Curso de Enfermagem
Artigo de Revisão
A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DO HOMEM NO
BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
THE NATIONAL POLICY OF INTEGRAL ATTENTION TO HEALTH OF MAN IN BRAZIL: AN
INTEGRATIVE REVIEW
Elciane Gonçalves dos S. Gomide1, Heliab Heber C. de Lima1 , Elias Rocha de Azevedo Filho².
1 Aluna do Curso de Enfermagem
2 Professor Orientador
Resumo
Introdução: Estudos comparativos demonstram que os homens brasileiros correspondem a 60% das
mortes no país e possuem expectativa de vida em torno de 7,6 anos a menos que as mulheres. Sedentários
e mais acometidos pela problemática da dependência química, principalmente álcool e fumo, o homem
revelado pelo estudo, também é pouco preocupado com as questões do planejamento familiar e com sua
saúde de maneira geral Objetivo: conhecer as evidências disponíveis na literatura sobre a Política Nacional
de Atenção à Saúde do Homem. Materiais e métodos: caráter qualitativo-descritivo, foi realizado por uma
revisão de literatura, que está definida em etapas. Resultados: colocado como determinante para a
formulação da PNAISH, os indicadores de saúde dos homens, de fato são alarmantes. No diagnóstico de
saúde masculina, traçado pelo Ministério da Saúde (MS) para embasar a política revela que se for analisada
as causas de mortalidade na população masculina dos 15-59 anos, sabe-se que a maior porcentagem de
óbitos deve-se às causas externas. Conclusão: O número de óbitos masculinos no Brasil é muito grande,
devido a acidentes, crimes, doenças etc. No caso de doenças, os homens precisam se preocupar mais com
a saúde e deixar o machismo de lado. Sugere-se que haja mais pesquisas voltadas para a atenção aos
homens para assim, possibilitar melhorias que expressam as percepções deles sobre as questões de saúde
e também favoreçam momentos de reflexão que auxiliem nas mudanças desse tipo de assistência.
Palavras-chave: Homens; Indicadores de saúde do homem; Óbitos; PNAISH.
Abstract
Introduction: Comparative studies have shown that Brazilian men account for 60% of deaths in the country,
and have a life expectancy of about 7.6 years less than women. Sedentary and most affected by the problem
of substance abuse, especially alcohol and tobacco, the man revealed by the study is too little concerned
with the issues of family planning and their general health Objective: to know the evidence available in the
literature on National Policy Attention to Men's Health. Methods: A qualitative descriptive character, was
conducted by a literature review, which is defined in stages. Results: placed as crucial to the formulation of
PNAISH, indicators of the health of men, are indeed alarming. In the diagnosis of male health, outlined by
the Ministry of Health (MOH) to support the policy shows that if analyzed the causes of mortality in the male
population of 15-59 years have been the highest percentage of deaths is due to causes external.
Conclusion: The number of male deaths in Brazil is very large due to accidents, crimes, diseases, etc. In
the case of diseases, men need to be more concerned with the health and let the machismo aside. There is
more research focused on attention to men so it is suggested to make possible improvements that express
their perceptions about health issues and also encourage moments of reflection that assist in changing this
type of assistance.
Keywords: Men. Indicators of human health. Deaths. PNAISH.
Contato: [email protected] , [email protected];
INTRODUÇÃO
Estudos
comparativos
demonstram que os homens brasileiros
correspondem a cerca de 60% das
mortes no país e possuem expectativa de
vida em torno de 7,6 anos a menos que
as mulheres. Sedentários e mais
acometidos pelos problemas causados
pela
dependência
química,
principalmente álcool e fumo, o homem
exposto pelo estudo, também é pouco
preocupado com as questões do
planejamento familiar e com sua saúde
de maneira geral (BRASIL, 2009a).
As
doenças
isquêmicas
do
coração, como o infarto do miocárdio,
seguida das doenças cardiovasculares
como o AVC (Acidente Vascular Cerebral)
e outras doenças cardíacas, pneumonia,
diabetes e cirrose, estão entre as
principais causas de mortes do sexo
masculino.
