JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MARÇO/2009 Página -2 objetivo desta matéria é observar diferentes pontos de vista sobre o “preto-velho” no Espiritismo (aqui chamado popularmente de “Kardecismo”) para uma reflexão umbandista sobre tais conceitos. Muitos de nós, umbandistas, temos amigos e parentes kardecistas e passamos “saias justas” quando não paramos para pensar nestas questões antes que elas venham à tona, no que diz respeito a “evolução” dos espíritos que trabalham na Umbanda. Abaixo vemos algumas linhas do irmão Divaldo Pereira Franco, que é muito respeitado no meio kardecista, portanto formador de opinião, também nós o respeitamos e admiramos seu esforço, trabalho e dedicação a obra espírita de Allan Kardec no plano material. O “Na cultura brasileira, remanescente do africanismo, há uma postura muito pieguista, que é a do preto velho. E muitas pessoas acham que é sintoma de boa mediunidade ser instrumento de preto velho. Quando lhes explicamos que não há pretos velhos, nem brancos velhos, que todos são Espíritos, ficam muito magoadas, dizendo que nós, espí- ritas, não gostamos de pretos velhos. E lhes explicamos que não é o gostar ou não gostar. Se tivessem lido em O Livro dos Médiuns, O Laboratório do Mundo Espiritual, saberiam que se a entidade mantém determinadas características do mundo físico, é porque se trata de um ser atrasado. Imagine o Espírito que manquejava na Terra, porque teve uma perna amputada, ter de aparecer somente com a perna amputada. Ele pode aparecer conforme queira, para fazerse identificar, não que seja o seu estado espiritual. Quando, ao retornar à Pátria da Verdade, com os conhecimentos das suas múltiplas reencarnações anteriores, pode apresentar-se conforme lhe aprouver. Então, a questão do preto velho é um fenômeno de natureza animista africanista, de natureza piegas. Porque nós achamos que o fato de ter sido preto e velho, tem que ser Es- O Jornal de Umbanda Sagrada NÃO FAZ ASSINATURAS. O JUS é distribuído gratuitamente em vários pontos da cidade ou, em maiores quantidades poderá ser retirado em nossa redação, sempre gratuitamente. Envie um e-mail para: [email protected] e cadastre-se para receber os textos do jornal por e-mail também de forma gratuita. Maiores informações pelo telefone (11) 3441-9637 EXPEDIENTE: Diretor Responsável: Alexandre Cumino Tel.: (11) 3441-9337 E-Mail: [email protected] Endereço: Av. Irerê, 292 - Apto 13 Planalto Paulista São Paulo - SP Editoração e Arte: Laura Carreta Tel.: (11) 7215-9486 Diretor Fundador: Rodrigo Queiróz Tel.: (14) 3011-1499 /8114-8184 E-mail: [email protected] É uma obra filantrópica, cuja missão é contribuir para o engrandecimento da religião, divulgando material teológico e unificando a comunidade Umbandista. Consultora Jurídica: Dra. Mirian Soares de Lima Tel.: (11) 2096-9059 Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores, não refletindo necessariamente a opinião deste jornal. Jornalistas Responsáveis: Marcio Pugliesi - MTB: 33888 Wagner Veneziani Costa - MTB:35032 Alessandro S. de Andrade - MTB: 37401 As matérias e artigos deste jornal podem e devem ser reproduzidas em qualquer veículo de comunicação. Favor citar o autor e a fonte (J.U.S.). Esta postura e ponto de vista de Divaldo Pereira Franco também pode ser observada no site: http://www. youtube.com/watch?v=jiSlMMCtSlE, onde podemos ouvir a seguinte gravação: “O Espírito que se apresenta para o grupo como preto-velho ou pretavelha e se diz orientador de sofredores e amigo ou amiga do grupo pode ser levado a sério? Não pode. Esse espírito pode ser muito bom, mas é muito ignorante. E a nossa tarefa é retirar a ignorância, os amigos notem bem, porque que ele tem que ser um “preto-velho”? “Ah! Eu sou um Preto-velho!” Dr. Bezerra é velho, mas não é um “branco-velho”, notem uma discriminação, está no nosso inconsciente discriminar. pírito bom, e não é. Pois houve muito preto velho escravo que era mau, tão cruel quanto o branco, insidioso e venal. E também houve e há muito branco velho que é venal, é indigno e corrompido. O fato de ter sido branco ou preto não quer dizer que seja um Espírito bom. Cabe ao médium ter cuidado com esses atavismos, e quando esses Espíritos vierem falando errado, ou mantendo os cacoetes característicos das reencarnações passadas, aclarar-lhes quanto à desnecessidade disso”. [...]1 Nossa capa: Imagens sobrepostas livremente para ilustrar o contexto do Jornal de Umbanda Sagrada, com Allan Kardec, imagem de domínio público; preto-velho de Rodrigo Bueno, e Zélio de Moraes do artista plástico Cláudio Gianfardoni, idealizada por Alexandre Cumino, arte final de Laura Carreta. “Ah! Eu sou um “preto-velho”. - Não meu irmão, você foi, você agora não tem cor, você superou, esta encarnação foi muito benéfica para você, desenvolveu sua humildade, mas você agora, note você é um espírito! Espírito não tem cor! Você pode reassumir outras reencarnações, então tire de sua mente esta sua condição de escravo”. [...] 1 Encontramos este “fragmento de texto” ou “recorte”, acima, nos sites: www.abadeesp.hpg.ig.com.br/ requisitosmediuni.htm Como parte de um texto intitulado “Requisitos para Educar a Mediunidade” por Divaldo Pereira Franco. No site: www.scribd.com/doc/6670433/DivaldoFranco-mEdiuns-e-Mediunidade encontramos o mesmo texto como a segunda parte de uma apostila, 10 páginas, intitulada “Médiuns e Mediunidade”. A figura em destaque do preto velho em nossa capa, e também na ilustração desta página, é uma pintura do artista plástico RODRIGO BUENO. Em sua maioria, suas pinturas sobre madeiras recuperadas da ruas ou doações, como jacarandá, pau ferro e caviúna. O tom da pele dos retratos é a própria madeira, contornada de luz e cores, as vezes inserida em elementos de colagem. Orixás, caboclos, sereias entre outros amigos do panteão de entidades afro-indígena-brasileira. Para saber mais, visite o site: www.mataadentro.com.br Contatos com o artista RODRIGO BUENO: (11) 3673-2756 ou pelo e-mail: [email protected] JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MARÇO/2009 Página -3 Chico Xavier também foi questionado sobre “preto-velho” no programa Pinga Fogo, onde foi entrevistado em 28 de Julho de 1971 na extinta TV Tupi: REALI JÚNIOR — O senhor acha que os espíritos que se manifestam nos Terreiros de Umbanda, dizendo-se guias de cura, pretos velhos, índios, caboclos, são espíritos evoluídos? Como explica as curas conseguidas por muita gente conhecida, em terreiros? Será que o mal, pode apresentar-se através do bem, ou então tomando a sua forma? CHICO XAVIER — Nós respeitamos a religião de Umbanda, como devemos respeitar todas as religiões. Vamos recorrer aos casos das leis cármicas. Nos séculos passados, nos três, quatro séculos passados, nós — vamos dizer coletivamente — não estamos falando do ponto de vista individual, mas na condição de brasileiros, buscamos no berço onde nasceram milhões de irmãos nossos reencarnados nas plagas africanas para que eles servissem nas nossas casas, nas nossas famílias, instituições e organizações, na condição de alimárias. Eles se incorporaram, depois de desencarnados, às nossas famílias. Eles renasceram de nosso próprio sangue, nas condições de nossos irmãos para receberem, de nossa parte, uma compensação que é a compensação chamada do amor, para que eles sejam devidamente educados, encaminhados, tanto quanto nos pretendemos educar-nos, e encaminhar-nos para o progresso. Então temos a religião da Umbanda, que vem como uma organização dos espíritos, recentemente, porque quatro séculos significam um tempo curto nos caminhos da