos (I) Perturbação da população local (I) Emissão de ruídos em níveis elevados (I) Veiculação de doenças (I) Poluição do solo (I) Degradação do solo (I) Acidentes a empregados e terceiros (I) Proliferação de pragas e vetores (I) Impactos diretos resultando em impactos indiretos (1ª ordem) 84 Impactos indiretos resultando em outros impactos indiretos (2ª e 3ª ordem) Fonte: Marcos Freire e Mariana Maziero ENTENDENDO A REDE DE INTERAÇÕES DE IMPACTOS ACIMA! 1) Ações de Operação e manutenção de Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES) como Gerenciamento inadequado do lodo e sobrenadante provenientes do tratamento dos efluentes de SES, podendo causar: 1.1 - Poluição de corpos hídricos, por excesso de nutrientes e patógenos31, que por sua vez pode resultar em: 1.1.1 - Perdas de recursos naturais, a eutrofização pelo excesso de nutrientes resultantes do lodo de Estação de Tratamento de Efluentes - ETE etc pode gradualmente causar perda da qualidade da água e perda de recursos naturais como peixes, moluscos, crustáceos e outros seres aquáticos. Este impacto, por sua vez pode resultar em: 1.1.1.1 - Interferências em áreas sensíveis ou protegidas, perda do equilíbrio natural dos ecossistemas aquáticos Legenda Impacto direto Impacto indireto de 3ª ordem Impacto indireto de 1ª ordem Impacto indireto de 4ª ordem Impacto indireto de 2ª ordem Impacto indireto de 5ª ordem * As cores distintas em cada termo representam diferentes impactos ambientais. Identifique no quadro de legenda a cor correspondente à frase e, consequentemente, ao evento relacionado. 86 ocasionada pela poluição desencadeada pelo excesso de nutrientes e outros elementos no lodo de ETE. Este impacto pode resultar em: Perturbação da população local, Perturbação da fauna aquática e agravar a Perda de recursos naturais; 1.1.1.2 - Perturbação da fauna aquática, a perda de recursos naturais como deterioração da qualidade da água (ex. déficit de oxigênio) e perda de determinados grupos faunísticos e florísticos mais sensíveis à poluição pode ocasionar em perturbação e perda crônica (gradual) e aguda (abrupta) de fauna aquática. Este impacto pode, por sua vez resultar ou agravar a: Perda de recursos naturais (fauna) e a interferência em áreas ambientalmente sensíveis, que, por sua vez pode causar Perturbação da população local que utiliza, por motivos econômicos e de subsistência, os recursos naturais do corpo d’água afetado; 1.1.1.3 - Perturbação da população local, pela perda de recursos naturais como água de qualidade para consumo e outros usos e perda de recursos faunísticos como peixes. Este impacto pode evoluir para Danos à saude e bem-estar da população por motivos de estresse; 1.1.2 - Degradação hídrica, pela perda gradual da qualidade da água acelerando o processo de eutrofização e que ao longo do tempo, caso não cesse a fonte de poluição, pode inviabilizar corpos d’água para os diversos usos a que se destinam. Este impacto pode resultar em: 1.1.2.1 - Perturbação da fauna aquática, a degradação hídrica como deterioração da qualidade da água e perda de determinados grupos faunísticos e florísticos mais sensíveis à poluição pode ocasionar em perturbação e perda crônica (gradual) e aguda (abrupta) de fauna aquática. Este impacto pode, por sua vez resultar ou agravar a: Perda de recursos naturais (fauna) e a interferência em áreas ambientalmente sensíveis, que, por sua vez pode causar Perturbação da população local que utiliza, por motivos econômicos e de subsistência, os recursos naturais do corpo d’água afetado; 1.1.2.2 - Interferências em áreas sensíveis ou protegidas, perda do equilíbrio natural dos ecossistemas aquáticos ocasionada pela degradação (eutrofização) desencadeada pelo excesso de nutrientes e outros elementos no lodo de ETE. Este impacto pode resultar em: Perturbação da população local, Perturbação da fauna aquática e agravar a Perda de recursos naturais; 1.1.2.3 - Veiculação hídrica de doenças, que, por sua vez pode resultar em Perturbação da população local e Danos graves à saúde e bem-estar da população local. Este último, por sua vez, pode agravar o estado de Perturbação da população local; 1.1.2.4 - Proliferação de pragas e vetores, que, por sua vez, pode resultar em Perturbação da população local, Perturbação da fauna aquática, Interferências em áreas sensíveis ou protegidas e Veiculação de doenças infecto-contagiosas. Este último, por exemplo, pode resultar em Perturbação da população local e em Danos graves à saúde e bem-estar da população local; 1.1.2.5 - Geração de odores fétidos, que pode ser através da fermentação do próprio lodo de ETE como pelo avanço do processo de eutrofização de corpos d’água e acúmulo de matéria orgânica nos sedimentos que acarretará na liberação de odores fétidos causados pelo gás metano (CH4) e ácido sulfídrico (H2S). Este impacto, por sua vez pode causar Danos à saúde e bem-estar da população, pois esses gases são tóxicos se inalados e também pode resultar em Perturbação da população local. Este último pode evoluir para Danos à saúde e bem-estar pelo estresse gerado; 1.1.2.6 - Perda de recursos naturais, a eutrofização em corpos d’água pelo excesso de nutrientes resultantes do lodo 87 de ETE etc pode gradualmente causar perda da qualidade da água e perda de recursos naturais como peixes, moluscos, crustáceos e outros seres aquáticos. Este impacto, por sua vez pode resultar em: Interferências em áreas sensíveis ou protegidas, dentre outros, que equivale a perda do equilíbrio natural dos ecossistemas aquáticos ocasionada pela poluição desencadeada pelo excesso de nutrientes e outros elementos no lodo. Este impacto, por exemplo, pode resultar em: Perturbação da população local, Perturbação da fauna aquática e agravar a Perda de recursos naturais; 1.1.3 - Interferências em áreas sensíveis ou protegidas, perda do equilíbrio natural dos ecossistemas aquáticos ocasionada pela poluição desencadeada pelo excesso de nutrientes e outros elementos no lodo de ETE. Este impacto pode resultar em: 1.1.3.1 - Perturbação da fauna aquática, a interferência em áreas sensíveis ou protegidas pela poluição aquática pode ocasionar em perturbação e perda crônica (gradual) e aguda (abrupta) de fauna aquática. Este impacto pode, por sua vez resultar ou agravar a: Perda de recursos naturais (fauna) e a interferência em áreas ambientalmente sensíveis, que, por sua vez pode causar Perturbação da população local que utiliza, por motivos econômicos e de subsistência, os recursos naturais do 88 corpo d’água afetado; 1.1.3.2 - Perturbação da população local, pela interferência em áreas sensíveis ou protegidas pela poluição aquática. Este impacto pode evoluir para Danos à saude e bem-estar da população por motivos de estresse; 1.1.3.3 - Perda de recursos naturais, a interferência em áreas sensíveis ou protegidas pela poluição aquática pode ocasionar em Perturbação da fauna aquática e perda crônica (gradual) e aguda (abrupta) dessa; 1.1.4 - Perturbação da fauna aquática, a perda de recursos naturais como deterioração da qualidade da água (ex. déficit de oxigênio) e perda de determinados grupos faunísticos e florísticos mais sensíveis à poluição pode ocasionar em perturbação e perda crônica (gradual) e aguda (abrupta) de fauna aquática. Este impacto pode por sua vez resultar ou agravar a: Perda de recursos naturais (fauna) e a Interferência em áreas ambientalmente sensíveis, que, por sua vez pode causar Perturbação da população local que utiliza, por motivos econômicos e de subsistência, os recursos naturais do corpo d’água afetado. Este último impacto pode evoluir para Danos à saude e bem-estar da população; 1.1.5 - Veiculação hídrica de doenças, que, por sua vez pode resultar em Perturbação da população local e Danos graves à saúde e bem-estar da população local. Este último, por sua vez, pode agravar o estado de Perturbação da população local por motivos de sáude; 1.2 - Poluição do solo, por excesso de nutrientes e patógenos, que por sua vez pode resultar em: 1.2.1 - Interferências em áreas sensíveis ou protegidas, perda do equilíbrio natural dos ecossistemas terrestres afetados, ocasionada pela poluição desencadeada pelo excesso de nutrientes e outros elementos no lodo de ETE. Este impacto pode resultar em: 1.2.1.1 - Perturbação da fauna, a interferência em áreas sensíveis ou protegidas pela poluição pode ocasionar em perturbação e perda crônica (gradual) e aguda (abrupta) de fauna terrestre. Este impacto pode por sua vez resultar ou agravar a: Perda de recursos naturais (fauna) e a interferência em áreas ambientalmente sensíveis, que, por sua vez pode causar Perturbação da população local que utiliza, por motivos econômicos e de subsistência, os recursos naturais do ecossistema afetado (ex. atividades agrosilvopastoris); 1.2.1.2 - Perturbação da população local, pela interferência em áreas sensíveis ou protegidas pela poluição resultante do lodo disposto no solo. Este impacto pode evoluir para Danos à saúde e bem-estar da população por motivos de estresse e saúde; 1.2.1.3 - Perda de recursos naturais, a interferência em áreas sensíveis ou protegidas pela poluição pode ocasionar em Perturbação da fauna e perda crô- nica (gradual) e aguda (abrupta) dessa; 1.2.2 - Perdas e alteração de recursos naturais, a poluição no solo pelo excesso de nutrientes resultantes do lodo de ETE etc pode gradualmente causar perda da qualidade do mesmo para atividades de agricultura e perda de recursos naturais como fauna mais sensível e favorecer a proliferação de espécies daninhas de plantas. Este impacto, por sua vez pode resultar em: 1.2.2.1 - Interferências em áreas sensíveis ou protegidas, perda do equilíbrio natural dos ecossistemas terrestres afetados ocasionada pela poluição desencadeada pelo excesso de nutrientes e outros elementos no lodo de ETE. Este impacto pode resultar em: Perturbação da população local, Perturbação da fauna e agravar a Perda de recursos naturais; 1.2.2.2 - Perturbação da fauna e flora, a perda de recursos naturais como deterioração da qualidade do solo (ex. excesso de nutrientes) e perda de determinados grupos faunísticos e florísticos mais sensíveis à poluição pode ocasionar em perturbação e perda crônica (gradual) e aguda (abrupta), e também alteração de fauna que vive no solo. Este impacto pode por sua vez resultar ou agravar a: Perda de recursos naturais (fauna e flora) e a Interferência em áreas ambientalmente sensíveis, que, por sua vez pode causar Perturbação da população local que utiliza, por 89 motivos econômicos e de subsistência, os recursos naturais do ecossistema afetado (ex. atividades agrosilvopastoris); 1.2.2.3 - Perturbação da população local, pela perda de recursos naturais como solo de qualidade para agricultura e outros usos e perda de recursos faunísticos. Este impacto pode evoluir para Danos à saúde e bem-estar da população por motivos de estresse e saúde; 1.2.3 - Degradação do solo, a poluição do solo por disposição inadequada de lodo de ETE pode com o tempo resultar na degradação do mesmo por excesso de nutrientes e contaminação: a contaminação do solo é uma preocupação ambiental, visto que a contaminação inter fere no ambiente global da área afetada, ocasionando dessa forma Perda de recursos naturais (solo, águas super ficiais e subterrâneas, fauna e vegetação), e podendo também estar na origem de problemas de saúde pública (Danos à saúde e bem-estar da população afetada); de vida e redução da mortalidade infantil e na Promoção da saúde, bem-estar e justiça social. Este último, por sua vez, resultará em Desenvolvimento social e econômico, Incrementos nas finanças públicas e Aumentará ainda mais a expectativa de vida e reduzirá a mortalidade infantil; 2.2 - Promoção da saúde, bem-estar e justiça social, através da coleta, tratamento e disposição adequada dos efluentes sanitários, propiciando a redução no número de doenças de veiculação hídrica, contribuindo para a melhoria na