Estes estudos ainda revelaram
que em se tratando da procura por
serviços de saúde, os homens não
procuram os atendimentos de baixa
complexidade, como os postos e
unidades básicas de saúde, onde se dá a
prevenção de doenças e a promoção da
saúde. Eles procuram sempre a média e
alta
complexidade, como
clínicas,
hospitais e emergências, muitas vezes
procuram o atendimento e orientação
direto nas farmácias, indicando que
quando procuram os serviços de saúde é
porque já se encontram com a saúde
fragilizada e a doença alojada (BRASIL,
2009a).
A compreensão de fenômenos de
saúde ligados a esse grupo populacional
articula as inúmeras questões que
envolvem, entre outros aspectos, os
determinantes
de
saúde-doença,
questões envolvendo gênero e a
prematuridade das discussões frente às
suas demandas de saúde.
Segundo Gomes (2011), os
primeiros estudos sobre a saúde dos
homens datam da década de 1970. Eles
se mostravam pautados no adoecimento
masculino e pautados em premissas
biomédicas,
e
comportamentais
epidemiológicas, desconsiderando a
complexidade dos contextos históricosociais e políticos nos quais estes
homens existiam.
A baixa procura pelos serviços de
atenção primaria faz com que o homem
fique desprovido da proteção necessária
para a conservação de sua saúde, e
continue
a
ter
uma
conduta
desnecessária, se a procura pela
prevenção houvesse ocorrido, muitos
agravos tinham sido evitados. A recusa
masculina à atenção primaria aumenta
não somente a sobrecarga financeira,
mas também o sofrimento emocional e
físico do paciente e de seus familiares,
na luta pela preservação da saúde e da
qualidade de vida dessas pessoas.
No Brasil, a preocupação com as
questões relacionadas com a saúde da
população
masculina
encontra-se
traduzida na Política Nacional de Atenção
Integral à Saúde do Homem (PNAISH),
instituída através da Portaria no 1.994, de
27 de agosto de 2009. Segundo o seu
documento-base, a PNAISH possui como
principal objetivo: Promover a melhoria
das condições de saúde da população
masculina do Brasil, contribuindo, de
modo efetivo, para a diminuição da
morbidade
e
mortalidade
dessa
população, através do enfrentamento
racional dos fatores de risco e mediante a
facilitação ao acesso, às ações e aos
serviços de assistência integral à saúde
(BRASIL, 2009).
A PNAISH é apontada como uma
política pública de vanguarda no cenário
mundial, sendo a primeira política pública
de saúde voltada especificamente para
os homens na América Latina e a
segunda no continente americano, após
o Canadá. Dada a sua recente
institucionalização, a PNAISH ainda se
encontra num processo de implantação e
implementação no território nacional
(CARRARA E COL, 2009).
Mesmo sendo uma política já
implementada no âmbito do Sistema
Único de Saúde, ainda haverá diversas
dificuldades quanto a sua execução,
aceitação da população, dentre outros.
O problema que norteia essa
pesquisa é: A saúde do homem está
sendo realmente posta em prática nos
diversos níveis de atenção?
O objetivo geral dessa pesquisa é
conhecer as evidências disponíveis na
literatura sobre a Política nacional de
Atenção a Saúde do Homem. Para tanto,
traçou-se como objetivos específicos:
Descrever os artigos científicos que
tratam sobre a Política nacional de
Atenção a Saúde do Homem, identificar
os
fatores
determinantes
e
condicionantes da implementação dessa
política.
Materiais e métodos
O presente estudo trata-se de uma
revisão integrativa de literatura, que é
uma forma de analisar estudos já
existentes, visando obter conclusões a
respeito de um tema especifico e a
mesma está definida em etapas:
A 1ª etapa é a revisão, na qual os
autores buscam artigos, livros e textos da
internet. A base bibliográfica que foi
escolhida levando em consideração o
valor que poderia agregar especialmente
no que diz respeito à saúde do homem.
A
análise
dos
materiais
disponibilizados sobre o assunto, são
essenciais,
porque
é
necessário
conhecê-los e correlacioná-los a política
de atenção a saúde do homem no Brasil
para escolha da forma de condução da
pesquisa.