eternidade. Recentemente trazidos para o Brasil eles se organizaram agora, seja numa condição ou noutra. Nós, no Brasil, não conseguimos pensar em termos de cor. Nós todos somos irmãos. De modo que eles organizaram uma religião sumamente respeitada também. Eles também veneram a Deus, com outros nomes. Veneram os emissários de Deus, com outros nomes. Respeitamos todos e acreditamos que em toda parte onde o nome de Deus é pronunciado, o bem pode se fazer. Chico Xavier também deu uma entrevista para a revista “Seleções de Umbanda”, jornalista Alcione Reis, com a presença do saudoso Umbandista e sacerdote Omolubá: SELEÇÕES DE UMBANDA: A seu ver como sente a Umbanda atual? CHICO XAVIER: Eu sempre compreendi a Umbanda como uma comunidade de corações profundamente veiculados a caridade com a benção de Jesus Cristo e nesta base eu sempre devotei ao movimento umbandista no Brasil o máximo de respeito e a maior admiração. Para uma reflexão mais abrangente, colocamos abaixo o texto encontrado no blog de nosso irmão umbandista “Mestre Azul”: PRETO VELHO FALA COM KARDEC Pouca gente sabe, mas numa das reuniões realizadas na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, Allan Kardec evocou um Espírito que, segundo as terminologias da cultura brasileira, poderia ser classificado como um “preto velho”. Esse encontro, narrado pelo próprio Kardec nas páginas da sua histórica “Revista Espírita” (Revue Spirite), de junho de 1859, aconteceu na reunião do dia 25 de março daquele mesmo ano. Pai César – este o nome do Espírito comunicante – havia desencarnado em 8 de fevereiro também de 1859 com 138 anos de idade – segundo davam conta as notícias da época –, fato este que certamente chamou a atenção do Codificador, que logo se interessou em obter, da Espiritualidade, mais informações sobre o falecido, que havia encerrado a sua existência física perto de Covington, nos Estados Unidos. Pai César havia nascido na África e tinha sido levado para a Louisiana quando tinha apenas 15 anos. Antes de iniciar a sessão em que se faria presente Pai César, Allan Kardec indagou ao Espírito São Luís, que coordenava o trabalho, se haveria algum impedimento em evocar aquele companheiro recém-chegado ao Plano Espiritual. Ao que respondeu São Luís que não, prontificando-se, inclusive, a prestar auxílio no intercâmbio. E assim se fez. A comunicação, contudo, mal iniciada, já conclamou os participantes do grupo a muitas reflexões. Na sua mensagem, Pai César desabafou, expondo a todos as mágoas guardadas em seu coração, fruto dos sofrimentos por que passara na Terra em função do preconceito que naqueles dias graçava em ainda maior escala do que hoje. E tamanhas eram as feridas que trazia no peito que chegou a dizer a Kardec que não gostaria de voltar à Terra novamente como negro, estaria assim, no seu entendimento, fugindo da maldade, fruto da ignorância humana. Quando indagado também sobre sua idade, se tinha vivido mesmo 138 anos, Pai César disse não ter certeza, fato compreensível, como esclarece o Codificador, visto que os negros não possuíam naqueles tempos registro civil de nascimento, sobretudo os oriundos da África, pelo que só poderiam ter uma noção aproximada da sua idade real. A comunicação de Pai César certamente ajudou Kardec, em muito, a reforçar as suas teses contra o preconceito, o mesmo preconceito que o levou a fazer, dois anos depois, nas páginas da mesma “Revista Espírita”, em outubro de 1861, a declaração a seguir, na qual deixou patente o papel que o Espiritismo teria no processo evolutivo da Humanidade, ajudando a pôr fim na escuridão que ainda subjuga mentes e corações: “O Espiritismo, restituindo ao espírito o seu verdadeiro papel na criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria, apaga naturalmente todas as distinções estabelecidas entre os homens segundo as vantagens corpóreas e mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os estúpidos preconceitos de cor.”2 2 A fonte deste texto está no site http://mestreazul.blogspot.com/2008/05/umbanda-preto-velho-kardec.html do irmão Mestre Azul que cita uma outra fonte: SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES ed. nº 2090 (19/04/2008) Este diálogo pode ser confirmado no livro “Tesouros da Revista Espírita de Allan Kardec”, Ed. FEESP, 2008, pp.101102 e abaixo coloco apenas um fragmento do texto original: KARDEC: Em que o senhor utiliza seu tempo, agora? PAI CÉSAR: Procuro me esclarecer e pensar em que corpo seria melhor eu nascer de novo. Salvo estar totalmente enganado, Divaldo e Chico tem posicionamento diferente com relação ao “pretovelho” e Kardec não encontrou nenhum entrave em estabelecer comunicação com o espírito de um ex-escravo, “Pai César”. Não vamos fazer juízo de valor, nem questionar a postura kardecista, mas, enquanto umbandista, quero esclarecer a condição espiritual daquele que se apresenta como “pretovelho” na Umbanda, que tem orgulho de sua condição e que não mais é atingido pelas injúrias da carne. Para tal invoco os fatos registrados no dia 15 de Novembro de 1908, quando Zélio de Moraes, participando de uma sessão kardecista presenciou espíritos de ex-escravos, negros, “pretos-velhos”, serem “convidados a se retirar” de tal sessão. Zélio incorpora uma entidade que pergunta: “Porque expulsam estes humildes?” em seguida explica que foi Frei Gabriel de Malagrida, no entanto também havia sido um índio brasileiro e era como índio que se apresentaria em uma nova religião, a Umbanda, assumindo o nome de Caboclo das Sete Encruzilhadas. Sei que muitos estão cansados de ouvir a história do Caboclo das Sete Encruzilhadas, no entanto as palavras diretas deste caboclo não deixam duvidas, de que se manifesta como índio por que quer, vem como caboclo por opção e não por falta de opção. Da mesma forma os “pretos-velhos” da Umbanda, se manifestam de tal forma por opção, muitos nem foram negros e nem velhos na ultima encarnação, muito menos escravos. A identidade “preto-velho” é uma KARDEC: Quando estava vivo, o que achava dos brancos? PAI CÉSAR: Achava que eram bons, mas tinham orgulho de uma brancura que não é mérito deles [...] KARDEC: O senhor disse que estava procurando um corpo para reencarnar; vai escolher um corpo branco ou negro? PAI CÉSAR: Branco, porque o desprezo das pessoas me faz sofrer [...] forma de manifestação, é um grau ou se preferir algo como uma “patente”. É também uma homenagem a tantos espíritos iluminados e missionários que encarnaram como escravos negros, apenas para orientar a nós outros que convivemos com eles naquele tempo. Por fim, devemos esclarecer que “pretosvelhos” se manifestam em falanges, vários espíritos assumem um mesmo nome e uma mesma forma plasmada, o que caracteriza a organização astral de suas atividades, em uma hierarquia que responde a um irmão mais velho - um hierarca, “dono do nome” - que foi ou assumiu para si o nome de Pai João, Mãe Maria e outros. A opção de se manifestar como um “negro- escravo” que é o “preto velho” causa de forma automática um impacto doutrinário, que nos faz entrar em reflexões de auto análise com relação a nossos valores de credo e raça. E implicada um questionamento de “quem somos nós?” para reclamar de tantas coisas pequenas em nossa vida para alguém que sofreu no cativeiro. “Preto velho” é uma “roupagem”, uma forma plasmada opcional e se bebem ou fumam é por manipular estes elementos, na Umbanda que é mágica, nunca por vício ou apego. Os textos desta página foram organizados e comentados por Alexandre Cumino. Contatos: [email protected] JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MARÇO/2009 