saúde, bem-estar (qualidade de vida) e justiça social. Este impacto poderá resultar em Desenvolvimento social e econômico, Incrementos nas finanças públicas e Aumentará ainda mais a expectativa de vida e reduzirá a mortalidade infantil; 2.3 - Limpeza pública, através do tratamento eficiente dos efluentes, podendo esses após condicionamento serem utilizados para usos indiretos, como a limpeza pública de calçadas e ruas, e na irrigação de canteiros e jardins. Por sua vez, este impacto poderá resultar em Promoção da saúde, bem-estar e justiça social e no Controle e prevenção de doenças. Por fim, ambos os impactos poderão resultar indiretamente no Aumento da expectativa de vida e redução da mortalidade infantil; 2) Ações de Operação e manutenção de Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES) como benefícios de atividades de operação e manutenção adequadas de SES, podendo causar: 2.1 - Higiene pessoal, os serviços de esgotamento sanitário promovem dentre muitos benefícios a higiene pessoal, que por sua vez resultará no Controle e prevenção de doenças, Aumento da expectativa 90 2.4 - Preservação de recursos hídricos e da biodiversidade, o tratamento eficaz dos efluentes sanitários e a redução de sua carga orgânica promovem a preservação dos recursos hídricos receptores, na medida que torna mais fácil a depuração dos efluentes tratados pelos micro-organismos. Com isso, haverá Preservação da biodiversidade e das condições estéticas e sanitárias dos corpos d’água (Foto 38). Por sua vez, este impacto poderá resultar em Promoção da saúde, bem-estar e justiça social e no Controle e prevenção de doenças. Por fim, ambos os impactos poderão resultar indiretamente no Aumento da expectativa de vida e redução da mortalidade infantil das comunidades que utilizam os recursos hídricos para fins econômicos, recreativos e de subsistência; 3) Ações de Operação e manutenção de Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES) como problemas de atividades de operação e manutenção de SES, podendo causar: 3.1 - Geração de efluentes com qualidade insatisfatória, se os sistemas de tratamento de efluentes não forem bem operados e mantidos poderão acarretar em prejuízos ao tratamento gerando efluentes com qualidade insatisfatória, ou seja, com parâmetros físico-químicos e microbiológicos acima do recomendado pela legislação vigente (Resoluções CONAMA nº 357/2005 e 430/2011), assim como poderá causar assoreamento, recalque de estruturas, crescimento de vegetação, quebra e mal funcionamento de equipamentos e estruturas etc (Foto 37). Este impacto, por sua vez, poderá resultar nos seguintes impactos indiretos de segunda ordem: 3.1.1 - Interferências em áreas sensíveis ou protegidas, perda do equilíbrio natural dos ecossistemas terrestres e aquáticos afetados, ocasionada pela poluição desencadeada pelo excesso de nutrientes e outros elementos dos efluentes sanitários. Este impacto pode resultar em: 3.1.1.1 - Perturbação da fauna aquática, a interferência em áreas sensíveis ou protegidas pela poluição pode ocasionar em perturbação e perda crônica (gradual) e aguda (abrupta) de fauna aquática. Este impacto pode por sua vez resultar ou agravar a: Perda de recursos naturais (fauna aquática), a Interferência em áreas ambientalmente sensíveis. A Perda de recursos naturais (fauna aquática) pode acelerar o processo de Degradação hídrica, por exemplo; 3.1.1.2 - Perda ou alteração do habitat das espécies, a poluição pelos efluentes com qualidade insatisfatória pode com o tempo tornar um corpo d’água impróprio à maioria das espécies da fauna e flora, seja ela micro ou macro. Este impacto pode evoluir para Interferências em áreas sensíveis ou protegidas e Perturbação da fauna nativa. Este último pode resultar em Perda de recursos naturais (fauna aquática); 3.1.1.3 - Perda de recursos naturais, a interferência em áreas sensíveis ou protegidas pela poluição pode ocasionar em Perturbação da fauna e Degradação hídrica. Este último pode resultar em Perturbação da população local que utiliza os recursos hídricos afetados direta ou indiretamente; 3.1.2 - Poluição hídrica, por excesso de nutrientes e patógenos provenientes dos efluentes que não forem tratados satisfatoriamente, e que, por sua vez, pode resultar em: 91 3.1.2.1 - Interferências em áreas sensíveis ou protegidas, perda do equilíbrio natural dos ecossistemas terrestres afetados ocasionada pela poluição desencadeada pelo excesso de nutrientes e outros elementos dos efluentes sanitários. Este impacto pode resultar em: Perturbação da fauna, Perda de recursos naturais e Perda ou alteração do habitat das espécies. A Perda de recursos naturais, por exemplo, poderá ocasionar ou acelerar os processos de Degradação hídrica (eutrofização); 3.1.2.2 - Degradação hídrica, pela perda gradual da qualidade da água acelerando o processo de eutrofização e que ao longo do tempo, caso não cesse a fonte de poluição, pode inviabilizar corpos d’água para os diversos usos a que se destinam. Este impacto pode, por exemplo, resultar em Geração de odores fétidos, que, por sua vez, poderá ocasionar Perturbação da população local; 3.1.2.3 - Veiculação hídrica de doenças, como: febre tifoide, cólera, amebíase, giardíase, gastroenterites, verminoses etc, que, por sua vez pode resultar em Perturbação da população local e Danos graves à saúde e bem-estar da população local. Este último, por sua vez, pode agravar o estado de Perturbação da população local; 3.1.2.4 - Perturbação da fauna aquática, a poluição pode ocasionar em per92 turbação e perda crônica (gradual) e aguda (abrupta) de fauna aquática. Este impacto pode, por sua vez, resultar ou agravar a: Perda de recursos naturais (fauna aquática), na interferência em áreas ambientalmente sensíveis. A Perda de recursos naturais (fauna aquática) pode acelerar o processo de Degradação hídrica, por exemplo; 3.1.3 - Geração de odores fétidos, o tratamento ineficaz dos efluentes sanitários em lagoas facultativas26, com maior contribuição de anaerobiose, por exemplo, poder gerar grande quantidade de odores fétidos. Além disso, o tratamento normal em ETEs sem mecanismos eficientes de controle ou redução de odores, a depender dos ventos dominantes, também pode gerar quantidade de odores fétidos e esses atingirem as comunidades mais próximas. Portando, em vista disso, este impacto pode causar Perturbação da população local e isto, pode, por sua vez, evoluir para Danos à saúde e bem-estar da população local, por motivos de estresse; 3.1.4 - Danos patrimoniais, o tratamento ineficaz dos efluentes sanitários em ETEs, poderá favorecer o crescimento de vegetação, que, por sua vez, poderá causar problemas na estrutura através das raízes, causando danos ao sistema. Portanto, em vista disso, este impacto pode causar Acidentes a empregados e terceiros que atuem diretamente na operação dos sistemas e que não estejam devidamente protegidos por EPIs. Por fim, este último poderá resultar em Danos à saúde e bem-estar de empregados e terceiros; 3.1.5 - Poluição do solo, a poluição do solo por disposição de efluentes não tratados de forma eficiente pode com o tempo resultar na Degradação do mesmo por excesso de nutrientes e contaminação: a contaminação do solo é uma preocupação ambiental, visto que a contaminação interfere no ambiente global da área afetada, ocasionando dessa forma Perda de recursos naturais (qualidade de solo, águas superficiais e subterrâneas, fauna e vegetação), e podendo também estar na origem de problemas de saúde pública pela Veiculação de doenças, que, por sua vez, poderá gerar Danos à saúde e bem-estar da população afetada; efluentes, sobretudo, no que se refere à contaminação com patógenos presentes. Este impacto pode gerar, através da Veiculação de doenças, graves Danos à saúde e bem-estar de empregados e terceiros; 3.1.8 - Proliferação de pragas e vetores, a disposição no solo, por exemplo, de efluentes sanitários não tratados corretamente pode não só atrair, como favorecer à proliferação de pragas e vetores, que, por sua vez, poderão causar Perturbação da população local e Veiculação de doenças infecto-contagiosas, que por fim, poderá causar graves Danos à saúde e bem-estar da população local; 3.1.6 - Geração de resíduos sólidos, disposição sem o devido tratamento de lodo e sobrenadante oriundos do metabolismo de ETEs. Este impacto, por sua vez, pode resultar em: Proliferação de pragas e vetores, e este, por sua vez, em Danos graves à saúde e bem-estar das pessoas por várias doenças que podem ser transmitidas e resultar na Perturbação da população local. Além da proliferação de pragas e vetores, a geração de resíduos sólidos pode também resultar diretamente em Danos à saúde e bem-estar das pessoas, Geração de odores fétidos, Veiculação de doenças infecto-contagiosas, Poluição e Degradação do solo, Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas, Poluição e Degradação hídrica, e todos os seus impactos indiretos de 4ª e 5ª ordem associados; 3.2 - Interferências em áreas sensíveis ou protegidas, 3.1.7 - Acidentes a empregados e terceiros, nas atividades de operação e manutenção de ETEs, o manuseio inadequado dos efluentes que, por ventura não tenham sido tratados de forma satisfatória, poderá gerar riscos de acidentes com esses 3.2.2 - Perda ou alteração do habitat das espécies, a poluição pelos efluentes com qualidade insatisfatória poderá com o tempo tornar um corpo d’água impróprio à maioria das espécies da fauna e flora, seja ela micro ou macro. Este impacto pode evoluir perda do equilíbrio natural dos ecossistemas terrestres e aquáticos afetados, ocasionada pela poluição desencadeada pelo excesso de nutrientes e outros elementos dos efluentes sanitários. Este impacto poderá resultar em: 3.2.1 - Perturbação da fauna aquática, a interferência em áreas sensíveis ou protegidas pela poluição poderá ocasionar em perturbação e perda crônica (gradual) e aguda (abrupta) de fauna aquática. Este impacto poderá por sua vez, resultar ou agravar a: Perda de recursos naturais (fauna aquática), Interferência em áreas ambientalmente sensíveis. A perda de recursos naturais (fauna aquática) pode acelerar o processo de Degradação hídrica, por exemplo; 93 para Interferências em áreas sensíveis ou protegidas e Perturbação da fauna nativa. Este último poderá resultar em Perda de recursos naturais (fauna aquática); regulados ou sem equipamentos abafadores. Este impacto, por sua vez pode resultar em Perturbação da população local e este, por sua vez, pode evoluir para Danos à saúde e bem-estar das pessoas; 3.2.3 - Perda de recursos naturais, a interferência em áreas sensíveis ou protegidas pela poluição poderá ocasionar em Perturbação da fauna e Degradação hídrica. Este último poderá resultar em Perturbação da população local que utiliza os recursos hídricos afetados direta ou indiretamente; 3.4 - Acidentes a empregados e terceiros, nas atividades 3.3 - Emissão de ruídos em níveis elevados, resul- de operação e manutenção de ETEs o manuseio inadequado dos efluentes que, por ventura não tenham sido tratados de forma satisfatória, poderá gerar riscos de acidentes com esses efluentes, sobretudo, no que se refere à contaminação com patógenos presentes. Este impacto pode gerar, através da Veiculação de doenças, graves Danos à saúde e bem-estar de empregados e terceiros; tante de equipamentos (bombas, geradores etc) des- A Fonte: Marcos Freire Jr. D Fonte: Marcos Freire Jr. B Fonte: Marcos Freire Jr. E Fonte: Marcos Freire Jr. C Fonte: Marcos Freire Jr. F Fonte: Marcos Freire Jr. Foto 37. Alguns dos problemas corriqueiros observados em SES, resultantes da falta de atividades de operação e manutenção periódicas ou das mesmas sendo exercidas de forma incorreta: Assoreamento dos sistemas (A); Grande quantidade de vegetação dentro e fora dos sistemas (B); Presença de animais dentro dos sistemas (C); Vazamentos em equipamentos dos sistemas (D); Disposição de lixo em equipamentos dos sistemas (E); Grande quantidade de lodo sobrenadante dentro das lagoas de estabilização (F). 