Anais do VIII Seminário de Iniciação Científica e V Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
10 a 12 de novembro de 2010
Licenciatura em Educação do Campo e sua relação com os
Movimentos Sociais: uma possibilidade de avaliação no
município de Formosa.
Aluno: Paulo Rodrigo Alves dos Reis
Orientador: Arlete de Freitas Botelho
Universidade Estadual de Goiás – Unidade Universitária de Formosa
CEP: 73807.250 – Brasil
[email protected]
[email protected]
Palavras-chave: Fórum, espaço de atuação, ambientes formativos.
Introdução
A Universidade de Brasília (UnB) oferece o curso de Licenciatura do
em Educação do Campo - LEdoC, tendo sua 1ª turma ingressantes no ano de
2007, a 2ª turma em 2008 e 3ª turma no ano de 2009. Caldart (2007) define
Educação do Campo:
Trata-se de um conceito novo e em construção na
última década. Portanto um conceito próprio do
nosso tempo histórico e que somente pode ser
compreendido/discutido no contexto de seu
surgimento: a sociedade brasileira atual e a dinâmica
específica que envolve os sujeitos sociais do campo.
Os alunos da segunda e terceira turmas na sua grande maioria
moram em assentamentos rurais do município de Formosa-GO. Alguns destes
alunos também participam de mobilizações em defesa de suas comunidades
como forma de reivindicar direitos dos assentados.
Assim, a cidade de Formosa viveu no dia 22 de dezembro de 2009,
um momento histórico. Houve uma passeata que contou com a presença de
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várias pessoas pertencentes a diferentes assentamentos, cooperativas,
associações, ligadas ou não aos movimentos sociais como Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Liga Camponesa do Planalto Central
(LCPC), alunos da Licenciatura do Campo, entre outras entidades.
Esse dia se tornou um marco para organização dos agricultores
familiares e pequenos produtores do município, pelo fato das pessoas
presentes terem
constituído
um
movimento
denominado
“Fórum
dos
Agricultores Familiares e Pequenos Produtores Rurais de Formosa-Go”, que
tem como proposta instituir um espaço que busca defender os diretos do
Agricultor Familiar e o Pequeno Produtor, constituindo um espaço de atuação
para os licenciandos de Educação do Campo participarem.
O presente trabalho tem dois objetivos centrais. Primeiro: relatar
percepções sobre as distintas organizações do campo de Formosa-GO e como
elas podem contribuir para a formação dos licenciandos em Educação do
Campo (EdoC). Segundo: descrever as dificuldades que os licenciandos da
segunda turma estão encontrando ao propor a realização de atividades junto às
escolas de suas comunidades, fazendo em paralelo uma análise da
participação das organizações do campo em relação processo de gestão da
escolar.
Mecanismos que puderam proporcionar este trabalho
Para a Universidade de Brasília (UnB) oferece o curso de
Licenciatura do em Educação do Campo - LEdoC, tendo sua 1ª turma
ingressantes no ano de 2007, a 2ª turma em 2008 e 3ª turma no ano de 2009.
Caldart (2007) define Educação do Campo:
Trata-se de um conceito novo e em construção na
última década. Portanto um conceito próprio do
nosso tempo histórico e que somente pode ser
compreendido/discutido no contexto de seu
surgimento: a sociedade brasileira atual e a dinâmica
específica que envolve os sujeitos sociais do campo.
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Os alunos da segunda e terceira turmas na sua grande maioria
moram em assentamentos rurais do município de Formosa-GO. Alguns destes
alunos também participam de mobilizações em defesa de suas comunidades
como forma de reivindicar direitos dos assentados.
Assim, a cidade de Formosa viveu no dia 22 de dezembro de 2009,
um momento histórico. Houve uma passeata que contou com a presença de
várias pessoas pertencentes a diferentes assentamentos, cooperativas,
associações, ligadas ou não aos movimentos sociais como Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Liga Camponesa do Planalto Central
(LCPC), alunos da Licenciatura do Campo, entre outras entidades.