Para a realização da pesquisa foi
utilizado
o
método
de
revisão
bibliográfica, que tem por finalidade
demonstrar a importância da a política de
atenção a saúde do homem no Brasil.
Foram realizadas buscas nos bancos de
dados e sites indexados como SCIELO
(Sientific Eletronic Library Online),
BIREME/BVS (Biblioteca Virtual em
saúde),
MEDLINE
(Literatura
Internacional em Ciência da Saúde) e
LILACS (Literatura Latino-Americana e
do Caribe em Ciências da Saúde), sendo
utilizados os seguintes descritores:
Política de atenção a saúde, homem
Brasil.
Na 2ª etapa: Foi estabelecida a
pesquisa
em
artigos
e
teses
compreendidos entre o período de 2005
a 2013.
Na 3ª etapa, os critérios de
inclusão dos artigos selecionados, foram
aqueles que possuíam os descritores
mencionados anteriormente e que
abordavam o tema com relevância,
pesquisados no SCIELO, LILACS e
Google Acadêmico em português.
Já na 4ª etapa, foi realizada uma
análise e os resultados da pesquisa
serão apresentados conforme as normas
do NIP (Núcleo Interdisciplinar de
Pesquisa), ICESP/PROMOVE 2014.
Os artigos foram escolhidos por
tratar do assunto em questão com maior
profundidade e detalhes que explicam
melhor sobre a PNAISH.
Revisão de Literatura:
O conceito de masculinidade
O tema masculinidade é estudado
há décadas nas Ciências Sociais e
Humanas.
Assim,
houve
várias
mudanças durante esse período. Por
isso, esse assunto precisa ser explorado
para ser mais bem compreendido.
Para Silva et al (2012), a
sociedade impõe ao homem uma
apresentação
de
capacidade
e
resistência, não lhe permitindo ter o
direito de demonstrar suas fragilidades,
não é ofertado ao homem permissão
para se emocionar, evidenciar o medo,
chorar e demonstrar ansiedade. Dessa
forma, procurar o serviço de saúde para
prevenção ou tratamento é um ato de
fragilidade que se choca com os
princípios de uma sociedade machista.
Para Connel (2005), revela que
esse modelo de masculinidade esta
fundamentado nas relações de classes
sociais, em que um determinado grupo
social destaca-se na sociedade, de
maneira que consegui garantir uma
posição de domínio em relação a outro
grupo. Ou seja, os homens sentem a
necessidade de manter o poder e o
domínio
nas
relações
sociais,
principalmente sobre as mulheres, sendo
um ideal que precisa ser mantido, o que
motiva um culto a masculinidade.
Os modelos de masculinidade e a
maneira como se dá a civilização
masculina podem debilitar ou até mesmo
distanciar os homens das preocupações
com o cuidado próprio e com a procura
pelos serviços de saúde. Dentre as
questões
mais
frequentemente
consideradas estão os princípios da
cultura
masculina,
que
envolvem
tendências à exposição a riscos, a
ligação
da
masculinidade
à
invulnerabilidade e juntamente com a
própria educação familiar, a qual orienta
o homem para um papel social de
provedor e protetor. Esta é uma cultura
que tende a criar modelos masculinos
com baixa aceitação a práticas de
autocuidado e pode encorajar o
comportamento agressivo, violento e de
desleixo com si próprio. (SILVA, et
al. 2012). Ou seja, O homem quase
sempre é machista e pensa que deve ser
agressivo, competente, forte, racional,
etc. Já a mulher é terna, frágil, afetiva.
Dados recentes
Colocado como decisivo para a
formulação da PNAISH, os indicadores
de saúde dos homens, de fato são
alarmantes. No diagnóstico de saúde
masculina, traçado pelo Ministério da
Saúde (MS) para embasar a política
revela que se for analisada as causas de
mortalidade na população masculina dos
15-59 anos, têm-se que a maior
porcentagem de óbitos deve-se às
causas externas. Em segundo lugar,
estão
as
doenças
do
aparelho
circulatório; em terceiro, os tumores
(câncer), em quarto, as doenças do
aparelho digestivo; e finalmente, em
quinto lugar, as doenças do aparelho
respiratório.