Página -4 POR HÉDIO SILVA JR. A Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que toda confissão religiosa tem o direito de selecionar, eleger e nomear seus sacerdotes de acordo com seus dogmas e tradições. Na Constituição Federal encontramos duas regras importantíssimas: 1. é livre a organização religiosa, a liturgia, o culto e a crença; 2. é livre o exercício de qualquer ofício, trabalho ou profissão, havendo casos em que a lei exige certos requisitos. Qual a diferença entre ofício, trabalho e profissão? • ofício é uma ocupação perma- nente (intelectual ou manual) que geralmente não exige formação técnica ou escolaridade. O conhecimento em que se baseia o ofício pode ser específico de um determinado grupo ou segmento. Por vezes ele resulta de um dom, um pendor natural; por isso a lei não estabelece nenhuma exigência para o seu exercício; • profissão indica uma atividade ou ocupação técnica, exigindo, em muitos casos, escolaridade, treinamento e habilitação técnica; • trabalho é todo esforço físico ou mental (intelectual) remunerado, dirigido a uma finalidade econômica. Vemos assim que sacerdócio não é profissão, tampouco trabalho. Não é profissão porque em muitos casos tem muito mais a ver com dons naturais do que com técnicas. Não é trabalho primeiro porque não se dirige a uma finalidade econômica – e sim espiritual; segundo porque não pode ser remunerado: sacerdote não recebe salário, não é empregado. Mas pode ter sua subsistência mantida pela organização religiosa. Há vários casos em que pastores e padres foram ao Poder Judiciário reivindicar vínculo de emprego com igrejas: em todos eles os tribunais concluíram que o ministério religioso é ofício e não trabalho ou profissão. Isto quer dizer que a organização religiosa pode e deve garantir o sustento do sacerdote/sacerdotisa – o que é diferente de remuneração, de salário. Há um outro aspecto que merece atenção: para tornar-se Advogado, além de concluir a faculdade de Direito, o indivíduo precisa ser aprovado em um exame organizado pela OAB - Ordem dos Advogados do Brasil. Seria possível a exigência de um exame de seleção para que alguém seja considerado Sacerdote ou Sacerdotisa de qualquer religião? A resposta é não, definitivamente não! Cada Religião tem o direito de decidir sobre a escolha, preparação e indi- cação dos seus sacerdotes. A Constituição brasileira proíbe o Estado de impor qualquer exigência, inclusive escolaridade, para que alguém seja considerado Ministro Religioso. O Brasil não possui religião oficial (estado laico), de modo que todas as religiões são iguais perante a lei. Do ponto de vista jurídico, um Rabino é ministro religioso tanto quanto um Sheik, uma Iyalorixá, um Dirigente Umbandista, um Pastor ou um Padre. Como fazer, então, para que alguém seja considerado legalmente Ministro Religioso (termo utilizado pela legislação)? A resposta está na “Declaração para a Eliminação de Todas as Formas de Intolerância e de Discriminação Baseada em Religião ou Crença”, adotada pela ONU em 1982. O art. 6º desta norma internacional determina que toda Religião tem o direito de “treinar, apontar, eleger ou designar por sucessão líderes apropriados de acordo com as exigências e padrões de cada religião ou crença”. NA PRÁTICA ISTO SIGNIFICA QUE: • O estatuto da organização religiosa deve prever que aquela comunidade, além dos dirigentes civis (Presidente, Tesoureiro, etc.) possui um(a) dirigente espiritual, que a lei chama de autoridade ou ministro religioso; COLÉGIO DE • A indicação, nomeação ou eleição do(a) Ministro(a) Religioso(a) deve constar em ata, do mesmo modo como se faz com os dirigentes civis. Não importa a forma pela qual cada comunidade indica o(a) Ministro(a) Religioso(a). O importante é que seja feita uma ata da nomeação/indicação e posse. Uma vez que estatuto e ata estejam registrados em cartório, aquele(a) dirigente espiritual passa a ser considerado legalmente Ministro Religioso. E mais: nenhuma pessoa, seja funcionário público, Juiz, Prefeito, Governador ou Presidente da República poderá dizer que aquela pessoa não é um Ministro(a) Religioso(a). Caso isso acontecesse, estaríamos diante de um crime, a discriminação religiosa, com pena de prisão que varia de 3 a 5 anos. Esta é mais uma razão para que os Sacerdotes e Sacerdotisas se preocupem com a parte legal, a regularização dos templos e do próprio sacerdócio. A reflexão que deixo para os(as) leitores(as) é a seguinte: aprendi logo cedo, nas Minas Gerais, que quanto maior a liberdade maior deve ser a responsabilidade. Como é grande a liberdade de crença em nosso país, igualmente grande deve ser a seriedade, integridade e responsabilidade dos nossos Sacerdotes/Sacerdotisas, não? contatos: [email protected] UMBANDA SAGRADA PAI BENEDITO DE A RUANDA FORMANDO TURMA MAGIA DIVINA DAS SETE ERVAS SAGRADAS Ministrada por Rubens Saraceni QUARTAS-FEIRAS DAS 20h00 AS 22h00 INÍCIO EM 01 DE ABRIL Rua Serra da Bocaina, 427 - Metrô Belém - SP TELEFONE: 2606-8488 JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MARÇO/2009 Página -5 EDMUNDO PELLIZARI ona Rosa Caveira é um mistério só. Pomba gira pouco conhecida, tem reputação de maravilhosa curandeira e aspecto inquietante. Nas imagens populares, ironicamente difíceis de encontrar no Brasil, ela exibe um corpo meio esquelético e meio humano coberto com capa e capucho. Nos meios tradicionais é dito que ela é a “esposa” de Seu João Caveira, exu da “Velha Guarda” do cemitério e Chefe da Linha dos Caveiras, um grupo de servidores fiéis e muito prestativos. Em conversa ao pé do congá, com alguns irmãos de fé que também circulam pelos caminhos de algumas religiões de origem bantu (Kimbanda, Cangerê, Cabula), ouvi que Dona Rosa Caveira é protagonista de inúmeras lendas. Uma delas conta que Rosa nasceu no Oriente. Sétima filha de uma simples família do campo, desde cedo aprendeu D antiga religião do Egito está viva como nunca. Nos Estados Unidos e Europa, centenas de adeptos revivem a cada dia os cultos às deidades e seus rituais. Grande parte destes devotos é constituída de membros das religiões afrodescendentes, sobretudo da tradição yorubá. Motivo? Os grandes Neteru (deuses egípcios) seriam ancestrais das mais diversas divindades africanas, como os Orixás, por exemplo. Este tema é complexo e bastante polêmico. Porém, o número de aderentes da religião Kemética (nome utilizado para a fé dos Neteru nos tempos atuais) que são iniciados, babalorixás e babalawos é impressionante. Assata Shakur, autoridade religiosa das tradições africanas, aponta as seguintes semelhanças entre alguns Neteru e Orixás: A THOTH (Tehuti) – Orunmila, SEKER – Obaluaye, HARPÓCRATES (Herukhuti) – Ogum, HÓRUS (Heru) – Xangô, SEBEK OU BES – Exu, ÍSIS (Auset) – Yemanjá, (O nome entre parênteses está em antiga língua egípcia). THOTH/ORUNMILA: deidade da sabedoria, tem a seu cargo a escrita, a aprendizagem, a magia, a medição do tempo, entre outros atributos. Era frequentemente representado como um escriba com cabeça de íbis (a ave que lhe estava consagrada). com seus pais as artes da cura, pois eles eram afamados xamãs. Sua falecida avó foi sua primeira guia espiritual. Em sonhos, a querida alma da ancestral instruia e aconselhava a neta. Rosa era uma menina privilegiada. Aos dezenove anos ela conheceu um xamã muito mais velho. Eles se apaixonaram e casaram. Ela então começou um período muito intenso de atendimento espiritual aos cidadãos de sua vila e arredores. Sua vida transcorreu cheia de méritos e bênçãos. Rosa morreria depois de seu marido, saboreando o prazer de uma existência dedicada os mais necessitados. Outra