Esse dia se tornou um marco para organização dos agricultores
familiares e pequenos produtores do município, pelo fato das pessoas
presentes terem
constituído
um
movimento
denominado
“Fórum
dos
Agricultores Familiares e Pequenos Produtores Rurais de Formosa-Go”, que
tem como proposta instituir um espaço que busca defender os diretos do
Agricultor Familiar e o Pequeno Produtor, constituindo um espaço de atuação
para os licenciandos de Educação do Campo participarem.
O presente trabalho tem dois objetivos centrais. Primeiro: relatar
percepções sobre as distintas organizações do campo de Formosa-GO e como
elas podem contribuir para a formação dos licenciandos em Educação do
Campo (EdoC). Segundo: descrever as dificuldades que os licenciandos da
segunda turma estão encontrando ao propor a realização de atividades junto às
escolas de suas comunidades, fazendo em paralelo uma análise da
participação das organizações do campo em relação processo de gestão da
escolar.
realizar este trabalho foram utilizados basicamente três mecanismos:
O primeiro: presença na criação do Fórum dos Agricultores
Familiares e Pequenos Produtores Rurais de Formosa-Go e a partir daí, manter
um diálogo com várias lideranças ligadas a ele, pertencentes à zona rural
durante as reuniões do Fórum, o que possibilitou obter-se a percepção das
distintas organizações do campo no município de Formosa-Go.
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O segundo: a Universidade de Brasília tem uma parceria formal com
Universidade Estadual de Goiás (UEG), que assessora pedagogicamente
atividades dos alunos de Licenciatura do Campo da UnB. Nelas, docentes e
discentes da UEG UnU- Formosa se dirigem até os assentamentos onde a
maioria dos alunos da LEdoC residem. Desta forma, realiza-se um projeto de
extensão com o caráter dialógico além do desenvolvimento da pesquisa
proposta. Nesse projeto participam alunos do curso de Geografia, Matemática
e Pedagogia, professores dos cursos de Geografia, Pedagogia e Química, que
nos encontros com os alunos da Educação do Campo verificam por meio de
relatos
dos
próprios
licenciandos,
as
dificuldades
encontradas
ao
desenvolverem atividades junto às escolas de suas comunidades.
O terceiro: consiste em um levantamento de referencial teórico e
documentos que estabelecem acordos entre Ministério Nacional da Integração,
Prefeitura de Formosa e entidades representativas dos Agricultores Familiares
e Pequenos Produtores. Foram realizadas entrevistas junto ao Presidente da
Associação dos Produtores Assentados no Projeto de Assentamento
Virgilândia e coordenador da Liga Camponesa do Planalto Central, por meio
dos quais se puderam coletar dados a respeito da Licenciatura em Educação
do Campo, a escola do assentamento Virgilândia e o Movimento Social Liga
Camponesa do Planalto Central.
A junção desses três mecanismos tornou-se a base para a
realização deste trabalho ao possibilitar a análise dos fatos ocorridos no
município de Formosa-Go, comparando-os com o referencial teórico, além de
experiências já sistematizadas pelo Setor de Educação do MST ao longo de
sua existência.
Espaço de atuação dos licenciandos em Educação do Campo em
conjunto com Movimentos Sociais
Dentre os objetivos que permeavam as iniciativas do movimento,
uma passeata, foi fator importante para constituição do Fórum, ao
reivindicarem de forma urgente a recuperação das estradas, melhorias no
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atendimento da saúde, reforma dos prédios escolares da zona rural e a
devolução de tratores de seis assentamentos, que foram retirados por decisão
judicial.
Neste dia, foi levantada a questão sobre a necessidade da
construção de um espaço, no qual agregasse os distintos movimentos sociais
presentes e outros, para se discutir problemas da área rural, em coletivo,
buscar junto às autoridades competentes possíveis soluções.
