ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DO ALCOITÃO Curso Bietápico de Licenciatura em Terapia Ocupacional CONTRIBUTO PARA A CARACTERIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A EXERCER FUNÇÕES NO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE Orientador geral: Mestre Sílvia Gonçalves Orientador especifico: Mestre Carlos Dias Trabalho realizado por: Marco António dos Santos Nobre Novembro de 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 1 Agradecimentos A realização deste trabalho não teria sido possível sem a colaboração de várias pessoas. Desde já, expresso os meus sinceros agradecimentos: À Mestre Sílvia Gonçalves pela orientação geral, pela sua disponibilidade, colaboração, atenção e preocupação demonstrada até ao final do trabalho; Ao Mestre Carlos Dias pela orientação específica do trabalho, pela sua disponibilidade, colaboração, atenção e preocupação demonstrada até ao final do trabalho; A todos os terapeutas ocupacionais que colaboraram na realização deste trabalho e sem os quais o mesmo não seria possível; À minha colega e amiga Filipa que teve a amabilidade de ler este trabalho; Ao Pedro Nascimento que teve a amabilidade e disponibilidade de ler este trabalho; Aos meus colegas e amigos que sempre me apoiaram nos momentos mais difíceis; À minha esposa pelo imenso apoio, carinho e amizade que me prestou ao longo destes quatro anos; À minha mãe pelo imenso apoio e carinho que me prestou ao longo destes quatro anos e pelo esforço que empreendeu para me proporcionar a realização deste curso. A todos vocês muito obrigado! MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 2 Resumo Dados referentes à evolução, grau de implementação e caracterização dos profissionais de Terapia Ocupacional em Portugal, não se encontram devidamente registados e avaliados, pelo que impera a necessidade de investigar sobre a profissão e os seus profissionais, de modo a contribuir para a solidificação e afirmação de uma identidade profissional. O presente estudo tem como objectivo analisar e caracterizar a distribuição geográfica dos terapeutas ocupacionais que exercem funções no Serviço Nacional de Saúde (SNS), assim como executar o levantamento de alguns indicadores que procurarão avaliar características pessoais, situação profissional e académica do terapeuta ocupacional. O estudo é do tipo descritivo e transversal, utilizando uma amostra aleatória de 89 terapeutas ocupacionais, recolhida entre a população de terapeutas ocupacionais do SNS. Os instrumentos utilizados para a recolha de dados foram grelhas para quantificação dos terapeutas ocupacionais e um questionário por nós concebido. No essencial o nosso estudo revelou que os terapeutas ocupacionais, encontramse em maior número na região de Lisboa e Vale do Tejo, intervindo essencialmente em hospitais e em patologias do foro neuro-músculo-esquelético. Verificou-se também uma predominância do sexo feminino, e de escalões etários mais jovens. A maior percentagem de terapeutas ocupacionais do SNS exerce a profissão entre seis a dez anos, tendo ingressado no SNS há menos de dez anos. Relativamente ao tipo de vínculo contratual para com o SNS é predominantemente o vínculo definitivo. A maior percentagem de terapeutas ocupacionais encontra-se na categoria profissional de técnico de 2ª classe. Muitos dos terapeutas ocupacionais do SNS têm a necessidade de trabalhar em outros locais além do SNS por motivos financeiros, sendo que o vencimento auferido pela maioria varia entre os 700 e os 1000 euros. A maioria dos terapeutas ocupacionais do SNS apresenta o grau académico de bacharel, sendo a maioria formada na ESSA, e não se encontra a frequentar qualquer formação de nível académico. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 3 ÍNDICE 1. Introdução 9 2. Revisão da Literatura 12 2.1. Serviço Nacional de Saúde 12 2.1.1. Estabelecimentos Hospitalares 18 2.1.2. Centros de Saúde 22 2.2. Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica 27 2.3. Terapia Ocupacional 31 2.3.1. Terapia Ocupacional a Nível Internacional 31 2.3.2. Terapia Ocupacional em Portugal 34 2.3.3. Estatuto Jurídico do Terapeuta Ocupacional no SNS 38 2.3.4. Carreira Profissional do Terapeuta Ocupacional no SNS 41 3. Metodologia 43 3.1. Tipo de Estudo 43 3.2. Questões 43 3.2.1. Questão Orientadora 43 3.2.2. Questões Especificas 43 3.3. Variáveis em estudo 45 3.4. Participantes e Processo de Amostragem 51 3.4.1. População 51 3.4.2. Amostra 51 3.5. Instrumento de Recolha de Dados MARCO NOBRE 53 ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 3.6. Procedimentos 3.6.1. Análise dos Dados 4. Apresentação dos Resultados 55 57 58 4.1. Grelhas para quantificação dos terapeutas ocupacionais 58 4.2. Questionários 67 5. Discussão dos Resultados 84 6. Conclusão 91 7. Referências Bibliográficas 94 Apêndice I – Grelhas para quantificação dos terapeutas ocupacionais 97 Apêndice II - Questionário 98 Apêndice III – Carta para ARS 99 Apêndice IV – Carta para terapeutas ocupacionais 100 Apêndice V – Base de Dados 101 MARCO NOBRE 4 ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 5 ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1 - Regiões de saúde, localização das respectivas sedes, as várias subregiões de saúde integradas em cada região de saúde e a população abrangida por 16 cada região e sub-região de saúde Quadro 2 - distribuição dos hospitais gerais e especializados pelas respectivas regiões e sub-regiões de saúde 19 Quadro 3 - Distribuição numérica dos centros de saúde por regiões e sub-regiões 26 de saúde Quadro 4 - Distribuição do número e percentagem de terapeutas ocupacionais por região de saúde 58 Quadro 5 - Número e percentagem de terapeutas ocupacionais por distrito 60 Quadro 6 - Razão do número terapeutas ocupacionais do SNS por 100.000 hab. 61 por região de saúde Quadro 7 - Distribuição do número de terapeutas ocupacionais por tipo de 63 instituição de saúde e por região de saúde Quadro 8 - Distribuição do número de terapeutas ocupacionais por distrito e por tipo de instituição de saúde 65 Quadro 9 - Frequência e percentagens de resposta em relação à idade e sexo dos 67 terapeutas ocupacionais do SNS Quadro 10 - Frequência e percentagens de respostas por categoria à pergunta “Há quanto tempo exerce a profissão de terapeuta ocupacional?” MARCO NOBRE 69 ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 6 Quadro 11 - Frequência e percentagens de resposta por categoria à pergunta “ Há quanto tempo se encontra a desempenhar funções no actual local de trabalho?” 70 Quadro 12 - Frequência e percentagens por categorias, referentes à resposta da 70 questão “Em que ano ingressou no SNS, pela primeira vez?” Quadro 13 - Frequência e percentagens de resposta em relação à questão “Qual o 72 tipo de vínculo que o/a liga ao SNS?” Quadro 14 - Frequência e percentagens de resposta em relação à questão “Qual a 72 sua categoria profissional no SNS?" Quadro 15 - Frequência e percentagens de resposta em relação à questão 74 referente ao tipo de instituição em que trabalha em paralelo com o SNS Quadro 16 - Frequência e percentagem de resposta à questão “...que motivos o 75 levam a trabalhar noutros locais além do SNS” Quadro 17 - Frequência e percentagens de resposta à questão “Qual o vencimento 75 líquido que aufere no SNS?” Quadro 18 – Frequência e percentagens de resposta referentes à questão “Em que área de intervenção da Terapia Ocupacional se encontra a exercer funções?” 77 Quadro 19 - Frequência e percentagem referente à pergunta “Qual o seu grau 80 académico?” Quadro 20 - Frequência e percentagem referente à pergunta “Em que escola tirou o 81 curso base de TO?” Quadro 21 - Frequência e percentagem de respostas à pergunta “qual o nível académico frequentado?” MARCO NOBRE 83 ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 7 INDICE DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Número de TDTs por 100.000 Habitantes, por Região de Saúde 29 Gráfico 2 - Percentagem de TDTs por tipo de estabelecimento de Saúde 29 Gráfico 3 - Percentagem de respostas ao questionário 52 Gráfico 4 - Distribuição do número de terapeutas ocupacionais por região de 59 saúde Gráfico 5 - Distribuição do número de terapeutas ocupacionais do SNS por 61 distrito Gráfico 6 - Razão do número terapeutas ocupacionais do SNS por 100.000 62 hab. por região de saúde Gráfico 7 - Percentagem de terapeutas ocupacionais do SNS por tipo de 64 instituição de saúde Gráfico 8 - Percentagem de terapeutas ocupacionais no grupo profissional de TDTs 66 Gráfico 9 - Percentagem de terapeutas ocupacionais do SNS em relação ao sexo 67 Gráfico 10 - Percentagem de terapeutas ocupacionais do SNS em relação à 68 idade Gráfico 11 - Evolução da frequência do número de entradas de terapeutas ocupacionais no SNS MARCO NOBRE 71 ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 8 Gráfico 12 - Percentagem de terapeutas ocupacionais do SNS que trabalham noutros locais além do SNS 73 Gráfico 13 - Frequência das respostas referentes à pergunta “Qual o 76 vencimento mensal líquido que aufere no SNS?” Gráfico 14 - Percentagem de respostas referentes ao item “Com que 78 população intervém?” Gráfico 15 - Percentagem de respostas referentes ao item “Intervém com 78 patologias do Foro:” Gráfico 16 - Percentagem de respostas referentes ao item “Desempenha 79 funções em que contexto?” Gráfico 17 - Percentagem de respostas à questão “Actualmente encontra-se a frequentar alguma formação de nível académico?” 82 INDICE DE FIGURAS Figura 1 - Organograma do SNS 13 Figura 2 - Organograma dos centros de saúde 22 MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 9 1. INTRODUÇÃO O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem como objectivo a efectivação, por parte do Estado, da responsabilidade que lhe cabe na protecção da saúde colectiva e individual, tendo por missão garantir o acesso de todos os cidadãos aos cuidados de saúde. O SNS constitui o segundo maior empregador do Estado, com um efectivo que representa 19% do total da Administração Pública (Rodrigues, 2002). A Terapia Ocupacional, como profissão da área da saúde e integrada na classe profissional dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica (TDTs), encontra-se entre o efectivo do SNS. O Terapeuta Ocupacional é um técnico que desenvolve acções no âmbito da prevenção, avaliação e tratamento de pessoas com disfunção física, mental, de desenvolvimento, social ou outras. Para que tal aconteça o terapeuta ocupacional utiliza actividades específicas e intencionais, seleccionadas de acordo com a motivação da pessoa a tratar (informática, jogos, actividades da vida diária, etc) e técnicas para recuperar a função perdida ou prevenir o aparecimento da disfunção (Departamento de Terapia Ocupacional da ESSA, 2001). Dados referentes à evolução, grau de implementação e caracterização dos profissionais de Terapia Ocupacional em Portugal, não se encontram devidamente registados e avaliados, pelo que impera a necessidade de investigar sobre a profissão e os seus profissionais, de modo a contribuir para a solidificação e afirmação de uma identidade profissional. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 10 Existe um estudo realizado por Rodrigues (2002), publicado recentemente e intitulado “Compreender os Recursos Humanos do Serviço Nacional de Saúde”, o qual faz uma abordagem dos grandes grupos profissionais do SNS, não focando cada profissão individualmente. No entanto não existe referência a estudos neste âmbito para a Terapia Ocupacional. Um estudo que proceda à caracterização e quantificação dos terapeutas ocupacionais do SNS, assume capital importância. Este permitirá delinear estratégias de ensino e incremento da Terapia Ocupacional em zonas do país, e em áreas de intervenção, em que a mesma se encontre pouco desenvolvida e implementada, além de que promove um conhecimento sobre os profissionais de Terapia Ocupacional, fortalecendo a identidade profissional de cada um individualmente. O presente estudo, tem como objectivo analisar e caracterizar a distribuição geográfica dos terapeutas ocupacionais que exercem funções no SNS (em hospitais distritais, centrais e especializados, e em centros de saúde) pelos dezoito distritos de Portugal continental, assim como executar o levantamento de alguns indicadores que procurarão avaliar características pessoais, a situação profissional e académica do terapeuta ocupacional. Para atingir o objectivo a que nos propusemos, utilizamos grelhas para quantificação de terapeutas ocupacionais no SNS, e um questionário com perguntas que nos permitirão responder aos nossos objectivos. Ambos os instrumentos foram elaborado por nós . As grelhas foram enviadas para as cinco Administrações Regionais de Saúde (ARS) com o intuito de recolher informação relativa ao número de terapeutas MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 11 ocupacionais a exercer funções no SNS, em cada distrito de Portugal continental e em que tipo de instituições o fazem (centros de saúde, hospitais distritais centrais e especializados). Os questionários foram enviados a 153 terapeutas ocupacionais do SNS dos quais 89 responderam ao nosso questionário, pretendendo-se com os mesmos recolher informações relativas à sua situação profissional e académica Ambos os instrumentos foram enviados por correio acompanhados de uma carta explicativa do objectivo do estudo, e a que se destinavam os dados fornecidos. Este estudo inicia-se com uma revisão de literatura sobre o SNS, os TDTs e sobre a Terapia Ocupacional, de modo a suportar teoricamente o nosso estudo e permitir a discussão dos resultados por nós obtidos. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 2. 12 REVISÃO DA LITERATURA 2.1. O Serviço Nacional de Saúde No nosso país, os serviços oficiais para prestação de cuidados de saúde à população encontram-se organizados num Serviço Nacional de Saúde (SNS). O SNS é descrito na lei orgânica do Ministério, DL 10/93, de 15 de Janeiro, como um conjunto ordenado e hierarquizado de instituições e serviços oficiais prestadores de cuidados de saúde, funcionando sob a superintendência ou tutela do Ministro da Saúde. A Lei de Bases da saúde, Lei n.º 48/90 de 24 de Agosto no capítulo III, base XXIV, caracteriza o SNS por: a) ser universal quanto à população abrangida; b) prestar integramente cuidados globais ou garantir a sua prestação; c) ser tendencialmente gratuito para os utentes, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos; d) garantir a equidade no acesso dos utentes, com o objectivo de atenuar os efeitos das desigualdades económica, geográficas e quaisquer outras no acesso aos cuidados; e) ter organização regionalizada e gestão descentralizada e participada. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 13 A forma como o SNS se encontra hierarquizado e organizado pode ser observado na fig. 1. Fig. 1 - Organograma do SNS (fonte – Ministério da Saúde, 2002) O SNS tem como objectivo a efectivação, por parte do Estado, da responsabilidade que lhe cabe na protecção da saúde individual e colectiva. A sua missão é garantir o acesso de todos os cidadãos aos cuidados de saúde, nos limites dos recursos humanos, técnicos e financeiros disponíveis. São beneficiários do SNS todos os cidadãos nacionais de Estados membros da União Europeia nos termos das normas comunitárias aplicáveis; são ainda beneficiários os cidadãos estrangeiros residentes em Portugal, em condições de reciprocidade e os apátridas residentes em Portugal. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 14 Os direitos e deveres dos utentes do SNS encontram-se protegidos por legislação especifica, a Lei de Bases da Saúde (Lei 48/90, de 24 de Agosto), segundo a qual os utentes têm o direito a*: a) escolher o serviço e os profissionais de saúde, na medida dos recursos existentes e de acordo com as regras da organização; b) decidir receber ou recusar a prestação de cuidados que lhe é proposta, salvo disposição especial da lei; c) ser tratados pelos meios adequados, humanamente e com prontidão, correcção técnica, privacidade e respeito; d) ter rigorosamente respeitada a confidencialidade dos dados pessoais; e) ser informados sobre a sua situação, as alternativas possíveis de tratamento e a evolução provável do seu estado; f) receber assistência religiosa; g) reclamar e fazer queixa sobre a forma como são tratados e, se for caso disso, receber indemnização por prejuízos sofridos; h) constituir entidades que os representem e defendam os seus interesses; i) constituir entidades que colaborem com o sistema de saúde, nomeadamente sob a forma de associações para a promoção e defesa da saúde ou de grupos de amigos de estabelecimentos de saúde . * Relativamente aos menores e incapazes, cabe aos seus representantes legais exercer estes direitos e deveres, nos termos previstos na lei. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 15 Ainda segundo a mesma lei, os utentes do SNS tem também alguns deveres para com este serviço. Assim os utentes devem: a) respeitar os direitos dos outros utentes; b) observar as regras de organização e funcionamento dos serviços; c) colaborar com os profissionais de saúde em relação à sua própria situação; d) utilizar os serviços de acordo com as regras estabelecidas; e) pagar os encargos que derivem da prestação de cuidados de saúde, quando for caso disso. A organização do SNS é feita por regiões de saúde e estas, por sua vez, dividemse em sub-regiões de saúde integradas por áreas de saúde. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 16 Existem cinco regiões de saúde e dezoito sub-regiões de saúde, as quais correspondem às áreas dos distritos do continente, como pode ser observado no quadro 1. Habitantes por Sub-região de Saúde (milhares)* 790.520 Braga 148.900 Bragança 3 126,200 1.706.160 Porto Porto • Norte 250.500 Viana do Castelo 230.120 Vila Real 685.210 Aveiro 201.740 Castelo Branco 2 319,390 421.350 Coimbra Coimbra • Centro 177.750 Guarda 434.040 Leiria 399.300 Viseu 2.054.390 Lisboa • Lisboa e Vale 3 233,090 438.320 Lisboa Santarém do Tejo 740.380 Setúbal 155.170 Beja 446,740 167.200 Évora Évora • Alentejo 124.370 Portalegre 348,650 348.040 Faro Faro • Algarve Quadro 1 - Regiões de saúde, localização das respectivas sedes, as várias sub-regiões de saúde integradas em cada região de saúde e a população abrangida por cada região e sub-região de saúde. Regiões de Saúde Habitantes por Região de Saúde (milhares)* Localização da Sede das Regiões de Saúde Sub-regiões de Saúde Em cada região de saúde há uma Administração Regional de Saúde (ARS), que possui autonomia administrativa e financeira assim como património próprio. É às ARS que cabem as funções de planeamento, distribuição de recursos, orientação e coordenação de actividades, gestão de recursos humanos, apoio técnico e administrativo assim como a avaliação do funcionamento das instituições e serviços prestadores de cuidados de saúde. As ARS são as responsáveis pela saúde das populações da respectiva área geográfica, coordenando a prestação de cuidados de saúde a todos os níveis e * Fonte: Recursos Humanos da Saúde, DRHS, 1998 MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 17 adequando os recursos disponíveis às necessidades, segundo a política superiormente definida e de acordo com as normas e directivas emitidas pelo Ministério da Saúde. São órgãos de administração das ARS os conselhos de administração e os coordenadores sub–regionais de saúde. Os órgãos de consulta são os conselhos regionais de saúde, dos quais fazem parte os coordenadores sub-regionais, os representantes das instituições e dos serviços prestadores de cuidados de saúde, e as comissões concelhias de saúde. Aos conselhos regionais de Saúde compete: dar parecer sobre os planos regionais de actividade, os orçamentos e os relatórios anuais apresentados pelo respectivo conselho de administração e sobre outras matérias em relação às quais lhe seja solicitado parecer; propôr ao conselho de administração das ARS as medidas que julgue adequadas à melhoria dos níveis de saúde da Região. Os hospitais gerais e especializados e os centros de saúde representam a face mais visível do SNS perante os utentes. É ai que a maioria dos profissionais de saúde, incluindo os terapeutas ocupacionais, exercem as suas funções profissionais. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 18 2.1.1. Estabelecimentos Hospitalares O hospital é um estabelecimento de saúde de diferentes níveis de diferenciação, constituído por meios tecnológicos e humanos que não existem nos centros de saúde, cujo objectivo nuclear é a prestação de cuidados de saúde durante 24 horas por dia. A sua actividade é desenvolvida através do diagnóstico, da terapêutica e da reabilitação quer em regime de internamento, quer em ambulatório. Compete-lhe igualmente promover a investigação e o ensino, com vista a resolver problemas de saúde. Os hospitais constituem um segmento insubstituível e dos mais significativos do SNS. Neles estão instalados os saberes, os conhecimentos e as tecnologias capazes de recuperar a vida, aliviar a dor e curar a doença. Neles trabalham milhares de profissionais, cujas competências constituem um património técnico e científico indispensável para fazer evoluir o sistema de prestação de cuidados para níveis que se adeqúem melhor às exigências, expectativas e necessidades dos cidadãos. O SNS dispõe de 101 hospitais gerais e especializados distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental. No quadro 2 podem observar-se os vários hospitais distribuídos pelas respectivas regiões e sub-regiões de saúde. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS Regiões de Saúde Sub-regiões de Saúde Viana do Castelo Braga Vila Real Bragança Porto Região de Saúde do Norte Aveiro Hospitais • • Hospital Conde de Bertiantos – Ponte de Lima Hospital de Santa Luzia de Viana do Castelo • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Hospital de Santa Maria Maior – Barcelos Hospital Distrital de São Marcos – Braga Hospital da Nossa Senhora da Oliveira – Guimarães Hospital de São José de Fafe Hospital de São João de Deus – Vila Nova de Famalicão Hospital Distrital – Chaves Hospital de São Pedro – Vila real Hospital de D. Luiz I do Peso da Régua Hospital Distrital - Bragança Hospital Distrital – Macedo de Cavaleiros Hospital Distrital – Mirandela Hospital de São Pedro Pescador – Póvoa do Varzim Hospital Distrital – Vila do Conde Hospital Conde de São Bento – Santo Tirso Hospital de São Gonçalo - Amarante Hospital de Pedro Hispano - Matosinhos Hospital Distrital - Valongo Hospital de Paredes Hospital Central e Especializado de Crianças Maria Pia – Porto Hospital Conde Ferreira – Porto Hospital Geral de Santo António – Porto Hospital Joaquim Urbano – Porto Hospital de S João – Porto Maternidade Júlio Dinis – Porto Hospital Magalhães Lemos – Porto Instituto Português de Oncologia – Porto Hospital Padre Américo – Vale do Sousa (Penafiel) Centro Hospitalar – Vila Nova de Gaia Hospital Distrital – Espinho Hospital São Sebastião – Santa Maria da Feira Hospital Doutor Francisco Zagalo - Ovar Hospital Distrital – S João da Madeira Hospital Distrital de Oliveira de Azeméis Hospital do Visconde de Salreu – Estarreja Hospital Distrital de Aveiro Hospital Distrital de Águeda Hospital José Luciano de Castro – Anadia Hospital da Nossa Senhora da Saúde – S. Paio de Oleiros Hospital Distrital - Lamego Hospital de São Teotónio –Viseu Hospital Cândido de Figueiredo – Tondela Hospital de Sousa Martins – Guarda Hospital Nossa Senhora da Assunção – Seia • • • • • • • • • • • • • • • • Hospital Arcebispo João Crisóstomo – Cantanhede Centro Hospitalar de Coimbra Hospitais da Universidade de Coimbra Hospital de Sobral Cid – Coimbra Hospital Psiquiátrico do Lorvão Instituto Português de Oncologia – Coimbra Hospital Distrital da Figueira da Foz Centro Psiquiátrico de Recuperação de Arnes Hospital Distrital da Covilhã Hospital Amato Lusitano – Castelo Branco Hospital Distrital do Fundão Centro Hospitalar de Caldas da Rainha Hospital Bernardino Lopes Oliveira – Alcobaça Hospital de Santo André – Leiria Hospital Distrital do Pombal Hospital S. Pedro Gonçalves Telmo – Peniche • Viseu Guarda Coimbra Região de Saúde do Centro Castelo Branco Leiria 19 Quadro 2 – distribuição dos hospitais gerais e especializados pelas respectivas regiões e sub-regiões de saúde (fonte: Ministério da Saúde, 2002) MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS Regiões de Saúde Sub-regiões de Saúde Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) Hospitais • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Centro Psiquiátrico de Recuperação Montachique Hospital Reinaldo dos Santos – V. F. De Xira Hospital Distrital de Torres Vedras Hospital Condes Castro Guimarães – Cascais Hospital Prof. Dr. Fernando da Fonseca – Amadora Hospital Ortopédico do Dr. José de Almeida Hospital de Curry Cabral Hospital Dona Estefânia Hospital de Egas Moniz Hospital de Júlio de Matos Hospital de Miguel Bombarda Hospital Dr. José Maria Antunes Júnior Hospital de Polido Valente Hospital de Santa Cruz Hospital de Santa Marta Hospital de Santa Maria Hospital de São Francisco Xavier Hospital de Santo António dos Capuchos Hospital de São José Maternidade Dr. Alfredo da Costa Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto Instituto Português de Oncologia Hospital Distrital do Montijo Hospital Nossa Senhora do Rosário – Barreiro Hospital Distrital de Setúbal Hospital de Garcia de Orta – Almada Hospital Ortopédico Santiago do Outão Hospital Conde do Bracial – Santiago do Cacém Hospital Nossa Senhora da Graça – Tomar Hospital Distrital de Torres Novas Hospital Dr. Manuel Constâncio – Abrantes Hospital Distrital de Santarém • • Hospital Distrital de Beja – José Joaquim Fernandes Hospital Distrital de Serpa • Hospital Distrital de Évora Portalegre • • Hospital Distrital de Portalegre Hospital Distrital de Elvas – Santa Luzia Faro • • Hospital do Barlavento – Portimão Hospital Distrital de Lagos Hospital Distrital de Faro Lisboa • Setúbal • • • • • • Santarém Beja Évora Região de Saúde do Alentejo 20 • • • • Região de Saúde do Algarve Quadro 2 (cont.) – distribuição dos hospitais gerais e especializados pelas respectivas regiões e subregiões de saúde (fonte: Ministério da Saúde, 2002) MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 21 Actualmente os hospitais classificam-se, consoante a capacidade de intervenção técnica, as áreas de patologia e a entidade proprietária, em hospital central e distrital, hospital geral e especializado e em hospital oficial e particular, respectivamente. (Departamento de Estudos e Planeamento da Saúde, 1997). O hospital central caracteriza-se por dispor de meios humanos e técnicos altamente diferenciados. Por sua vez, o hospital distrital é geralmente caracterizado por possuir internamento em especialidades básicas podendo ter, quando se justifique, especialidades de Nível 1. Estes, segundo o Despacho Ministerial n.º 10/86, II série, de 5 de Maio de 1986, publicado no Diário da Republica, são hospitais cujo internamento se limita às valências mais básicas: medicina, cirurgia, obstetrícia/ginecologia e pediatria, podendo excepcionalmente haver casos em que se inclua também ortopedia. Um hospital especializado, é um hospital em que predomina um número de camas adstritas a uma dada especialidade ou patologia ou que presta assistência a utentes de um determinado grupo etário. Pelo contrário, o hospital geral assegura serviços diferenciados em diversas patologias (Departamento de Estudos e Planeamento da Saúde, 1997), as quais podem ser do foro psiquiátrico, saúde mental, condições neuromúsculo-esqueléticas, entre outras. O funcionamento e organização administrativa dos centros hospitalares e grupos de hospitais do SNS encontram-se legislados através do Decreto-Lei n.º 284/99, de 26 de Julho. Segundo a mesma lei o centro hospitalar é considerado como uma pessoa colectiva pública, dotada de autonomia administrativa e financeira, património próprio e de um esquema de órgãos legalmente estabelecidos para os hospitais públicos, que integra vários estabelecimentos hospitalares destituídos de personalidade jurídica. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 22 2.1.2. Centros de Saúde Os centros de saúde, criados pelo Decreto-Lei n.º 413/71, de 27 de Setembro, foram reformulados com a institucionalização das primeiras ARS, pelo Decreto-Lei n.º 254/82, de 29 de Junho, e regulamentados pelo Despacho Normativo n.º 97/83, de 28 de Fevereiro, mantendo-se, até à data, na dependência orgânica e funcional das ARS. Os centros de saúde são pessoas colectivas de direito público, integradas no SNS e dotados de autonomia técnica, administrativa, financeira e de património próprio. São órgãos do centro de saúde o Conselho de Administração, a Comissão Executiva, a Direcção Técnica, o Conselho Técnico e o Conselho Consultivo. Os centros de saúde são financiados pelo orçamento do SNS e têm, fundamentalmente, como receitas os rendimentos de bens próprios e as quantias cobradas por serviços prestados. ARS Sub-Região Conselho Consultivo Conselho de Administração Comissão Executiva Centro de Saúde Conselho Técnico Conselho de Administração Comissão Executiva Direcção Técnica Unidade de saúde familiar Unidade de cuidados na comunidade Unidade operativa de saúde pública Unidade de meios de diagnóstico e tratamento de especialidades Unidade de internamento Unidade básica de urgência Fig. 2 – Organograma dos centros de saúde (fonte: Ministério da Saúde, 2002) MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 23 O centro de saúde é a unidade básica para atendimento e prestação de cuidados de saúde à população residente na área geográfica por ele abrangida, a qual não deverá ser inferior a 40.000 nem superior a 120.000 habitantes, podendo abranger uma ou mais freguesias bem como um ou mais concelhos. Estruturam-se em unidades funcionalmente autónomas, tendo em conta a agregação de recursos e os seguintes critérios geodemográficos: a população residente; a densidade populacional; o índice de concentração urbana; o índice de envelhecimento; a relação de dependência total e de idosos; a acessibilidade geográfica ao hospital de apoio. O centro de saúde define-se como uma unidade integrada, polivalente e dinâmica, prestadora de cuidados de saúde, que visa a promoção e vigilância da saúde, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença, dirigindo globalmente a sua acção ao indivíduo, à família e à comunidade. A estrutura do centro de saúde pode incluir os seguintes componentes: 1) unidades de saúde familiar, integradas no SNS ou convencionadas; 2) núcleo de saúde pública; 3) núcleo de enfermagem comunitária; 4) unidade de consultorias técnicas; MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 24 5) unidade de internamento (se aplicável); 6) unidade básica de emergência (se aplicável); 7) unidade de farmácia; 8) repartição administrativa com secções de gestão financeira e patrimonial e de gestão de recursos humanos. No centro de saúde trabalham médicos de família/clínica geral, médicos de saúde pública (delegados de saúde) e enfermeiros, que prestam cuidados de saúde essenciais, preventivos ou curativos. Para além do pessoal administrativo, em alguns centros de saúde trabalham ainda outros profissionais: técnicos de serviço social, nutricionistas, psicólogos e técnicos de diagnóstico e terapêutica, onde se incluem os terapeutas ocupacionais, entre outros. No centro de saúde podem ser prestados diversos serviços, entre eles, consultas de clínica geral/medicina familiar que, com o apoio de outros profissionais do centro de saúde, prestam cuidados ao indivíduo e à família, nas diferentes etapas da vida. Alguns centros de saúde possuem ainda consultas para determinadas situações, como a gravidez, diabetes, saúde infantil, planeamento familiar, toxicodependência, etc. A intervenção do centro de saúde tem por base a prestação de cuidados de saúde primários, intervindo num vasto leque de patologias, na psiquiatria, na deficiência mental ou nas condições neuro-músculo-esqueléticas e em todas as fases do ciclo de vida do indivíduo, tendo um papel importante na prevenção da doença e nos cuidados de saúde continuados. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 25 No Decreto-Lei 157/99, de 10 de Maio, publicado pelo Ministério da Saúde são traçados quatro objectivos para os centros de saúde: 1) os centros de saúde têm como objectivo primordial a melhoria do nível de saúde da população da área geográfica por eles abrangida; 2) são, em especial, objectivos dos centros de saúde a promoção e a vigilância da saúde, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença, através do planeamento e da prestação de cuidados, bem como do desenvolvimento de actividades específicas dirigidas, globalmente, ao indivíduo, à família, a grupos especialmente vulneráveis e à comunidade; 3) são ainda objectivos dos centros de saúde desenvolver e contribuir para a investigação em saúde e participar activamente na formação de diversos grupos profissionais nas suas diferentes fases, pré-graduada, pós-graduada e contínua; 4) os objectivos previstos nos números anteriores podem ser prosseguidos, em cada área geodemográfica, por um único centro de saúde dotado de personalidade jurídica ou por uma associação de centros de saúde. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 26 O SNS, disponibiliza uma rede de 360 centros de saúde distribuídos pelas 18 subregiões de saúde de Portugal continental (quadro 3). Região de Saúde Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve Sub-região de Saúde Braga Bragança Porto Viana do Castelo Vila Real Aveiro Castelo Branco Coimbra Guarda Leiria Viseu Lisboa Santarém Setúbal Beja Évora Portalegre Faro N.º de Centros Total de Saúde 19 12 43 13 16 20 11 22 14 17 26 44 22 21 14 14 16 16 103 110 87 44 16 Quadro 3 – Distribuição numérica dos centros de saúde por regiões e sub-regiões de saúde MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 27 2.2. Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica Segundo Rodrigues (2002) o Ministério da Saúde emprega 19% dos trabalhadores da Função Publica (600.353 trabalhadores), o que representa um total de 115.514 efectivos. Uma parte dos efectivos do SNS é representada pelos prestadores directos de cuidados de saúde, os quais englobam o pessoal médico, de enfermagem e os técnicos de diagnóstico e terapêutica (TDTs), onde se inclui a Terapia Ocupacional, totalizando, segundo Rodrigues (2002) 61.080 trabalhadores, sendo os restantes 54.434 referentes ao grupo profissional não directamente relacionado com a prestação de cuidados de saúde. O aparecimento dos TDTs está intimamente ligado ao avanço tecnológico verificado no sector da saúde e à consequente especialização que o mesmo passou a exigir aos profissionais de saúde. Estes profissionais pertencem ao grupo de pessoal técnico, em virtude de os profissionais nele abrangidos exercerem funções de natureza técnica, e inserindo-se nos corpos especiais da saúde (Dec.