lenda nos conta o segredo de seu nome... Ao redor da casinha onde sua família morava existia um roseiral selvagem. No final da gravidez, sua mãe não teve tempo de pedir ajuda à parteira local e a menina nasceu ali mesmo. Daí o nome: Rosa. SEKER/OBALUAYE: deidade funerária da mitologia egípcia. O seu nome significa “o que está encerrado”. Era representado como um falcão ou como um homem mumificado com cabeça de falcão com uma coroa atef (coroa branca do Alto Egipto com duas plumas). Era o deus de Sakhara, a necrópole da cidade de Mênfis, uma das várias capitais que o Antigo Egito teve. Já era adorado nesta região na época pré-dinástica, acreditandose que nestes tempos teria associações com a fertilidade. Guardava a porta do mundo subterrâneo e habitava numa caverna chamada Imhet. HARPÓCRATES/OGUM: deidade que encarnava o deus Hórus enquanto criança. O seu nome egípcio era Horpakhered (“Horus Menino” ou “Hórus Criança”), sendo Harpócrates a forma helenizada do seu nome. Era filho de Osíris e de Ísis. Foi concebido postumamente, uma vez que o seu pai já tinha falecido. A concepção foi possível graças ao recurso por parte de Ísis à magia. Era o grande lutador contra as trevas e a ignorância. HÓRUS/XANGÔ: deidade céu, filho de Osíris e Ísis. Tinha cabeça de POR QUE CAVEIRA ? Em certas regiões do Oriente, sobretudo na Índia, Tibet e Butão, alguns xamãs e yogues utiizam a caveira humana como um cálice ritual. A caveira, assim utilizada, não está relacionada com magia negra ou qualquer arte malévola. No Budismo Tibetano os Lamas utilizam uma caveira como cálice. Também fazem um pequeno tambor com duas metades de caveira... Na Índia ele é chamado de Damaru e a caveira de Kapala. Quando conheci a lenda de Rosa Caveira, imediatamente percebi a conexão com as tradições yogues e tibetanas. Na minha imaginação eu “vi” a grande mestra sentada numa alta montanha, segurando uma caveira e em profundo estado de meditação. Seria Rosa Caveira tibetana? Pode ser que a lenda tenha se ocidentalizado e a planta original, que poderia ser o lótus, tenha se transformado em rosa. Neste caso seu nome falcão e os olhos representavam o sol e a lua. Matou Seth tanto pela vingança da morte do pai, Osíris, como pela disputa do comando do Egito. Após derrotar Seth, tornou-se o rei dos vivos no Egito. SEBEK/EXU: deidade-crocodilo, no Antigo Egipto. Oriundo das regiões do Faium, este deus está associado à astúcia, paciência e à crise, à tudo que interrompe o curso natural das coisas. Por exemplo, ele é a crise que provoca a morte. BES/EXU: uma antiga divindade egípica representada por um anão robusto. Era o Mago dos deuses, senhor do prazer e da alegria. Bes é um deus pouco vulgar. Ele não parece ser egípcio, mas de onde ele vem é desconhecido. Ele parece-se com deuses encontrados na África central e do sul. ÍSIS/YEMANJÁ: deidade do amor e da magia religiosa, tornou-se a deusamãe do Egito. Ísis era uma mãe e uma deusa amorosa e tudo perdoava a seus seguidores. Ísis era anterior a toda a Criação, paciente e sábia. Fonte de pesquisa: Wikipedia e artigo de Assata Shakur. seria Pema em tibetano. Em sânscrito, literalmente ficou paralisado! seu nome espiritual seria KapalaUma grande e vermelha estátua de padma (Lótus Caveira). Pomba Gira estava diante de nós. Nua, Na tradição budista e mágica do majestosa, segurando um tridente e Tibet, Mongólia e arredores, existem com uma caveira nos pés. muitas histórias e lendas com as mesShivaji, meu amigo indiano, se curmas características das aqui menciovou aos pés da imagem e disse: nadas. “Trishula Kapala Ma! O que você O fato é que como Pomba Gira brafaz aqui?” sileira, na gira do dia-a-dia dos terreiTrishula Kapala Ma é a Mãe do Triros, Rosa Caveira é um pouco difedente e da Caveira, uma reprerente de suas irmãs. Ela não se sentação do feminino sagrafirmou como “mulher da vida” do que pode rondar os ou errante marginal. Mas se lugares de cremação. Ela perpetuou como curandeira destrói os fantasmas poderosa e ponte entre os malignos e os demôdiversos reinos do astral. nios, come as ilusões Uma outra curiosidade humanas e resgata as circunda esta Pomba Gira. almas das mãos dos Rosa Caveira trabalha e viseres das trevas. Seu bra no cemitério... Em alguaspecto pode ser “terrímas tradições orientais, as vel”, mas a luz e a bondaPONTO mesmas mencionadas acima, RISCADO de emana de seu coraGERAL DE ROSA CAVEIRA ção. certo grupo de adeptos utiliza o cemitério para trabalhos espirituais de Atrás do aspecto cura e transformação. Eles são chafunesto de Rosa Caveira com certeza mados de Kapalikas ou portadores brilha a mesma luz. Nela se encontram da caveira! o Oriente e o Ocidente, o vermelho e o As mulheres do grupo, além da branco, a vida e a morte. caveira transportam um tridente. Espero ter a humildade de Shivaji e Certa vez eu estava caminhando também sempre me curvar diante do com um amigo indiano pelas ruas do sagrado feminino. Terrível ou bondoso, centro de São Paulo. De repente, dianque importa? contatos: [email protected] te de uma loja de artigos religiosos, ele Página -6 JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MARÇO/2009 JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MARÇO/2009 Se a Umbanda é uma religião nova, seus valores religiosos fundamentais são ancestrais e foram herdados de culturas religiosas anteriores ao Cristianismo. A Umbanda tem na sua base de informação os cultos afros, os cultos nativos, a doutrina espírita kardecista, a religião católica e um pouco da religião oriental (budismo e hinduísmo) e também da magia, pois é uma religião magística por excelência o que a distingue e a honra, porque dentro dos seus templos a magia é combatida e anulada pelos espíritos que neles se manifestam incorporando nos seus médiuns. Dos elementos formadores das bases da Umbanda surgiram as sua principais correntes religiosas, as quais interpretamos assim: 1ª CORRENTE: Formada pelos espíritos nativos que aqui viviam antes da chegada dos estrangeiros conquistadores. Esses espíritos já conheciam o fenômeno da mediunidade de incorporação, pois o xamanismo multimilenar já era praticado pelos seus pajés em suas cerimônias. Eles já acreditavam na imortalidade do espírito, na existência do mundo sobrenatural e na capacidade de “os mortos” interferirem na vida dos encarnados. Também acreditavam na existência de divindades associadas a aspectos da natureza e da Criação Divina. Tinham um panteão ao qual temiam, respeitavam e recorriam sempre que se sentiam ameaçados pela natureza, pelos inimigos ou pelo mundo sobrenatural. Também acreditavam na existência de espíritos malignos e de demônios infernais, mas sem a elaboração da religião cristã que aqui se estabeleceu. 2ª CORRENTE: Os cultos de nação africana, sem contato com os nativos brasileiros, tinham essas mesmas crenças, só que mais elaboradas e muito bem definidas. Seus sacerdotes praticavam rituais e magias para equilibrar as influências do mundo sobrenatural sobre o mundo terreno e também para equilibrar as pessoas. Acreditavam na imortalidade dos espíritos e no poder deles sobre os encarnados, chegando mesmo a criar um culto para eles (o culto de egungum dos povos nigerianos). Também cultuavam os ancestrais por meios de ritos elaboradíssimos e que perduram até hoje, pois são um dos pilares de suas crenças religiosas. Página -7 Sua cultura era transmitida oralmente de pai para filho, na forma de lendas, preservando conhecimentos muito antigos, como a criação do mundo, dos homens e até eventos análogos ao dilúvio bíblico. A Umbanda herdou dos cultos de nação afro o seu vasto panteão Divino e tem no culto às divindades de Deus um dos seus fundamentos religiosos, tendo desenvolvido rituais próprios do religamento do encarnado com sua divindade. O panteão Divino dos cultos afros era pontificado por um Ser Supremo e povoado por divindades quês são os executores e manifestadores Dele junto aos seres humanos, assim como são seus auxiliares Divinos que o ajudaram na concretização do mundo material, demonstrando-nos que, de forma simples, tinham uma noção exata, ainda que limitada por fatores culturais, da forma como se nos mostra Deus e seu universo Divino. 3ª CORRENTE: Formada pelos kardecistas de mesa, que incorporavam espíritos de índios, de ex-excravos negros, de orientais, etc. Criaram a corrente denominada “Umbanda Branca”, nos moldes espíritas, mas na qual aceitavam a manifestação de caboclos, pretos-velhos e crianças. Esta corrente pode ser descrita como um meio termo entre o espiritismo, os cultos nativos e os afros, pois se fundamenta na doutrina cristã, mas cultua valores religiosos herdados dos índios e negros. Não abre seus cultos com cantos e atabaques, mas sim com orações a Jesus Cristo. As suas sessões são mais próximas dos kardecistas que das umbandistas genuínas, que usam cantos, palmas e atabaques. Seus membros se identificam como Espíritas de Umbanda. 4ª CORRENTE: A magia é comum a toda a humanidade e as pessoas recorrem a ela sempre que se sentem ameaçadas por fatores desconhecidos ou pelo mundo sobrenatural, principalmente pela atuação de espíritos malignos e por processos de magia negra ou negativa. Dentro da Umbanda, o uso da magia branca ou magia positiva se disseminou de forma tão abrangente que se tornou parte da religião, sendo impossível separar os trabalhos religiosos espirituais puros dos trabalhos espirituais mágicos. Muitas pessoas desconhecem a magia classificada como magia religiosa. Mas esta nada mais é que a fusão da religião com a magia. Estas são as principais correntes religiosas e doutrinarias que formam as bases da Umbanda. E isso sem falarmos do sincretismo religioso, pela qual a religião católica nos forneceu as suas imagens que, colocadas em nossos altares, facilitaram o processo de transição de católicos para a Umbanda. A estrutura religiosa espiritual da Umbanda já está pronta e só falta ser estruturada aqui, no plano material, para dar-lhe uma feição uniforme, quando seus valores religiosos e seus fundamentos Divinos serão definitivos, deixando de mudar ao sabor das suas correntes mais expressivas. Os mensageiros espirituais nos alertam que esta estruturação deve ser feita de forma lenta e muito bem pensada. Nós temos certeza de que no futuro a Umbanda terá uma feição religiosa muito bem definida, pois suas correntes formadoras se unificarão e se uniformizarão, fortalecendo a Umbanda como religião. Texto extraído do livro do autor “ Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada - A Religião dos mistérios - Um hino de amor à vida”. - Editora Madras JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MARÇO/2009 Página -8 ADRIANO CAMARGO MÔNICA BEREZUTCHI alve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas nas ervas! Existem tantas variáveis para um benzimento, banho ou defumação, quanto para uma simpatia de proteção, independente de ser umbandista ou não. A maioria das simpatias tem base sustentadora na energia de algum santo católico. Por exemplo, é muito comum a simpatia de São José, onde a pessoa deve abdicar de alguma fruta (ou alimento) por um ano; simpatias de Santa Edwiges, Santo Antonio, etc... Esse é um campo de magia religiosa, popular é claro, mas não desprezível, pois movimenta energias. Muita gente não sabe, mas nesse momento de se fundamentar uma simpatia acontece um pacto energético. Isso mesmo, um pacto, que muitas vezes é para o bem da pessoa. E podemos dizer sem medo de errar que esse é um pacto consigo mesmo, mais do que com um fator externo aos propósitos individuais. Esses acordo servem como contrato estabelecido, e a pessoa que o propõe, se coloca inteiramente dentro daquele campo energético, o que propicia a realização deste. Muito bem, e o que isso tem a ver com as ervas? Na verdade, a Umbanda, como religião baseada no sincretismo, acabou absorvendo esse dito conhecimento popular, e vemos muitos médiuns passando isso para seus guias – opa, é isso mesmo! O médium aceita esse conhecimento e as entidades acabam fluindo por esse estado de pensar do aparelho mediúnico e transmitindo-o por certo como parte ritualística da Umbanda. O sincretismo serve para termos parâmetro de comparação das energias dos Orixás com nosso padrão humano; é a forma humanizada, dentro de um contexto, dessa energia. Ervas, pedras, elementos naturais de modo geral, esses sim fazem parte da religião de Umbanda. Quando dizemos que a Umbanda; e estendo isso aos cultos de matriz africana; é a religião da natureza, entendemos que a natureza a nosso dispor vibra a favor da natureza humana. Mediunidade é auto conhecimento acima de tudo. Conhecer a si próprio, sua capacidade e entender o S caminho a percorrer na escala da evolução. Entender que temos muito o que aprender e melhorar e não ter vergonha de reconhecer sua deficiências. Conhecer a função mediúnica é fundamental. Responder as perguntas básicas é fundamental: porque sou médium? Qual minha função? O que posso fazer de bom com isso? Amigo médium, sua função não é somente prever o futuro de alguém e preveni-lo de algo. Sua função primordial é compreender a natureza. Seja a natureza a sua volta e principalmente a natureza humana. Seja menos julgador e mais observador. Sinta a necessidade de cada pessoa em seu intimo e não apenas o que ela fala. O ser humano tem uma capacidade incrível de mentir para si próprio e exteriorizar isso, principalmente quando em consulta espiritual, ou conversando com um médium, que ele sabe que tem um trabalho religioso. Esse é o conhecimento sobre a natureza humana. E o médium precisa aprender lidar com isso. Os guias espirituais são craques em deixar a pessoa à vontade para que sua verdade venha à tona. E mostram isso pra nós o tempo todo, inclusive lidando com a nossa própria verdade. E a natureza a nossa volta, as ervas, pedras, banhos de mar, cachoeira ou rio, oferendas nos pontos de força, são fundamentos da Magia Natural de Umbanda. Aprender e compreender o que são e como funcionam dependem de empenho, dedicação e força de vontade do médium. A espiritualidade vem fornecendo ferramentas cada vez mais poderosas, simples e objetivas para nós. E não tem desculpa: estudar é preciso, buscar é necessário, aprender é fundamental. Conhecendo sua religião, evita-se misturar simpatias católicas com processos de magia natural, e assim levar conhecimento, bom senso e responsabilidade ao trabalho caritativo de benefício à evolução do semelhante. É isso turminha, benção de Papais e Mamães Orixás em nossa vida ! Sucesso e muita saúde a todos! Contatos: [email protected] Orixá: ........... Obá Elemento: . Vegetal - Terra Sentido Divino: ......... Conhecimento Pólo magnético: ........ Negativo /Masculino Fator principal: ......... Concentração, raciocínio Atribuição: ................ Densificar e concentrar o raciocínio humano OBÁ é a Orixá que aquieta e densifica o racional dos seres, já que seu campo preferencial de atuação é o esgotamento dos conhecimentos desvirtuados. Ervas Quentes: Dandá, peregun roxo (dracena roxa), confrei, valeriana, buchinha do norte, .... Verbos atuantes nas ervas quentes: Condensar, calar, engrossar, cravar, pregar, racionalizar, ... Ervas Mornas: Tamarindo (casca do fruto), trapoeraba, rabanete (folhas), limão cravo, menta, pata de vaca, salsaparrilha, coentro, catinga de mulata,... Verbos atuantes nas ervas mornas: Aprender, concentrar, conhecer, estudar, fertilizar, saber , raciocinar, ... Frutas e alimentos: rabanete, beterraba, limão vermelho, coentro. Firmeza à esquerda: 7 tipos de raízes secas, conhaque de gengibre Portais de cura: potes com terra, copos com água, vinho consagrado, sementes e raízes, velas vermelhas, magenta e marrons. Banho / Amaci – purificador ou cura: peregun roxo, confrei, valeriana, buchinha do norte, hortelã, pitanga, laranjeira, pata de vaca Banho / Amaci – apresentação, gira ou iniciação: tamarindo casca, manjericão, boldo, alfavaca anis, alfavaca cravo, flores de tons escuros, água de côco. ós buscamos através da espiritualidade a nossa evolução e sempre nos disseram que só evolui quem consegue evoluir espiritualmente. O que é evoluir espiritualmente? Muitos dirão que é: • Vestir a roupa branca e fazer parte de um terreiro, templo, centro, casa etc... • Desenvolver sua mediunidade e conhecer “seus” guias espirituais. • Fazer a coroa ou “Ori”. • Realizar todos amacis e oferendas dos Orixás. • Firmar ou assentar a sua esquerda: Exu, Pomba Gira e Exu Mirim. • Realizar todos os cursos que puder. • Ser Mago de todos os graus. • Ser um médium desenvolvido • Cumprir com suas responsabilidades mediúnicas, etc. Vou parar por aqui, pois já temos muitos exemplos que dá para termos base suficiente para elucidar sobre evolução espiritual. N EVOLUÇÃO: Deslocamento progressivo. Processo de transformação em que certas características ou atitudes tornam-se aos poucos mais complexas; desenvolvimento. EVOLUIR: Passar gradualmente de um estado a outro por uma série de transformações. EVOLUÍDO: Que atingiu elevado grau de desenvolvimento, de cultura. Apto a aceitar novas idéias, novos padrões de comportamento; adiantado; avançado. ESPÍRITO: A parte imaterial do ser humano; alma. Inteligência, pensamento, idéia. ESPIRITUALIDADE: Qualidade ou caráter espiritual. O progresso metódico dos valores espirituais. (Texto extraído do dicionário Aurélio). A evolução física e humana só se dá quando estamos em sintonia e equilíbrio entre o corpo físico x corpo espiritual; isto significa que se estivermos passando por problemas tais como: Estamos com dores nos dentes, pois estamos com cárie ou canal, ou uma gengivite ou uma infecção bucal. Estamos com dores nas costas por má postura, falta de exercícios físicos ou desgaste ou cansaço físico. Estamos hiper-tensos; pressão alta. Estamos com estafa mental, ou falta de sono provocando insônia, ou excesso de sono. Nós não estamos nos alimentando bem com sucos, frutas, legumes, grãos, proteínas etc... Nos não estamos conseguindo nos organizar, em termos de tempo/hora, fazemos tudo correndo e não temos disciplina com horários. Nós não sabemos respeitar nossos limites humanos. Nós não realizamos nada mais que gostamos de fazer, não temos tempo de descansar, passear, descontrair, rir, brincar, etc... Não temos mais tempo para nós, pois desenvolvemos vários papeis por dia como: Pai, mãe, filho(a), funcionário, patrão, irmão(a), cunhado(a), comerciante, vendedor. Nós não temos condições monetárias, ou desempregado, ou não conseguimos sanar nossas dívidas, etc... Tudo isso aqui escrito poderia ter páginas e mais paginas e não esgotaríamos todo o assunto. Todos estes “problemas” humanos têm uma influência direta em nossa psique, ao qual acaba refletindo no nosso corpo espiritual e conseqüentemente influência de forma paralisante a nossa mediunidade. Não tem como você atuar mediunicamente se esses problemas humanos interferem no seu emocional te desequilibrando, então o seu campo ou centro de energias sofre um desgaste muito elevado gerando assim interferência no seu lado espiritual. Em alguns casos chega até a interferir no processo de incorporação. Como evoluir espiritualmente se estou recalcado, cheio de mágoas, decepções, expectativas, angustias, ansiedades, invejas, intrigas, fofocas etc... Será que é só freqüentando um terreiro e vestindo “a roupa branca” como uma máscara para ocultar ou acomodar-se na sua evolução humana, física e mental, querer disfarçar atrás de “pano de cabeça” seus tormentos, medos, falhas e pecados. Afrontar a Lei Maior e a Justiça Divina é você jurar compromisso com a Divindade e não fazer nada para merecer o seu amparo, nem uma mudança, por mínima que possa parecer. Mudar é todo dia. Esquecer o passado também é todo dia. Recomeçar é um presente. Um presente que o nosso Divino Criador nos dá todos os dias como chances inigualáveis de oportunidade de renascimento diário. Ter uma evolução espiritual é reflexo de seu interior. Dispa-se desses disfarces para que sua verdadeira evolução realmente aconteça. Seja então real e verdadeiro consigo e saiba que não vamos conseguir mudar, alterar ou transformar o externo se nosso interno está em desarmonia. A saúde e a evolução do homem só se dá de fato se ele assumir que ambas caminham de mãos dadas. CORPO X MENTE X ESPÍRITO. Pense nisso. Que Pai Oxalá te ilumine. Um grande abraço. contatos: [email protected] JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MARÇO/2009 Página -9 RODRIGO QUEIROZ filme é um remake do clássico de 1951 que, por sua vez, foi baseado num conto de Harry Bates, chamado Farewell to the Master. Conta a história do alienígena Kaatu que vem a terra com seu robô sentinela Gort, para salvar o planeta de nós humanos. A ordem é implantar um sistema para preservar o planeta, numa espécie de missão “arca de noé”, recolhendo exemplares de todas espécies animais em bolhas “plásmicas” e destruir a espécie humana que está esgotando a natureza da terra sem o menor pudor. Quando Kaatu é atingido por um tiro e então preso no hospital ao ser interrogado e falar do seu propósito se indigna com a postura da Secretária de Defesa quando dispara: “Vocês não tem o direito de invadir meu planeta”. E é justamente essa postura de propriedade que a espécie humana mantém perante o planeta que permite tal esgotamento de suas fontes naturais. O paralelo que faço com a Umbanda é a idéia da existência de outras dimensões ao nosso redor que abriga outras espécies de vida inteligente e tem no planeta terra sua fonte de sustentação natural. Porém com um diferencial em relação aos humanos, estas espécies preservam o planeta e nós esgotamos. O terreiro de Umbanda abre a oportunidade de convívio com estas espécies e realidades, inclusive venho escrevendo alguns textos relatando esta convivência, trata-se dos elementais (duendes, gnomos, ninfas, silfos, etc), encantados (orixás incorporantes, seres de outra dimensão), espíritos (humanos no plano etérico), animais e uma gama infinita de magnetismos provenientes de elementos oferecidos pela natureza. O stava presente na reunião do “Grupo Espírita da Prece”, em Uberaba, quando Chico recebeu a mensagem de Clara Nunes, uma das maiores intérpretes da nossa música popular. Foi no dia 15 de setembro de 1984 e, desde então, permanecemos na expectativa de que a referida página nos viesse ter às mãos, o que somente agora aconteceu, por uma deferência do Dr. Francisco Borges de Oliveira, diretor do Grupo Espírita “Paulo de Tarso”, de Caetanópolis – MG, que mantém a creche “Clara Nunes”. Destacamos que, em suas palavras, conforme poderá ser verificado, Clara, após o desenlace, foi assistida por entidades vinculadas aos cultos afrobrasileiros que confiaram o Espírito liberto aos seus pais igualmente desencarnados. A mensagem foi dirigida por ela à sua irmã Maria, presente na reunião à qual nos reportamos. Querida Maria: Eu pressentia que o encontro através das notícias seria primeiramente com você. Somente você teria disposição de viajar de Caetanópolis até aqui, no objetivo de atingir o nosso intercâmbio. Descrever-lhe o que se passou comigo é impossível agora. Aquela anestesia suave que me fazia sorrir se transformou numa outra espécie de repouso que me fazia dormir. Sonhava com vocês todos e me via de regresso à infância. Era uma alegria E que me situava num mundo fantástico. Melodias e cores, lembranças e vozes se mesclavam e eu me perdia naquele estado desconhecido. Não cuidava de mim. Lembrava-me dos que ficavam, mas ainda não sabia se a mudança seria definitiva. Acordei num barco engalanado de flores, seguido de outras embarcações, nas quais muitos irmãos entoavam hinos que me eram estranhos. Hinos em que o amor por Iemanjá era a tônica de todas as palavras. Os amigos que me seguiam falavam de libertação e vitória. Muito pouco a pouco me conscientizei e passei da euforia ao pranto da saudade, porque a memória despertava para a vida na retaguarda e o nosso Paulo se fazia o centro das minhas recordações. Queria-o ali naquela abordagem maravilhosa, pois os barcos se abeiravam de certa praia encantadoramente enfeitada de verde nas plantas bravas que as guarneciam. Quando o barco que me conduzia ancorou suavemente, uma entidade de grande porte se dirigiu a mim com paternal bondade e me convidou a pisar na terra firme. Ali estavam o meu pai Manuel, e nossa Mãezinha Amélia. Os abraços que nos assinalavam as lágrimas de alegria pareciam sem fim. Era muita saudade acumulada no coração. Ali passei ao convívio de meus pais e os meus guardiões retornavam ao mar alto. Retomei a nossa vida natural e, em companhia de meu pai, pude rever você e os irmãos todos me comovendo ao abraçar a nossa Waldemira, que me pareceu um anjo preso ao corpo. Querida irmã, não disponho das palavras exatas que me correspondam às emoções. Peço a você reconfortar o nosso Paulo e dizer-lhe que não perdi o sonho de meu filhinho que nascesse na Terra de nossa união e de nosso amor. O futuro é luz de Deus. Quem sabe, virá para nós uma vida renovada e dife- rente para as mais lindas realizações? Você diga ao meu poeta e letrista querido que estou contente por vê-lo fortalecido e resistente, exceção feita dos “copinhos” que ele conhece e que estou vendo agora um tanto aumentados... Desejo que ele saiba que o meu amor pelo esposo e noivo permanente que ele continua sendo para mim, está brilhando em meu coração, que continua cantando fora do outro coração que me prendia. A cigarra, por vezes, canta com tanta persistência em louvor a Deus e a Natureza, que se perde das cordas que coordenam a cantiga, caindo ao chão, desencantada. O meu coração da vida física não suportou a extensão das melodias que me faziam viver, e uma simples renovação para tratamento justo me fez repousar nas maravilhas diferentes a que fui conduzida. Espero que o nosso Paulo consiga ouvir-me nestas letras. Agradeço a ele as atitudes dignas com que me acompanhou até o fim do corpo, tanto que agradeço a você e as nossas irmãs e irmãos o respeito com que me honraram a memória, abstendo-se de reclamações indébitas junto aos médicos humanitários que se dispuseram a servir-nos. Querida irmã, continue com o nosso grupo em Caetanópolis. O irmão José Viana e o Dr. Borges estão conquistando valiosas experiências. Muitas saudades e lembranças a todos os nossos e para você um beijo fraternal com as muitas saudades de sua, Clara. Texto extraído de “O Mensageiro - Revista Espirita Cristã do Terceiro Milênio Editoriais - Setembro de 2008. Quando assisti o filme “O dia em que a Terra parou”, imediatamente associei a história com a Umbanda, não com o terreiro, mas com o universo astral que circula na Umbanda e vim ensaiando de escrever algo. Sabemos claramente deste intercâmbio, da necessidade que nós humanos temos de interagir com estes seres e vice-versa. A questão é: qual o tamanho da nossa responsabilidade? Ou melhor, já que nos é dado a oportunidade de habitar físicamente este planeta e até modificá-lo a nosso favor, estamos dignificando nosso uso planetário? Sabemos a resposta. Fico preocupado em imaginar uma rebelião de duendes, gnomos, encantados etc. (risos) É leitor, vale a pena se atentar sobre as realidades paralelas que dependem deste planetinha e que nós prepotentes humanos tanto precisamos, mas faz questão de fazer de conta que não sabe disso. Estamos todos entrecruzados e somos o resultado disso, portanto como diz Fritjof Capra, “uma ação aqui reflete numa estrela no espaço”. Outro ponto interessante do filme é o sentinela Gort, que apresenta a idéia do guardião pronto para a execução implacável conforme a lei, então qualquer semelhança com Exu é “mera coincidência”. Por fim, mesmo Klaatu estando convicto de sua missão e Gort já ter iniciado o processo de extermínio da raça humana e tudo o que ela criou, ele precisando da ajuda de uma humana percebe que a raça alvo tem algo de bom, que é capaz de ser bom e decide dar mais uma chance e aborta a missão. Mais um encontro com as lições de terreiro que normalmente na boca de um preto velho diante nossas ansiedades e desesperos pelo resultado de nossas próprias ações nos consola: “É mi zi fio, agora que vós zuncê sabe do erro, comece a acertar, pois é sempre o tempo para fazer diferente”. Então caro leitor, vamos refletir e mudar nossos hábitos e não deixar chegar “O dia em que a gira parou”. Saravá! JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MARÇO/2009 Página -10 28 DE MARÇO: MAGIA DAS VELAS Ministrado por JORGE SCRITORI – Duração: 04 meses- 18 aulas - SÁBADO das 16h00 às 18h00 A Magia do Fogo é essencialmente prática e espiritual! Magia Divina, uma Magia focada em Deus, sua Lei Maior e sua Justiça Divina. Tudo o que se realiza em Magia do Fogo é feito de acordo com o merecimento de cada um. Nas primeiras aulas o aluno já começa a praticar os exercícios do livro: “Magia das Velas” (Editora Madras / Rubens Saraceni), preparando para o estudo da Escrita Mágica ou Grafia Sagrada. São estudados os Símbolos, Signos, Estrelas, Riscos, Ondas, Mandalas, Cabalas e Pontos Riscados dos Tronos de Deus, suas Divindades conhecidas na Umbanda como Orixás. A Magia do Fogo não prescinde de nenhuma religião, o praticante não precisa de dons especiais nem tão pouco alguma prática mediúnica, apenas que tenha Fé em Deus e esteja aberto a conhecer esta que é uma das formas de se praticar a Magia Divina. Durante as aulas são passados, também, valores de ética e bom senso para a prática ritual e o atendimento de pessoas. A Magia do Fogo destina-se ao atendimento, limpeza e purificação (descarrego) de pessoas e ambientes. Os alunos são iniciados nos Mistérios das Sete Chamas Sagradas e consagrados no Mistério do Fogo. Jorge Scritori foi preparado por Rubens Saraceni, pratica Magia do Fogo há mais de 8 anos e já iniciou mais de uma centena de alunos nesta Arte Real. : SHOP WORK CULTO DE EXU DO OURO PALESTRA GRATUITA As 19h30 - Taxa de participação R$ 10,00 Ministrada por ANGELA AMARAL Domingo das 19h00 às 21h00 Único encontro. O TARÔ O Tarô como ferramenta de auto conhecimento possui um caminho de estudo e sabedoria. Interpretação, razão e oráculo. Venha participar desta apresentação. Angela Amaral é uma taróloga conceituda no estudo, na interpretação e na leitura das cartas. O PODER DA ERVA SACERDOTAL Ministrado por ADRIANO CAMARGO - DOMINGO: das 9h30 às 15h30 Este curso é destinado a: Sacerdotes, Dirigentes Espirituais, Babalaôs, Babalorixás, Yalorixás, Zeladores, Pais Pequenos, Mães Pequenas e todo Irmão que representa, esta à frente ou cuida de uma Casa Espiritual, independente da sua linha, culto ou nação. Neste curso abordaremos o uso de ervas para os mais diversos casos à frente de um Templo. O curso ocorrerá em um único dia para maior aproveitamento do conteúdo. Os Dirigentes interessados, com problemas de horário podem mandar um representante de sua casa. Seguem abaixo os tópicos que serão abordados: • Classificação básica das Ervas; Ervas para manutenção e cruzamento do chão do templo; Ervas para o preparo de assentamentos; • Ervas para consagração de guias, imagens e ferramentas de trabalho; Ervas e vasos para o Assentamento de Exu e Pombagira; Ervas para a preparação e a manutenção de Otá; Ervas para ritos de coroação, batismo, casamento e cerimônia fúnebre; Ervas que fazem a substituição do uso de sangue; • Ervas para descarga e proteção do Dirigente; Preparação e recomendação de um canteiro de Ervas para o Templo; REIKI XAMÂNICO E INGÁ A CURA QUE VEM DA FLORESTA Ministrado por EDMUNDO PELLIZARI - 2 DOMINGOS: das 9h00 às 15h00 Teórico e prático - Com certificado de conclusão. Prof. Edmundo Pellizari é teólogo e mestre reikiano nos sistemas Usui, Amadeus e Ingá. Vamos estudar e praticar duas poderosas técnicas de cura: o Reiki Xamânico Amadeus, uma terapia es piritual inspirada no conhecimento tradicional dos antigos Pajés Guaranis e revelada pelo curandeiro Alberto Águas, e o Reiki Ingá que foi desenvolvido pela curandeira Severina da Silva, baseado nas inscrições indígenas da misteriosa Pedra do Ingá da Paraíba. Estas terapias utilizam símbolos sagrados, posturas corporais, mantras indígenas e o uso de plantas especiais para banhos e incensamento. Estes sistemas são apontados pelos reikianos do mundo inteiro, como os mais poderosos sistemas de Reiki já ensinados. Conteúdo: • História do Reiki Xamânico; • Estudo dos símbolos de cura e suas aplicações; • Cura com o maracá; • Aprendizado de Cânticos de Poder e Orações Xamânicas para a cura e proteção. Ministrado por ALEXANDRE CUMINO – Ùnico Encontro Domingo das 13h00 às 17h00 - TEÓRICO E APOSTILADO Este encontro traz uma proposta, para pessoas interessadas por informação, onde, durante quatro horas vamos nos dedicar ao estudo e entendimento do que é, e como se manifesta EXU. Serão abordados vários aspectos como: Cultural, Espiritual, Filosófico e Religioso. O que Exu representa? Como e para quê evocá-lo? O que é Exu Guardião, Exu de Trabalho e Exu Natural? O que podemos falar sobre Quimbanda? EXU,Trono, Mistério da Criação, Divindade, Orixá, Entidade, Guia, Mentor, Elemento Mágico, Transportador do Axé, Mensageiro dos Orixás, Boca Coletiva, Especulador, etc. Para fazer este curso não é preciso ter nenhum pré-requisito, não precisa ser médium e nem Umbandista. O CURSO É APOSTILADO, APOSTILA INCLUSA. 22 A 27 DE ABRIL PINTURA MEDIÚNICA 25 DE ABRIL: Somente com horário marcado Com MIGUEL FONSECA e VERA CHAGAS Miguel Fonseca dispensa apresentações, seu trabalho de pintura através de sua clarividência é um descortinar do mundo espiritual para nós. Venha se encantar com a arte de Miguel. 31 DE MAIO: 26 DE ABRIL: EXU - O GUARDIÃO DA LUZ Variações, Repiques e Pontos Cantados. Este curso visa o aprimoramento no toque conhecido como Ijexá, popularmente difundido como o Toque da Orixá Oxum. Em um dia de curso no período de 5 horas serão passados 08 variações desse toque, 15 repiques e 40 Pontos Cantados. Para a realização deste curso é necessário ter conhecimento da base do Ijexá. Este curso é indicado para Ogãs, Curimbeiros, Atabaqueiros e os demais apreciadores da musicalidade Umbandista. Faça a sua reserva pelo telefone: 2089-0327 - 30 VAGAS . 05 DE ABRIL 17 DE MAIO: IJEXÁ MÓDULO 1 Ministrado por SEVERINO SENA Domingo das 10h00 às 15h00 29 DE MARÇO - DOMINGO Vitalizador da Prosperidade, Elo Guardião do Amor Universal, Fonte da Vida e Riqueza do Ponto Mineral, Clamo a ti, Mistério da Criação.” Você se julga uma pessoa sem prosperidade? Você não consegue entender o valor das coisas espirituais? Venha cultuar esta força amparadora e desmistificar os processos que envolvem a sua prosperidade! 05 DE ABRIL: 29 DE MARÇO: SANTERIA MEXICANA 7 DE JUNHO: UNIC ENCO O NTRO Ministrado por EDMUNDO PELLIZARI DOMINGO das 9h00 às 15h00 O Xamanismo Mexicano (Santeria ou Bru-jeria Maya) é uma sobrevivência da antiga fé dos povos nativos, que todas as pessoas podem se beneficiar. PROGRAMA: • Tarot da Mãe Divina: um conjunto especial de 22 conjuros, rituais e práticas mágicas com velas, ervas e incensos, para cresci-mento pessoal, saúde e proteção. • O culto da Santíssima Muerte: os mistérios do Outro Mundo, seus espíritos e as devo-ções da mais poderosa corrente mediúnica do México. • Cantos e encantamentos dos naguais (brujos) e a magia dos espíritos animais. O ritual do Sagrado Puma. • Segredos dos grandes xamãs nativos: transe, viagem astral, interpretação dos sonhos e os mistérios das antigas Divindades Mayas e Astecas. Especial: a influência da Linha dos Mayas e Astecas na Umbanda do Brasil. BENZIMENTO Ministrado por JORGE SCRITORI DOMINGO: das 14h30 às 17h30 O Benzimento se dá no conjunto de rezas para proteção de casas, crianças, animais de estimação, plantas, proteção do corpo e de espírito. Para um bom benzimento não existe hora nem lugar, não importa o dia nem a lua. Não é preciso ser médium nem ter nenhum tipo de pré-requisito além da vontade de ajudar. OS CAMINHOS DE ZÉ PELINTRA Ministrado por EDMUNDO PELLIZARI - DOMINGO das 9h00 às 15h00 Único Encontro - Apostilado, teórico e prático Objetivo do Workshop: Conhecer as principais tradições, cultos, magias e devoções do mais conhecido personagem do universo mágico brasileiro: SEU ZÉ PELINTRA. Programação: • A vida e as identidades de Zé Pelintra: Zé dos Anjos, Zé de Oliveira e Zé de Aguiar. A família espiritual de Seu Zé e seus componentes. Mestre Cego Velho, Zé Pretinho e outros “Zés”. Mestre Zé Pelintra no Catimbó e na tradição da Jurema Sagrada: Linhos, cantigas, assentamentos e magias. • Zé Pelintra na Umbanda: pontos riscados e cantados, receituário mágico, costumes e oferendas. • Zé Pelintra e a Linha dos Malandros: mistérios, características e mirongas. Seu Zé na Linha de Quimbanda: Exu Zé Pelintra, Exu Terno Branco e outros exus do mundo da Lira e da Boemia. • Zé Pelintra e o surgimento de uma nova religião: o culto de Zé da Luz. Parte prática: Homenagem a Mestre Zé Pelintra na tradição da Jurema Sagrada. 26 DE JULHO: ORIXÁS NÃO CULTUADOS, ESQUECIDOS E “DESAPARECIDOS” DO BRASIL Ministrado por EDMUNDO PELLIZARI - DOMINGO das 9h00 às 15h00 Único Encontro - Apostilado. Objetivo do Workshop: As pequenas e bonitas ilhas do Caribe guardam um tesouro incalculável. Ali sobrevivem cultos a determinados Orixás que foram perdidos ou esquecidos em outras regiões da Diáspora Africana. Neste Workshop vamos contar suas histórias, mitos, oferendas, mistérios e culto. Desperte o poder dos Orixás desconhecidos! Programação: • Olarosa: guardião de nossos lares; • Olokun e os mistérios do mar profundo; • Aroni: feiticeiro com rosto de cão; • y Oge: protetor das pessoas perdidas; • Olosá: senhora dos lagos e lagunas; • Ayarakotó: poderosa irmã de Yemanjá; e também os Orixás Agidai, Ainá, Aja, Boromú, Olosi e outros. • As faces poderosas e desconhecidas de Exu: Exu Afrá, Kaminalowa, Agbanuke e Alagwana (o Alma Solitária). JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MARÇO/2009 ERVEIRO DA Página -11 JUREMA TEMPLO ESCOLA “VENTOS DE ARUANDA” CURSO DE ATABAQUE (CURIMBA) TOQUE E CANTO TAMBOR DE ORIXