JORNAL DO SINTÁXI - Dezembro de 2012 - www.sintaxi.com.br 6 - SINDICAL Taxistas relatam temor com relação ao futuro do sistema de táxi O s taxistas participaram de duas reuniões com os integrantes do Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu), nos dias 20 e 27 do mês passado, no Auditório da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), onde puderam expor suas ideias e apreensões com relação ao anteprojeto, elaborado pelo executivo municipal, que cria nova legislação sobre o sistema de táxi da capital gaúcha. O segundo encontro contou com a presença do assessor jurídico da EPTC, Renato Pereira de Oliveira, que esclareceu os pontos polêmicos do anteprojeto. Os taxistas estão preo- cupados com o futuro do sistema, especialmente com relação à sucessão hereditária. Pelo texto do anteprojeto o taxista poderá transferir a permissão ao herdeiro que terá o tempo máximo de 20 anos para explorá-la, depois será devolvida ao poder público municipal. Os taxistas não concordam e alegam que investiram o patrimônio familiar na aquisição da permissão, além de comprar o carro e cumprir com as exigências impostas pela EPTC para circular pelas ruas da capital. Embora seja uma concessão pública, o sistema é explorado pela iniciativa privada que precisa arcar Taxistas participaram de encontro com os representantes do Comtu no Auditório da EPTC Fotos Tomás Sá Pereira/SP Comunicação com todo o investimento para se adequar às exigências determinadas pela EPTC, por isso precisa gerar lucro, caso contrário quebra, como qualquer empresa. Os taxistas citam exemplos de diferentes segmentos comerciais que operam por concessão pública e Adão Campos, do Sintáxi Celso Rovani, da Rodoviária Sandra Pinto, da Cootaero Paulo Oliveira, do Bourbon Country são comercializados sem nenhum problema jurídico, é o caso das emissoras de rádio e TV, empresas transportadoras de passageiros (terrestres e aéreas), entre outros. Os profissionais do volante acreditam que as grandes empresas não sofrem o rigor da lei, enquanto que os taxistas, por não terem influência e poder político, estão sendo usados como “bode expiatório”, para justificar à sociedade e à imprensa. O certo é que se o texto do anteprojeto não for alterado, muitos taxistas buscarão guarida no poder judiciário.