94 B A Fonte: Marcos Freire Jr. Fonte: CAERN Fonte: Marcos Freire Jr. D C Foto 38. As atividades de operação e manutenção periódicas, corretas e eficazes em SES (A) produzirão efluentes com qualidade satisfatória (B), o que, por sua vez, refletirá na preservação de ecossistemas aquáticos14 (C) e da biodiversidade (D). Fonte: Marcos Freire Jr. Fonte - Acervo Marcos Freire 96 e Mariana Maziero 07 Medidas de Controle Ambiental 7.1. Definição, Importância e Classificação 7.2. CONSIDERAÇÕES GERAIS Medidas de Controle Ambiental ou Mitigadoras são ações que resultam na redução dos efeitos dos impactos ambientais negativos (PETROBRÁS, 2006). São importantes ferramentas de gestão ambiental das empresas se empregadas de forma correta, reduzindo assim, vários passivos ambientais decorrentes de atividades impactantes e modificadoras do meio ambiente. Quanto ao caráter, essas medidas podem ser: Neste Manual, a proposição de medidas de controle ambiental tem como objetivo principal relatar como atenuar ou corrigir os impactos ambientais adversos e/ ou potencializar os impactos benéficos listados acima, buscando também formas diretas ou alternativas de compensação dos efeitos negativos, que incidem principalmente sobre os meios físico, biótico e socioeconômico. Preventivas - quando a ação resulta na prevenção da ocorrência total ou parcial do impacto ambiental negativo; Corretivas - quando a ação resulta na correção total ou parcial do impacto ambiental negativo que já ocorreu; Potencializadoras - quando a ação resulta na melhora contínua de impactos positivos sobre o meio ambiente, que geralmente estão mais diretamente relacionados ao meio socioeconômico. Em relação à viabilidade ambiental dos empreendimentos do saneamento é relevante esclarecer que ela será ampliada com a adoção dessas medidas, uma vez que parte das intervenções antropogênicas25 será compensada e/ou atenuada, através da busca de métodos e materiais alternativos que gerem impactos mais brandos ou até mesmo que possam torná-los nulos. Nesse sentido, visando à integração de tais empreendimentos com o meio ambiente que os comportarão, segue-se a proposição das medidas de controle dos impactos ambientais, discriminadas de acordo com as ações avaliadas como mais adversamente impactantes conforme acima listadas. 97 7.3. Proposição de medidas de controle para os impactos ambientais liStados No quadro abaixo seguem as medidas de controle ambiental propostas para as ações de impactos ambientais diretos e indiretos listados neste Manual, através de ações preventivas, corretivas ou potencializadoras. Ações ou Impactos Ambientais Algumas dessas medidas foram elaboradas e inseridas com base em ações ambientais de controle constantes no Manual Ambiental de Obras de Saneamento da CAESB (ROCHA & ALÍPAZ, 2010). Medidas de Controle Ambiental Fase 1 - Obras de instalação, expansão e alteração de SAA e SES - Limpeza, Preparação das áreas e Obras civis 1 Alteração da paisagem natural (poluição visual) 1.1 Elaborar e Executar Plano de Recuperação de Áreas Degradadas37 (PRAD) ou de Conservação Paisagística nos locais utilizados pelas obras após conclusão do trecho/etapa ou após sua desmobilização, a critério da empresa contratante, utilizando-se para isso de espécies nativas; 2 Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas 2.1 Evitar áreas onde há vida animal abundante e áreas protegidas ambientalmente como Áreas de Preservação Permanente (APPs), Áreas de Fragilidade/Sensibilidade Ambiental e Unidades de Conservação; 2.2 Assegurar que a intervenção sobre áreas de proteção como as listadas acima esteja prevista no projeto aprovado pelo Órgão Ambiental Licenciador e seja continuamente monitorada por profissional legalmente habilitado e competente para tal; 2.3 Elaborar e executar programa de educação ambiental com campanhas voltadas aos trabalhadores enfatizando, sobretudo, a respeito da importância da preservação ambiental da área adjacente ao empreendimento; 3.1 Conservar a cobertura vegetal das vias de acesso, de forma a evitar o desencadeamento de processos erosivos; 3 98 Desmatamento ou supressão vegetal PREVENTIVAS CORRETIVAS POTENCIALIZADORAS Ações ou Impactos Ambientais 3 4 Desmatamento ou supressão vegetal Perda de recursos naturais (fauna, flora e solo) Medidas de Controle Ambiental 3.2 Solicitar antecipadamente e obter do Órgão Ambiental Licenciador a Autorização para Supressão Vegetal da Área; 3.3 Realizar Levantamento Florístico27 na área de supressão da vegetação; 3.4 Realizar monitoramento contínuo de ações de supressão vegetal; 3.5 Orientar empregados sobre os cuidados e proteção da vegetação nativa que deverá ser mantida incólume (intocada) nas adjacências do empreendimento; 3.6 Elaborar e executar planos de revegetação com o plantio de espécies nativas e de compensação ambiental das áreas desmatadas; 3.7 Garantir que a supressão vegetal não exceda a área do projeto e corresponda estritamente à necessidade de ocupação da obra; 4.1 Orientar empregados em relação à proteção à fauna silvestre e vetar a caça ou captura de animais; 4.2 Estocar a camada superficial do solo (cerca de 20 cm) de locais submetidos a intervenções de forma a acelerar o estabelecimento de vegetação nativa na recuperação de áreas degradadas pelas obras; 4.3 Realizar o plantio de espécies nativas, de acordo com orientações do Órgão Ambiental Licenciador, de forma a compensar a perda de flora durante as obras; 4.4 Evitar ações sobre áreas sujeitas ao desencadeamento de processos erosivos; 4.5 Conter o carregamento de sedimentos de áreas afetadas por processos erosivos, de forma a minimizar a perda de solo; 99 Ações ou Impactos Ambientais 4 5 6 7 Perturbação da fauna nativa Perda ou alteração do habitat das espécies Desnudamento do solo 100 Medidas de Controle Ambiental 4.6 Conter o desenvolvimento de processos erosivos, de forma a evitar a perda de solo; 5.1 Orientar empregados em relação à proteção à fauna silvestre e vetar a caça ou captura de animais; 5.2 Elaborar e executar Plano de monitoramento da fauna silvestre, em consonância com o Órgão Ambiental Licenciador, durante toda a fase de obras; 5.3 Se em algum momento das obras forem encontradas espécies raras ou ameaçadas de extinção, o Órgão Ambiental Licenciador deverá ser oficialmente comunicado para proceder com as medidas cabíveis; 5.4 Durante a instalação, deverá ser evitado o tráfego de veículos envolvidos nas obras durante o período noturno (22-7h), de forma a evitar o atropelamento de animais silvestres; 5.5 Durante a instalação, deverá ser evitado o trabalho ruidoso durante o período noturno (22-7h), de forma a evitar a perturbação da fauna silvestre; 6.1 Proteger as formações vegetais arbóreas e mais densas, de forma a manterem preservados os habitats das espécies da fauna nativa; 7.1 Evitar ações sobre áreas sujeitas ao desencadeamento de processos erosivos; 7.2 Conter o carreamento de sedimentos de áreas afetadas por processos erosivos, de forma a minimizar a perda de solo; 7.3 Conter o desenvolvimento de processos erosivos, de forma a evitar a perda de solo; Ações ou Impactos Ambientais 8 Poluição e degradação hídrica Medidas de Controle Ambiental 8.1 Garantir a estabilidade de materiais terrosos e similares em situações de estocagem de forma que esses por ação de chuvas não atinjam os corpos d’água; 8.2 Fornecer banheiro-químico ou equipamento equivalente para trechos afastados do canteiro de obras; 8.3 Instalar poços de monitoramento da água subterrânea (piezômetros) em consonância com o Órgão Ambiental Licenciador para averiguação da qualidade da água; 8.4 Implantar barreiras de contenção, caso as obras estejam próximas a corpos d’água; 8.5 Garantir a estabilidade das margens de corpos d’água e áreas adjacentes próximas às obras dos empreendimentos do saneamento; 8.6 Elaborar e executar Plano de monitoramento de corpos d’água superficiais e subterrâneos, durante toda a fase de obras; 8.7 Caso haja constatação de poluição resultante das obras, as mesmas deverão ser interrompidas para dar-se início às ações de contenção e remediação da poluição; 8.8 Evitar o derramamento de materiais combustíveis e promover manutenção preventiva de máquinas, veículos e equipamentos para evitar vazamento de óleo, combustível ou graxa etc; 8.9 Garantir a distância mínima de 30 metros entre um poço de água e o sistema de fossa e sumidouro (se for o caso); 8.10 Instalar sistema de esgotamento sanitário adequado para o canteiro de obras e que o mesmo seja previamente aprovado pelo Poder Público; 101 Ações ou Impactos Ambientais 8 Medidas de Controle Ambiental 8.11 Proteger nascentes e cursos d’água perenes ou intermitentes; 8.12 Preservar os caminhos naturais da água e instalar estruturas apropriadas para o desvio e condução controlada de águas pluviais; 9 102 Erosão, degradação do solo e Instabilidade de terrenos e taludes 9.1 Elaborar e executar Projeto de Contenção de Processos Erosivos e de Instabilidade de Terrenos e Taludes; 9.2 Controle técnico dos trabalhos de terraplenagem; 9.3 Manejar os materiais excedentes das escavações para áreas onde a topografia deverá ser corrigida; 9.4 Os materiais terrosos (areia, argila etc) manejados durante as escavações deverão ser utilizados para preenchimento das valas e regularização topográfica dos terrenos; 9.5 Preservar os caminhos naturais da água; 9.6 Evitar ações sobre áreas sujeitas ao desencadeamento de processos erosivos; 9.7 Conter o carreamento de sedimentos de áreas afetadas por processos erosivos, de forma a minimizar a perda de solo; 9.8 Conter o desenvolvimento de processos erosivos, de forma a evitar a perda de solo; 9.9 No PRAD deve constar a estocagem da camada superficial do solo (cerca de 20 cm) de locais submetidos a intervenções de forma a acelerar o estabelecimento de vegetação nativa e evitar a degradação do solo; 9.10 Certificar-se junto às empreiteiras que as áreas de empréstimo e bota-fora possuem Licença Ambiental Válida. Ações ou Impactos Ambientais 10 Danos à saúde e bem-estar de trabalhadores e terceiros Medidas de Controle Ambiental 10.1 Estabelecer programa de vacinação e disponibilizar atendimento médico para os trabalhadores das obras; 10.2 Os operários deverão receber orientação através de Plano de Proteção ao Trabalhador e de Segurança do Ambiente de Trabalho quanto ao descarte de materiais e quanto ao desenvolvimento dos serviços, manuseio de produtos e equipamentos etc; 10.3 Treinar trabalhadores para a prevenção de acidentes e sobre técnicas de combate a incêndios; 10.4 Estabelecer orientações e regras para primeiros socorros e traslado de acidentados; 10.5 Fornecer EPIs e EPCs a todos os trabalhadores e terceiros que visitem as obras, de forma a diminuir os riscos provenientes do ambiente de trabalho; 10.6 Sinalizar e isolar devidamente as áreas em fase de obras, de forma a evitar acidentes a empregados e terceiros; 10.7 Deve ser respeitada a legislação brasileira quanto à jornada de trabalho diária, instalações adequadas, saúde (exames periódicos) e segurança no ambiente de trabalho; 10.8 Garantir atendimento imediato no caso de acidente de trabalho ou qualquer outra emergência médica; 11 10.9 Instalar placas informativas, cavaletes de aviso e sinalização de alerta e segurança durante a fase de obras, especialmente em locais que oferecem riscos de acidentes; 10.10 Instalar cercas e/ou anteparos de proteção em locais que possam expor trabalhadores ou terceiros a riscos de acidentes; 103 Ações ou Impactos Ambientais 11 Poluição atmosférica - Aumento dos níveis de ruídos, vibrações, fuligens e poeiras com Perturbação da população local Poluição atmosférica Aumento dos níveis de ruídos, vibrações, fuligens e poeiras com Perturbação da população local Medidas de Controle Ambiental 11.1 Trabalhos que geram ruídos e vibrações elevados não devem ser