Óbitos da população masculina de 25
a 59 anos.
50
0
30%
25%
20%
12%
8%
5%
Externas
Circulatório
Tumores
Digestivo
Respiratório
Outros
Fonte: Ministério da Saúde.(Gráfico Adaptado) Acessado em
outubro de 2014.
As causas externas estão em
primeiro lugar em causas de mortes
masculinas, englobam uma série de
agravos, dos quais os mais importantes
são os acidentes, notadamente os
acidentes de transporte, as lesões auto
provocadas
voluntariamente
e
as
agressões (BRASIL, 2009).
É importante lembrar que nos dias
de hoje se vive num contexto global que
diz e padronizam como devem ser as
pessoas, os hábitos, a cultura, o
comportamento, a saúde, porém de
acordo com padrões que são pensados
externamente as realidades locais
(BONETI, 2006).
Os
homens
representam
a
principal força produtiva do mercado de
trabalho, e que ter saúde, significa ser
produtivo, não adoecer, não faltar ao
trabalho, aumento na produção e nos
lucros. Nesse sentido, a PNAISH ganha
grande importância, além de social,
econômica. Pois, voltam o olhar para
uma parcela da sociedade, os homens,
com significativo papel na produtividade
econômica do país. Contudo, faz-se
necessário o entendimento sobre o que é
ter saúde na era da globalização e de
que saúde os homens precisam. Para
tanto, a seguir destaca-se o atual
paradigma da saúde no contexto
globalizado (BRASIL, 2009).
O surgimento da política de
atenção ao homem
Em março de 2008, foi criada na
área do departamento de ações
programáticas estratégicas da secretaria
de atenção à saúde, a área técnica de
saúde do homem. No departamento, os
“homens” então passam a ter um lugar
ao lado de outros sujeitos, focos mais
antigos de ações de saúde específicas:
Além das ´´mulheres``, “jovens`` e
´´adolescentes``, ´´idosos``, e ´´pessoas
com deficiência``, usuários de serviços
de saúde mental e indivíduos sob a
custódia do estado (CARRARA et al
2009).
Desse modo, com a campanha
nacional de esclarecimento da saúde do
homem, o Brasil se tornou “o segundo
país da América que tem um setor para a
saúde do homem”. Sabe-se através de
estudos, conforme silva et al (2013), que
as mulheres utilizam mais os serviços de
saúde, porque muitos homens procuram
mais por motivo de doença, enquanto as
mulheres procuram mais por rotina e
prevenção de doenças.
De acordo com Machin et al
(2011), essa baixa utilização dos serviços
de saúde pelos homens é devido a
dificuldade de procurar a assistência em
saúde em virtude de sua autopercepção
de necessidades de cuidados e pela
associação de que esta procura é uma
tarefa feminina.
Segundo Silva et al (2013), dados
do Ministério da Saúde (MS) mostram
que os homens só procuram o sistema
único de saúde (SUS) por meio da
atenção especializada, o que agrava a
morbidade pelo retardamento na atenção
e maior custo para o SUS.
De
acordo
com
Gomes,
Nascimento e Araújo (2007), os serviços
de
saúde,
muitas
vezes,
são
considerados incapazes de atender a
demanda apresentada pelos homens, por
causa da organização que não estimula
o acesso da população masculina aos
serviços de saúde e também das próprias
campanhas de saúde pública que quase
sempre não se voltam para este
segmento.
Observa-se
que
as
campanhas de saúde são mais voltadas
para as mulheres.
Nesse
contexto,
percebe-se
conforme Knauth et al (2012), em
entrevistas realizadas em seu estudo,
que algumas características de gênero
atribuídas aos homens são percebidas e
identificadas nas observações realizadas
nos serviços, como fatores que dificultam
tanto a busca dos serviços, quanto o
seguimento da população masculina,
dentre elas estão o machismo, o uso de
álcool cigarro e a violência. Muitos
homens afirmam que não adoecem,
porque são machos e que não precisam
de médicos, outros só procuram o
sistema de saúde quando está muito ruim
e percebe que precisa realmente de
ajuda.