Observou-se que as associações, cooperativas e movimentos
sociais pertencentes ao município de Formosa, que pouco dialogavam,
perceberam em ato emergencial, uma série de problemas que os afligiam de
maneira comum, e que só teriam mais forças unidos. O momento permitiu-lhes
perceber que em ações independentes, ou seja, separados, seria mais fácil
serem dominados, cooptados ou de ser negadas as suas reivindicações de
atendimento a programas de políticas públicas, que são de direito dos
assentamentos rurais.
O Fórum dos Agricultores Familiares e Pequenos Produtores Rurais
de Formosa-Go, dentre suas principais ações, busca constantemente conhecer
a realidade em que está inserido o agricultor familiar e o pequeno produtor,
para que sejam os protagonistas em denunciar os problemas e as melhores
soluções a serem adotadas.
Diante das literaturas que retratam as lutas dos movimentos sociais,
pode-se considerar o Fórum como um espaço de formação/atuação para os
graduandos em Educação do Campo, pois as suas áreas de atuação após
“graduados” se caracterizará por: docência, gestão escolar e organização da
comunidade. Trata-se de um espaço que proporciona dialogar com vários
movimentos, associações, cooperativas e outras entidades, gerando reflexões
sobre a melhor forma de atuação em ações coletivas.
(ANTUNES apud
MOLINA, 2008).
Em relação à realidade, a Licenciatura em Educação do Campo sem
dúvidas, contribui para realização desse tipo de atividade, oportunizando a
prática de um dos elementos primordiais da formação do graduando, que é a
análise diagnóstica da realidade com seus problemas (da formação histórica,
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das suas potencialidades produtivas e de como se organiza do povo no campo)
para intervir no cotidiano, buscando transformá-lo para que seja melhor
compreendido por todos.
Assim, o Fórum e a Educação do Campo criam um processo de
diálogo que envolve dimensões culturais, sociais, econômicas e políticas.
Observa-se que há uma construção que aglutina os princípios dos Movimentos
Sociais (MS) distintos no fórum, com a interação - educandos e educandas da
Educação do Campo, permitindo um ambiente que formula as teorias a partir
da realidade e das experiências já vividas (que são ensinadas pela academia).
Como não somente isso, formula também novos debates sobre a experiência
que está viva, porém, distante do institucional, que é a organização do povo
contra a opressão. Esses dois devem buscar em um ao outro, as melhores
formas de agir, tendo um diálogo intimo para se criar um ambiente que
possibilite a transformação contínua de ambos.
A realidade tem ou deveria ter uma mobilidade para transformação
no que se referem aos ambientes formativos. Considera-se o primeiro, de
senso comum, a escola1, cuja palavra aqui se refere de maneira lato a todos os
ambientes formativos institucionalizados pelo Estado e o segundo, os
diferentes ambientes que estão fora dessa escola supracitada como as igrejas,
os sindicatos, movimentos sociais, a luta pela transformação social e outros
que não são institucionalizados2.
Percebe-se que esses ambientes não são antinômicos, pois ambos
configuram o processo de formação do saber, que têm intersecções e
peculiaridades que devem contribuir para transformação um do outro. Uma
forma de esboçar para melhor compreender está nas questões: como aquilo
que se aprende na escola, ajuda na intervenção e transformação de ambientes
fora dela? E, por outro lado, como aquilo que se aprende fora da escola ajuda
na transformação da mesma?
No aspecto que há discussão de fato da transformação da realidade,
deve ocorrer constantemente um diálogo entre educadores e militantes de
1
2
A escola aqui deve ser interpretada como escola formal.
Refere-se à escola não-formal.
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movimentos sociais, para que não haja separação entre teoria e prática. Isso
constituirá um elemento regulador da qualidade da educação do campo, no
processo de construção da educação do e no campo, constituindo um
elemento democrático, de forma que essa população possa intervir na
educação que atenda melhor as necessidades do sujeito do campo.
Entende-se ainda que é preciso qualificar pessoas que possam
atuar, tanto na especificidade da educação do campo, quando na prática de
movimentos sociais, onde a pedagogia que busca a transformação deve está
refletida e acumulada nas vivências das práticas dos sujeitos de cada espaço.