executados fora do horário comercial (22-7h); 11.2 Manutenção e regulagem contínuas de máquinas e equipamentos; 11.3 Fornecimento de EPIs (protetores auriculares) aos trabalhadores e terceiros envolvidos nas obras; 11.4 Manter monitoramento contínuo nas áreas adjacentes às comunidades mais próximas; 11.5 Manter a população vizinha informada, através de Plano de Comunicação Social, sobre quaisquer atividades da obra que possam causar transtornos; 11.6 Adotar práticas construtivas e equipamentos que gerem menos ruídos ou que abafem esses, de modo a evitar ou minimizar incômodos à população local; 11.7 Os equipamentos utilizados durante as obras (veículos e máquinas) deverão estar regulados, no sentido de evitar emissões abusivas de gases, conforme estabelecem as Resoluções CONAMA nº 03/1990 e 08/1993; 11.8 Umidificação do solo nas horas de maior fluxo de veículos e nas horas mais quentes do dia; 11.9 Evitar limpeza ou desmatamento da área com fogo; 11.10 Fornecer máscaras com filtros para os funcionários que trabalham diretamente em contato com a poeira gerada a partir das obras civis de mobilização de solo; 12 104 11.11 Proceder com a recuperação de áreas com pavimento degradado em função da obra (acessos, bota-fora, empréstimos etc); Ações ou Impactos Ambientais 12 Incêndios Medidas de Controle Ambiental 12.1 Proibir a queima de restos vegetais oriundos de limpezas das áreas; 12.2 Instruir empregados sobre técnicas de combate a incêndios; 12.3 Promover o acompanhamento e fiscalização ambiental periódica; 12.4 Elaborar PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e manter equipe técnica treinada e sempre em prontidão; 12.5 Afixar em locais indicados pelo Órgão Ambiental Licenciador placas proibindo a disposição de cigarros usados ou qualquer outra fonte de ignição de incêndios; 12.6 A depender da dimensão da obra manter atualizado e devidamente aprovado pelo Poder Público Plano de Contingência contra incêndios; 12.7 Manter extintores dentro do prazo de validade ou hidrantes nos canteiros de obras, de acordo com projeto aprovado no Corpo de Bombeiros; 13 Geração de entulhos de obras 13.1 Destinar adequadamente materiais inservíveis das áreas utilizadas pela obra e descartá-los, conforme normas vigentes para resíduos sólidos (Lei nº 12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos); 13.2 Promover limpeza das áreas afetadas; 13.3 Evitar situações de abrigo para animais perigosos (serpentes, escorpiões etc) nas áreas de disposição de entulhos; 13.4 Evitar que determinados entulhos como recipientes diversos, pneus usados e outros acumulem água gerando perigo de dengue; 105 Ações ou Impactos Ambientais 13 Medidas de Controle Ambiental 13.5 Evitar abandonar sobras de materiais de construção nos terrenos ou dispô-los de qualquer forma (sem controle); 13.6 Garantir que os resíduos de concreto sejam dispostos em locais apropriados e transportados, sob medidas preventivas de impactos ambientais, às áreas estabelecidas pelas unidades de limpeza urbana; 13.7 Planejar corretamente e definir antes das obras área e procedimentos para a destinação adequada de materiais descartados (entulhos), de acordo com as normas vigentes para resíduos sólidos (Lei nº 12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos); 14 Proliferação de pragas e vetores de doenças 14.1 Elaborar e executar Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos; 14.2 Evitar que determinados entulhos como recipientes diversos, pneus usados e outros acumulem água gerando perigo de dengue - proliferação do mosquito Aedes aegypti; 14.3 Coletar, armazenar e destinar adequadamente através de coleta seletiva o lixo orgânico (úmido), evitando que o mesmo fique exposto, atraindo pragas e vetores; 14.4 Garantir a coleta diária do lixo orgânico produzido; 15 106 Geração de emprego e renda 14.5 Dependendo do local e se for a área sujeita à infestação de pragas como ratos e baratas, é necessário realizar ações de dedetização por empresa legalmente habilitada para tal fim e manter cópias dos certificados no local; 15.1 Como medida de incentivo, voltada para a potencialização deste impacto na área de influência da obra, é necessário privilegiar o aproveitamento da mão de obra terceirizada local, com vistas a gerar renda para as famílias residentes nas imediações do projeto e, com isso, contribuir para a melhoria da qualidade de vida dessas famílias, incrementando o consumo de bens e serviços no comércio local, que também será beneficiado com o advento da obra de saneamento que for realizada; Ações ou Impactos Ambientais Medidas de Controle Ambiental 16.1 Definir previamente as áreas de empréstimo e bota-fora, assim como os locais de armazenamento provisório e a disposição definitiva de material terroso; 16 Movimentação de terra terraplenagem, escavações e abertura de acessos e valas 16.2 Proteger nascentes e cursos d’água perenes ou intermitentes; 16.3 Promover o acompanhamento e fiscalização ambiental periódica; 16.4 Estocar a camada superficial do solo (cerca de 20 cm) de locais submetidos a intervenções de forma a acelerar o estabelecimento de vegetação nativa na recuperação de áreas degradadas pelas obras; 16.5 Instalar estruturas apropriadas para o desvio e condução controlada de águas pluviais; 16.6 Garantir a estabilidade de materiais terrosos em situações de estocagem; 16.7 Promover a formação ordenada e a estabilidade dos depósitos de material estéril (bota-fora); 16.8 Colocar placa indicativa da situação legal (Licença Ambiental) de áreas de empréstimo e bota-fora, conforme modelo do Órgão Ambiental (ver Manual de Licenciamento Ambiental da CAERN COSTA-JÚNIOR, 2013); 16.9 Cumprir e fazer cumprir com todas as determinações das condicionantes de Licença Ambiental relacionadas à exploração de áreas de empréstimo e bota-fora; 16.10 Providenciar a cobertura de terra, areia, brita e similares com lona para evitar o carreamento desses para cursos d’água, dentre outras áreas sensíveis; 16.11 Descartar alternativas de traçados de valas que interfiram em APPs e outras áreas legalmente protegidas ou sensíveis; 107 Ações ou Impactos Ambientais Medidas de Controle Ambiental 16.12 Definir local ou traçado de valas com menor possibilidade de desmatamento de espécies arbóreas e de interferência no lençol freático; 16.13 Garantir que os serviços de escavação sejam acompanhados e orientados por nivelamento topográfico, de forma a evitar a retirada excessiva de material; 16 16.14 Projetar os caminhos de serviço de modo a evitar interferências em áreas de interesse ambiental, fragmentação de habitats e processos erosivos; 16.15 Evitar danos em infraestrutura existente nos locais das obras; 16.16 Rebaixar o lençol freático na ausência de alternativas de localização do projeto; 17.1 Trabalhos que geram ruídos e vibrações elevados não devem ser executados fora do horário comercial (22-7h); 17 Intensificação do tráfego de veículos e Danos patrimoniais - Deslocamentos de máquinas - Interferências em equipamentos urbanos 17.2 Manutenção e regulagem contínuas de máquinas e equipamentos; 17.3 Os equipamentos utilizados durante as obras (veículos e máquinas) deverão estar regulados, no sentido de evitar emissões abusivas de gases, conforme estabelecem as Resoluções CONAMA nº 03/1990 e 08/1993; 17.4 Umidificação do solo nas horas de maior fluxo de veículos e nas horas mais quentes do dia; 17.5 Proceder com a recuperação de áreas com pavimento degradado em função da obra (acessos, bota-fora, empréstimos etc); 17.6 Levantar todas as infraestruturas existentes nas adjacências das obras e evitar danos a essas; 108 Ações ou Impactos Ambientais 17 Intensificação do tráfego de veículos e Danos patrimoniais - Deslocamentos de máquinas - Interferências em equipamentos urbanos Medidas de Controle Ambiental 17.7 Solicitar, quando necessário, adequações ao projeto e/ou solicitar os devidos remanejamentos; 17.8 Atender as normas de segurança de trânsito legalmente estabelecidas; 17.9 Garantir que não seja ultrapassada a carga máxima estabelecida por veículo; 17.10 Implantar medidas de segurança que garantam a integridade dos equipamentos urbanos localizados na área do empreendimento e adjacências; 17.11 Restabelecer as ligações interrompidas e os eventuais equipamentos públicos danificados; 17.12 Recuperar os trechos das vias públicas e outras áreas afins que forem deteriorados e/ou danificados pelo tráfego de veículos usados nas obras; 17.13 Instalar sinalização adequada nas rodovias e acessos próximos às obras e frentes de serviço, de acordo com as normas do DER/ DNIT/DETRAN; 17.14 Estudar acessos alternativos para minimizar os problemas de trânsito; 18 Interferência no patrimônio histórico, arqueológico e cultural 18.1 Contratar na fase de estudos ambientais consultoria habilitada para a execução do levantamento arqueológico preliminar e o resgate, se necessário, na área de ocupação das obras, com o objetivo de obter do IPHAN as permissões pertinentes; 18.2 Orientar os trabalhadores sobre os possíveis vestígios arqueológicos e quanto aos procedimentos a serem adotados caso sejam descobertos; 109 Ações ou Impactos Ambientais Medidas de Controle Ambiental 18.3 Promover o cumprimento de exigências de Órgãos Ambientais e IPHAN; 18 18.4 Paralisar imediatamente as obras no caso da descoberta de vestígios arqueológicos e comunicar a ocorrência aos Órgãos Ambientais e IPHAN; 19.1 19 Inundações e alagamentos Garantir a drenagem superficial de águas pluviais; 19.2 Identificar a localização das redes de água e de esgotos existentes nas áreas de obras; 19.3 Drenar, limpar e recuperar áreas ou edificações inundadas em decorrência das obras do saneamento; 19.4 Recuperar dutos e conexões danificados em virtude das obras de saneamento; 20 Geração de efluentes sanitários 20.1 Instalar sistema de esgotamento sanitário adequado para o canteiro de obras e que o mesmo seja previamente aprovado pelo Poder Público; 20.2 Garantir a distância mínima de 30 metros entre um poço de água e o sistema de fossa e sumidouro (se for o caso); 20.3 Fornecer banheiro-químico ou equipamento equivalente para trechos afastados do canteiro de obras; 20.4 Elaborar e executar Plano de Monitoramento de corpos d’água superficiais e subterrâneos, durante toda a fase de obras; 20.5 Instalar poços de monitoramento da água subterrânea (piezômetros) em consonância com o Órgão Ambiental Licenciador para averiguação se está ocorrendo poluição das águas subterrâneas por efluentes sanitários; 110 Ações ou Impactos Ambientais Medidas de Controle Ambiental 20.6 Caso haja constatação de poluição das águas por efluentes sanitários, as obras deverão ser interrompidas para dar-se início às ações de contenção e remediação da poluição; 21.1 Adotar em todas as fases dos empreendimentos as boas práticas ambientais e sanitárias, e combater as potenciais fontes de veiculação de doenças, sobretudo, as infecto-contagiosas; 21 Veiculação de doenças 21.2 Evitar que determinados entulhos como recipientes diversos, pneus usados e outros acumulem água gerando perigo de dengue - proliferação do mosquito Aedes aegypti; 21.3 Coletar, armazenar e destinar adequadamente através de coleta seletiva o lixo orgânico (úmido), evitando que o mesmo fique exposto, atraindo pragas e vetores para o local das obras; 21.4 Dependendo do local da obra e se for área sujeita à infestação de pragas como ratos e baratas, é necessário realizar, para o canteiro de obras, ações de dedetização por empresa legalmente habilitada para tal fim e manter cópias dos certificados no canteiro; 21.5 Estabelecer programa de vacinação e disponibilizar atendimento médico para os trabalhadores das obras; 21.6 Realização de exames periódicos; 21.7 Garantir atendimento imediato no caso de emergência médica; 22.1 Elaborar e executar na íntegra Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS; 22 Poluição do solo por resíduos diversos e efluentes e Geração de Resíduos Sólidos 22.2 Evitar abandonar sobras de materiais de construção no solo ou dispô-los de qualquer forma (sem controle). Se houver qualquer material que possa causar poluição no solo deve-se antes isolar o mesmo com lona ou outro material impermeável e aí dispor o material por cima; 111 Ações ou Impactos Ambientais 22 Poluição do solo por resíduos diversos e efluentes e Geração de Resíduos Sólidos Medidas de Controle Ambiental 22.3 Não dispor no solo efluente sanitário sem o devido tratamento e autorização do Poder Público, sob risco de contaminação do mesmo; 22.4 Coletar, armazenar e destinar adequadamente através de coleta seletiva todos os resíduos sólidos produzidos no canteiro de obras, evitando que os mesmos fiquem expostos no solo; 22.5 Resíduos sólidos perigosos como lâmpadas devem ser descaracterizados quanto aos seus gases poluentes por empresa legalmente habilitada, antes da coleta seletiva. Pilhas e baterias devem ser coletadas em recipientes apropriados e enviadas para empresas que as destinam adequadamente; 22.6 Coletar e destinar adequadamente embalagens recicláveis; 22.7 Retirar lixo e outros materiais inservíveis das áreas ocupadas pelas obras e dar destinação ambientalmente adequada, evitando a poluição do solo; 22.8 Instalar sistema adequado para a coleta de óleos, graxas e lubrificantes de veículos e equipamentos; 22.9 Impermeabilizar o solo de áreas de depósito de óleos, graxas e lubrificantes, as de manutenção e abastecimento de equipamentos e veículos e destinar os resíduos ao sistema de coleta implantado na área; 22.10 Eliminar o derramamento de óleo e subtâncias similares e lavar imediatamente o local, fazendo a contenção e acondicionamento adequado da água de lavagem para o posterior descarte apropriado; 23.1 Estabelecer orientações e regras para primeiros socorros e traslado de acidentados; 23 112 Acidentes com animais perigosos 23.2 Disponibilizar atendimento médico imediato para os trabalhadores atacados por animais perigosos; Ações ou Impactos Ambientais 23 24 Medidas de Controle Ambiental 23.3 Fornecer EPI´s adequados como luvas de couro, botas e perneiras aos empregados lotados na limpeza e preparação de terrenos; Acidentes com animais perigosos 23.4 Evitar situações de abrigo para serpentes, escorpiões, aranhas, lacraias e outras espécies perigosas nas áreas de estocagem de materiais, galpões, locais de armazenamento de resíduos sólidos etc; Obras de instalação e manutenção de SAA e SES e canteiro de obras 24.1 Orientar os trabalhadores e os moradores das comunidades vizinhas através de Métodos de Comunicação Social e Educação Ambiental* a respeito dos problemas ambientais relativos às atividades construtivas e das medidas necessárias para prevenir ou minimizar os efeitos negativos dos impactos ambientais adversos; 24.2 Realizar um levantamento cadastral detalhado de redes e equipamentos de infraestrutura urbana que possam sofrer qualquer tipo de interferência em decorrência das obras de empreendimentos do saneamento; 24.3 Escolher os locais para canteiros de obras, estações elevatórias de água e esgoto, estações de tratamento de água e esgoto, dentre outros equipamentos, somente após anuência de setor ambiental competente da empresa contratante, de forma a garantir o mínimo impacto ambiental adverso; 24.4 Atender a todas as condicionantes de Licença Ambiental para a instalação de empreendimentos do saneamento; 24.5 Proceder com a fiscalização ambiental periódica das obras; 24.6 Constatadas irregularidades ambientais nas obras pela fiscalização ambiental da contratante, as obras deverão ser interrompidas para as devidas correções; 113 * Em relação aos Métodos de Comunicação Social e Educação Ambiental, durante as obras de instalação e manutenção de sistemas do saneamento e canteiros de obras, de forma a orientar os trabalhadores e os moradores das comunidades vizinhas a respeito dos problemas ambientais relativos às atividades construtivas, os quais podem causar transtornos e também, a respeito das medidas necessárias para prevenção, correção e minimização dos efeitos negativos dos impactos ambientais, a CAERN, através do Plano de Ação Sanear RN do Governo do Estado, vem desenvolvendo um projeto amplo de educação ambiental e comunicação social em todas as suas obras, denominado Projeto de Educação Sanitário-Ambiental do Plano de Ação Sanear RN. A metodologia adotada será fundamentada na sensibilização e participação da população no processo educativo, pois a mudança de comportamento ambiental só ocorrerá se a pessoa compreender a importância do tema e assumi-la no seu dia a dia. Desta maneira, a metodologia contará com trabalhos coletivos, interações, trocas, debates. As dimensões sociais, econômica, ética, estética e política deverão ser incorporadas às ações educativas. A capacitação profissional prevê a realização de ações de treinamento para profissionais que atuam nas instituições parceiras, comissão comunitária, agentes de saúde, funcionários da CAERN, professores, agentes culturais, lideranças comunitárias e nos bairros beneficiados com o projeto. As ações de Educação Ambiental e Mobilização Social possuem alcance multissetorial, pois repercutem na área social, quer seja na educação e saúde, político-institucional, cultural, além de, necessariamente, observar os preceitos jurídico-normativos que regulamentam as ações. O objetivo geral deste Projeto é sensibilizar a população dos municípios e bairros envolvidos na implantação dos sistemas de esgotamento sanitário para as temáticas do saneamento e suas relações com a saúde e o meio ambiente, prepararando a população para intervenção da obra. Sucintamente, este Projeto consiste em um conjunto de ações interligadas cuja metodologia dará ênfase na abordagem sistêmica e participativa envolvendo a equipe técnica da CAERN e parceiras que poderão agregar-se no andamento das atividades. As atividades serão desenvolvidas em etapas para atender os objetivos específicos. 114 Desse modo, a viabilidade do projeto está atrelada às suas várias dimensões, a partir das seguintes vertentes: Social; Ambiental; Legal; Político-institucional; Cultural; Econômica. Fonte - Marcos Freire e Mariana Maziero Ações ou Impactos Ambientais Medidas de Controle Ambiental 24.7 Elaborar e executar Plano de Comunicação Social dentro da Política de Educação Ambiental da empresa contratante, de forma a dar conhecimento integral à população vizinha sobre a finalidade, as características, início, período e término das obras; 24 24.8 Providenciar junto ao Órgão Ambiental Licenciador e em prazo hábil, as licenças ambientais pertinentes; 25 Geração de odores fétidos 25.1 Na fase de estudos ambientais elaborar Estudo de Impacto de Vizinhança, de acordo com diretrizes técnicas estabelecidas pelo Órgão Ambiental Competente; 25.2 Se houver geração de odores fétidos em vista de resíduos sólidos orgânicos e efluentes sanitários sem o devido tratamento e dispostos inadequadamente no solo ou em corpos d’água incomodando a população local, ações imediatas de remediação deverão ser tomadas de forma a sanar o problema, ou seja, a fonte de perturbação; 26 Promoção da saúde, bemestar e justiça social / Desenvolvimento social e econômico 26.1 Os empreendimentos do saneamento, seja de abastecimento de água ou esgotamento sanitário, trazem inúmeros benefícios à sociedade e meio ambiente como um todo e, portanto, são imprescindíveis. Exemplos disso são os ganhos para a saúde, bem-estar e justiça social e, também, para o desenvolvimento social e econômico das pessoas que direta e indiretamente esses empreendimentos promovem. Portanto, uma medida potencializadora, e mais importante, é o esforço que deve ser cada vez maior para universalização dos serviços inerentes ao saneamento; 26.2 Desburocratização, por parte dos Órgãos Ambientais Licenciadores, com relação a determinadas exigências ambientais, que não sejam essenciais, de forma a agilizar o processo de licenciamento ambiental, sem que este perca em qualidade técnica, de forma a também agilizar a universalização dos serviços do saneamento; 116 Ações ou Impactos Ambientais 26.3 Instalar os sistemas exatamente de acordo com o Projeto aprovado pelo Órgão Ambiental Licenciador, de forma que todas as medidas de mitigação aos impactos ambientais aprovadas sejam colocadas em prática, para que os benefícios a serem gerados não se convertam em danos ambientais e à saúde; 26 27 Medidas de Controle Ambiental 27.1 A medida mais importante, visando o aumento efetivo dos benefícios tributários pelo município da área de influência direta do projeto de saneamento, consiste na vigilância que os órgãos competentes, das esferas municipal, estadual e federal, devem exercer no sentido de que os impostos realmente sejam recolhidos pelos geradores responsáveis por esses tributos; Incrementos nas finanças públicas Fase 2 - Operação e Manutenção de SAA e SES 28.1 Primeira etapa é realizar a desidratação dos lodos em equipamentos de secagem que devem constar obrigatoriamente nas estações de água e esgoto; 28 Geração de Resíduos Sólidos (Lodos de ETAs e ETEs etc) 28.2 Caso haja estações de água e esgoto que não possuam equipamentos de desidratação de lodo (ex. leito de secagem, centrífugas etc), deve-se providenciar; 28.3 Transporte e disposição final em aterro sanitário, caso possuam após a secagem índices ≥ 25% de sólidos. Alternativas de destino final: codisposição dos lodos, aproveitamento industrial e agrícola (Resolução CONAMA nº 375/2006), incineração e uso para remediação de áreas degradadas etc; 28.4 Os lodos de ETAs e ETEs não devem em hipótese alguma serem lançados em corpos d’água. Com relação à disposição no solo, deve primeiramente ocorrer condicionamento do mesmo e anuência do Órgão Ambiental Licenciador; 117 Ações ou Impactos Ambientais Medidas de Controle Ambiental 29.1 Operar regularmente e de forma eficaz e fazer manutenção periódica e preventiva nos equipamentos dos sistemas de esgotamento sanitário; 29 Poluição e degradação hídrica 29.2 Elaborar Projeto de Reúso para o Reaproveitamento dos efluentes de determinadas ETEs e para determinados usos; 29.3 Os lodos de ETAs e ETEs não devem em hipótese alguma serem lançados em corpos d’água; 29.4 Instalar em ETEs, poços de monitoramento da água subterrânea (piezômetros), em locais indicados pelo Órgão Ambiental Licenciador; 29.5 Realizar monitoramento periódico dos efluentes bruto e tratado das ETEs, com frequência pré-estabelecida pelo Órgão Ambiental Licenciador; 29.6 Se constatada poluição de água subterrânea por infiltração de efluentes sanitários, técnicas de contenção e remediação ou bio-remediação por empresa técnica e legalmente habilitada deverão ser iniciadas de forma a sanar o problema; 29.7 Elaborar e executar na íntegra os Planos de Operação e Manutenção de todas as ETEs e ETAs. Os mesmos devem ser aprovados pelo Órgão Ambiental Licenciador; 29.8 Caso os efluentes finais das ETEs estejam com determinados parâmetros fora dos limites legais estabelecidos (Resolução CONAMA nº 357/2005 e 430/2011), ações emergenciais e corretivas, contidas em Plano de Operação e Manutenção, aprovado pelo Órgão Ambiental Licenciador, deverão ser iniciadas, de forma a tornar o tratamento eficiente e minimizar os efeitos da carga orgânica dos efluentes sanitários nos corpos d’água; 29.9 Desidratar, armazenar em local impermeabilizado e destinar adequadamente os lodos de ETEs e ETAs; 118 Ações ou Impactos Ambientais 29 Medidas de Controle Ambiental 29.10 Estudar e desenvolver técnicas de Reúso em ETEs - em casos em que essa alternativa seja aplicável técnica e economicamente; 30.1 Trabalhos que geram fortes ruídos em SAA e SES perturbam ou podem pertubar a fauna terrestre nativa e, portanto, devem ser realizados com equipamentos abafadores, ou equipamentos menos ruidosos; 30 Perturbação da fauna nativa 30.2 Perda e perturbação de fauna aquática por poluição e degradação de corpos d’água provocados por