DISCALCULIA
Autor(a): Angela de Souza Lira
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Introdução
Os trabalhos de PIAGET (1919), sobre a noção da construção do número contribuiram para
os processos do pensamento matemático da criança O desenvolvimento dos conceitos numéricos
começa, mais ou menos, com um ano de idade com a manipulação dos objetos, sendo esse um prérequisito para a contagem. Logo, a linguagem possui aspectos internos, receptivos e expressivos.
Aspectos internos desenvolvem quando a criança assimila e integra as experiências não verbais (tudo
o que a criança vê, toca e pega). Aspectos receptivos, a criança aprende a associar os símbolos às
experiências. Aspectos expressivos, quando expressa as ideias de quantidade, espaço e ordem,
visando a linguagem matemática. A criança só adquire a noção de números quando ela atingir sua
maturidade neurológica para tal. Segundo estudos de GESTSMANN (1924), a discalculia foi
associada à um tipo específico de distúrbio neurológico, chamado Síndrome de Gestsmann, que
inclui agnosia digital (não consegue fazer reconhecimentos através do tato); desorientação de direita
e esquerda; agrafia (não escreve) e um transtorno na função do cálculo. BERGER (1926), classificou
a discalculia em primária e secundária. Primária (com lesão: acalculia), não tem relação com
alterações de linguagem ou raciocínio, mas trata-se de um transtorno específico e exclusivo do
cálculo e unido à uma lesão cerebral (acalculia). Secundária (sem lesão) é mais frequente e ocorre
associada a outros transtornos, como: dificuldade de linguagem; desorientação espaço-temporal;
Baixa capacidade de raciocínio; Manifesta-se em uma utilização incorreta dos símbolos e má
realização das operações, sem apresentar lesão neurológica. A partir de Luria (dec. de 60), se
começou a estudar de forma mais sistemática a acalculia. Estudos dos processos cognitivos mentais
envolvidos nas operações matemáticas dizem que a realização de uma operação matemática se inicia
com o reconhecimento numérico o qual depende de um processamento verbal e de um
reconhecimento perceptual. A realização de operações matemáticas exige uma discriminação
visoespacial para organizar os números em colunas, dispor os espaços adequadamente entre os
números e iniciar a operação da direita para a esquerda. As memórias em curto prazo associadas a
uma capacidade atencional exercem um papel fundamental no desempenho matemático. Tem-se
observado que os mecanismos neurais centrais implicados no reconhecimento dos números parecem
ser diferentes dos que participam na solução de problemas matemáticos, já que tais mecanismos
podem se alterar diferentemente em casos de dano cerebral focal: um paciente pode apresentar
dificuldade no reconhecimento de números com conservação da habilidade para realizar operações
matemáticas. Segundo a CID 10 (1993), Algumas crianças têm problemas sociais, emocionais e de
comportamento associados, mas pouco se sabe sobre suas características ou frequência. Os estudos
sobre a discalculia vêm demonstrando que a mesma não afeta o raciocínio lógico. O déficit diz
respeito ao domínio de habilidades computacionais básicas de adição, subtração, multiplicação e
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divisão (ao invés de habilidades matemáticas mais abstratas envolvidas em álgebra, trigonometria,
geometria ou cálculo) A matemática possui uma linguagem com uma simbologia própria que para
compreender sua estrutura faz-se necessário que as dificuldades de leitura e escrita sejam superadas
antes de resolver questões matemáticas. O objetivo deste artigo é discutir o diagnóstico da discalculia
do ponto de vista neuropsicológico.