Isto ocorre de acordo com (Coletivo Nacional de Educação do MST, 2004,
p.17):
[...] no entendimento de que precisamos quantificar e
qualificar as duas coisas: tanto nos preocupar com a
formação de educadores para atuação no conjunto das
tarefas do MST como para atuação específica nas
escolas [...].
Experiências adquiridas pelo MST no balanço de seus 25 de anos
de existência, ajudam a refletir a educação do campo e as práticas dos
movimentos sociais, onde o ideário do educador se constrói em conjunto com o
ideário da militância social. E à medida que a educação do e no campo se
torna uma bandeira de luta, mais se verifica a importância dela para a
permanência do indivíduo no campo, havendo assim, a necessidade da
melhoria da qualidade, assim como grau de acesso à educação. Portanto,
acredita-se em uma educação que seja feita e construída pedagogicamente na
prática e na inspiração de luta pelo fim da lógica que insiste em querer tratar o
campo com um local que está em seu fim. E, nesse caso, atuar contra essa
lógica no ato de se educar, constituirá algo que emerge de forças de emprego
de diferentes setores por ações coletivas de fazer uma sociedade justa e
humana.
Contradição: Licenciatura do Campo versus Educação do Campo
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Da forma como se organiza, a Matriz Curricular do curso em
Licenciatura em Educação do Campo (LEdoC) da UnB-Planaltina, apresenta o
componente estratégico de regime alternância entre o Tempo Escola e Tempo
Comunidade, sobre o qual os alunos respectivamente estão na universidade
apreendendo teorias e, em outro momento, têm a oportunidade de em suas
comunidades estarem vivenciado na prática as possibilidades de uso do que
fora apreendido, realizando uma interface ensino, pesquisa e extensão
(PPP/UnB, 2008). Considera-se, portanto, um mecanismo que os licenciandos
podem fazer uso para participarem de atividades nas suas comunidades,
escolas e movimentos sociais, podendo também trabalhar para garantirem sua
sobrevivência.
Por observação se pôde notar que alunos da segunda turma LEdoC
da (UnB) relataram no princípio sentirem dificuldades para o desenvolvimento
de atividades junto às escolas de suas comunidades. Durante esta pesquisa
houve a oportunidade de participação das discussões junto a Subsecretaria de
Ensino Estadual e a Secretaria de Ensino Municipal de Formosa, além de
direções das escolas do campo, com intuito de conscientização sobre a
finalidade da Licenciatura do Campo e avanços que ela trará para a escola do
campo.
Persiste uma indagação: porque escolas do campo apresentam
dificuldades
aos
Licenciandos
em
Educação
do
Campo
para
o
desenvolvimento das atividades propostas pelo curso, junto à escola? Vale
lembrar que a existência daquelas escolas dá-se principalmente por
reivindicação das associações e movimentos cujos próprios alunos da LEdoC
fazem parte.
Percebe-se que por um lado, dirigentes das escolas alegam que não
se teve um planejamento prévio que incluíssem as atividades dos
Licenciandos, não permitindo a flexibilidades para a adequação das
necessidades emergenciais. Relatos dos próprios professores e dirigentes
locais deixam transparecer que nada pode ser alterado sem prévio
“consentimento” das autoridades maiores da área da Educação. Tais atitudes
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demonstram a total falta de autonomia escolar que engessa suas atividades
conforme planejadas em um Projeto Político Pedagógico único. Assim, pode-se
inferir que essa escola do campo é ainda um apêndice da escola pensada na
cidade, para o meio urbano. Sem dúvidas não se trata de uma escola pensada
pelos sujeitos do campo, nem com os movimentos sociais do campo, e ainda
menos com os Licenciandos em Educação do Campo, que durante e depois de
sua formação viverão embates constantes para poderem realizar atividades
com forme a sua formação.
Por outro lado, nota-se um distanciamento das associações e
movimentos do campo no processo de desenvolvimento das escolas de suas
comunidades, no município de Formosa-GO. Isto ocorre pelo fato da maioria
dos gestores das escolas do campo serem pessoas da cidade sem vínculo com
a história dos sujeitos que a compõem..