lodos de ETAs e lodos e efluentes sanitários de ETEs devem ser constatadas em monitoramento específico e medidas de remediação e reparadoras de danos ambientais a este compartimento devem ser iniciadas pela empresa responsável pelos sistemas; 30.3 Operar corretamente os sistemas, de forma que os resíduos e efluentes tratados estejam com os parâmetros dentro das normas legais de qualidade e não prejudiquem os ecossistemas aquáticos receptores; 31.1 31 Geração de odores fétidos Como medida corretiva, deve-se implantar técnicas de controle de odores que podem ser realizadas pelos seguintes procedimentos (LUDUVICE et al., 1997): 1) Colunas de lavagem; 2) Colunas de adsorção; 3) Biofiltros; 4) Oxidação térmica e 5) Aplicação de produtos químicos na rede coletora; 32.1 Buscar identificar as fontes de veiculação das doenças e aplicar medidas de controle e corretivas, de forma a dar fim a elas ou controlá-las; 32 Veiculação de doenças 32.2 Realização de exames periódicos a todos os empregados; 32.3 Garantir atendimento imediato no caso de emergência médica por motivo de doença infecto-contagiosa adquirida em ambiente de trabalho; 32.4 Garantir a aquisição de EPIs apropriados e fiscalizar o seu uso corretamente; 119 Ações ou Impactos Ambientais Medidas de Controle Ambiental 33.1 Fornecer EPIs e EPCs a todos os empregados e terceiros que realizem atividades de manutenção nos sistemas, de forma a diminuir os riscos provenientes do ambiente de trabalho; 33 Danos à saúde e bem-estar e acidentes a empregados e terceiros 33.2 Corrigir/sanar com urgência problemas operacionais que possam causar danos à saúde e bem-estar dos empregados e pessoas de comunidades próximas aos sistemas; 33.3 Elaborar para os sistemas do saneamento Análise de Risco Específica e Integrada, na qual estejam destacados os potenciais riscos de acidentes e outras formas de danos à saúde física e mental dos empregados e terceiros; 33.4 Deve ser respeitada a legislação brasileira quanto à jornada de trabalho diária, instalações adequadas, saúde (exames periódicos) e segurança no ambiente de trabalho; 33.5 Garantir atendimento imediato no caso de acidente de trabalho ou qualquer outra emergência médica; 33.6 Instalar placas informativas, cavaletes de aviso e sinalização de alerta e segurança durante a realização de atividades de manutenção e operação especial, sobretudo em locais que ofereçam riscos de acidentes a empregados e terceiros; 33.7 Instalar cercas e/ou anteparos de proteção em locais que possam expor trabalhadores ou terceiros a riscos de acidentes; 33.8 Estabelecer programa de vacinação e disponibilizar atendimento médico para os empregados; 33.9 Treinar trabalhadores para a prevenção de acidentes e sobre técnicas de combate a incêndios; 120 33.10 Estabelecer orientações e regras para primeiros socorros e traslado de acidentados; Ações ou Impactos Ambientais 36 Perturbação da população local Medidas de Controle Ambiental 36.1 Trabalhos que geram fortes ruídos e perturbam ou podem pertubar a população local devem ser realizados com equipamentos abafadores, ou equipamentos menos ruidosos na impossibilidade de serem realizados dentro do horário comercial (22-7h); 36.2 No caso dos odores fétidos, como medida corretiva, deve-se implantar técnicas de controle de odores que podem ser realizadas pelos seguintes procedimentos (LUDUVICE et al., 1997): 1) Colunas de lavagem; 2) Colunas de adsorção; 3) Biofiltros; 4) Oxidação térmica e 5) Aplicação de produtos químicos na rede coletora; 36.3 Estabelecer canal de diálogo e entendimento contínuo com a população local, de forma a averiguar e corrigir possíveis problemas operacionais dos sistemas de água e esgoto que reflitam em perturbação da mesma; 37 Perda de recursos naturais (ex. solo e água de boa qualidade)/Interferências em áreas ambientalmente sensíveis ou protegidas/ Perda ou alteração do habitat das espécies 38 Proliferação de pragas e vetores 39 Operação e Manutenção de Sistemas de Saneamento (problemas na operação dos SAAs) 37.1 Elaborar para os sistemas do saneamento Planos de Contigência e Remediação (específico ou genérico), para impactos ambientais ocorridos na fase de operação dos sistemas. Os mesmos devem ser aprovados pelo Órgão Ambiental Licenciador; 37.2 Adotar medidas de contenção e remediação de impactos ambientais, que foram previstas nos Planos citados acima, de forma a evitar a perda de recursos naturais, como solo e água de boa qualidade e elaborar e executar PRAD; Idem item 14 deste quadro; 39.1 Vazamentos e inundações - Isolar, drenar, limpar e recuperar áreas e equipamentos em decorrência de vazamentos em dutos e conexões; 121 Ações ou Impactos Ambientais Medidas de Controle Ambiental 39.2 Vazamentos e inundações - Realizar manutenção preventiva e preditiva, de forma a evitar vazamentos em dutos e conexões antigos e desgastados; 39 Operação e Manutenção de Sistemas de Saneamento (problemas na operação dos SAAs) 39.3 Emissão de ruídos em níveis elevados - correção de equipamentos ruidosos por equipamentos abafadores, ou substituição por equipamentos menos ruidosos, na impossibilidade de serem realizados dentro do horário comercial (22-7h); 39.4 Emissão de ruídos em níveis elevados - Em áreas sujeitas a ruídos elevados e constantes fornecer aos empregados EPI adequado (ex. protetores auriculares); 39.5 Danos patrimoniais - Restabelecer as ligações interrompidas e os eventuais equipamentos públicos danificados por problemas eventuais nos equipamentos do SAA; 39.6 Danos patrimoniais - Recuperar os trechos das vias públicas e outras áreas afins que forem deteriorados e/ou danificados por problemas eventuais nos equipamentos do SAA; 39.7 Resíduos sólidos - Idem itens 38 e 22.5 a 22.10; 39.8 Acidentes a empregados e terceiros - Idem item 33; 40.1 Reparar qualquer dano causado ao patrimônio público e privado decorrente de vazamentos em dutos e conexões de sistemas de água ou esgoto; 40 Alagamentos (a partir de vazamentos em SAA e SES) 40.2 Garantir a drenagem superficial de águas pluviais; 40.3 Isolar, drenar, limpar e recuperar áreas e equipamentos em decorrência de vazamentos em dutos e conexões; 40.4 Realizar manutenção preventiva e preditiva, de forma a evitar vazamentos em dutos e conexões antigos e desgastados; 122 Ações ou Impactos Ambientais 41 42 Geração de resíduos sólidos (RSU) Operação e Manutenção de SAA e SES - Promoção da saúde, bem-estar e justiça social /Desenvolvimento social e econômico/ Aumento da expectativa de vida e redução da mortalidade infantil/ higiene pessoal Medidas de Controle Ambiental 41.1 Idem itens 38 e 22.5 a 22.10; 42.1 Os empreendimentos de SAA e SES trazem inúmeros benefícios à sociedade e meio ambiente como um todo e, portanto, são imprescindíveis. Exemplos disso são os ganhos para a saúde, bem-estar e justiça social, aumentos na expecativa de vida e reduções na mortalidade infantil, higiene pessoal e, também, para o desenvolvimento social e econômico das pessoas que direta e indiretamente esses empreendimentos promovem. Portanto, uma medida potencializadora, e mais importante, é o esforço que deve ser cada vez maior para universalização dos serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário; 42.2 Desburocratização, por parte dos Órgãos Ambientais Licenciadores, com relação a determinadas exigências ambientais, que não sejam essenciais, de forma a agilizar o processo de licenciamento ambiental, sem que este perca em qualidade técnica, de forma a também agilizar a universalização dos serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário; 42.3 Operar e manter os SAA e SES de forma adequada, rotineira e buscando sempre a eficiência e qualidade de processos, para que os benefícios a serem gerados não se convertam em danos ambientais e à saúde; 42.4 Realizar campanhas buscando sempre parcerias incentivando os bons hábitos de higiene pessoal; 43 Controle e prevenção de doenças 43.1 Deve ser respeitada a legislação brasileira quanto à jornada de trabalho diária, instalações adequadas, saúde (exames periódicos) e segurança no ambiente de trabalho; 43.2 Adotar as boas práticas ambientais e sanitárias em SAA e SES, e combater as potenciais fontes de veiculação de doenças, sobretudo, as infecto-contagiosas; 123 Ações ou Impactos Ambientais Medidas de Controle Ambiental 43.3 Evitar que determinados entulhos como recipientes diversos, pneus usados e outros acumulem água gerando perigo de dengue - proliferação do mosquito Aedes aegypti; 43 43.4 Coletar, armazenar e destinar adequadamente, através de coleta seletiva, o lixo orgânico (úmido), evitando que o mesmo fique exposto, atraindo pragas e vetores; 43.5 Dependendo do local, se for área sujeita à infestação de pragas como ratos e baratas, é necessário realizar ações de dedetização por empresa legalmente habilitada para tal fim e manter cópias dos certificados no local; 43.6 Estabelecer programa de vacinação e disponibilizar atendimento médico para os trabalhadores; 43.7 Realização de exames periódicos; 44 Limpeza pública 44.1 Buscar firmar convênios com prefeituras, de forma a reutilizar efluentes tratados ao invés de água tratada para limpeza pública de ruas, calçadas, irrigação de canteiros, dentre outros usos, potencializando este impacto positivo; 44.2 Operar corretamente as ETEs, de forma que os efluentes tratados estejam com os parâmetros dentro das normas legais e para que os mesmos possam ser utilizados na limpeza pública, dentre outras formas de reúso; 45.1 Manter nos sistemas em operação extintores dentro do prazo de validade ou hidrantes, de acordo com projeto aprovado no Corpo de Bombeiros; 45 Combate a incêndios 45.2 Preservar os recursos hídricos e ampliar a oferta de água para que este insumo seja utilizado para os diversos usos a que se destina, inclusive o combate a incêndios; 124 Ações ou Impactos Ambientais Medidas de Controle Ambiental 46.1 Executar na íntegra Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS para os SAA e SES; 46 Poluição e degradação do solo 46.2 Evitar abandonar lodo úmido de ETA e ETE no solo. Na falta de estrutura adequada, tipo leito de sacagem ou centrífuga etc, deve-se antes isolar o solo com material impermeável e aí dispor o lodo por cima, aguardando a secagem deste; 46.3 Não dispor no solo efluente sanitário sem o devido tratamento e autorização do Poder Público, sob risco de contaminação do mesmo; 46.4 Coletar, armazenar e destinar adequadamente, através de coleta seletiva, todos os resíduos sólidos produzidos nos SAA e SES, evitando que os mesmos fiquem expostos no solo; 46.5 Resíduos sólidos perigosos dos sistemas em operação como lâmpadas devem ser descaracterizados quanto aos seus gases poluentes por empresa legalmente habilitada e credenciada, antes da coleta seletiva. Pilhas e baterias devem ser coletadas em recipientes apropriados e enviadas para empresas que os destinem adequadamente; 46.6 Coletar e destinar adequadamente embalagens recicláveis; 46.7 Impermeabilizar o solo de áreas de depósito de óleos, graxas e lubrificantes, as de manutenção e abastecimento de equipamentos e veículos e destinar os resíduos ao sistema de coleta implantado na área; 46.8 Eliminar o derramamento de óleo e subtâncias similares e lavar imediatamente o local, fazendo a contenção e acondicionamento adequado da água de lavagem para o posterior descarte apropriado; 46.9 Operar corretamente os SESs, de forma que os resíduos e efluentes tratados estejam com os parâmetros dentro das normas legais de qualidade e não prejudiquem o solo, subsolo, águas subterrâneas e superficiais; 125 Ações ou Impactos Ambientais Medidas de Controle Ambiental Poluição e degradação do solo 46.10 Em caso de constatação de poluição e degradação do solo por lodos e efluentes sanitários de ETEs, deve-se com urgência proceder à contenção e remediação dos impactos através de técnicas constantes em Planos de Contigência e Remediação dos impactos adversos, conforme informa o