-Lei n.º 184/89, de 2 de Junho, art.º 16.º, alínea h). Deste grupo fazem parte diversas profissões bem diferenciadas entre si, que têm em comum o facto de os profissionais nelas incluídos desempenharem as suas funções “em conformidade com a indicação clínica, pré-diagnóstico, diagnóstico e processo de investigação ou identificação, cabendo-lhes conceber, planear, organizar, aplicar e avaliar o processo de trabalho no âmbito da respectiva profissão, com o objectivo da MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 28 promoção da saúde, da prevenção, do diagnóstico, do tratamento, da reabilitação e da reinserção.” (Dec.-Lei nº. 564/99, de 21 de Dezembro) O artigo 5.º de Dec.-Lei n.º 564/99, enumera, de forma taxativa, as dezoito profissões que estão abrangidas pela carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica. São elas: 1) técnico de análises clínicas e de saúde pública; 2) técnico de anatomia patológica, citológica e tanatológica; 3) técnico de audilogia; 4) técnico de cardiopneumologia; 5) dietista; 6) técnico de farmácia; 7) fisioterapeuta; 8) higienista oral; 9) técnico de medicina nuclear; 10) técnico de neurofisiologia; 11) ortoptista; 12) ortoprotésico; 13) técnico de prótese dentária; 14) técnico de radiologia; 15) técnico de radioterapia; 16) terapeuta da fala; 17) terapeuta ocupacional; 18) técnico de saúde ambiental. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 29 Segundo estudos efectuados por Rodrigues (2002), os técnicos de diagnóstico e terapêutica representam 9,6% dos prestadores directos de saúde do SNS, ou seja 6.303 efectivos. O gráfico 1 mostra que a região de saúde que apresenta um maior número de TDTs por 100.000 habitantes é a região de LVT, com 88,15 técnicos. 53,71 Norte 56,35 Centro LVT 88,15 Alentejo 56,62 Algarve 61,37 0 20 40 60 80 100 Gráfico 1 – Número de TDTs por 100.000 Habitantes, por Região de Saúde (Rodrigues, 2002) Pode ser observado no gráfico 2 que quase metade dos TDTs estão colocados em hospitais centrais, contra uma minoria que se encontra em centros de saúde. Centros de Saúde 12% Serviços Personalizados 4% Estabelecimentos de Ensino 1% Hospitais Distritais 35% Hospitais Centrais 48% Gráfico 2 – Percentagem de TDTs por tipo de estabelecimento de Saúde (fonte: recursos humanos da saúde, DRHS, 1998) MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 30 Segundo os estudos realizados por Rodrigues (2002), entre 1990 e 1998 o grupo dos TDTs sofreu um aumento dos seus efectivos no SNS de 33,0%. Segundo o mesmo autor, este aumento de efectivos poderá ficar a dever-se ao impulso ocorrido na profissão, originado pela atribuição do nível superior aos cursos de tecnologias da saúde. Este impulso originou um aumento extraordinário da oferta de diplomados, os quais têm vindo a ser em grande parte absorvidos pelo sistema. Rodrigues (2002) define no seu estudo a profissão dos TDTs como sendo uma profissão eminentemente feminina, tendo identificado uma taxa de feminização de 78,1%. No que se refere à estrutura etária deste grupo profissional, Rodrigues (2002) concluiu que o grupo etário com maior peso é o que compreende os 25 e os 34 anos (com 38% em 1997). Segue-se o grupo dos 35 aos 44 anos, com quase um quarto dos efectivos em 1997. O tipo de vínculo contratual para com o SNS dos TDTs é, predominantemente, o vínculo definitivo, o qual abrange 79,3% dos efectivos (Rodrigues 2002). Em relação aos vencimentos auferidos, Rodrigues (2002) concluiu que os TDTs usufruíam de um vencimento médio de 1092 euros, valor que o mesmo verificou situarse abaixo da média salarial dos restantes profissionais, causa que atribuiu ao facto de neste grupo profissional se verificar um maior peso das categorias mais baixas que integram a carreira. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 31 2.3. Terapia Ocupacional 2.3.1. Terapia Ocupacional a Nível Internacional É no final do séc. XVIII e principio do séc. XIX que a Terapia Ocupacional encontra as suas raízes filosóficas, com o início do Tratamento Moral impulsionado pelo Dr. Philippe Pinel, (França, 1791). Este conceituado médico da época assume a direcção do asilo de Bicêtre e depara-se com a trágica situação dos doentes mentais, impulsionando, então, a reforma assistencial. Tem assim início o tratamento moral, com o qual se inicia a aplicação do trabalho como forma de tratamento do doente mental. Samuel Tuke, psiquiatra inglês responsável por popularizar o tratamento moral na Inglaterra, fundou o Retiro York, em York na Inglaterra e tal como Pinel, acreditava que a enfermidade mental poderia ser alvo de cura, aplicando diversas ocupações adaptadas às necessidades dos diferentes pacientes. O tratamento moral baseava-se numa filosofia humanista, em que estavam envolvidos aspectos culturais, políticos e religiosos dessa época, tendo sido desenvolvido no contexto das enfermidades mentais. O tratamento moral viria também a ser difundido pelos Estados Unidos da América, tendo sido Benjamín Rush o primeiro médico a utilizar o conceito do tratamento moral na América. O período entre 1840 a 1860 foi a época de ouro para a aplicação do tratamento moral e da ocupação nos hospitais norte-americanos, contudo, a guerra civil e a crise MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 32 económica nos Estados Unidos, vieram a contribuir para o declinar do tratamento moral e da ocupação como meio de tratamento do doente mental. Com a revolução industrial, no final do séc. XIX, surgiram os acidentes industriais e com eles o número de pessoas incapacitadas aumentou. Era imperioso que aparecesse uma nova forma de tratamento, para as incapacidade que daí advieram. Surgiu assim, o movimento das artes e do artesanato, no início do séc. XX. Tendo em conta o seu efeito terapêutico, John Ruskin em 1860, um filósofo inglês reconhecido por popularizar estas ideias, e William Morris, um artista e arquitecto também ele inglês e aluno de Ruskin, promoveram e popularizaram o movimento das artes e ofícios. É nas duas primeiras décadas do séc. XX que ocorre o início formal da Terapia Ocupacional, com o renascimento do tratamento moral, impulsionado pela necessidade pela Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), no tratamento dos soldados deficientes. Nesta altura assistiu-se também a um franco progresso na Europa, nomeadamente na Inglaterra, onde a reabilitação dos soldados era também uma necessidade. Em 1915, na América, William Rusch Dunton publica o livro Occupational Therapy: manual for nurses, surgindo então pela primeira vez o termo Terapia Ocupacional e com ele a primeira escola. É em 1922 que surge a primeira definição de Terapia Ocupacional. Pattison (1922) refere a Terapia Ocupacional como “Qualquer actividade, mental ou fisica, especificamente prescrita e orientada com o objectivo de contribuir e apressar a recuperação de doença ou lesão”. No entanto, ao longo da história da Terapia Ocupacional, a profissão tem sido definida e descrita de várias formas. Muitas tentativas de a definir foram surgindo ao MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 33 longo dos tempos, de forma a vir ao encontro das várias alterações ocorridas, tanto na sociedade como na relação entre os profissionais de saúde. Durante a segunda Guerra Mundial, com o avanço da medicina a profissão desenvolve-se, surgindo novas áreas de intervenção, escolas e associações profissionais. Em 1957 surge a World Federation of Occupational Therapy (W.F.O.T.), que contribuiu de forma bastante positiva para o desenvolvimento da profissão, universalizando o programa educativo e expondo padrões básicos exigidos para a formação dos terapeutas ocupacionais. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 34 2.3.2. Terapia Ocupacional em Portugal O primeiro curso de Terapia Ocupacional em Portugal teve inicio em 1957, por iniciativa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Em 1966 foi criada oficialmente a Escola de Reabilitação do Alcoitão, pela portaria n.º 22034, de 4 de Junho, do Ministério da Saúde e Assistência Social. Esta escola encontrava-se na altura integrada no Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão, passando então a formar terapeutas ocupacionais em Portugal. Em 1982 a então Escola Técnica da Saúde do Porto, tutelada pelo Ministério da Saúde inicia a realização de cursos de Terapia Ocupacional. É nesta escola, então denominada Escola Superior de Tecnologia e Saúde do Porto (ESTSP), que em 1993, através do D.L. n.º 414/93, de 28 de Dezembro, o curso de Terapia Ocupacional é reconhecido como superior, conferindo aos profissionais aí formados o grau de Bacharelato. Um ano mais tarde, em 1994, é feita a reconversão da Escola de Reabilitação do Alcoitão em estabelecimento de ensino superior particular, mudando o seu nome para Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSA), passando também esta escola a formar terapeutas ocupacionais com o grau de bacharel. Em 1998 iniciaram-se os Cursos Superiores de Ensino Especializado (CESE) que proporcionavam equivalência à licenciatura, cessando em 2000. A 27 de Outubro de 2000 na ESTSP o curso de Terapia Ocupacional passa a licenciatura bietápica, através do D.L. n.º 1044/2000. Na ESSA a licenciatura bietápica em Terapia Ocupacional teria inicio um pouco mais tarde, em Janeiro de 2001. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 35 Actualmente existem duas escolas em Portugal (ESSA e a ESTSP) a ministrar o curso de Terapia Ocupacional com a duração de quatro anos. Enquanto profissional da área de saúde, o terapeuta ocupacional em Portugal, encontra-se integrado na carreira de Técnico de Diagnóstico e Terapêutica, regulada pelo Dec.-Lei n.º 384-B/85, de 30 de Setembro, e cujo conteúdo funcional e competências Técnicas são definidos pela Portaria n.º 256-A/86, de 28 de Maio. A 24 de Julho de 1993, através do Dec.-Lei n.º 261/93, são regulamentadas as actividades dos profissionais de saúde, designadas por actividades paramédicas, onde se inclui a Terapia Ocupacional. O Ministério da Saúde viria então em 1993 a definir a Terapia Ocupacional, no âmbito do processo de regulamentação global das actividades paramédicas, da seguinte forma: “avaliação, tratamento e habilitação de indivíduos com disfunção física, mental, de desenvolvimento, social e outras, utilizando técnicas terapêuticas integradas em actividades seleccionadas consoante o objectivo pretendido e enquadradas na relação terapeuta/utente; prevenção da incapacidade, através de estratégias adequadas com vista a proporcionar ao indivíduo o máximo de desempenho e autonomia nas suas funções pessoais, sociais e profissionais e, se necessário, o estudo e desenvolvimento das respectivas ajudas técnicas, em ordem a contribuir para a melhoria da qualidade de vida.” (Decreto – Lei n.º 261/93, de 24 de julho) MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 36 Esta definição caracteriza a profissão, enquadrando a especificidade dos seus processos de intervenção numa lógica de complementaridade com as restantes profissões da saúde. No SNS a Terapia Ocupacional apresenta três áreas preferenciais de intervenção, sendo elas a medicina física e reabilitação, com uma abordagem ao nível de patologias relacionadas com as condições neuro–músculo-esqueléticas, a psiquiatria, com uma abordagem nas patologias do foro psiquiátrico e a deficiência mental. Na medicina física e reabilitação, o terapeuta ocupacional tem frequentemente como objectivo o diagnóstico e terapêutica de diferentes entidades tais como patologias traumáticas, do sistema nervoso central e periférico, orto-traumatologia, cardiorespiratória, reumatismal, vascular periférica, pediátrica entre outras. Intervêm frequentemente aos seguintes níveis: prevenção, detecção, diagnóstico e avaliação das deficiências, incapacidades e desvantagens; recuperação da autonomia pessoal mediante a colocação em marcha da reeducação funcional e disponibilizando as ortoteses e outras ajudas técnicas; reintegração socio-familiar, escolar e profissional; coordenação e implementação de actividades Estes aspectos individuais não podem estar dissociados das acções que deve levar a cabo o terapeuta ocupacional em medicina física e de reabilitação, para obter da sociedade as medidas necessárias para a realização dos seus objectivos: MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 37 modalidades de trabalho para pessoas com desvantagem ( emprego, emprego protegido, adaptação do posto de trabalho, actividades orientadas para a inserção profissional); ajudas técnicas e sociais, abolição das barreiras arquitectónicas, acessibilidade aos edifícios , adaptações das habitações , facilidade nos meios de comunicação e de transporte, tempos livres, desportos e férias (Sociedade Portuguesa de medicina física e reabilitação, 2002). Na reabilitação psiquiátrica, também chamada de reabilitação psicossocial, o terapeuta ocupacional intervém com patologias como a esquizofrenia, a depressão, alterações da personalidade, entre outras. O objectivo da reabilitação psiquiátrica é capacitar os indivíduos de modo que estes consigam compensar ou eliminar os déficits funcionais, e restaurar a capacidade de viver de forma autónoma. Promovendo no indivíduo a capacidade de cumprir tarefas, de se concentrar e de ser assertivo (Associação Internacional de Serviços de Reabilitação Psicossocial, 1995). MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 38 2.3.3. Estatuto Jurídico do Terapeuta Ocupacional no SNS A constituição da relação jurídica do terapeuta ocupacional no SNS, enquanto parte do um todo mais vasto que é a Administração Pública, está definida no DecretoLei n.º 427/89, de 7 de Dezembro, que desenvolveu os princípios que haviam ficado consagrados no Decreto-lei n.º 184/89, de 2 de Junho. Definem-se como vínculos jurídicos, o vínculo definitivo que corresponde ao pessoal do quadro, o vínculo provisório, correspondente ao pessoal com contrato administrativo de provimento, o vínculo precário, que é o pessoal com contrato a termo certo, fornecimento de serviços e avenças, e por último os mecanismos de mobilidade, ou seja, destacamentos e requisições. A nomeação “ é um acto unilateral da Administração pelo qual se preenche um lugar do quadro e se visa assegurar, de modo profissionalizado, o exercício de funções próprias do serviço público que revistam carácter de permanência” (art.º 4, n.º 1, do Dec.-Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro). Pela nomeação assegura-se o exercício de funções próprias do serviço público com carácter de permanência, correspondendo à forma estável de prestar serviço na Administração Pública, sendo o contrato, em qualquer das suas modalidades, limitado a situações específicas claramente definidas, com características de excepcionalidade e transitoriedade. A nomeação pode revestir três modalidades diferentes: a nomeação por tempo indeterminado, a nomeação provisória e a nomeação em comissão de serviço. A MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 39 primeira caracteriza-se pela estabilidade que confere ao exercício das funções que lhe é subjacente, enquanto as restantes assumem sempre uma natureza precária. No contrato administrativo de provimento, no contrato de trabalho a termo certo e no fornecimento de serviços e avenças, as grandes diferenças residem no estatuto jurídico que conferem ao terapeuta ocupacional. O contrato administrativo de provimento, confere a qualidade de agente administrativo, vinculando-o ao regime jurídico do funcionalismo público. Por seu lado, no contrato de trabalho a termo certo, prestação de serviços e avenças, o terapeuta ocupacional rege-se pelo regime jurídico do contrato individual de trabalho. O contrato administrativo de provimento “é o acordo bilateral pelo qual uma pessoa não integrada nos quadros assegura, a título transitório e com carácter de subordinação, o exercício de funções próprias do serviço público, com sujeição ao regime jurídico da função pública” (art.º 15, nº1, do Dec.-Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro). O contrato de trabalho a termo certo “é o acordo bilateral pelo qual uma pessoa não integrada nos quadros assegura, com carácter de subordinação, a satisfação de necessidades transitórias dos serviços de duração determinada” (art.º 18, nº1, do Dec.-Lei n.º 427/89, de 7 de Dezembro 12). A nomeação (quadro) confere ao terapeuta ocupacional a qualidade de funcionário público, enquanto que as restantes modalidades de contrato conferem a qualidade de agente. A qualidade de funcionário público pressupõe “uma integração em serviço público administrativo, um teor de estabilidade e uma consciência de profissionalização só consentâneas com o lugar permanente, criado por lei para existir sem limitação de tempo, individualizado e dotado de orçamento” (Rodrigues, 2002). MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 40 O agente será o indivíduo que presta serviço a título temporário e amovível numa pessoa colectiva de direito público, sob a direcção do respectivo órgão, sem ocupar lugar de quadro, embora lhe esteja subjacente uma relação de emprego regida pelo direito público. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 41 2.3.4. Carreira Profissional do Terapeuta Ocupacional no SNS O terapeuta ocupacional encontra-se enquadrado na carreira de Técnico de Diagnóstico e Terapêutica. A origem desta carreira remonta ao Dec.-Lei n.º 414/71, de 27 de Setembro, tendo sido posteriormente alterada pelos Dec.-Reg. N.º 87/77, de 30 de Dezembro, e Dec.-Lei n.º 384-B/85, de 30 de Setembro, e, actualmente o estatuto jurídico da carreira está consagrado no Dec.-Lei n.º 564/99, de 21/12, no qual, em comprimento no disposto no art.º 16.º, n.º2, alínea h), ficou expressamente consagrada a natureza de corpo especial desta carreira. A carreira do terapeuta ocupacional é do tipo vertical, isto é, desenvolve-se por cinco categorias: Técnico de 2ª Classe; Técnico de 1ª Classe; Técnico Principal; Técnico Especialista; Técnico Especialista de 1ª classe. A carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica prevê ainda a existência do cargo de Técnico Director e de uma figura atípica (nem cargo , nem categoria) a do Técnico Coordenador. O ingresso na carreira faz-se pela categoria de Técnico de 2ª Classe, na sequência de processo de concurso de avaliação curricular complementada com MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 42 entrevista profissional de selecção, a que se podem candidatar todos os terapeutas ocupacionais com curso superior ministrado pelos estabelecimentos de ensino legalmente reconhecidos. A promoção do terapeuta ocupacional, isto é, o acesso à categoria seguinte, depende da permanência do período mínimo de três anos na categoria imediatamente inferior, com avaliação de desempenho de satisfaz, segundo o despacho n.º 13935/2000 (2ª série), publicado no DR n.º 155 (II serie) de 7/7/2000. A escala salarial varia entre o Índice 110, que corresponde ao escalão 1 da categoria de Técnico de 2ª Classe, e o índice 270, correspondente ao 2º e último do cargo de Técnico Director. O regime normal de trabalho do terapeuta ocupacional é de 35 horas semanais, podendo em casos devidamente fundamentados e sempre que as necessidades de funcionamento dos serviços o justifiquem, ser adoptado o regime de 42 horas semanais, caso em que o terapeuta tem o direito a auferir um acréscimo salarial de 37% sobre a remuneração da respectiva categoria. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 43 3. METODOLOGIA 3.1. Tipo de Estudo Este estudo classifica-se como descritivo e transversal. O estudo considera-se descritivo, uma vez que a investigação envolve a colheita e descrição da população em estudo, fornecendo informação acerca da mesma. É transversal porque as informações são recolhidas num período limitado de tempo e num único momento (Ribeiro, 1999). 3.2. Questões 3.2.1. Questão Orientadora Qual a caracterização pessoal, profissional e académica, assim como o número de efectivos e a sua distribuição geográfica, pelos dezoito distritos de Portugal continental, dos Terapeutas Ocupacionais que exercem funções no SNS? 3.2.2. Questões Especificas Qual o número de terapeutas ocupacionais que exercem funções no SNS em cada região e distrito de Portugal continental? MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 44 Qual o número de terapeutas ocupacionais por 100.000 habitantes por região de saúde? Em que tipo instituições do SNS (centros de saúde, hospitais gerais/ especializados e outras) exercem funções os terapeutas ocupacionais? Qual a percentagem de terapeutas ocupacionais do SNS no grupo profissional dos TDTs? Qual o sexo dos terapeutas ocupacionais do SNS? Qual a média de idades dos terapeutas ocupacionais do SNS? À quanto tempo os terapeutas ocupacionais do SNS exercem a profissão? Qual o tempo de exercício profissional dos terapeutas ocupacionais do SNS no actual local de trabalho? Em que ano é que os terapeutas ocupacionais do SNS ingressaram neste serviço pela primeira vez? Que tipo de vínculo profissional possuem os terapeutas ocupacionais do SNS? Qual a categoria profissional dos terapeutas ocupacionais do SNS? Quantos terapeutas ocupacionais do SNS trabalham em paralelo noutras instituições? Qual o vencimento líquido auferido pelos terapeutas ocupacionais do SNS? Em que áreas de intervenção da Terapia Ocupacional actuam os terapeutas ocupacionais do SNS? Qual o grau de formação académica dos terapeutas ocupacionais do SNS? Que escola é que os terapeutas ocupacionais do SNS frequentaram para a obtenção do curso base de Terapia Ocupacional? MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 45 Os terapeutas ocupacionais do SNS encontram-se a frequentar formação de nível académico? 3.3. Variáveis em Estudo As variáveis do estudo, são variáveis de caracterização, que permitem caracterizar a amostra e sobre as quais se irá proceder à recolha de informação. Variáveis: 1. Distrito do local de trabalho – esta variável compreende os dezoito distritos de Portugal continental, sendo estes os seguintes: Viana do Castelo Braga Bragança Porto Aveiro Viseu Guarda Coimbra Castelo Branco Leiria Lisboa Setúbal MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 46 Santarém Beja Évora Portalegre Faro 2. Região de saúde – esta variável compreende as cinco regiões de saúde em que o território português se encontra dividido, sendo estas as seguintes: Região Norte Região Centro Região de LVT Região do Alentejo Região do Algarve 3. Tipo de instituições do SNS – esta variável refere-se ao tipo de instituição em que os terapeutas ocupacionais do SNS exercem a sua actividade profissional. Podem ser entre outras: Centro de Saúde Hospital distrital Hospital central Hospital Especializado 4. Sexo – permite caracterizar a amostra em dois tipos: Masculinos Femininos MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 47 5. Idade – é um factor biológico que representa o número de anos que determinada pessoa conta desde o seu nascimento até à actualidade. Para tratamento estatístico desta variável, agrupamos os dados por classes da seguinte forma: < 25 anos 25 – 34 anos 35 – 44 anos 45 – 54 anos 55 – 64 anos = 65 anos 6. Tempo de exercício da profissão de terapeuta ocupacional – refere-se ao número de anos que os terapeutas ocupacionais do SNS exercem a profissão. Para tratamento estatístico desta variável, agrupamos os dados por classes da seguinte forma: < 1 ano 01-05 anos 06-10 anos 11-15 anos 16-20 anos 21-25 anos 26-30 anos 30 anos 7. Tempo de exercício da profissão no actual local de trabalho – refere-se ao tempo que os terapeutas ocupacionais do SNS exercem a profissão de MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 48 terapeutas ocupacionais no local de trabalho em que se encontram na actualidade. Para tratamento estatístico desta variável, agrupamos os dados por classes da seguinte forma: < 1 ano 01-05 anos 06-10 anos 11-15 anos 16-20 anos 21-25 anos 26-30 anos 30 anos 8. Ano de ingresso no SNS – refere-se ao ano cronológico em que os terapeutas ocupacionais do SNS iniciaram a sua actividade profissional neste serviço. Para tratamento estatístico desta variável, agrupamos os dados por classes da seguinte forma: < 1 ano 01-05 anos 06-10 anos 11-15 anos 16-20 anos 21-25 anos 26-30 anos 30 anos MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 49 9. Tipo de Vinculo profissional – esta variável poderá compreender os três tipos de vinculo: Contrato de avença Contrato a termo certo Quadro 10. Categoria profissional – indica a categoria profissional atribuída ao terapeuta ocupacional no SNS, estas podem ser: Técnico de 2ª classe Técnico de 1ª classe Terapeuta Principal Terapeuta Especialista Terapeuta Especialista de Primeira 11. Outros locais de trabalho em paralelo com o SNS – refere-se a outros locais de exercício profissional além do SNS, estes podem ser por exemplo IPSS, instituições privadas ou misericórdias. 12. Vencimento líquido auferido no SNS – refere-se ao ordenado líquido que os terapeutas ocupacionais do SNS recebem pelas funções que desempenham neste serviço. Para tratamento estatístico desta variável, agrupamos os dados por classes da seguinte forma: Até 700 euros 700 a 800 euros 800 a 900 euros 900 a 1000 euros 1000 a 1100 euros MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 50 1100 a 1200 euros 1200 a 1300 euros 1400 a 1500 euros Mais de 1500 euros 13. Área de intervenção – esta variável contempla o tipo de população, patologia e faixa etária, com que o terapeuta ocupacional do SNS intervêm. 14. Grau académico – nível de formação apresentada por cada indivíduo da amostra, apresenta cinco níveis: Bacharelato Licenciatura Mestrado Doutoramento Bacharelato+CESE 15. Escola em que tirou o curso de Terapia Ocupacional – esta variável refere-se à instituição frequentada para tirar o curso de Terapia Ocupacional, que no caso dos terapeutas formados em Portugal serão as seguintes: Escola Superior de Saúde do Alcoitão Escola Superior de Tecnologias e Saúde do Porto 16. Ano de conclusão do curso de Terapia Ocupacional– data da conclusão do curso base de Terapia Ocupacional. 17. Frequência de formação de nível académico – refere-se ao nível da formação frequentada pelos terapeutas ocupacionais. Apresenta quatro níveis. Licenciatura MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 51 Mestrado Doutoramento Pós graduação 3.4. Participantes e Processo de Amostragem 3.4.1. População A população deste estudo é constituída por todos os indivíduos que se encontram a desempenhar funções de terapeuta ocupacional no SNS. 3.4.2. Amostra Foram seleccionados da população total de 159 terapeutas ocupacionais a exercer funções no SNS, 153 participantes. Houve 16 terapeutas aos quais não foi possível enviar os inquéritos, por encontrarem-se com baixa médica, férias entre outros motivos Os critérios utilizados na inclusão dos participantes na amostra foram: Estarem a exercer funções no SNS; Estarem a trabalhar na altura da distribuição dos questionários. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 52 Dos 169 participantes seleccionados, para integrar a amostra, responderam ao questionário 58%, ou seja, 89 participantes como se pode observar no gráfico 3. Não responderam ao questionário 42% (n=64) Responderam ao questionário 58% (n=89) Gráfico 3 – Percentagem de respostas ao questionário MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 53 3.5. Instrumento de Recolha de Dados Foram utilizados dois instrumentos para a recolha de dados: grelhas para quantificação dos terapeutas ocupacionais do SNS a nível distrital (apêndice I) e um questionário (apêndice II) Grelhas para quantificação dos terapeutas ocupacionais do SNS a nível distrital As grelhas para quantificação dos terapeutas ocupacionais do SNS foram concebidas por nós. Foram construídas cinco grelhas, uma por região de saúde, cada uma delas dividida pelas várias sub-região de saúde, que abrangem um total de dezoito subregiões. Em cada grelha encontram-se identificadas todas as instituições pertencentes ao SNS, de cada região de saúde. A identificação das instituições encontra-se dividida em hospitais, centros de saúde e outras instituições do SNS. Existe ainda um espaço destinado à quantificação dos terapeutas ocupacionais do SNS por instituição. Questionário O questionário é constituído por 18 questões, com perguntas fechadas e de administração directa, dividido em três partes distintas. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 54 A primeira parte do questionário, pretende recolher dados relativos à identificação do terapeuta ocupacional, sexo e idade, e corresponde às questões 1.1 e 1.2 do questionário. A segunda parte é composta por doze questões relacionadas com a situação profissional do terapeuta ocupacional: identificação da instituição em que trabalha; qual departamento/serviço; tipo de instituição do SNS; distrito do local de trabalho; tempo de exercício da profissão de terapeuta ocupacional; ano de ingresso no SNS; tempo de exercício de funções no actual local de trabalho; tipo de vinculo com o SNS; categoria profissional; outros locais de trabalho além do SNS; vencimento líquido auferido; área de intervenção. A estas questões correspondem as perguntas 2.1; 2.2; 2.3; 2.4; 2.5; 2.6; 2.7; 2.8; 2.9; 2.10; 2.11 e 2.12. A terceira e última parte do questionário é constituída por quatro perguntas relativas à situação académica do inquirido: grau académico; escola frequentada no curso base de terapia ocupacional; ano em que terminou o curso de terapia ocupacional; frequência actual de formação de nível académico. A estas questões correspondem as perguntas 3.1; 3.2; 3.3 e 3.4. Na primeira folha do questionário é dada uma nota introdutória, onde é explicado o objectivo do estudo e a que se destinam os dados fornecidos. É também garantido o anonimato e confidencialidade das informações facultadas no preenchimento do questionário. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 55 3.6. Procedimentos Construção do Questionário Na construção do questionário seguimos os passos normalmente recomendados para o desenvolvimento deste tipo de instrumento de recolha de dados. Começamos por uma produção de questões, a partir das questões orientadoras da pesquisa. Assim, de um primeiro conjunto de items, procedemos à sua selecção para evitar repetições, escolhendo as formulações mais sintéticas e adequadas ao objectivo do nosso estudo, privilegiando a simplicidade de resposta. Após discussão com os orientadores do estudo, conhecedores do objecto de estudo, foi construída uma versão preliminar do questionário. Esta foi submetida a um pré-teste, realizado a um conjunto de cinco terapeutas ocupacionais do SNS. A partir da análise das críticas e sugestões obtidas no pré-teste, construímos a versão final do questionário. Recolha de dados Num primeiro momento, procedeu-se ao levantamento dos terapeutas ocupacionais integrados no SNS a nível distrital, através das grelhas de quantificação dos terapeutas ocupacionais a exercer funções no SNS (apêndice II). Estas foram enviadas por correio acompanhadas de uma carta explicativa do objectivo do estudo (apêndice III) e de um envelope devidamente endereçado e selado para o posterior MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 56 reenvio. Este envio foi efectuado para as cinco Administrações Regionais de Saúde referentes às cinco regiões de saúde (Norte; Centro; Lisboa e Vale do Tejo; Alentejo e Algarve), solicitando o preenchimento das referidas grelhas. Este envio decorreu durante a primeira semana do mês de Junho de 2002. Após a recepção das grelhas de quantificação dos terapeutas ocupacionais devidamente preenchidas, foi efectuada a sua distribuição pelos dezoito distritos de Portugal continental. Foi identificada a totalidade das instituições do SNS que possuíam entre o efectivo de pessoal terapeutas ocupacionais, tendo estes sido contactados por telefone, com o objectivo de sensibilizá-los para o estudo, assim como solicitar autorização e a correcta direcção da instituição para efectuar o envio dos questionários. Os questionários para os terapeutas ocupacionais foram enviados por correio, para as diversas instituições onde estes desempenhavam funções. Este envio foi efectuado na primeira e segunda semana do mês de Setembro de 2002, acompanhados de uma carta explicativa da natureza do trabalho e das razões para a sua inclusão no estudo (apêndice IV). Foram igualmente incluídos envelopes selados e endereçados para o envio das respostas. Foram enviados 153 questionários num total de 169 terapeutas ocupacionais identificados como funcionários do SNS. Após o envio dos questionários, foi dado um período de quatro semanas para a recepção dos mesmos. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 57 3.6.1. Análise dos Dados Após a recepção dos questionários, procedeu-se à sua numeração e introdução numa base de dados (apêndice V), utilizando para isso o programa informático Excel 2000 e SPSS 10.0 for Windows. Procedeu-se à descrição estatística das variáveis em estudo através da apresentação das frequências absolutas e do cálculo de frequências relativas e acumuladas. Será também calculado um indicador com base no n.º de terapeutas ocupacionais do SNS, por cada 100.000 habitantes. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 58 4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 4.1. Grelhas para quantificação dos Terapeutas Ocupacionais do SNS Após a primeira fase do estudo, ou seja, o levantamento do número de terapeutas ocupacionais junto das Administrações Regionais de Saúde, foi possível proceder de forma bastante fiável, à distribuição geográfica e quantificação dos terapeutas ocupacionais que desempenham a sua actividade no SNS. De seguida, serão apresentados os resultados obtidos a partir da análise das grelhas para quantificação dos terapeutas ocupacionais do SNS (apêndice I). O quadro 4 apresenta a distribuição e quantificação dos terapeutas ocupacionais do SNS pelas cinco regiões de saúde. Região de Saúde Total LVT Centro Norte Algarve Alentejo N.º de terapeutas ocupacionais 80 33 30 19 7 169 Percentagem (%) 47,3 19,5 17,8 11,2 4,1 100,0 Quadro 4 - Distribuição do número e percentagem de terapeutas ocupacionais por região de saúde. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 59 Perante a observação do quadro 4, podemos constatar que a região de saúde de LVT, é a região com o maior número de terapeutas ocupacionais (80), com 47,3% do total nacional. A região Centro é a segunda região com maior número de terapeutas (30), 19,5% do total nacional, segue-se a região de saúde do Norte com 30 profissionais, 17,8% do total nacional, em quarto lugar vem a região de saúde do Algarve com 19 profissionais, representando 11,2% do total nacional. A região do Alentejo demonstra ser a região mais desfavorecida quanto à presença de terapeutas ocupacionais, contando com 7 terapeutas nos seus serviços, o que representa 4,1% do total nacional. O gráfico seguinte (gráfico 4) dá-nos uma perspectiva gráfica da liderança da região de LVT relativamente ao n.º de terapeutas ocupacionais. 19 Algarve 7 Alentejo 80 LVT 33 Centro 30 Norte 0 20 40 60 80 100 N.º de TO's Gráfico 4 - Distribuição do número de terapeutas ocupacionais por região de saúde MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 60 Passamos agora à análise da distribuição de terapeutas ocupacionais , a nível distrital. O quadro 5 apresenta a distribuição e quantificação dos terapeutas ocupacionais do SNS, pelos dezoito distritos de Portugal continental. Lisboa Faro Distritos Porto Coimbra Santarém Setúbal Braga Leiria Viseu Bragança Viana do Castelo Aveiro Castelo Branco Évora Portalegre Vila Real Guarda Beja Total N.º de terapeutas ocupacionais 59 19 16 14 11 10 8 6 5 3 3 4 4 4 3 0 0 0 Percentagem (%) 169 100% 35% 11% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 0 0% 0% Quadro 5 - Número e percentagem de terapeutas ocupacionais por distrito. Da análise do quadro anterior (quadro 5), verificamos que o distrito de Lisboa, apresenta o valor mais elevado de terapeutas ocupacionais (59). Em segundo lugar encontra-se o distrito de Faro (19) e em terceiro lugar o distrito do Porto (16). É de salientar que nos distritos de Vila Real, Guarda e Beja, não foram identificados terapeutas ocupacionais no SNS. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 61 O gráfico 5 evidencia a liderança do distrito de Lisboa relativamente ao número 70 59 60 50 40 30 3 Portalegre Faro 4 Évora 0 Beja Coimbra Guarda 19 10 Setúbal 6 0 11 Lisboa Viseu 4 Leiria 5 Castelo Branco 4 Aveiro Porto 3 Bragança 0 Vila Real 0 8 3 Braga 10 14 Santarém 16 20 Viana do Castelo N.º de Terapeutas Ocupacionais de terapeutas ocupacionais. Gráfico 5 – Distribuição do número de terapeutas ocupacionais do SNS por distrito. A seguir será apresentada a razão* de terapeutas ocupacionais em relação à população de cada região de saúde, por 100.000 habitantes. O quadro 6 apresenta a razão de terapeutas ocupacionais por 100.000 habitantes, por região de saúde. Região de saúde Algarve LVT Alentejo Centro Norte Continente n.º de habitantes 348.650 3 233.090 446.740 2 319.390 3 126.200 9 474.070 terapeutas ocupacionais / 100.000 hab. (razão) 5,45 2,47 1,57 1,42 0,96 1,75 Quadro 6 - Razão do número terapeutas ocupacionais do SNS por 100.000 hab. por região de saúde. * razão = n.º de terapeuta ocupacionais n.º de habitantes MARCO NOBRE x 100.000 ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 62 Como se pode observar no quadro 6, a região do Algarve é a que apresenta a maior razão, com 5,45 terapeutas por 100.000 habitantes. A região de LVT apresenta a segunda maior razão de terapeutas ocupacionais, com 2,47 terapeutas por 100.000 habitantes, em terceiro e quarto lugar encontra-se respectivamente a região do Alentejo com 1,57 terapeutas e a região do Centro com 1,42 terapeutas por 100.000 habitantes. O último lugar é ocupado pela região de saúde do Norte, com uma razão de 0,96 terapeutas ocupacionais por 100.000 habitantes. Em relação à população total de Portugal continental, constatamos que o SNS disponibiliza a nível nacional, 1,75 terapeutas ocupacionais para cada 100.000 habitantes. O gráfico 6 evidencia a liderança da região do Algarve, em relação ao número de terapeutas ocupacionais por 100.000 habitantes. Algarve 5,45 Alentejo 1,57 LVT 2,47 Centro 1,42 Norte 0,96 0 1 2 3 4 5 6 Gráfico 6- Razão do número terapeutas ocupacionais do SNS por 100.000 hab. por região de saúde. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 63 De seguida, será apresentada a análise da distribuição dos terapeutas ocupacionais do SNS em relação ao tipo de instituições em que se encontram inseridos (Hospitais centrais e especializados, hospitais distritais, centros de saúde e outras instituições). O quadro que se segue (quadro 7) apresenta a distribuição de terapeutas ocupacionais do SNS por região, segundo o tipo de instituição de saúde em que se encontram inseridos. Região de saúde Norte Centro LVT Alentejo Algarve Total N.º de terapeutas ocupacionais em hospitais centrais e especializados 15 14 49 0 0 78 N.º de terapeutas ocupacionais em hospitais distritais N.º de terapeutas ocupacionais em centros de saúde 12 18 21 7 13 71 2 1 10 0 6 19 N.º de terapeutas ocupacionais em outras instituições do SNS 1 0 0 0 0 1 Quadro 7– Distribuição do número de terapeutas ocupacionais por tipo de instituição de saúde e por região de saúde Quanto à distribuição de terapeutas ocupacionais do SNS por estabelecimentos de saúde, poderemos observar no quadro 7 e gráfico 7, que a grande maioria destes profissionais se encontram a desempenhar a sua actividade em hospitais (149), representando 88,2% dos efectivos de terapia ocupacional do SNS, 42,0% em hospitais distritais e 46,2% em hospitais centrais e especializados. Verifica-se que a região de LVT é a que apresenta o maior número de terapeutas ocupacionais em hospitais centrais e especializados e em hospitais distritais. Os centros de saúde, com 19 terapeutas ocupacionais, empregam 11,2% dos terapeutas do SNS. De salientar o facto de não terem sido identificados terapeutas MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 64 ocupacionais nos centros de saúde da região do Alentejo. A região de LVT é a que apresenta o maior número de terapeutas ocupacionais em centros de saúde. Das restantes instituições do SNS apenas foi identificado 1 terapeuta ocupacional, no Centro Regional de Alcoologia do Norte, representando 0,6% do total dos efectivos de Terapia Ocupacional do SNS. Centros de Saúde 11,2% (n=19) Outras Instituições 0,6% (n=1) Hospitais Centrais e Especializados 46,2% (n=78) Hospitais Distritais 42,0% (n=71) Gráfico 7 – Percentagem de terapeutas ocupacionais do SNS por tipo de instituição de saúde MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 65 O quadro que se segue (quadro 8) apresenta a distribuição dos terapeutas ocupacionais do SNS por tipo de instituições de saúde, a nível distrital. Distritos Porto Bragança Vila Real Braga Viana do Castelo Aveiro Viseu Guarda Coimbra Castelo Branco Leiria Lisboa Santarém Setúbal Beja Évora Portalegre Faro Total N.º de terapeutas ocupacionais em hospitais centrais e especializados 10 0 0 5 0 0 0 0 14 0 0 49 0 0 0 0 0 0 N.º de terapeutas ocupacionais em hospitais distritais N.º de terapeutas ocupacionais em centros de saúde 3 3 0 3 3 4 5 0 0 4 5 6 5 10 0 4 3 13 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 4 6 0 0 0 0 6 N.º de terapeutas ocupacionais em outras instituições do SNS 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 78 71 19 1 Quadro 8 – Distribuição do número de terapeutas ocupacionais por distrito e por tipo de instituição de saúde Pela análise do quadro 8, verificamos que o distrito de Lisboa é o que apresenta maior número de terapeutas ocupacionais (49) em hospitais centrais e especializados. No distrito de Faro verifica-se o maior número de terapeutas ocupacionais (13) em hospitais distritais. No que se refere aos centros de saúde, verifica-se que o maior número de terapeutas ocupacionais encontram-se nos distritos de Santarém (6) e de Faro (6). MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 66 Ao ser feita a comparação do número total de terapeutas ocupacionais do SNS (169) com o grupo profissional dos TDT’s, verificamos, através do gráfico 8, que de entre as dezoito profissões que constituem este grupo, com um total de 6.303 efectivo no SNS, os terapeutas ocupacionais representam 2,7%. Terapeutas Ocupacionais 2,7% (n=169) TDTs 97,3% (n=6134) Gráfico 8 - Percentagem de terapeutas ocupacionais no grupo profissional de TDTs. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 67 4.2. Questionário De seguida, serão apresentados os resultados da análise estatística dos questionários distribuídos junto dos terapeutas ocupacionais do SNS. Após a análise dos questionários, foi possível elaborar quadros de síntese para cada pergunta. Estes quadros ilustram as frequência totais de respostas relativas a cada questão, assim como as respectivas percentagens obtidas. O quadro 9 apresenta os dados referentes às perguntas n.º 1.1 e 1.2 do questionário, referentes à idade e sexo dos terapeutas ocupacionais do SNS. Sexo Idade Total < 25 anos 25 – 34 anos 35 – 44 anos 45 – 54 anos 55 – 64 anos > = 65 anos Feminino 3 31 29 11 4 1 Masculino 2 7 0 1 0 0 Total 5 38 29 12 4 1 Percentagem 5,6 42,7 32,6 13,5 4,5 1,1 79 10 89 100 Quadro 9 – Frequência e percentagens de resposta em relação à idade e sexo dos terapeutas ocupacionais do SNS masculino 11,2% (n=10) feminino 88,8% (n=79) Gráfico 9 – Percentagem de terapeutas ocupacionais do SNS em relação ao sexo. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 68 O quadro 9 e gráfico 9 mostram que a população de terapeutas ocupacionais do SNS, é na sua maioria do sexo feminino, representando 88,8% do total da amostra em estudo. 45-54 13,5% (n=12) 35-44 32,6% (n=29) 55-64 4,5% (n=4) > = 65 anos 1,1% (n=1) < 25 anos 5,6% (n=5) 25-34 42,7% (n=38) Gráfico 10 – Percentagem de terapeutas ocupacionais do SNS em relação à idade. Relativamente à idade dos terapeutas ocupacionais do SNS, podemos constatar no quadro 9 e no gráfico 10, que a amostra deste estudo é maioritariamente jovem, uma vez que mais de dois terços dos efectivos (80,9%), tem entre os 18 e 44 anos de idade. Como se pode constatar, o grupo etário mais significativo é o correspondente aos 25-34 anos, quer em termos do número de efectivos globais (42,7%), quer em termos de distribuição por sexos. A classe que apresentou a percentagem mais baixa de, foi a classe de sujeitos com idade igual ou superior a 65 anos, tendo-se obtido uma frequência de 1, o que representa 1,1%. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 69 O quadro 10 apresenta os resultados referentes às perguntas 2.5 do questionário, referente ao tempo de exercício da profissão de terapeuta ocupacional. Tempo Total < 1 ano 01-05 anos 06-10 anos 11-15 anos 16-20 anos 21-25 anos 26-30 anos > 30 anos Tempo de exercício da profissão de TO 5 14 21 19 9 12 5 4 89 Percentagem 5,6 15,7 23,6 21,3 10,1 13,5 5,6 4,5 100 Quadro 10- Frequência e percentagens de respostas por categoria à pergunta “Há quanto tempo exerce a profissão de terapeuta ocupacional?” No que respeita ao tempo de exercício da profissão de terapeuta ocupacional, verificamos que a maior frequência (21) situa-se no grupo dos 6 a 10 anos com 23,6%, a frequência mais baixa (4), encontra-se nos sujeitos que exercem a profissão de terapeutas ocupacionais à mais de 30 anos, com 4,5%. Podemos constatar que a grande maioria dos terapeutas ocupacionais que exercem funções no SNS, desempenham a profissão de terapeutas ocupacionais à menos de 15 anos, representando 65,9% da amostra. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 70 O quadro 11 apresenta os resultados referentes às perguntas 2.7 do questionário, referente ao tempo de exercício da profissão de terapeuta ocupacional no actual local de trabalho. Tempo Total < 1 ano 01-05 anos 06-10 anos 11-15 anos 16-20 anos 21-25 anos 26-30 anos > 30 anos Tempo no actual local de trabalho do SNS 9 32 20 15 4 4 2 3 89 Percentagem 10,1 36,0 22,5 16,9 4,5 4,5 2,2 3,4 100 Quadro 11 – Frequência e percentagens de resposta por categoria à pergunta “ Há quanto tempo se encontra a desempenhar funções no actual local de trabalho?” Referente ao tempo de desempenho de funções de terapeuta ocupacional no actual local de trabalho do SNS, podemos verificar no quadro 11, que a maior frequência de resposta se situa no grupo de 1 a 5 anos, com 36,0%. O grupo menos representativo, é o grupo de 26 a 30 anos com 2,2%. O quadro 12 apresenta os dados referentes à pergunta n.º 2.6 do questionário, a qual refere-se ao ano de ingresso no SNS, pela primeira vez. Ano em que ingressou no SNS, pela primeira vez? Frequência Percentagem Percentagem acumulada 1 1,1 1,1 Antes de 1968 5 5,6 6,7 1968 – 1972 4 4,6 11,3 1973 – 1977 7 7,9 19,2 1978 – 1982 10 11,2 30,4 1983 – 1987 10 11,2 41,6 1988 – 1992 21 23,6 62,5 1993 – 1997 31 34,8 100 1998 - 2002 Total 100,0 Ano Quadro 12 – Frequência e percentagens por categoria, referentes à resposta da questão “Em que ano ingressou no SNS, pela primeira vez?” MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 71 Perante a observação do quadro 12, podemos constatar que o ano em que se verificou a entrada de um maior n.º de terapeutas ocupacionais no SNS foram os últimos cinco anos, ou seja, entre 1998 e 2002, com uma frequência de resposta de 31, equivalente a 34,8% da amostra. Perante a observação dos gráficos 14, podemos constatar que a entrada de terapeutas ocupacionais no SNS tem vindo aumentar, sendo esse aumento mais evidente na ultima década, tendo-se registado a entrada de 58,4% do total da amostra em estudo durante este período de tempo. n.º de Terapeutas Ocupacionais 35 30 25 20 15 10 5 0 Antes de 1968 1968 – 1972 1973 – 1977 1978 – 1982 1983 – 1987 1988 – 1992 1993 – 1997 1998 - 2002 Gráfico 11 – Evolução da frequência do número de entradas de terapeutas ocupacionais no SNS MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 72 O quadro 13 apresenta os dados referentes à pergunta 2.8, do questionário, discriminando os terapeutas ocupacionais do SNS segundo o tipo de vínculo que detém com as instituições em que se inserem. Qual o tipo de vínculo profissional que o/a liga ao SNS? Tipo de Vinculo Frequência Percentagem Percentagem acumulada Contrato de avença 1 1,1 1,1 Contrato a termo Certo 11 12,4 13,5 Quadro 77 86,5 100,0 Total 89 100,0 Quadro 13 – Frequência e percentagens de resposta em relação à questão “Qual o tipo de vínculo que o/a liga ao SNS?” Mediante a observação do quadro 13, podemos constatar que, os terapeutas ocupacionais do SNS possuem na sua maioria ligação aos quadros das instituições, com uma frequência de respostas de 77, o equivalente a 86,5% da amostra. O segundo tipo de vinculo mais frequente, é o contrato a termo certo com uma frequência de resposta de 11 (12,4%), o vinculo menos usual é o contrato por avença, com frequência de 1, equivalente a 1,1% da amostra. O quadro seguinte (quadro 14) apresenta a frequência de respostas à pergunta 2.9, referente à categoria profissional dos terapeutas ocupacionais do SNS Qual a sua categoria no SNS? Categoria Frequência Percentagem Percentagem acumulada Técnico de 2ª classe 35 39,3 39,3 Técnico de 1ª classe 19 21,3 60,7 Terapeuta Principal 15 16,9 77,5 Terapeuta Especialista 16 18,0 95,5 Terapeuta Especialista de 1ª classe 4 4,5 100,0 89 100,0 Total Quadro 14 – Frequências e percentagens de resposta em relação à questão “Qual a sua categoria profissional no SNS?" MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 73 Como se pode observar no quadro 14, a maior percentagem de terapeutas ocupacionais encontram-se na categoria de técnicos de 2ª classe, com uma frequência de 35 (39,3%). A segunda categoria mais representativa é a de técnico de 1ª classe, com frequência de 19 (21,3%), segue-se em terceiro lugar a categoria de terapeuta principal, com frequência de 15 (16,9%), em quarto lugar encontra-se a categoria de terapeuta especialista, com uma frequência de 16 (18%). A categoria menos representativa é a categoria de terapeuta especialista de 1ª classe, com frequência de 4 (4,5%). O gráfico 12 apresenta os dados referentes à análise da pergunta 2.10 do questionário, referente ao facto de os terapeutas ocupacionais do SNS trabalharem ou não noutros locais além do SNS. Sim 42,7% (n=38) Não 57,3% (n=51) Gráfico 12 – Percentagem de terapeutas ocupacionais do SNS que trabalham noutros locais além do SNS. Pela análise do gráfico 12, verificamos que com uma frequência de 51 (57,3%) a maioria dos terapeutas ocupacionais do SNS não trabalham noutros locais além do MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 74 SNS. Sendo que os terapeutas ocupacionais que trabalham noutros locais além do SNS, com uma frequência de 38 representam 42,7% da amostra. O quadro 15 apresentam os dados referentes à pergunta 2.10, no que diz respeito ao tipo de instituições em que os terapeutas ocupacionais do SNS trabalham em paralelo com o SNS. Se sim em que tipo de instituição Frequência Percentagem 3 7,9 IPSS 1 2,6 Misericórdia 23 60,5 Instituição privada 11 29,0 Outra Total 38 100,0 Quadro 15 – Frequência e percentagens de resposta em relação à questão referente ao tipo de instituição em que trabalha em paralelo com o SNS. Podemos verificar no quadro 15, que dos 38 elementos da amostra que trabalham noutros locais além do SNS, 2,6% (1) trabalham em Misericórdias, sendo esta a percentagem mais baixa, seguida dos terapeutas ocupacionais que trabalham em IPSS, representando 7,9% (3). Verifica-se que a grande maioria destes terapeutas ocupacionais encontram-se a trabalhar em instituições privadas, sendo muitas vezes referidas clínicas de medicina física e reabilitação. Estes terapeutas ocupacionais representam 60,5% dos que trabalham noutros locais além do SNS. Foram ainda referidas outras instituições, além das citadas anteriormente, sendo estas representativas de 29,0% desta parte da amostra. Foram focadas pelos inquiridos como outras instituições, gabinetes de apoio técnico, cooperativas de ensino, Ministério da Defesa, entre outras. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 75 O quadro 16 apresenta os dados referentes à pergunta 2.10, no item que se refere aos motivos que levam os terapeutas ocupacionais do SNS a trabalharem noutros locais além do SNS. Total ...que motivos o levam a trabalhar noutros locais além do SNS? Motivos Frequência Percentagem Percentagem acumulada 36 70,6 70,6 Financeiros 6 11,8 82,4 Aperfeiçoamento técnico 9 17,6 100,0 Gratificação profissional 51 100,0 Quadro 16 – Frequência e percentagem de resposta à questão “...que motivos o levam a trabalhar noutros locais além do SNS” Pela análise do quadro 15 podemos verificar, que a maioria dos terapeutas ocupacionais (70,6%) apontam o aspecto financeiro como motivo para trabalharem noutros locais além do SNS. O aperfeiçoamento técnico e a gratificação profissional verificaram respectivamente, uma frequência de 6 e 9. O quadro 17 apresenta os dados referentes à pergunta 2.11 do questionário, referindo-se ao vencimento mensal auferido pelos terapeutas ocupacionais do SNS. Qual o vencimento mensal líquido que aufere no SNS? Vencimento Frequência Percentagem Percentagem acumulada 1 1,1 1,1 Até 700 € 24 27,0 28,1 700 a 800 € 19 21,4 49,4 800 a 900 € 13 14,6 64,0 900 a 1000 € 14 15,7 79,8 1000 a 1100 € 9 10,1 89,9 1100 a 1200 € 5 5,6 95,5 1200 a 1300 € 3 3,4 98,9 1400 a 1500 € 1 1,1 100,0 Mais de 1500 € Total 89 100,0 Quadro 17 – Frequência e percentagens de resposta à questão “Qual o vencimento líquido que aufere no SNS?” MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 76 Verificamos, pelas respostas dadas, que a maior frequência de resposta (24) refere-se à categoria de 700 a 800 euros, com 27%. A segunda maior frequência de resposta (19) verifica-se na categoria de 800 a 900 euros com 21,4% das respostas, segue-se a categorias de 1000 a 1100 euros com 14 respostas (15,7%). As frequências de resposta mais baixas verificam-se nas categorias, até 700 euros e mais de 1500 euros, ambas com frequência de resposta de 1, o que equivale a 1,1% da amostra total em cada uma das categorias. Os gráfico 13 evidencia o facto de ser a classe de 700 a 800 euros a abranger um maior número de terapeutas ocupacionais no SNS. N.º de Terapeutas Oupacionais 30 25 20 15 10 5 Mais de 1500 euros 1400 a 1500 euros 1200 a 1300 euros 1100 a 1200 euros 1000 a 1100 euros 900 a 1000 euros 800 a 900 euros 700 a 800 euros Até 700 euros 0 Gráfico 13 – Frequência das respostas referentes à pergunta “Qual o vencimento mensal líquido que aufere no SNS?” MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 77 O quadro 18 apresenta os dados referentes à pergunta 2.12 do questionário efectuado, referente à área de intervenção da Terapia Ocupacional em que se encontra a exercer funções no SNS. Nesta questão o total das frequências das respostas não coincide com o universo da amostra, uma vez que nesta questão poderia ser dada mais do que uma resposta em cada categoria, pertencendo assim a mais do que uma das categorias. Em que área de intervenção da Terapia Ocupacional se encontra a exercer funções? Frequência Percentagem Percentagem acumulada 47 23,9 23,9 População Crianças 32 16,2 40,1 Adolescentes 79 40,1 80,2 Adultos 39 19,8 100,0 Idosos 197 100,0 Total 40 34,8 34,8 Patologia Psiquiatria 17 14,8 49,6 Deficiência Mental 58 50,4 100,0 Condições neuro-músculo-esqueléticas 115 100,0 Total 60 39,0 39,0 Contexto Internamento 70 45,4 84,4 Ambulatório 24 15,6 100,0 Na comunidade 154 100,0 Total Quadro 18 – Frequência e percentagens de resposta referentes à questão “Em que área de intervenção da Terapia Ocupacional se encontra a exercer funções?” Podemos observar no quadro 18 e no gráfico 14, que quanto à população com que intervêm, a maioria dos sujeitos (88,8%) refere intervir com adultos. A segunda maior frequência de resposta (47) verifica-se na intervenção com crianças, que representa 52,8% da amostra. As categorias referentes aos idosos (39) e adolescentes (32) registam as mais baixas frequências de resposta, sendo respectivamente de 43,8% para os idosos e 36,0% para adolescentes. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 100,0% 78 88,8% (n=79) 90,0% Percentagem (%) 80,0% 70,0% 60,0% 52,8% (n=47) 43,8% (n=39) 50,0% 36,0% (n=32) 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Crianças Adolescentes Adultos Idosos Gráfico 14 – Percentagem de respostas referentes ao item “Com que população intervém?” Pela análise do quadro 18 e gráfico 15, verificamos que quanto ao tipo de patologia com que intervêm, a maior frequência (58) verifica-se na intervenção com patologias do foro neuro-músculo-esquelético, seguida da intervenção em patologias psiquiátricas, com uma frequência de 40. Em último encontra-se a intervenção em deficiência mental, com uma frequência de resposta igual a 17. 65,2% (n=58) 70,0% Percentagem (%) 60,0% 50,0% 45,0% (n=40) 40,0% 30,0% 19,1% (n=17) 20,0% 10,0% 0,0% Psiquiatria Deficiência Mental Condições neuro-músculoesqueléticas Gráfico 15 - Percentagem de respostas referentes ao item “Intervém com patologias do Foro:” MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 79 Relativamente ao contexto da intervenção, podemos verificar através do quadro 18 e do gráfico 16, que a maior frequência de resposta (70) verifica-se na intervenção em ambulatório que representa 78,6%. A intervenção em internamento encontra-se em segundo lugar, com uma frequência de resposta de 60, abrangendo 67,4% dos sujeitos da amostra. O contexto de intervenção que registou a frequência mais baixa (24) foi a intervenção na comunidade, que abrange 27,0% da amostra. 90,0% 78,6% (n=70) 80,0% Percentagem (%) 70,0% 67,4% (n=60) 60,0% 50,0% 40,0% 27,0% (n=24) 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Internamento Ambulatório Na comunidade Gráfico 16 - Percentagem de respostas referentes ao item “Desempenha funções em que contexto?” MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 80 A seguir serão apresentados os dados referentes à terceira e última parte do questionário. Esta parte refere-se aos dados académicos dos participantes no estudo. O quadro 19 apresenta os dados referentes à pergunta 3.1 do questionário efectuado, referindo-se ao grau académico da amostra. Qual o seu grau académico? Frequência Percentagem Grau académico Bacharelato Licenciatura Mestrado Doutoramento Bacharelato + CESE Total 62 15 0 0 12 89 69,6 16,9 0,0 0,0 13,5 100,0 Percentagem acumulada 69,6 86,5 86,5 86,5 100,0 Quadro 19 – Frequência e percentagem referente à pergunta “Qual o seu grau académico?” Pela analise do quadro 19, verificamos que a maior frequência de respostas (62) verifica-se para o grau académico de bacharelato, com 69,6% da amostra. A segunda maior frequência de resposta (15) verifica-se no grau académico de licenciatura, seguido de bacharelato + CESE com uma frequência de 12, representativo de 13,5% da amostra. Não foram identificados sujeitos com grau académico de mestrado e doutoramento. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 81 O quadro 20 apresenta os dados referentes à pergunta 3.2 do questionário efectuado, referindo-se à escola em que os terapeutas ocupacionais do SNS tiram o curso base de Terapia Ocupacional. Escola Total Em que escola tirou o curso base de TO? Frequência Percentagem Percentagem acumulada 70 78,7 78,7 ESSA 17 19,1 97,8 ESTSP 2 2,2 100,0 Outras escolas 89 100,0 Quadro 20 - Frequência e percentagem referente à pergunta “Em que escola tirou o curso base de TO?” Como se pode observar no quadro 20, a maioria dos sujeitos da amostra, com uma frequência de resposta de 70 (78,7%), tiraram o curso base de Terapia Ocupacional na ESSA, e 17 (19,1%) tiraram o curso base de Terapia Ocupacional na ESTSP. De salientar ainda o facto de 2,2% (2) dos sujeitos da amostra terem tirado o curso base de Terapia Ocupacional em outras escolas. Referem-se especificamente à Universidade de Witwaterssand, na Africa do Sul e à Universidade Central na Venezuela. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 82 O gráfico 17 apresenta os valores obtidos na pergunta 3.4., relativa ao facto de actualmente frequentarem ou não alguma formação de nível académico. Sim 28,1% (n= 25) Não 71,9% (n=64) Gráfico 17 – Percentagem de respostas à questão “Actualmente encontra-se a frequentar alguma formação de nível académico?” Mediante a observação do gráfico 17, podemos constatar que a maior frequência de resposta, verifica-se nos sujeitos que não frequentam formação de nível académico, com uma frequência de resposta de 64 (71,9%) Os sujeitos que frequentam actualmente formação de nível académico apresentam uma frequência de 25 (28,1%). MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 83 O Quadro 21 apresenta os dados referentes à pergunta n.º 3.4 do questionário, referente ao item, do nível académico da formação frequentada. Se sim qual o nível académico? Nível académico Frequência 19 Licenciatura 3 Mestrado 1 Doutoramento 2 Pós-graduação Total 25 Percentagem 76,0 12,0 4,0 8,0 100,0 Quadro 21 – Frequência e percentagem de respostas à pergunta “qual o nível académico frequentado?” Perante a observação do quadro 21, verificamos que dos 25 sujeitos que se encontram a frequentar formação de nível académico, 19 encontram-se a frequentar licenciatura; 2 frequentam pós-graduação; 3 frequentam mestrado e um frequenta doutoramento. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 84 5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Para a discussão dos resultados, iremos fazer uma reflexão acerca dos dados obtidos através das grelhas de quantificação dos terapeutas ocupacionais do SNS, bem como dos questionários. A discussão dos resultados terá por base a apresentação dos resultados obtidos, assim como a revisão de literatura. Na primeira fase do estudo, com a recolha de dados através das grelhas para quantificação dos terapeutas ocupacionais do SNS, podemos verificar que a região de LVT lidera no que se refere ao número de terapeutas ocupacionais no SNS, com a presença de 80 terapeutas ocupacionais. Esta liderança fica a dever-se muito ao papel assumido pelo distrito de Lisboa, distrito onde foram identificados 59 terapeutas ocupacionais. A posição de liderança, assumida pela região de Lisboa, não provoca grande surpresa uma vez que, esta região concentra, um grande número de instituições do SNS. É aqui que se encontra grande parte dos hospitais centrais e especializados, que demonstraram ser empregadores preferenciais para os terapeutas ocupacionais, como veremos adiante. É também nesta região que se encontra uma das escolas de formação de terapeutas ocupacionais, a ESSA, sendo este um factor que poderá promover a fixação dos terapeutas ocupacionais nesta região. Se não surpreende a liderança da região de Lisboa, no que se refere ao número de terapeutas ocupacionais, o mesmo não poderemos dizer em relação à liderança da MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 85 região do Algarve, referente à distribuição de efectivos de terapeutas ocupacionais por 100.000 habitantes, sendo esta a região que apresenta uma maior razão de terapeutas ocupacionais por 100.000 habitantes, sendo esta razão de 5,45 terapeutas ocupacionais por 100.000 habitantes. Este facto poder-se-á dever ao facto de, nos últimos anos, terem vindo a beneficiar nas sucessivas políticas para a saúde, as regiões isoladas e periféricas, com maior concentração de recursos em função da dispersão da população. Relacionado com este aspecto, está a Lei de Bases da Saúde, Lei n.º 48/90, de 24 de Agosto, que contempla a “equidade” como um dos objectivos que norteiam o SNS (Base II, e Base XXIV). Segundo este princípio, os recursos afectos ao sistema devem ser distribuídos entre os indivíduos, os grupos sociais e as regiões, de acordo com as suas necessidades, o que não significa que sejam distribuídos de forma igual (Rodrigues, 2002). No entanto, não será de todo alheio, o facto de o Algarve ser a região de saúde que apresenta o mais baixo valor de população residente (348,650 habitantes) Quanto à distribuição de terapeutas ocupacionais por tipo de estabelecimento de saúde, verificamos que a maioria se encontra em hospitais, 46,2% em hospitais centrais e especializados e 42,0% em hospitais distritais. Nos centros de saúde, encontra-se uma pequena minoria de 11,2%, assim como nas restantes instituições do SNS, com apenas 0,6% dos terapeutas ocupacionais do SNS. O facto de a maior percentagem de terapeutas ocupacionais se encontrar nos hospitais centrais e especializados, pode estar relacionado com a existência, nestes estabelecimentos, de mais serviços que pela sua especialização, apresentam maiores necessidades de mão-de-obra. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 86 Pudemos ainda verificar, a partir da análise das grelhas de quantificação dos terapeutas ocupacionais do SNS, que os terapeutas ocupacionais representam 2,7% do grupo profissional dos TDTs. Tendo em conta que este grupo profissional é constituído por 6.303 profissionais, representando um total de dezoito profissões, a terapia ocupacional poderá encontrar-se desfavorecida em relação às restantes profissões, no que respeita ao número de profissionais. Na segunda fase do estudo, foram analisadas as respostas aos questionários enviados aos terapeutas ocupacionais do SNS, verificando-se uma predominância global do sexo feminino, com 88,8%. Este resultado vem de encontro ao que era esperado, assim como, aos resultados atingidos em estudos realizados por Rodrigues (2002) que, ao analisar os recursos humanos do SNS, definiu a profissão dos TDTs como profissões eminentemente femininas. No que se refere à estrutura etária dos terapeutas ocupacionais do SNS, podemos constatar que, o grupo etário mais significativo é o correspondente aos 25-34 anos de idade, com 42,7%, seguindo-se o escalão dos 35-44 anos de idade, com 32,6%. Este resultado é suportado, com os resultados que Rodrigues (2002) obteve no estudo sobre os TDTs, em que verificou que os escalões etários mais elevados têm diminuído, a par com um crescimento significativo dos escalões mais jovens. Desta forma, parece consistente afirmar que a estrutura etária dos terapeutas ocupacionais do SNS, não apresenta sinais de envelhecimento. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 87 Este facto poderá também estar relacionado com o aumento do número de efectivos de terapia ocupacional na ultima década, como veremos adiante. Relativamente ao tempo de exercício da profissão de terapeuta ocupacional no actual local de trabalho, verificamos que a maior percentagem situa-se no intervalo de 1 a 5 anos, com 36,0%, seguido do intervalo de 6 a 10 anos. Da análise dos dados obtidos, é notório o aumento do número de entradas de terapeutas ocupacionais no SNS na última década. Este facto vem ao encontro das conclusões que Rodrigues (2002) retirou do seu estudo, relativamente aos TDTs. Este autor atribuiu este crescimento ao recente impulso ocorrido na profissão, originado pela atribuição do nível superior aos cursos de tecnologias da saúde. Este impulso originou um aumento da oferta de diplomados, que têm vindo a ser em grande parte, absorvidos pelo sistema de saúde. Na relação contratual entre os terapeutas ocupacionais e o SNS, verificou-se com este estudo que a grande maioria, com 86,5%, encontra-se com vinculo definitivo, ou seja, fazem parte dos quadros das instituições. Na componente não quadro, que compreende os contratos a termo certo e contratos de avença, encontram-se 14,6% dos terapeutas ocupacionais do SNS. Este resultado vem de encontro aos resultados obtidos por Rodrigues (2002), que ao analisar os recursos humanos do SNS, verificou que em 1998, 79,8% dos TDTs se encontravam com vínculos definitivos (quadro) para com o SNS, contra 20,1% que se encontravam em situação precária. A maior percentagem de terapeutas ocupacionais integrados nos quadros, poderá dever-se a uma, ainda recente, integração na administração pública para MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 88 regularização de vínculos precários de longo prazo, decretada pelo governo, através do Decreto-Lei n.º 81-A/96. Ao abordarmos a questão referente à categoria profissional, verificamos que, a maior percentagem (39,3%) encontra-se na classe de técnico de 2ª classe, seguido da classe de técnico de 1ª classe, com 21,3%. Estes valores significam que mais de metade da nossa amostra encontra-se nos dois escalões mais baixos da carreira. Os resultados obtidos, poderão ficar-se a dever ao facto de a maioria (68,6%) ter entrado no SNS há menos de 10 anos, factor que condiciona a subida de escalão para muitos terapeutas ocupacionais, uma vez que a promoção, ou seja, o acesso à categoria seguinte, depende da permanência por um período mínimo de três anos na categoria imediatamente inferior com avaliação de desempenho de satisfaz, segundo o despacho n.º 13935/2000 (2ª série), publicado no DR n.º 155 (II serie) de 7/7/2000. No nosso estudo, verificamos que a maior percentagem (27,0%) dos terapeutas ocupacionais, aufere um vencimento mensal líquido entre 700 e 800 euros, sendo que a maioria (64,0%) aufere um vencimento entre 700 a 1000, e que a média salarial se situa entre os 900 e 1000 euros. Rodrigues (2002) verificou que em 1998, a média salarial dos TDTs era de 952 euros, ilíquidos. Os resultados por nós obtidos, vêm de certa forma de encontro aos resultados obtidos por Rodrigues (2002), apesar de no nosso estudo não existir uma média salarial exacta, no entanto o valor médio encontrado por Rodrigues (2002) cabe no intervalo salarial encontrado por nós. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 89 Verificamos no nosso estudo que 42,7% dos participantes têm outro local de trabalho além do SNS. Na sua maioria (60,5%) trabalham em instituições privadas. Verificamos ainda relativamente a este assunto, que entre os motivos que levam os terapeutas ocupacionais a trabalharem noutros locais, encontra-se em primeiro lugar, o factor financeiro, motivo apontado por 70,6% dos participantes, 17,7% referiu como motivo a gratificação profissional e 11,8% referiu o aperfeiçoamento técnico. Os resultados obtidos, levam a apontar o factor económico, como principal motivo para os terapeutas ocupacionais da nossa amostra trabalharem noutros locais, além do SNS. Relacionado com este facto, estão as conclusões que Rodrigues (2002) retirou no seu estudo, ao verificar que a média salarial dos TDT’s situa-se abaixo da média salarial dos restantes profissionais. Ao questionarmos os participantes no estudo em relação à área de intervenção da Terapia Ocupacional em que se encontram a exercer funções no SNS, constatamos que a maioria (50,4%) intervém em patologias do foro das condições neuro-músculoesqueléticas. A população em que a maior percentagem (40,1%) dos terapeutas ocupacionais intervém é a população adulta. O contexto de intervenção preferencial é o ambulatório, onde intervém 45,4%, dos terapeutas ocupacionais. Ao analisarmos os dados académicos dos participantes no estudo, constatamos que na sua maioria (69,6%), os terapeutas ocupacionais possuem o grau académico de Bacharelato, seguido do grau de licenciatura (16,9%), 13,5% possuem o grau de bacharelato+CESE. Os resultados obtidos, poderão dever-se ao facto de até ao ano de 2000, não existirem em Portugal, licenciaturas em terapia ocupacional. Sendo que anteriormente MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 90 as licenciaturas obtidas pelos terapeutas ocupacionais eram obtidas em outras áreas académicas. Este aspecto certamente condiciona um maior número de licenciados, e favorece o número de bacharéis. Quanto à escola em que os terapeutas ocupacionais do SNS tiraram o curso base de Terapia Ocupacional, verificamos que, a maioria (78,7%) tirou o seu curso na ESSA, encontrando-se a ESTSP em segundo lugar com 19,1%. Foram ainda identificados 2,2% terapeutas ocupacionais formados em escolas estrangeiras. O facto de a ESSA liderar na formação de terapeutas ocupacionais, poderá ser explicado pelo facto da ESSA ter iniciado o curso de Terapia Ocupacional dezasseis anos mais cedo do que a ESTSP, conseguindo certamente colocar mais profissionais no mercado de trabalho. Quanto à frequência de formação de nível académico, verificámos que 28,1% dos participantes no estudo frequentam formação de nível académico. Destes, 21,3% encontram-se a frequentar formação ao nível de licenciatura, 3,4% mestrado, 1,1% doutoramento e 2,2% frequentam formação ao nível de pós-graduação. O facto de a maioria dos terapeutas ocupacionais estarem a frequentar formação ao nível de licenciatura, poderá certamente ser consequência da recente implementação das licenciaturas bietápicas em Terapia Ocupacional, na ESSA e na ESTSP. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 91 6. CONCLUSÃO Ao atingir o final deste estudo, consideramos ter alcançado os objectivos a que nos tínhamos proposto: proceder à distribuição geográfica e caracterizar do ponto de vista pessoal, profissional e académico dos terapeutas ocupacionais a exercer funções no SNS. Através dos instrumentos aplicados, foi possível concluir qual a distribuição geográfica dos terapeutas ocupacionais dos SNS, assim como efectuar uma caracterização pessoal, profissional e académica dos mesmos. Os resultados obtidos, apontam para zonas do país carênciadas no que respeita à presença de terapeutas ocupacionais no SNS, sendo de salientar os casos de Vila Real, Guarda e Beja, distritos em que não foram identificados terapeutas ocupacionais. No que se refere à caracterização pessoal dos terapeutas ocupacionais, podemos concluir que a Terapia Ocupacional é uma profissão predominantemente feminina. No que se refere à estrutura etária, verificou-se que o escalão etário predominante, situa-se entre os 25 e os 34 anos. Foi assim possível concluir que os terapeutas ocupacionais do SNS não apresentam sinais de envelhecimento, ficando evidente o reforço do peso dos mais jovens sobre os menos jovens. No que se refere à caracterização profissional, podemos concluir que, o número de terapeutas ocupacionais no SNS, tem vindo a verificar uma evolução positiva, essencialmente na última década. Verificamos que a grande maioria dos terapeutas MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 92 ocupacionais, apresenta vínculos definitivos para com o SNS, o que é indicador de uma certa estabilidade profissional. Concluímos com este estudo que a maioria dos terapeutas ocupacionais encontra-se nas duas categorias mais baixas da profissão (Técnico de 1ª e de 2ª classe). Esta factor acaba por reflectir-se nos vencimentos auferidos, os quais concluímos que se situam entre 700 e 800 euros para o maior número de terapeutas ocupacionais. O vencimento auferido, demonstrou não ser suficiente para muitos dos participantes no estudo, visto que 47% tem a necessidade de trabalhar em outros locais para além do SNS, referindo a maioria necessidades financeiras. Concluímos ainda que, os terapeutas ocupacionais do SNS, intervém essencialmente com patologias relacionadas com as condições neuro-músculoesqueléticas, intervindo maioritariamente com população adulta, sendo o principal contexto de intervenção o ambulatório. No que se refere à caracterização académica, a maioria dos terapeutas ocupacionais do SNS possui grau académico de bacharelato, tendo a maioria tirado o curso base de Terapia Ocupacional na ESSA. Verificamos que 28,1% dos terapeutas ocupacionais do SNS, encontram-se a frequentar formação de nível académico, sendo que 76,0% destes encontram-se a frequentar licenciaturas. Pensamos que os resultados obtidos no nosso estudo, poderão servir para que as escolas, associações profissionais e terapeutas ocupacionais promovam campanhas de sensibilização e divulgação da profissão, em zonas e serviços onde a mesma não tenha o reconhecimento e a implementação desejados. Procurando-se assim fomentar a participação activa dos terapeutas ocupacionais na promoção da saúde dos portugueses. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 93 Apesar de considerarmos atingidos os objectivos pretendidos, verificamos a importância de reconhecer as limitações existentes, relacionadas com os instrumentos de recolha de dados e a amostra. O questionário por nós construído, embora sujeito a um pré-teste, não foi sujeito a um estudo exaustivo das suas propriedades métricas. Os resultados do estudo não poderão ser generalizados para toda a população de terapeutas ocupacionais, uma vez que apenas traduzem a realidade do SNS. Os resultados do estudo deixam assim em aberto possibilidades pertinentes para futuras investigações. Dessa forma consideramos que seria relevante alargar o estudo aos profissionais que trabalham noutros serviços, de modo a ser possível ter uma perspectiva o mais completa possível da realidade da Terapia Ocupacional em Portugal. Seria também importante voltar a realizar estudos semelhantes nos próximos anos, de modo a ser possível verificar as evoluções ocorridas na profissão e na caracterização dos seus profissionais. MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 94 7. 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F. De Xira Hospital Distrital de Torres Vedras Hospital Condes Castro Guimarães – Cascais Hospital Prof. Dr. Fernando da Fonseca – Amadora Hospital Ortopédico do Dr. José de Almeida Hospital de Curry Cabral Hospital Dona Estefânia Hospital de Egas Moniz Hospital de Júlio de Matos Hospital de Miguel Bombarda Hospital Dr. José Maria Antunes Júnior Hospital de Polido Valente Hospital de Santa Cruz Hospital de Santa Marta Hospital de Santa Maria Hospital de São Francisco Xavier Hospital de Santo António dos Capuchos Hospital de São José Maternidade do Dr. Alfredo da Costa Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto Instituto português de Oncologia Centros de Saúde Centro de Saúde da Ajuda Centro de Saúde da Alameda Centro de Saúde de Alcântara Centro de Saúde de Alenquer Centro de Saúde de Algueirão Centro de Saúde de Alhandra Centro de Saúde de Alvalade Centro de Saúde da Amadora Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos Centro de Saúde de Azambuja Centro de Saúde de Benfica Centro de Saúde de Cacém MARCO NOBRE X X 1 X 5 5 10 7 X 9 6 X X X 2 5 3 2 X X X X X X X X X X X X X X X X ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS Centro de Saúde de Cadaval Centro de Saúde de Carnaxide Centro de Saúde de Cascais Centro de Saúde do Coração de Jesus Centro de Saúde da Graça Centro de Saúde da Lapa Centro de Saúde de Loures Centro de Saúde de Lourinhã Centro de Saúde do Lumiar Centro de Saúde de Luz Soriano Centro de Saúde de Mafra Centro de Saúde de Marvila Centro de Saúde de Odivelas Centro de Saúde de Oeiras Centro de Saúde de Olivais Centro de Saúde de Parede Centro de Saúde de Penha de França Centro de Saúde de Pêro Pinheiro Centro de Saúde de Póvoa de Santa Iria Centro de Saúde de Queluz Centro de Saúde da Reboleira Centro de Saúde de Rio Mouro Centro de Saúde de São Jõao Centro de Saúde de S. Mamede/ Sta. Isabel Centro de Saúde de Sacavém Centro de Saúde do Santo Condestável Centro de Saúde de Sete Rios Centro de Saúde de Sintra Centro de Saúde de Sobral de Monte Agraço Centro de Saúde de Torres Vedras Centro de Saúde de Venda Nova Centro de Saúde de Vila Franca de Xira 99 X X X X X 1 X X X X X X 1 X X 1 X X X X X 1 X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 100 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo Sub-região de saúde de Santarém Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Hospital Nossa Senhora da Graça – Tomar Hospital Distrital de Torres novas Hospital Dr. Manuel Constancio – Abrantes Hospital Distrital de Santarém Centros de Saúde Centro de Saúde de Abrantes Centro de Saúde de Alcanena Centro de Saúde de Almeirim Centro de Saúde de Alpiarça Centro de Saúde de Benavente Centro de Saúde de Cartaxo Centro de Saúde de Chamusca Centro de Saúde de Constância Centro de Saúde de Coruche Centro de Saúde do Entroncamento Centro de Saúde de Fátima Centro de Saúde de Ferreira do Zêzere Centro de Saúde de Rio Maior Centro de Saúde de Salvaterra de Magos Centro de Saúde de Santarém Centro de Saúde do Sardoal Centro de Saúde de Tomar Centro de Saúde de Torres Novas Centro de Saúde de Vila Nova de Ourém X X X 5 X X 2 X X 1 X X X X X X 1 X 1 X X 1 X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 101 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo Sub-região de saúde de Setúbal Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Hospital Distrital do Montijo Hospital Nossa Senhora do Rosário – Barreiro Hospital Distrital de Setúbal – São Bernardo Hospital de Garcia da Orta – Almada Hospital Ortopédico Santiago do Outão Hospital Conde do Bracial – Santiago do Cacém Centros de Saúde Centro de Saúde de Alcácer do Sal Centro de Saúde de Alcochete Centro de Saúde de Almada Centro de Saúde de Amora Centro de Saúde do Barreiro Centro de Saúde da Costa da Caparica Centro de Saúde da Cova da Piedade Centro de Saúde de Cruz de Pau Centro de Saúde de Grândola Centro de Saúde da Moita Centro de Saúde do Montijo Centro de Saúde de Palmela Centro de Saúde da Quinta da Lomba Centro de Saúde de São Sebastião Centro de Saúde de Santiago do Cacém Centro de Saúde do Seixal Centro de Saúde de Sesimbra Centro de Saúde de Setúbal Centro de Saúde de Sines Unidade de Cuidados Diferenciados de Almada Unidade de Cuidados Diferenciados de Setúbal X 5 X 5 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 102 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde do Centro Sub-região de saúde da Guarda Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Hospital de Sousa Martins – Guarda Hospital Nossa Senhora da Assunção – Seia Centros de Saúde Centro de Saúde de Aguar da Beira Centro de Saúde de Almeida Centro de Saúde de Celorico da Beira Centro de Saúde de Figueira de Castelo Rodrigo Centro de Saúde de Fornos de Algodres Centro de Saúde de Gouveia Centro de Saúde da Guarda Centro de Saúde de Manteigas Centro de Saúde de Meda Centro de Saúde de Pinhel Centro de Saúde do Sabugal Centro de Saúde de Seia Centro de Saúde de Trancoso Centro de Saúde de Vila Nova de Foz Côa X X X X X X X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 103 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde do Centro Sub-região de saúde de Aveiro Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Hospital Distrital – Espinho Hospital São Sebastião – Santa Maria da Feira Hospital Doutor Francisco Zagalo – Ovar Hospital Distrital – S João da Madeira Hospital Distrital de Oliveira de Azemés Hospital do Visconde de Salreu – Estarreija Hospital Infante Dom Pedro - Aveiro Hospital Distrital de Águeda Hospital José Luciano de Castro – Anadia Hospital da Nossa Senhora da Saúde – S. Paio de Oleiros Centros de Saúde Centro de Saúde de Águeda Centro de Saúde de Albergaria-A-Velha Centro de Saúde da Anadia Centro de Saúde de Arouca Centro de Saúde de Aveiro Centro de Saúde de Castelo de Paiva Centro de Saúde de Espinho Centro de Saúde de Estarreja Centro de Saúde de Ilhavo Centro de Saúde da Mealhada Centro de Saúde de Murtosa Centro de Saúde de Oliveira de Azeméis Centro de Saúde de Oliveira do Bairro Centro de Saúde de Ovar Centro de Saúde de S. João da Madeira Centro de Saúde de Sangalhos Centro de Saúde de Santa Maria da Feira Centro de Saúde de Sever do Vouga Centro de Saúde de Vagos Centro de Saúde de Vale de Cambra X 2 X X X X 2 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 104 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde do Centro Sub-região de saúde de Castelo Branco Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Centro Hospitalar Cova da Beira - Covilhã Hospital Amato Lusitano – Castelo Branco Hospital Distrital do Fundão Centros de Saúde Centro de Saúde de Belmonte Centro de Saúde de Castelo Branco Centro de Saúde da Covilhã Centro de Saúde do Fundão Centro de Saúde de Idanha-A-Nova Centro de Saúde de Oleiros Centro de Saúde de Penamacor Centro de Saúde de Proença-A-Nova Centro de Saúde da Sertã Centro de Saúde de Vila de Rei Centro de Saúde de Vila Velha de Rodão 2 2 X X X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 105 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde do Centro Sub-região de saúde de Coimbra Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Hospital Arcebispo João Crisóstomo – Cantanhede Centro Hospitalar de Coimbra (pediátrico) Hospitais da Universidade de Coimbra Hospital de Sobral Cid – Coimbra Hospital Psiquiátrico do Lorvão Instituto Português de Oncologia – Coimbra Hospital Distrital da Figueira da Foz Centro Psiquiátrico de Recuperação de Arnes Centros de Saúde Centro de Saúde de Arganil Centro de Saúde de Cantanhede Centro de Saúde de Celas Centro de Saúde de Condeixa-A-Nova Centro de Saúde de Eiras Centro de Saúde Fernão Magalhães Centro de Saúde de Figueira da Foz Centro de Saúde de Góis Centro de Saúde da Lousã Centro de Saúde de Mira Centro de Saúde de Miranda do Corvo Centro de Saúde de Montemor-O-Velho Centro de Saúde Norton Matos Centro de Saúde de Oliveira do Hospital Centro de Saúde de Pampilhosa da Serra Centro de Saúde de Penacova Centro de Saúde dePenelas Centro de Saúde de S. Martinho do Bispo Centro de Saúde de Soure Centro de Saúde da Tábua Centro de Saúde de Vila Nova de Poiares X 3 6 3 1 X X 1 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 106 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde do Centro Sub-região de saúde da Leiria Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Centro Hospitalar de Caldas da Rainha Hospital Bernardino Lopes Oliveira – Alcobaça Hospital de Santo André – Leiria Hospital Distrital do Pombal Hospital S. Pedro Gondalves Telmo – Peniche Centros de Saúde Centro de Saúde de Alcobaça Centro de Saúde de Alvaiazere Centro de Saúde de Ansião Centro de Saúde Arnaldo Sampaio Centro de Saúde da Batalha Centro de Saúde do Bombarral Centro de Saúde de Caldas da Rainha Centro de Saúde de Castanheira de Pêra Centro de Saúde de Figueiró dos Vinhos Centro de Saúde Gorjão Henriques Centro de Saúde da Marinha Grande Centro de Saúde da Nazaré Centro de Saúde de Óbidos Centro de Saúde de Pedrogão Grande Centro de Saúde de Peniche Centro de Saúde de Pombal Centro de Saúde de Porto Mós 1 X 3 X 1 X X X 1 X X X X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 107 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde do Centro Sub-região de saúde de Viseu Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Hospital Distrital - Lmego Hospital de São Teotónio –Viseu Hospital Cândido de Figueiredo – Tondela Centros de Saúde Centro de Saúde de Armamar Centro de Saúde de Carregal do Sal Centro de Saúde de Castro Daire Centro de Saúde de Cinfães Centro de Saúde de Lamego Centro de Saúde de Mangualde Centro de Saúde de Moimenta da beira Centro de Saúde de Mortágua Centro de Saúde de Nelas Centro de Saúde de Oliveira de Frades Centro de Saúde de Penalva do castelo Centro de Saúde de Penadono Centro de Saúde de Resende Centro de Saúde de São João da Pesqueira Centro de Saúde de São Pedro do Sul Centro de Saúde de Santa Comba Dão Centro de Saúde de Satão Centro de Saúde de Sernecelhe Centro de Saúde de Tabuaço Centro de Saúde de Tarouca Centro de Saúde de Tondela Centro de Saúde de Vila Nova de Paiva Centro de Saúde de Viseu 2 Centro de Saúde de Viseu 3 Centro de Saúde de Viseu1 Centro de Saúde de Vousela X 5 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 108 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde do Alentejo Sub-região de saúde Beja Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Hospital Distrital de Beja – José Joaquim Fernandes Hospital Distrital de Serpa Centros de Saúde Centro de Saúde de Aljustrel Centro de Saúde de Almodovar Centro de Saúde do Alvito Centro de Saúde de Barrancos Centro de Saúde de Beja Centro de Saúde de Castro Verde Centro de Saúde de Cuba Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo Centro de Saúde de Mértola Centro de Saúde de Moura Centro de Saúde de Odmira Centro de Saúde de Ourique Centro de Saúde de Serpa Centro de Saúde de Vidigueira X X X X X X X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 109 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde do Alentejo Sub-região de saúde Évora Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Hospital Espirito Santo Centros de Saúde Centro de Saúde de Alandroal Centro de Saúde de Arraiolos Centro de Saúde de Borba Centro de Saúde de Estremoz Centro de Saúde de Évora Centro de Saúde de Montemor-o-Novo Centro de Saúde de Mora Centro de Saúde de Mourão Centro de Saúde de Portel Centro de Saúde do Redondo Centro de Saúde de Reguengos de Monsaraz Centro de Saúde de Vendas Novas Centro de Saúde de Viana do Alentejo Centro de Saúde de Vila Viçosa 4 X X X X X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 110 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde do Alentejo Sub-região de saúde Portalegre Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Hospital Distrital de Portalegre Hospital Distrital de Elvas – Santa Luzia Centros de Saúde Centro de Saúde de Alter do Chão Centro de Saúde de Arronches Centro de Saúde de Avis Centro de Saúde de Campo Maior Centro de Saúde de Castelo de Vide Centro de Saúde do Crato Centro de Saúde de Elvas Centro de Saúde de Fronteira Centro de Saúde do Gavião Centro de Saúde do Marvão Centro de Saúde de Monforte Centro de Saúde de Montargil Centro de Saúde de Nisa Centro de Saúde de Ponte de Sor Centro de Saúde de Portalegre Centro de Saúde de Sousel 3 X X X X X X X X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 111 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde do Norte Sub-região de saúde de Viana do Castelo Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Hospital Conde de Bertiantos – Ponte de Lima Hospital de Santa Luzia de Viana do Castelo Centros de Saúde Centro de Saúde de Arcos de Valdevez Centro de Saúde de Barroselas Centro de Saúde de Caminha Centro de Saúde de Darque Centro de Saúde de Freixo Centro de Saúde de Melgaço Centro de Saúde de Monção Centro de Saúde de Paredes de Coura Centro de Saúde de Ponte da Barca Centro de Saúde de Ponte de Lima Centro de Saúde de Valença Centro de Saúde de Viana do Castelo Centro de Saúde de Vila Nova de Cerveira 1 2 X X X X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 112 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde do Norte Sub-região de saúde de Braga Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Hospital de Santa Maria Maior – Barcelos Hospital Distrital de São Marcos – Braga Hospital da Nossa Senhora da Oliveira – Guimarães Hospital de São José de Fafe Hospital de São João de Deus – Vila Nova de Famalicão Centros de Saúde Centro de Saúde de Amares Centro de Saúde de Barcelinhos Centro de Saúde de Barcelos Centro de Saúde de Braga 2 Centro de Saúde de Braga 3 Centro de Saúde de Braga 1 Centro de Saúde de Cabeceiras de Basto Centro de Saúde de Celorico de Basto Centro de Saúde de Esposende Centro de Saúde de Fafe Centro de Saúde de Guimarães Centro de Saúde de Póvoa do Lanhoso Centro de Saúde de Taipas Centro de Saúde de Terras de Bouro Centro de Saúde de Vieira do Minho Centro de Saúde de Vila Nova de Famalicão 1 Centro de Saúde de Vila Nova de Famalicão 2 Centro de Saúde de Vila Verde Centro de Saúde de Vizela X 5 2 X 1 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 113 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde do Norte Sub-região de saúde de Bragança Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Hospital Distrital - Bragança Hospital Distrital – Macedo de Cavaleiros Hospital Distrital – Mirandela Centros de Saúde Centro de Saúde de Alfândega da Fé Centro de Saúde de Bragança Centro de Saúde de Carrazeda Ansiães Centro de Saúde de Freixo de Espada á Cinta Centro de Saúde de Macedo de Cavaleiros Centro de Saúde de Miranda do Douro Centro de Saúde de Mirandela Centro de Saúde de Mogadouro Centro de Saúde de Moncorvo Centro de Saúde de Vila Flor Centro de Saúde de Vimioso Centro de Saúde de Vinhais 1 2 X X X X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 114 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde do Norte Sub-região de saúde de Vila Real Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Hospital Distrital – Chaves Hospital de São Pedro – Vila real Hospital de D. Luiz I do Peso da Régua Centros de Saúde Centro de Saúde de Alijó Centro de Saúde de Boticas Centro de Saúde de Chaves 2 Centro de Saúde de Chaves 1 Centro de Saúde de Mesão Frio Centro de Saúde de Mondim de Basto Centro de Saúde de Montalegre Centro de Saúde de Murça Centro de Saúde de Peso da Régua Centro de Saúde de Ribeira de Pena Centro de Saúde de Sabrosa Centro de Saúde de Marta Penaguião Centro de Saúde de Valpaços Centro de Saúde de Vila Pouca de Aguiar Centro de Saúde de Vila Real 2 Centro de Saúde de Vila Real 1 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 115 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde do Norte Sub-região de saúde do Porto Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Hospital de São Pedro Pescador – Póvoa do Varzim Hospital Distrital – Vila do Conde Hospital Conde de São Bento – Santo Tirso Hospital de São Gonçalo - Amarante Hospital de Pedro Hispano - Matizinhos Hospital Distrital - Valongo Hospital de Paredes Hospital Central e Especializado de Crianças Maria Pia – Porto Hospital Conde Ferreira – Porto Hospital Geral de Santo António – Porto Hospital Joaquim Urbano – Porto Hospital de S João – Porto Maternidade Júlio Dinis – Porto Hospital Magalhães Lemos – Porto Instituto Português de Oncologia – Porto Hospital Pedre Américo – Vale do Sousa (Penafiel) Centro Hospitalar – Vila Nova de Gaia Centros de Saúde Centro de Saúde de Águas Santas Centro de Saúde de Aldoar Centro de Saúde de Amarante Centro de Saúde de Arcozelo Centro de Saúde de Baião Centro de Saúde de Barão Corvo Centro de Saúde Batalha Centro de Saúde do Bonfim Centro de Saúde de Campanhã Centro de Saúde de Carvalhos Centro de Saúde de Carvalhosa Centro de Saúde de Castelo Maia Centro de Saúde de Ermesinde Centro de Saúde de Felgueiras Centro de Saúde Foz do Douro Centro de Saúde de Foz do Sousa MARCO NOBRE X X X 2 X X X 2 X X X 3 X 5 X 1 X X X X X X X X 2 X X X X X X X X ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS Centro de Saúde de Gondomar Centro de Saúde de Leça da Palmeira Centro de Saúde de Lousada Centro de Saúde de Madalena Centro de Saúde da Maia Centro de Saúde de Marco do Canavezes Centro de Saúde de Matosinhos Centro de Saúde de Modivas Centro de Saúde de Negrelos Centro de Saúde de Oliveira do Douro Centro de Saúde de Paços de Ferreira Centro de Saúde de Paranhos Centro de Saúde de Paredes Centro de Saúde de Penafiel Centro de Saúde de Póvoa do Varzim Centro de Saúde de Rebordosa Centro de Saúde de Rio Tinto Centro de Saúde de S. Mamede de Infesta Centro de Saúde de S. Pedro da Cova Centro de Saúde de Santo Tirso Centro de Saúde de Senhora da Hora Centro de Saúde Soares Reis Centro de Saúde Termas de S. Vicente Centro de Saúde da Trofa Centro de Saúde de Valongo Centro de Saúde de Vila do Conde Serviço de Tratamento de Doenças Respiratórias – Porto 116 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 117 GRELHA PARA QUANTIFICAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS A NIVEL DISTRITAL Região de Saúde do Algarve Sub-região de saúde de Faro Estabelecimento de Saúde N.º de Terapeutas ocupacionais a prestar serviço na instituição Hospitais Hospital do Barlavento – Portimão Hospital Distrital de Lagos Hospital Distrital - Faro Centros de Saúde Centro de Saúde de Albufeira Centro de Saúde de Alcoutim Centro de Saúde de Aljezur Centro de Saúde de Castro Marim Centro de Saúde de Faro Centro de Saúde de Lagoa Centro de Saúde de Lagos Centro de Saúde de Loulé Centro de Saúde de Monchique Centro de Saúde de Olhão Centro de Saúde de Portimão Centro de Saúde de S. Brás de Alportel Centro de Saúde de Silves Centro de Saúde de Tavira Centro de Saúde de Vila nova do Bispo Centro de Saúde de Vila Real de Santo António 1 X 12 1 X X X 1 X X 1 X 1 1 X X 1 X X Nota: No caso da não existirem Terapeutas Ocupacionais em algumas das instituições referidas, assinalar com X MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 118 APÊNDICE II (Questionário) MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 119 -QuestionárioO presente questionário tem como objectivo realizar o levantamento de determinadas características profissionais e académicas, e da distribuição geográfica dos Terapeutas Ocupacionais que exercem a sua actividade no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Os resultados deste questionário, serão analisados pelo autor no âmbito da realização da monografia de conclusão do 2º ciclo do Curso Bietápico de Licenciatura em Terapia Ocupacional . O questionário é de fácil preenchimento e de curta duração. É garantida a sua confidencialidade, uma vez que não lhe é solicitada a sua identificação e assegurado de que o fim a que se destina, não é mais do que o anteriormente apresentado. Alcoitão, Maio de 2002 Marco Nobre (Aluno do 2º ciclo do Curso Bietápico de Licenciatura em Terapia Ocupacional) 1. Dados pessoais 1.1. Idade: _______ anos 1.2. Sexo Masculino Feminino 2. Dados Profissionais 2.1. Qual o nome da instituição do SNS em que trabalha? ____________________________________________ 2.2. Qual o departamento/ serviço? ______________________________________________________________ 2.3. Em que tipo de instituição do SNS trabalha ? Centro de Saúde Hospital Geral Hospital Especializado Outro – Qual: ________________________________________________________________ 2.4. Qual o distrito do local de trabalho (SNS)? ____________________________________________________ 2.5. Há quanto tempo exerce a profissão de Terapeuta Ocupacional ? ___________________________________ 2.6. Em que ano ingressou no SNS, pela primeira vez? ______________________________________________ 2.7. Há quanto tempo se encontra a desempenhar funções no actual local de trabalho do SNS? _______________ 2.8. Qual o tipo de vínculo profissional que o/a liga ao SNS? Contrato de avença (recibo verde) Contrato a termo incerto Contrato a termo certo Quadro Outro – Qual: _________________________________________________________________ 2.9. Qual a sua categoria profissional no SNS? Técnico de 2ª classe Técnico de 1ª classe Terapeuta Principal Terapeuta Especialista Terapeuta Especialista de 1ª classe Outra – Qual _________________________________________________________________ 2.10. Trabalha noutros locais além do SNS? Sim Não Se sim em que tipo de instituição? IPSS Misericórdia Instituição privada Outra - Qual _______________________________________________________________ MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 120 Se respondeu sim em 2.10. que motivos o levam a trabalhar noutros locais além do SNS? _____________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 2.11. Qual o vencimento mensal líquido que aufere no SNS? Até 700 euros 1000 a 1100 euros 1300 a 1400 euros 700 a 800 euros 1100 a 1200 euros 1400 a 1500 euros 800 a 900 euros 1200 a 1300 euros Mais de 1500 euros 900 a 1000 euros 2.12. Em que área de intervenção da Terapia Ocupacional se encontra a exercer funções (poderá assinalar mais do que uma resposta)? Com que população intervém? Crianças Adolescentes Adultos Idosos Intervém com patologias do foro: Psiquiatria Deficiência mental Condições neuro-músculo-esqueléticas Outra - Qual _________________________________________________________________ Desempenha funções em que contexto? Internamento Ambulatório Na comunidade Outro Contexto - Qual __________________________________________________________ 3. Dados Académicos 3.1. Qual o seu grau Académico? Bacharelato Licenciatura Mestrado Doutoramento Bacharelato + CESE 3.2. Em que escola tirou o curso base de Terapia Ocupacional? Escola de Reabilitação do Alcoitão Escola Superior de Saúde do Alcoitão Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto Outra escola - Qual ____________________________________________________________ 3.3. Em que ano terminou o curso base de Terapia Ocupacional ? _____________________________________ 3.4. Actualmente encontra-se a frequentar alguma formação de nível académico? Sim Não Se sim qual o nível académico? Licenciatura Mestrado Doutoramento Pós-graduação Outra - Qual: ________________________________________________________________ MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 121 APÊNDICE III (Carta para as ARS) MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS Ao/À Presidente do Conselho 122 de Administração da Região de Saúde Alcoitão, ____de _______ de 2002 Exmo/a Sr./Sra. Como aluno do último ano do curso Bietápico de Licenciatura em Terapia Ocupacional da Escola Superior de Saúde do Alcoitão, encontro-me a realizar a minha monografia de final de curso, que tem por tema “ Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no Serviço Nacional de Saúde”, a qual terá de ser entregue durante o mês de Julho do corrente ano. De modo a poder concretizar de forma credível este meu projecto, necessito realizar o levantamento de todos os Terapeutas Ocupacionais a exercer funções no nosso Serviço Nacional de Saúde. Por este motivo me dirijo a V. Exª com o intuito de solicitar, caso possível, o favor de me facultar a relação numérica de Terapeutas Ocupacionais em função em cada uma das instituições dependentes da vossa ARS, relação essa fundamental para a concretização do meu estudo. Neste sentido envio em anexo as grelhas para quantificação dos Terapeutas Ocupacionais por mim realizadas, as quais atenciosamente solicito que preencha com os respectivos números e me devolva no envelope selado e endereçado que junto envio. Caso repare na falta de alguma instituição nessas listas, peço o favor de a fazer mencionar. Se por parte de V. Exª não for possível satisfazer este meu pedido gostaria, se possível, que me indicasse que outra instituição o poderá fazer. Sem outro assunto me despeço, agradecendo desde já a preciosa colaboração. Atenciosamente MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 123 APÊNDICE IV (Carta para terapeutas ocupacionais) MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 124 Á Terapeuta Ocupacional ____________ Alcoitão, ____ de _______ de 2002 Cara colega Terapeuta Ocupacional Como aluno do último ano do curso Bietápico de Licenciatura em Terapia Ocupacional da Escola Superior de Saúde do Alcoitão, encontro-me a realizar a minha monografia de final de curso, que tem por tema “Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no Serviço Nacional de Saúde”. De modo a poder concretizar de forma credível este meu projecto, necessito fazer um levantamento de todos os Terapeutas Ocupacionais a exercer funções no nosso Serviço Nacional de Saúde, bem como uma caracterização, a nível profissional e académico, de todos os Terapeutas do SNS, caracterização essa que farei através dos dados que os colegas do SNS me facultarão no questionário acerca do qual já falámos por telefone. Por este motivo me dirijo aos caríssimos colegas do ______________________, solicitando o preenchimento e reenvio dos questionários que envio em anexo a esta carta, pedindo que mos reenviem com a maior brevidade possível, utilizando para tal o envelope que segue em anexo, já devidamente selado e endereçado. Sem outro assunto de momento despeço-me, agradecendo desde já a preciosa disponibilidade e colaboração. Atenciosamente MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002 Contributo para a Caracterização e Distribuição Geográfica dos Terapeutas Ocupacionais a Exercer Funções no SNS 125 APÊNDICE V (Base de dados) não disponível MARCO NOBRE ALCOITÃO 2002