Silva et al (2013), menciona que a
falta de atenção primária ao público
masculino obriga aos homens apenas a
perspectiva assistencial especializada,
pois o estado não aprecia e nem
relaciona os homens como alvo de
intervenções na lógica organizacional dos
serviços, quando se fala da Atenção
Primária à Saúde, e este fato coloca o
homem desprovido no campo das
políticas públicas de saúde, aspecto que
alguns autores consideram como uma
forma de invisibilidade dessa população.
O que acaba prejudicando o público
masculino, porque se houvesse mais
políticas voltadas para eles, talvez
procurassem mais o médico e assim
evitassem câncer de próstata, porque
muitos têm vergonha de irem ao médico,
por causa do exame, etc.
Conforme os estudos já citados no
artigo de knauth et al (2012),
profissionais de saúde associam a
adoção de práticas curativas aos homens
e adoção de práticas preventivas às
mulheres. Segundo Gomes et al., existe
no discurso dos profissionais de saúde, a
reprodução de uma marca cultural, que
divide e coloca em oposição o público
masculino do feminino.
Sabe-se, conforme o que foi
estudado, que os homens só chegam ao
serviço quando com intercorrências
graves ou quando se vê impossibilitado
de exercer seu papel de trabalhador. A
explicação para esse comportamento se
liga às exigências do modelo tradicional
de masculinidade (SIVA et al 2013).
Assim, ainda que tenha havido um
aumento progressivo de reflexões nos
âmbitos da promoção e prevenção da
saúde sob uma perspectiva de gênero, o
cuidar de si, no sentido da saúde, e
também o cuidado dos outros, continuam
ausentes do processo de socialização
dos homens e constituem referências
importantes de como os profissionais
enxergam os homens usuários de seus
serviços (GOMES 2011).
Como sugerido nas pesquisas de
Paschoalick et al (2006), o cenário atual
precisa ser modificado, é necessário
elaborar estratégias de políticas de saúde
e de ação dos profissionais da saúde,
que visam desenvolver a atenção integral
à saúde masculina, com a presença e
participação efetiva dos homens nos
serviços, o que significa reavaliar
maneiras e condutas de atenção e
atendimento que ainda se baseiam numa
masculinidade inalterada.
Os
homens
necessitam
ter
consciência de que portam necessidades
específicas de saúde e que precisam
superar estereótipos de gênero pelos
vários segmentos sociais. Quando se fala
em sexualidade nos grupos de idade
adulta, os estudos são escassos. Os
homens não gostam de procurar o
médico, de falar sobre ereção, porque
significa fracasso social e pessoal ou de
exames na próstata, a maioria se sentem
envergonhados (GOMES et al, 2007).
De acordo com Separavich e
Canesqui (2013), “o padrão corporal
valorizado na sociedade é do indivíduo
jovem, forte, musculoso, sempre pronto e
disponível sexualmente”. Vê-se aumentar
o número de jovens que utilizam drogas
vasoativas orais (Cialis, Viagra, Levitra)
para obter um desempenho sexual extrahumano e esteroide anabólico para
adquirir um corpo que se faz cada vez
mais inatingível, colocando em risco suas
vidas e saúde.
Nesse contexto, é válido resaltar
que o padrão corporal que predomina na
sociedade, é um conceito de "boa forma",
e isso prejudica o indivíduo, pois
independente da idade, ele se preocupa
é com a aparência física.
Os
gêneros
masculinos
e
femininos
demonstram
perspectivas
diferentes quanto ao autocuidado já que
as regras sociais as quais estão
submetidos ditam como os individuos
devem pensar e agir, e como as pessoas
de fato se comportam na vida real (MELO
2009).
Planejamento metodológico de
ação
O Plano Nacional para o triênio
2009-2011 viabilizou a implantação da
PNAISH em todas as Unidades
Federadas. Além de recursos financeiros,
o Plano disponibilizou a Matriz de
Planejamento que define nove eixos de
ação e que serviu de base aos
municípios para a criação de seus
próprios planos e na qual se destaca a
importância de: "aperfeiçoar os sistemas
de informação de forma a possibilitar um
melhor monitoramento para permitir
tomadas coerentes de decisão" além da
disponibilização
de
indicadores
fundamentais que permitiriam determinar
uma linha de base, o monitoramento das
ações e contribuir para os processos de
avaliação.