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Referencial teórico
Segundo RELVAS (2011), Discalculia é a dificuldade parcial de operar
matemáticamente que atinge 6% da população mundial, a mesma é reconhecida pela OMS como
dificuldade matemática. Ao passo que, Acauculia – é a perda total da capacidade de operar
matemáticamente. A discalculia está relacionada a baixa capacidade para manejar números e
conceitos matemáticos não é originada por lesões ou outra causa orgânica. Podem ser detectadas
nos primeiros anos de vida, utilizando-se de instrumentos de avaliação do desenvolvimento
neurológico, como o exame evolutivo dos três aos sete anos de idade e o exame das funções
cerebrais superiores a partir dos oito anos de idade. Esse conjunto de testes permite detectar
distúrbios da atenção, da memória, das gnosias, das praxias, da linguagem oral e escrita. . Segundo
PENNIGTON (1991), a síndrome hemisférica direita provoca sintomas de discalculia e disgrafia
(região posterior do hemisfério direito), assim como altrações de conduta, cuja a expressão mais
grave entra no espectro do autismo (sistema límbico, região orbitofrontal). Pesquisas feitas por
estudiosos de matemática mostraram aumento da atividade de EEG no hemisfério direito durante
o processo de cálculo algorítmico. Há alguma evidência de déficits direitos do hemisfério na
discalculia. Aponta Sartor (2010), a discalculia foi associada com as lesões ao supramarginal e os
giros angulares na junção entre os lóbulos temporal e parietal do córtex cerebral. Os transtornos
das áreas específicas do SNC que se relacionam ao esquema corporal, de espaço e de tempo são as
bases anatomopatológicas das alterações percepto-motoras ou dispractognósicas que levam aos
quadros de discalculia, dislexia e disgrafia. No processo neuropsicológico do ato de aprender ( o
aprendizado é a capacidade receber estímulos, estabelecer conexões com cada uma das suas
características, guardar a informação na forma de memória e reutilizá-la na hora de interpretar ou
decodificar uma nova informação recebida.), são fundamentais a atenção, a memória e as funções
executivas, bem como os distúrbios atencionais e das e das funções corticais de percepção,
planejamento, organização e inibição comportamental. Entretanto, a memória é essencial em todos
os processos de aprendizagem, e seus distúbios não permitem reter as informações. Diversas
habilidades podem estar prejudicadas pelo transtorno, como: habilidades linguísticas
(compreensão e nomeação de termos, operações ou conceitos matemáticos, e transposição de
problemas escritos em símbolos matemáticas); perceptuais (reconhecimento de símbolos
numéricos ou aritméticos, ou agrupamento de objetos em conjuntos); de atenção (copiar números
ou cifras, observar sinais de operação); e matemáticas (dar sequencia a etapas matemáticas,
contar objetos e aprender tabuadas de multiplicação). Tipos de Discalculia: Segundo os
pesquisadores Johnson e Myklebust (1983), que baseiam seus estudos em uma classificação com
seis tipos de discalculia elaborada por um pesquisador citado por Kosc que classificou a
discalculia em seis subtipos: Discalculia Verbal – dificuldade para nomear as quantidades
matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as relações; Discalculia Practognóstica –
dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens matemática;
Discalculia Léxica – dificuldades na leitura de símbolos matemáticos; Discalculia Gráfica –
dificuldades na escrita de símbolos matemáticos; Discalculia Ideognóstica – dificuldades em
fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos; e Discalculia Operacional
– dificuldades na execução de operações e cálculos numéricos. Sintomas: falhas em entender os
conceitos subjacentes a certas operações aritméticas; dificuldade em realizar manipulações
aritméticas padronizadas; dificuldade em entender quais números são relevantes ao problema
aritmético em consideração; dificuldade em alinhar números apropriadamente ou inserir pontos
decimais ou símbolos durante os cálculos; organização espacial precária para cálculos aritméticos
e incapacidade de aprender satisfatoriamente a tabuada. Dificuldade de reconhecer números;
dificuldade de reconhecer sinais +, -, x ...; dificuldade de diferenciar entre esquerda e direita;
dificuldade de identificar entre maior e menor; dificuldade em contar em sequência; dificuldade de
direção como norte, sul, leste e oeste; dificuldade com o tempo conceitual; dificuldade em realizar
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cálculos. Causas: pode ser causada por causas Neurologias (imaturidade), Lingüística (a
compreensão matemática só é possível mediante a integração da linguagem, o discalcúlico
apresenta deficiente elaboração do pensamento devido às dificuldades no processo de
interiorização da linguagem, Psicológica (o emocional interfere no controle de determinadas
funções como memória, atenção e percepção). e Genética (existem explicações, mas não
comprovação, da determinação do “gen” responsável por transmitir a herança dos transtornos de
cálculo. Há significativos registros de antecedentes familiares de discalcúlicos que também
apresentam dificuldades em matemática.). O desenvolvimento neurológico implica na maturação