item 37.1 acima; 46 47.1 Em áreas sujeitas a ruídos elevados e constantes fornecer aos empregados EPI adequado (ex. protetores auriculares); 47 Emissão de ruídos em níveis elevados em SES 47.2 Estabelecer canal de diálogo e entendimento contínuo com a população local, de forma a averiguar e corrigir possíveis problemas operacionais, como geração de ruídos em níveis elevados dos SESs que reflitam em perturbação da mesma; 47.3 Correção de equipamentos ruidosos por equipamentos abafadores, ou substituição por equipamentos menos ruidosos, na impossibilidade de serem realizados dentro do horário comercial (22-7h); 48.1 Restabelecer rapidamente as ligações interrompidas e os eventuais equipamentos públicos danificados por problemas eventuais nos equipamentos do SES; 48 Danos patrimonias provocados por SES 48.2 Recuperar rapidamente os trechos das vias públicas e outras áreas afins que forem deteriorados e/ou danificados por problemas eventuais nos equipamentos do SES; 48.3 Operar corretamente os SES, fazendo manutenção preventiva e preditiva, de forma a evitar transtornos como danos patrimoniais provocados por quebra de equipamentos gastos ou obsoletos; 49.1 Realizar monitoramento dos efluentes brutos e tratados de todas as ETEs, com periodicidade e parâmetros definidos pelo Órgão Ambiental Licenciador; 49 126 Operação e Manutenção de Ações ou Impactos Ambientais 49 SES/ Geração de efluentes sanitários com qualidade insatisfatória Operação e Manutenção de SES/ Geração de efluentes sanitários com qualidade insatisfatória Medidas de Controle Ambiental 49.2 Realizar fiscalização ambiental anual em todas as ETEs, por setor ambiental competente, de forma a constatar problemas e recomendar soluções; 49.3 Caso os efluentes tratados de determinada ETE estejam com parâmetro(s) fora do limite legal estabelecido, medidas corretivas constantes em Plano de Operação e Manutenção específico para cada ETE devem ser colacadas em prática, de forma a melhorar a eficiência do sistema; 49.4 Retirar o excesso de vegetação dentro e fora das ETEs, pois essas com o tempo danificam a estrutura dos sistemas; 49.5 Instalar em todas as ETEs de responsabilidade da empresa, leito de secagem ou outro equipamento de secagem para a devida desidratação do lodo; 49.6 No caso de lagoas de estabilização, deve-se retirar periodicamente o excesso de lodo de dentro das lagoas; 49.7 Destinar corretamente, seja para reúso (conforme o item 28.3), ou para aterro sanitário, os lodos desidratados de SES; 49.8 Isolar com cerca ou muro as ETEs, de forma a evitar a entrada de pessoas e animais; 49.9 Instalar Medidores de Vazão em todas as ETEs (entrada do efluente bruto e saída do tratado); 49.10 Instalar equipamentos e estrutura de tratamento preliminar, como gradeamentos e caixas de areia dimensionados corretamente para as vazões de chegada nos sistemas e em ETEs que não possuam os mesmos, de forma a minimizar os impactos causados por assoreamento dos sistemas; 127 Ações ou Impactos Ambientais 50 Preservação de recursos hídricos e da sua biodiversidade Medidas de Controle Ambiental 50.1 Operar e manter os sistemas do saneamento de forma adequada, rotineira e buscando sempre a eficiência e qualidade de processos, para que os benefícios a serem gerados não se convertam em danos ambientais aos recursos hídricos e sua biodiversidade; 50.2 Promover e participar de campanhas de conservação, preservação e recuperação de recursos hídricos e sua biodiversidade (fauna e flora); 50.3 Promover e participar de campanhas de reflorestamento de matas ciliares de importantes recursos hídricos, sobre os quais suas atividades exercem influência; 50.4 Promover e estimular o uso sustentável dos recursos hídricos; 50.5 Adotar medidas de contenção e remediação de impactos ambientais, constantes em Planos de Contenção e Remediação, de forma a evitar a perda de recursos naturais, como solo, água, fauna e flora e elaborar e executar PRAD. 128 Fonte - Acervo Marcos Freire e Mariana Maziero 129 Fonte - Acervo Marcos Freire e Mariana Maziero 08 Considerações Finais Após a leitura deste Manual é importante entender, primeiramente, que o mesmo trata-se de um documento orientador, desenvolvido na Assessoria de Licenciamento Ambiental e Outorgas da CAERN e inserido como meta desse setor em 2013, para que as obras em andamento e futuras dessa Companhia possam ocorrer de forma ambientalmente satisfatória, e entender também que o tema impactos ambientais é bastante complexo e demanda muita atenção por parte dos profissionais que os identificam e analisam. Também, é importante entender que apesar dos empreendimentos do saneamento causarem muitos benefícios à sociedade, sobretudo quando em operação, são também potencialmente causadores de muitos impactos ambientais adversos e de degradação ambiental, caso não sejam bem gerenciados, com aplicação de medidas ambientais preventivas e corretivas, como as listadas no quadro acima. Não obstante, para um bom desempenho ambiental e controle dos impactos ambientais adversos é necessário que as empresas responsáveis por sistemas de saneamento adotem uma política voltada para a Gestão Ambiental Institucionalizada, de forma que elas possam integrar os diversos aspectos ambientais às suas atividades cotidianas e, com isso, integrar as diversas áreas e setores a objetivos ambientais claros e precisos, vindo, em curto a médio prazo, demonstrar um desempenho ambiental correto, prevendo, controlando e corrigindo os diversos impactos de suas atividades. Assim, as empresas se tornarão mais competitivas nos mercados onde estão inseridas, associando suas imagens a um marketing ambiental coerente com a realidade e apresentando ao longo do tempo redução de custos diversos, sobretudo oriundos de passivos e multas ambientais por condutas inadequadas e lesivas ao meio ambiente. Por fim, recomenda-se que as medidas ambientais listadas neste Manual sejam incorporadas às atividades de setores responsáveis por gestão ambiental, fiscalização de obras, operação e manutenção, projetos etc das empresas responsáveis pelo saneamento ambiental, como a CAERN, na forma de “cadernos de encargos”, nos quais estejam claramente definidas as responsabilidades de cada setor no cumprimento de cada medida. 131 Fonte - Acervo Marcos Freire e Mariana Maziero 09 Referências ANDREAZZI, M.A.R., MILWARD-DE-ANDRADE, R. 1990. Impactos das grandes barragens na saúde da população - uma proposta de abordagem metodológica para a Amazônia. In: Forest’ 90, Simpósio Internacional de Estudos Ambientais em Florestas Tropicais Úmidas, Manaus. Anais... Rio de Janeiro, Biosfera. BARROS, R.T.V. et al. 1995. Manual de saneamento e proteção ambiental para os municípios. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG. BRASIL. 1986. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução do CONAMA No 001, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre procedimentos relativos ao Estudo de Impacto Ambiental. Brasília, Diário Oficial da União, de 17 de fevereiro de 1986. p. 2548-2549. BRASIL. 2011. Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resolução do CONAMA No. 430, de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução n o 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. Brasília, Diário Oficial da União, 16 de maio de 2011. p. 89. BRASIL. 2005. Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resolução do CONAMA No. 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes para o seu enquadramento, bem com estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Brasília, Diário Oficial da União, 18 de março de 2005. p. 58-63. BRASIL. 1990. Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resolução do CONAMA No. 003, de 28 de junho de 1990. Dispõe sobre padrões de qualidade do ar, previstos no PRONAR. Brasília, Diário Oficial da União, 22 de agosto de 1990. p. 15.937 - 15.939. BRASIL. 2006. Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resolução do CONAMA No. 375, de 29 de agosto de 2006. Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências. Brasília, Diário Oficial da União, 30 de agosto de 2006. p. 141 - 146. BRASIL. 1990. Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resolução do CONAMA No. 008, de 06 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o estabelecimento de limites máximos de emissão de poluentes no ar para processos de combustão externa de fontes fixas de poluição. Brasília, Diário Oficial da União, 28 de dezembro de 1990. p. 25.539. BRASIL. 2010. Lei nº12.305, de 2 de agosto de 2010. Brasília, DF: [s.n]. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 10 de agosto de 2013. 133 CANTER, L.W. 1998. Manual de evaluación de impacto ambiental. McGraw - Hill/Interamericana de España, S.A.U. Impresos e Revistas, S.A., España. 841p. MAGRINI, A. 1989. Avaliação de Impactos Ambientais e a região amazônica, In: Curso: Impactos Ambientais de Investimentos na Amazônia - Problemática e Elementos de Avaliação. Manaus: Projeto BRA/87/021- SUDAM/PNUD/BASA/SUFRAMA e Projeto BRA/87/040ELETRONORTE/PNUD. CLAUDIO, C.F.B.R. 1987. Implicações da Avaliação de Impactos Ambientais. Revista Ambiente, v. 1, n. 3, p.159-162. PETROBRÁS. 2006. Medidas Mitigadoras e Potencializadoras II.7. In: Atividade de Produção de Gás e Condensado no Campo de Mexilhão, Bacia de Santos. 45 p. COSTA-JÚNIOR, M.A.F. 2013. Manual de Licenciamento Ambiental da CAERN, Natal: CAERN. 59 p. ROCHA, S.C.S., ALÍPAZ, S.M.F. 2010. Manual Ambiental: Obras de Saneamento: Construção, Brasília: CAESB. 66 p.: il. CANTER, L.W. 1996. Environmental Impact Assessment. New York: McGraw-Hill. 660 p. DAMATO, M., MACUCO, P. 2002. Proposta metodológica para avaliação e mitigação de impactos ambientais decorrentes da implantação de obras de saneamento básico. In: CONGRESSO INTERAMERICANO DE INGENIERÍA SANITARIA Y AMBIENTAL. 28., 2002. Cancún. Anais... Cancún. Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental. IBAMA. 1995. Avaliação de Impacto Ambiental: Agentes sociais, procedimentos e ferramentas - Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. 134 p. KRAEMER, M.E.P. 2000. Contabilidade ambiental como sistema de informações. Revista Pensar Contábil do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro - RJ: ano 3, n. 09, p.19-26, ago/out. LUDUVICE, M.L., PINTO, M.A.T., NEDER, K.D. 1997. Controle de Odores em Estações de Tratamento de Esgotos. In: Anais do 19 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Foz do Iguaçu. 134 SILVA, E. 1994a. Avaliação de Impactos Ambientais no Brasil. Viçosa, SIF. SILVA, E. 1994b. Avaliação qualitativa de impactos ambientais do reflorestamento no Brasil. Tese (Doutorado em Ciência Florestal) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. WARNER, M.L., E.H. PRESTON. 1974. Review of Environmental Impact Assessment Methodologies. Washington D.C.: United States Environmental Protection Agency. WIECHETECK, G.K., CORDEIRO, J.S. 2002. Gestão ambiental de sistemas de tratamento de água. In: Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental, 28., Cancún Anais.. .Cancún. Fonte - Acervo Marcos Freire e Mariana Maziero 135 10 Glossário 1. Áreas de empréstimo - Locais onde são realizadas as escavações de solo com características suficientes para atender às necessidades de terraplenagem. 2. Áreas de Preservação Permanente (APP) - Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas (Lei nº 12.651 de 2012 - Novo Código Florestal). 3. Áreas legalmente protegidas - Áreas cuja proteção esteja garantida por norma emitida pelo Poder Público. 4. Áreas de bota-fora - Locais selecionados para depósito do material excedente resultante de escavações de cortes de terraplenagem na construção civil. 5.Assoreamento - Fenômeno causado pela deposição de sedimentos minerais (como areia e argila) ou de materiais orgânicos em cursos d´água. Com isso, diminui a profundidade e a força da correnteza dos mesmos. 