Os eixos que compõe a PNAISH,
para este triênio, foram: I – implantação
da PNAISH, II – promoção da saúde, III –
informação e comunicação, IV –
participação, relações institucionais e
controle social, V – implantação e
expansão do sistema de atenção ã saúde
do homem, VI – qualificação de
profissionais da saúde, VII – insumos,
equipamentos e recursos humanos, VIII –
sistemas de informação, e IX – avaliação
do projeto piloto (BRASIL, 2009).
A análise das ações iniciais da
implantação
da
PNAISH
permite
assinalar avanços e limites das ações
programadas. Sobretudo, este artigo
procura expor as estratégias e limitações,
destacados pelos municípios para
calcular os indicadores propostos pelo
programa
nacional
para
o
acompanhamento das ações e metas
previstas
nos
planos
municipais
referentes à promoção da Saúde e
implantação e expansão do Sistema de
Atenção à Saúde do Homem, do qual o
principal indicativo é a proporção de
homens de 20 a 59 anos de idade
atendidos pelos serviços de saúde
(MOURA et al 2012).
Discussão
Na revisão de literatura foram
identificados vinte e cinco artigos dos
quais foram selecionados dezenove que
responderam ao objetivo deste estudo,
juntamente com o documento ´´Política
Nacional de Atenção à Saúde do
Homem``( princípios e diretrizes ), e o
plano de ação nacional (2009-2011),
ambos do Ministério da Saúde. Sendo
assim, realizou-se uma leitura cuidadosa
do material selecionado para extrair
conceitos abordados do interesse dos
autores, de acordo com o objeto de
estudo, comparando-os e agrupando-os
sob a forma de categorias empíricas para
análise dos dados coletados.
De acordo com knauth et al
(2012), as principais queixas de saúde
dos homens, de acordo com os
profissionais, estão relacionadas a
sintomas agudos percebidos e que
dificultam as atividades de trabalho,
doenças cardiovasculares, hipertensão e
diabetes e questões da ordem da
sexualidade. Nos estudos pesquisados,
destaca-se a uma maior procura ou
participação
dos
homens
nas
atividades/ações voltadas às suas
demandas
específicas
(aquelas
relacionadas a problemas urológicos).
Vários estudos comprovam que os
homens, em geral, perdem a vida nas
condições mais severas e crônicas de
saúde do que as mulheres e também
padecem mais do que elas pelas
principais causas de morte. No entanto,
embora as taxas masculinas assumirem
um peso significativo nos perfis de
morbimortalidade, observa-se que a
presença de homens nos serviços de
atenção primária à saúde é menor do que
a das mulheres (BRASIL, 2009).
Vários estudos mostram que os
homens procuram bem menos os
serviços de saúde no geral, se
comparados com as mulheres, e que,
apesar da expectativa de vida do homem
estar em uma crescente, ainda é cerca
de sete anos menor do que a da mulher,
fica visível que o homem não cede na
busca pelos serviços de saúde a partir de
tabus e cultura pregressa e fixada há
séculos. Essa visão de invulnerabilidade
pode custar-lhes a vida.
Fonte: Ministério da Saúde.(Gráfico Adaptado) Acessado em
outubro de 2014.
A baixa procura por medidas
preventivas de saúde, contribui para o
aumento do risco dos indivíduos do sexo
masculino ao aparecimento de doenças.
Por isso, é preciso incentivar medidas de
prevenção das doenças e o seu
diagnóstico precoce.
O número de óbitos masculinos é
muito grande, Por isso, foi criada a
PNAISH para que assim, os homens
sejam orientados e procurem o sistema
de saúde para prevenir doenças. A
PNAISH destaca, que 80% das
internações masculinas no SUS são
motivadas pelas causas externas, com
preponderância na faixa etária dos 20
aos 29 anos. E em 2007, 39,8% das
internações foram de homens, e dessas
48% ocorreram na faixa populacional dos
15 aos 59 anos. Sendo os acidentes de
trânsito as causas de maior magnitude,
(BRASIL, 2009). O gráfico abaixo mostra
os números de óbitos masculinos e
femininos
relacionados
a
causas
externas.