progressiva através das modificações do sistema nervoso e se caracteriza pelas diferentes funções,
que vão se estabelecendo ordenada, progressiva e cronologicamente. Cada nível etário de
maturação permite desenvolver novas funções (percepção, espaçotemporal, lateralidade, ritmo
etc), através de experiências que produzam estímulos adequados. São observados, a seguir, três
graus de imaturidade: Leve – em que o discalcúlico reage favoravelmente à intervenção
terapêutica; Médio – configura o quadro da maioria dos que apresentam dificuldades específicas
em matemática; e Limite – ocorre quando há lesão neurológica, gerada por diversos
traumatismos, provocando um déficit intelectual. DISCALCULIA E DISLEXIA, pessoas
disléxicas, com freqüência, são bem dotadas em matemática. Elas têm habilidades de visualização
em três dimensões, que as ajudam a assimilar conceitos mais clara e rapidamente que pessoas nãodisléxicas. No entanto, a discalculia, como a dislexia, possui aspectos relevantes que a caracteriza,
por exemplo, pela falta de memória temporária, deficiência na leitura e escrita e a inversão de
caracteres ligados aos símbolos da matemática. Assim, os portadores de discalculia têm
dificuldades em ler e escrever (interpretar) os grafemas usados como indicadores de significados
para representar a necessidade de operações. Os sujeitos não decodificam os símbolos e, portanto,
não operam, ou não realizam atividades com eles. Diagnóstico: deve ser feito por psicólogo,
neuropsicologo e neurologista. É necessário fazer um diagnóstico multidisciplinar para
identificar o tipo de discalculia e analisar a situação do aluno com dificuldade dentro do contexto
de escola e de sala de aula, com a finalidade de proporcionar aos professores orientações e
instrumentos que permitam modificar o conflito manifestado. Instrumentos e estratégias que
ajudam muito em crianças discalculicas e/ou dislexas, professor durante as aulas e avaliações
pode: estimular a inteligência lógico matemática através de jogos com a utilização de matérias de
fácil aquisição (garrafas pets, madeira, fitas, jogos, quebra-cabeça etc). A aplicação destes jogos é
uma pequena parte da observação das dificuldades de uma criança discalcúlica. Eles podem trazer
algumas bases para maiores estudos e um possível início de diagnóstico. Já que a coordenação
manual parece ser a forma como o cérebro busca materializar e operacionalizar os símbolos
matemáticos. A criança que manuseia os objetos, classificando-os em conjuntos, que abotoa sua
roupa e percebe simetria, que amarra seu sapato e descobre os percursos do cadarço, mas também
a que “arruma“ sua mesa ou sua mochila está construindo relações, ainda que não seja a mesma
lógica que “faz sentido ao adulto”. Para jogos voltados para essa inteligência, propomos como
linhas de estimulação: jogos para fixar a conceituação simbólica das relações numéricas e
geométricas e que, portanto, abrem para o cérebro as percepções do “grande” e do “pequeno”, do
“fino” e do “grosso”, do “largo” e do “estreito”,o “alto” e do “baixo”. Tratamento: deve ser feito
por profissionais especializados, neuropsicologo e neurologista (nos casos mais graves), através de
reabilitação neuropsicológica e segundo VALLE (2004), jogos e atividades que estimulam o
raciocínio lógico como: quebra-cabeça, dominô, cartas, banco imobiliário, cabra-cega, blocos de
construção, boliche, entre outros. É importante conscientizar o discalculico sobre a importância da
matemática na sua vida. Utilizar técnicas como reforço positivo valorizando seu progresso nos
jogos matemáticos, fazer uso da repetição é muito importante, etc. Prognóstico: esse transtorno
não tem cura. Mas, apresenta uma melhora significativa quando diagnosticado e tratado desde a
infância, por isso, um olhar mais atento dos pais e dos professores pode ser capaz de identificar o
mais cedo possível, contribuindo para melhorar o quadro clinico.
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Metodologia
Neste artigo utilizamos dados da pesquisa realizada na cidade do Recife, nos bairros de
boa viagem e afogados durante 08 meses com um pesquisador para aplicação dos questionários e
entrevista, em gráfico para melhor visualização e compreensão dos resultados com a mesma.
Tendo por base leitura de vários autores que tratam do tema em estudo; 2ª etapa: elaboração dos
questionários com 35 perguntas, nas quais foram feitos vários questionamentos em relação as suas
dificuldades escolares e perguntas que avaliavam as habilidades cognitivas do aluno, uma a uma,
com a finalidade de obter um perfil da inteligência do aluno, e através do mesmo diagnosticar e
verificar suas inabilidades cognitivas, 3ª etapa: coleta de dados: o estudo foi realizado com alunos
evadidos do ensino fundamental e do ensino médio, nos bairros de boa viagem e afogados, foram
aplicados 26 questionários com a finalidade de avaliar sintomas de dislexia e o motivo da evasão
escolar, dos mesmos, e se o seu desinteresse, em retornar para a escola, está associado as suas
habilidades cognitivas.Vale salientar que as perguntas de nº 03, 04, 05, 13, 16, 18, 20, 21, 22, 23
são específicas para avaliar sintomas de discalculia.
Resultado
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O gráfico-1 deixa bem claro os sintomas e sinais dos transtornos de aprendizagem (dislexia,
discalculia). nas questões de nº 03, 04, 05, 13, 16, 18, 20, 21, 22, 23 os alunos responderam
perguntas a cerca de suas dificuldades para ler, compreender, entender, interpretar o enunciado de
um problema de matemática e escrever um texto. Confirmando a hipótese de que pessoas
disléxicas, com frequência, são bem dotadas em matemática. Elas têm habilidades de visualização
em três dimensões, que as ajudam a assimilar conceitos mais clara e rapidamente que pessoas nãodisléxicas. Segundo especialistas, a discalculia atinge 6% da população mundial. Segundo
SARTOR (2010), a discalculia não tem cura (em razão da síndrome hemisférica direita, que afeta
a região posterior do hemisfério direito, no cérebro, durante o processo da leitura e do cálculo),
assim como, a asocição com as lesões ao supramarginal e os giros angulares na junção entre os
lóbulos temporal e parietal do córtex cerebral, logo o discalculico vai apresentar seus sintomas,
com maior ou menor intensidade, durante toda vida; os fatores emocionais interferem para o
agravamento dos sintomas, o meio familiar pode interferir de maneira favorável ou não ao
desenvolvimento das estruturas objetivas e subjetivas presentes no processo de aprendizagem.
Segundo Valle (2004), os programas de intervenção devem ser o mais integrativos possível,
unindo trabalhos terapêuticos de neurologistas, neuropsicólogo, pedagogo e psicopedagogo, com
atuação escolar eficiente e uma vivência com práticas de jogos matemáticos em casa, realizando
desta forma, o trabalho com família-criança-profissionais competentes-escola, para uma melhor
recuperação e adaptação da criança em ambiente social e escolar. Do ponto de vista psicológico,
elegemos como teste central para detecção da disfunção perceptiva a reprodução, em cópia e em
memória, da Figura Complexa de Rey. Quando se torna necessário considerar a hipótese de uma
deterioração mental ou simplesmente confirmar os dados da F.C.Rey, utilizamos o Teste de
Atenção Concentrada e o Teste de Retenção Visual de Benton. Este teste permite avaliar a
diminuição ou deterioração das funções cognitivas. Trata-se de testes pontuáveis e ao mesmo
tempo qualitativos que nos permitem avaliar com grande precisão o grau de disfunção dos
indivíduos testados. Podemos fazer um diagnóstico precoce de uma criança potencialmente
discalculica a partir do Jardim de Infância. Aponta Gomez (2006), com a ajuda dos profissionais e
adaptações na escola, o aluno pode conseguir o apoio que vai precisar até aprender a lidar com o
esse transtorno que pode comprometer seriamente a sua vida escolar. Conforme o aprendizado for
ocorrendo, terá condições de ser inserido, futuramente, no mercado de trabalho. O aluno especial
deve ter uma atenção diferenciada, considerando suas dificuldades. Direito adquirido através da
lei- Lei 4.095/ 2008. Para tal, o professor precisa ser atendido nas suas necessidade, ser orientado,
preparado, receber todo instrumental para trabalhar com a criança especial.
Considerações Finais
Neste artigo discutimos a causa, os problemas e as possíveis soluções para a discalculia do
ponto de vista da avaliação neuropsicológica no sistema educacional. Enfocando a avaliação
multidisciplinar contribuindo para a reabilitação e inclusão desses alunos no sistema educacional.
A causa e os sintomas da discalculia, decorrentes das funções neuropsicológicas são obstáculos
que a escola e os profissionais da educação enfrentam no seu desempenho profissional. A
discalculia tem um impacto negativo na saúde das crianças, podendo apresentar sintomas de
depressão por desacreditarem na sua capacidade para aprender. A intervenção depende do tipo de
avaliação realizado na escola, da avaliação multidisciplinar e da metodologia aplicada,
contribuindo para a reabilitação e o bom desempenho dos alunos. O importante é o professor saber
lidar com essa dificuldade, propondo jogos, atividades e lições que desenvolvam as habilidades
para cálculo sem pressionar o aluno, sem fazê-lo sentir-se diferente. Uma avaliação precoce e o
acompanhamento neuropsicológico adequado possibilitam uma série de vantagens para os
portadores deste distúrbio, pois sem o mesmo podem ter o seu desenvolvimento global escolar
comprometido, além de poderem tornar-se inseguros e com baixa autoestima. Poucos são os
estudos específicos sobre discalculia, pesquisas mais aprofundadas sobre o assunto, trará grandes
benefícios aos professores, às escolas e ao aluno pelos resultados que terá em seu aprendizado.
Referências
GOMEZ, Jacqueline Abrisqueta; SANTOS, Flavia Heloísa. Reabilitação Neuropsicologica: Da
Teoria à Prática. São Paulo: Artes Médicas, 2006. 293 p.
VALLE, Luiza Helena; CAPOVÍLLA, Fernando César. Neuropsicologia & Aprendizagem. São
Paulo:Tecmedd, 2004. 715 p
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