6.Biocenose - ou Comunidade Biológica, é a associação de populações (seres da mesma espécie) que habitam uma determinada região. 7.Biodiversidade - Conjunto de todas as espécies de seres vivos e de seus ambientes naturais existentes em uma área. 136 8.Contaminação - Introdução de substâncias ou organismos patogênicos, geralmente tóxicos, em sistemas naturalmente isentos deles, ou que os contêm, mas em quantidades menores que aquelas inseridas. 9.DBO - Demanda Biológica ou Bioquímica de Oxigênio, corresponde à quantidade de oxigênio consumido na degradação da matéria orgânica no meio aquático por processos biológicos, sendo expresso em miligramas por litro (mg/L). 10. Degradação Ambiental - Perda de adaptação das características físicas, químicas e biológicas de determinada área em que é inviabilizado o desenvolvimento socioeconômico. 11.Dengue - É uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida, no Brasil, através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo. 12. Desnudamento do solo - É a retirada da cobertura vegetal de um determinado local deixando o solo exposto às intempéries e ação humana. 13. Doenças infecto-contagiosas - São as doenças causadas por um agente biológico como por exemplo vírus, bactérias ou parasitas e que podem ser transmitidas direta ou indiretamente. 14. Ecossistemas Aquáticos - Se entende por ecossistema aquático todos aqueles que apresentam por biótopo (área física na qual determinada comunidade vive) algum corpo de água como, por exemplo, mares, rios, oceanos, lagos, pântanos, etc. Os tipos de ecossistemas aquáticos mais conhecidos são: ecossistema de água doce e ecossistema marinho. 15. Efluentes sanitários - São despejos essencialmente domésticos, contendo também águas de infiltração e ainda uma parcela não significativa de despejos industriais, com características bem definidas. São provenientes principalmente de residências, edifícios comerciais, instituições ou quaisquer edificações que contenham banheiros, lavanderias ou cozinhas. 21.Fauna - É o conjunto de espécies animais que vivem numa determinada área. A fauna de uma determinada região pode ser muito variada, dependendo das condições ambientais existentes. A fauna brasileira, por exemplo, é extremamente rica e variada, pois nosso país possui uma enorme variedade de ecossistemas. 16.Entulhos - São restos de materiais provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras e de serviços de preparação e escavação de terrenos. São também chamados de resíduos da construção civil ou resíduos de construção e demolição ou simplesmente RCD. 22.Flora - É o conjunto de espécies vegetais (plantas, árvores, etc) de uma determinada região ou ecossistema específico. É um termo muito utilizado em botânica. A flora numa determinada região pode ser muito rica, ou seja, com muita variedade de espécies. É o que acontece com a flora brasileira, pois em nosso país existem diversos ecossistemas como, por exemplo, Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal, entre outros. Cada ecossistema possuí flora específica, adaptada às condições ambientais da região. 17.EPCs - Equipamentos de Proteção Coletiva, são equipamentos utilizados para proteção de segurança enquanto um grupo de pessoas realiza determinada tarefa ou atividade. 18.EPIs - Equipamentos de Proteção Individual, são quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores à sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada tarefa ou atividade. Um equipamento de proteção individual pode ser constituído por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um ou vários riscos simultâneos. 19.Erosão - É um processo de deslocamento de terra ou de rochas de uma superfície. A erosão pode ocorrer por ação de fenômenos da natureza ou do homem. 20.Eutrofização - É o enriquecimento da água com nutrientes através de meios criados pelo homem, produzindo uma abundante proliferação de algas. É a adição em excesso de um ou mais compostos orgânicos ou inorgânicos aos ecossistemas naturais. 23.Fuligens - Substância escura que resulta da decomposição de combustíveis ou deposição de partículas de carvão, pneus etc. 24.Habitat - Significa o espaço onde as espécies vivem e se desenvolvem, e é um termo oriundo do latim. Habitat é um termo utilizado na ecologia, que compreende o espaço e o ecossistema onde as plantas e os animais se desenvolvem, dentro de uma comunidade. 25. Intervenções antropogênicas - São as intervenções ou alterações no meio ambiente provocadas pelas atividades humanas. 26. Lagoas facultativas - São os tipos mais comuns e operam com cargas orgânicas menores que as utilizadas nas lagoas anaeróbias, permitindo um desenvolvimento de algas nas camadas mais superficiais 137 e iluminadas, que através da atividade fotossintética oxigenam a massa líquida da lagoa, modificam o pH e consomem nutrientes orgânicos. Têm profundidade entre 1,5 m a 2,0 m. 27. Levantamento florístico - É o processo de obtenção de dados qualitativos e quantitativos da flora de uma determinada área. 28.Lixiviação - É a extração ou solubilização dos constituintes químicos de uma rocha, mineral, solo, depósito sedimentar e etc. pela ação de um fluido percolante. Já em geologia, chamamos de lixiviação ao processo de “arraste” ou “lavagem” dos sais minerais presentes no solo, caracterizando uma forma inicial de erosão, ou erosão leve. A lixiviação, neste sentido, ocorre quando o solo fica demasiadamente exposto (por causa de desmatamento, queimadas ou sobrepastoreio) e, com a ação gradativa das chuvas, vai tendo seus materiais arrastados tornando-se primeiro infértil, e depois, podendo ocasionar erosões graves (voçorocas) dependendo do tipo de solo e grau de exposição. 29. Materiais perfurocortantes - São as seringas, agulhas, escalpes, ampolas, vidros de um modo em geral, ou, qualquer material pontiagudo ou que contenham fios de corte capazes de causar perfurações ou cortes (Resolução CONAMA nº 05/1993), com riscos de veiculação de doenças infecto-contagiosas como a Aids e as hepatites B e C. 30. Nutrientes limitantes - A utilização de um nutriente por um organismo obedece a “Lei do Mínimo”, estabelecida por Liebig. Essa lei estabelece que o crescimento de um organismo é limitado pela substância disponível nas quantidades mínimas relativas às suas necessidades para crescimento e reprodução. Dessa forma, os nutrientes limitantes são 138 os que são totalmente absorvidos primeiramente e controlam ou limitam a produtividade primária (rendimento da conversão da energia radiante em substâncias orgânicas nas células vegetais). 31.Patógeno - Agente causador de doença. 32. Patrimônio arqueológico - São considerados sítios arqueológicos as jazidas de qualquer natureza, origem ou finalidade, que representem testemunhos da cultura dos paleoameríndios; os sítios nos quais se encontram vestígios positivos de ocupação pelos paleomeríndios; os sítios identificados como cemitérios, sepulturas ou locais de pouso prolongado ou de aldeamento, “estações” e “cerâmios; e as inscrições rupestres ou locais e outros vestígios de atividade de paleoameríndios. 33.Poluição - Segundo a Lei nº 6.938/1981 (Política Nacional de Meio Ambiente), poluição é a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. 34.Pragas - É um termo que pode ser utilizado para designar organismos que, quando se proliferam de forma desordenada ou fora de seu ambiente natural, podem causar algum tipo de dano ao ambiente, às pessoas ou à economia. O termo “praga”, que é muito utilizado na agricultura para se referir a ácaros, insetos, fungos, bactérias e até mesmo alguns vegetais (ex. ervas daninhas), também pode ser empregado para se referir a doenças de animais ou humanos causadas por algum agente patogênico, embora nesse caso, a definição mais apropriada seja epidemia, endemia ou pandemia, de acordo com suas dimensões e frequência. 35. Processos sedimentares - A água e o vento são os principais agentes de transporte de sedimentos. Quando estes agentes perdem a capacidade de transportar, devido a uma diminuição da velocidade, ocorre a sedimentação. Com o continuar da sedimentação, os sedimentos dispostos nos estratos inferiores são compactados (diminuição de volume) e cimentados (precipitação de minerais novos em torno das partículas depositadas, colando-as). Ao conjunto de processos que transformam os sedimentos em rochas sedimentares consolidadas dá-se o nome de diagênese. 36.Ravina - Sulco que se forma nas encostas devido a um intenso escoamento superficial de água por um caminho preferencial. 37. Recuperação de áreas degradadas - A recuperação de áreas degradadas está intimamente ligada à ciência da restauração ecológica. Restauração ecológica é o processo de auxílio ao restabelecimento de um ecossistema que foi degradado, danificado ou destruído. Um ecossistema é considerado recuperado - e restaurado - quando contém recursos bióticos e abióticos suficientes para continuar seu desenvolvimento sem auxílio ou subsídios adicionais. 38. Recursos naturais - São elementos da natureza com utilidade para o homem, com o objetivo do desenvolvimento da civilização, sobrevivência e conforto da sociedade em geral. Podem ser renováveis, como a energia do sol e do vento. Já a água, o solo e as árvores, considerados limitados, são chamados de potencialmente renováveis. E há ainda os não-renováveis, como o petróleo e minérios em geral. 39. Resíduos Sólidos - Segundo a NBR 10.004:2004 da ABNT, resíduos sólidos são os resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. 40.Ruídos - Como conceito, é o som ou a mistura de sons que são capazes de causar dano à saúde de quem o percebe. Ou seja, ruído é um som ou um conjunto de sons desagradáveis ao ouvido dos indivíduos. O ruído varia na sua composição naquilo que se refere à frequência, intensidade e duração. 41. Supressão vegetal - É a retirada de uma parcela de vegetação dentro de uma área destinada a diversos usos, a exemplo de uso alternativo do solo, infraetrutura, entre outros. 42.Talude - É o plano inclinado que limita um aterro. Tem como função garantir a estabilidade do aterro, quando artificial e quando natural é a inclinação nas encostas e montanhas. 43.Talvegue - Linha de maior profundidade no leito de um rio ou no fundo de um vale. 44.Terraplenagem - É uma técnica construtiva que visa aplainar e aterrar um terreno. “Terrapleno”, literalmente, significa “terra cheia, cheio de terra”. Geralmente esta movimentação de solo tem o objetivo de atender a um projeto topográfico, como barragens, edifícios, aeroportos, açudes, entre outros projetos. 139 45.Tétano - O tétano é uma infecção do sistema nervoso potencialmente letal provocada pela bactéria Clostridium tetani. 46.Unidades de Conservação - Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção (Lei nº 9.985/2000 - Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC). 47.Valas - É definida como uma escavação linear caracterizada por apresentar profundidade maior que largura. Via de regra, utilizada para assentamento de utilidades (redes de gás, água e esgoto, telefônicas e drenagem). 48.Vetores de doenças - Seres vivos potencialmente portadores e transmissores de um agente patogênico infectante. Ex. o Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue. 49.Vibrações - É qualquer movimento que se repete, regular ou irregularmente, depois de um intervalo de tempo. Em engenharia estes movimentos ocorrem em elementos de máquinas e nas estruturas, quando estes estão submetidos a ações dinâmicas. 50.Voçoroca - Escavação profunda e ativa originada pela erosão superficial e subterrânea, que pode atingir centenas de metros de extensão e dezenas de metros de profundidade. Fonte - Marcos Freire e Mariana Maziero 140 Lagoa Facultativa da ETE Ponta Negra Fonte-CAERN Fonte: Marcos Freire e Mariana Maziero Foto Marcos Freire e Mariana Maziero “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Art. 225 da Constituição Federal de 1988 Fonte - Acervo Marcos Freire e Mariana Maziero