Assim como os movimentos sociais no Fórum dos Agricultores
Familiares e Pequenos Produtores Rurais de Formosa-Go, o graduando da
LEdoC, nessa interação, contribuirá para manter um elo facilitador do processo
de discussão democrática construtiva da formação do espaço escolar.
Os movimentos lutaram a princípio para conseguir a escola básica
no campo, e a luta os mostrou que era necessário avançar para a busca do
Ensino Superior, o que hoje já se torna uma realidade.
Neste momento histórico, vem se consolidando um processo de
construção de uma educação que de fato possa atender aos ideais que levem
a uma transformação social. Assim o Fórum dos Agricultores Familiares e
Pequenos Produtores de Formosa-GO junto com os Licenciados da Educação
do Campo podem contribuir para emancipação das opressões que ainda
existentes.
Resultados Esperados
A realização deste trabalho tem o anseio de provocar uma reflexão a
respeito de: a) qual é o estágio de organização das diferentes entidades do
campo no município de Formosa-Go; b) interação da Educação do Campo com
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movimentos sociais; c) como essa interação pode contribuir para a
transformação espaço dentro fora da escola.
Espera-se ainda ao final desta etapa, realizar um documentário que
retrate os assentamentos do município de Formosa.
Assim, partindo das reflexões, ações e experiências já vividas e
acumuladas na caminhada de luta, será possível avançar no processo de
humanização de maneira a reverter essa lógica que desumaniza o homem do
campo
e
assim
prosseguir
na
conquista
pela
reforma
agrária
e
desenvolvimento do campo com dignidade.
REFERÊNCIAS
CALDART, Roseli Salete. “A Escola do Campo em Movimento”. Em: Currículo Sem
Fronteiras, v.3, n.1, pp. 60-81, jan/jun 2003.
CALDART, Roseli Salete - Sobre Educação do Campo, texto preparado para
exposição no III Seminário do Programa Nacional de Educação da Reforma
Agrária (PRONERA), realizado em Luziânia-GO, de 2 a 5 de outubro de 2007.
KOLLING, Edgar Jorge, CERIOLI, Ricardo Paulo, CALDART, Roseli Salete
(organizadores). Educação do Campo: Identidade e Políticas Públicas. Na coleção:
Por uma educação do campo. São Paulo:[s.n.]. 2002. 136p, v 4.
MOLINA, Mônica. “Possibilidades e limites de transformação do: reflexão
suscitadas pela Licenciatura em Educação do Campo, da Universidade Federal
de Minas”. Em: Educação do Campo: desafios e possibilidades para formação de
professores- UFMG 2008 (no prelo).
MST. Boletim Educação: Educação no MST Balanço 20 anos, São Paulo. Peres.
2004. N° 9 de Dezembro 2004.
____. Caderno de Educação nº8: Princípios da educação no MST, São Paulo, 5°
edição: dezembro de 2004.
____. Caderno de Educação nº13 Edição Especial: Dossiê MST Escola, São
Paulo: Expressão Popular. Ed. 2a: Setembro de 2005.
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Licenciatura em Educação do Campo: Projeto
Político Pedagógico, 2ª. Turma, maio de 2008.
FÓRUM DOS AGRICULTORES FAMILIARES E PEQUENOS PRODUOTES RURAIS
DE FORMOSA. Carta Aberta nº01/2010. Formosa: março de 2010.
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ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE FORMOSA SECRETARIA DE
NEGÓCIOS JURÍDICOS. Termo de Cessão de Uso de Bens Móveis Pertencentes
à Municipalidade de Formosa. Formosa, 28 de julho de 2009.
ESTADO DE GOIÁS MUNICÍPIO DE FORMOSA. Contrato de Comodato n.º 02/6.
Formosa-GO, 5 de setembro de 22006. Convênio n.º 0566/2005, que entre si
celebram a União pelo Ministério de Integração Nacional por intermédio da Secretaria
de Desenvolvimento do Centro-Oeste e Município de Formosa no Estado de Goiás.
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