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre
Mortalidade – SIM. Acessado em outubro de 2014.
Outras informações reveladoras
sobre a saúde dos homens, é que estes
são mais vulneráveis à violência, são os
maiores
consumidores,
e
consequentemente os mais dependentes
do álcool, cigarro e drogas, de uma
maneira geral. O maior contingente de
pessoas
com
alguma
deficiência
adquirida, como a deficiência intelectual,
auditiva e física, são de homens,
geralmente adquirida com a atividade
laboral (BRASIL, 2009a).
Conforme Knauth et al (2012), a
associação entre saúde do homem e
próstata é uma das críticas mais
levantadas por vários entrevistados à
implantação da PNAISH, porque muitos
homens têm receio de ir à consulta, por
vergonha. Sendo assim, a saúde do
homem acaba sendo reduzida à saúde
urológica devido ao câncer prostático, em
detrimento de outros problemas que
prejudicam a saúde e a qualidade de vida
dos homens.
Nesse contexto, Silva et al (2012),
em seus estudos relatam que os
enfermeiros percebem o atendimento a
saúde da população masculina, as
dificuldades para implementar o PNAISH.
De acordo com os enfermeiros não existe
infraestrutura adequada para atender as
necessidades de gênero masculino, o
que provoca a baixa procura dos homens
pelos serviços de atenção primária. O
artigo de Silva et al também relata que os
homens têm dificuldades em reconhecer
suas
necessidades,
pois
alguns
acreditam que não adoecem.
Neste contexto, Carrara et al
(2009) comenta que se trata de uma
ação
educativa
"dissipando
o
pensamento mágico que os desorienta e
que os torna presa de seus próprios
preconceitos". A eficácia da política
implica desta forma, no nascimento de
um novo homem, que se preocupe com o
corpo, com a saúde antes de adoecer.
De acordo com Fontes et al
(2011), um grupo de estudos e pesquisas
da Universidade da Paraíba durante a
primeira Semana Estadual de Atenção á
Saúde do Homem”, que foi realizada no
Centro de Ciências da Saúde teve o
intuito de contribuir com a PNAISH, este
evento aconteceu durante cinco dias e
conforme relatos de alguns homens, nem
sabiam que existia uma política voltada
para eles, também aprenderam sobre
autocuidado. Pode-se afirmar que essa
clientela
apresenta
déficits
de
autocuidado, que têm resultados nas
ocorrências de altos índices de
morbidade e mortalidade, exigindo ações
concretas e eficazes com vistas à sua
inclusão nos serviços.
De acordo com os trabalhos de
Couto e Pinheiro (2010), relatam que
para que haja modificação no cenário
atual, é preciso enfocar estratégias
pontuais de políticas de saúde e de ação
dos profissionais da saúde, visando
ampliar a atenção integral à saúde
masculina,
com
a
presença
e
participação efetiva dos homens nos
serviços. Por isso, e importante, rever
maneiras e posturas de atenção e
atendimento que ainda se baseiam numa
masculinidade estereotipada
ainda
despertar nos homens a consciência de
que portam necessidades específicas de
saúde
e
que
precisam
superar
estereótipos de gênero pelos vários
segmentos sociais.
Knauth et al (2012) chamam a
atenção para que antes de excluir o
universo masculino do "cuidado" faz-se
necessário pensar as formas de
representação,
incluindo
o
seu
significado
para
os
homens,
provavelmente
variável
entre
os
diferentes segmentos sociais.
Neste contexto, Toneli et al (2010)
sugeriram a coleta de informações junto
a setores masculinos urbanos, que
cuidam da saúde e do corpo, já que os
homens se preocupam respectivamente,
com exercícios físicos e só procuram o
médico em situações extremas.
Portanto, as pesquisas mostram
por parte dos homens invulnerabilidade,
baixo autocuidado e baixa adesão às
práticas de saúde.
Considerações finais
E muito importante frisar, que um
bom atendimento deve ser ofertado a
toda sociedade, independentemente de
idade, sexo, raça e religião, e se isso
ocorresse não seria preciso a elaboração
de programas e políticas direcionadas a
mulheres, crianças, homens e idosos.
Portanto, a PNAISH tem como finalidade
direcionar os homens na busca dos
serviços de saúde, pois como foram
observados nos artigos pesquisados os
homens não se preocupam muito com a
saúde e alguns nem sabem que existem
políticas voltadas para eles que
precisam ter um cuidado maior, pois só
procuram o médico quando estão se
sentindo muito mal e muitas vezes, isso
acaba provocando óbitos devido a falta
de atendimento precoce.
O número de óbitos masculinos no
Brasil é muito grande, devido a
acidentes, crimes, doenças etc. No caso
de doenças, os homens precisam se
preocupar mais com a saúde e deixar o
machismo de lado.
Sugere-se
que
haja
mais
pesquisas voltadas para a atenção aos
homens
para
assim,
possibilitar
melhorias que expressam as percepções
deles sobre as questões de saúde e
também
favoreçam
momentos
de
reflexão que auxiliem nas mudanças
desse tipo de assistência.
Quanto à infraestrutura dos
serviços de saúde, é necessária a
elaboração de estratégias, campanhas
de mobilização, pois assim, os homens
pensarão mais em cuidar da saúde e
evitará muitas doenças e até mortes.
Agradecimentos:
Heliab Heber :
Quero agradecer, em primeiro
lugar, a Deus, pela força e coragem
durante toda esta longa caminhada.
Agradeço também a faculdade e a
todos
os
professores
que
me
acompanharam durante a graduação, em
especial a Coordenadora e Professora
Judith Trevisan pelo convívio, apoio,
compreensão e pela amizade, ao Prof.
Elias Azevedo, pela paciência na
orientação que tornou possível a
realização deste trabalho.
Agradeço também aos amigos e
colegas em especial a Elciane Gonçalves
e a Jucielen Silva, pelo incentivo e pelo
apoio constante.
Agradeço a todos que direta e
indiretamente
contribuíram
nesta
caminhada.
Dedico esta, bem como todas as
minha demais conquistas, aos meus
amados pais (Geraldo e Marta- Que falta
vocês me fazem!!! ), minhas irmãs
(Namíbia e Nabia), Meus avós (Iraci e
Cizinho).
E o que dizer a vocês: Josy,
Hellen e Hellom?
Obrigado pela paciência, pelo
incentivo, pela força e principalmente
pelo carinho. Valeu a pena toda luta, todo
sofrimento, todas as renuncias... Valeu a
pena. Agradeço e dedico a vocês que
são minhas inspirações. A vitória é nossa
em nome de Jesus!!
Elciane Gonçalves:
Um dia sonhei, corri atrás, vieram
as dificuldades, mas o senhor me
mostrou que: “Tudo posso naquele que
me fortalece” (fp 4:13). Tomei posse da
palavra e aqui estou muito feliz
realizando esse sonho.
Fim da graduação e início de uma
nova jornada como profissional. Seria
impossível citar nomes de todos, então
agradeço primeiramente a deus, o autor
da minha vida pois sem ele eu nada sou.
Agradeço a esta instituição de
ensino e aos mestres que ao longo
desses 5 anos me ensinou e me deu
suporte necessário para estar concluindo
essa graduação o meu muito obrigado ao
meu mestre Elias Azevedo pela paciência
e instrução,aos meus pais Juracy e
Helcior pelo carinho, ao meu querido
esposo Ricardo pelo companheirismo e
incentivo, a minha filha Lara que é minha
inspiração a prosseguir ,também aos
meus irmãos: Elcio Jardel, Ana Paula e
Ediane, obrigada pela torcida. Aos meus
pastores Fabiano Lago e Beatriz,
obrigada pelas orações e por serem
exemplos de superação e fé .
Agradeço toda minha família e aos
meus queridos amigos que sempre
torceram pelo meu sucesso; Em especial
meus amigos Jucielen e Heliab pelo
companheirismo e por se tornarem
pessoas muito queridas. Enfim o meu
muito obrigado a todos que direta ou
indiretamente contribuíram para o meu
sucesso. Valeu a pena. Agora sou
enfermeira!
REFERÊNCIAS
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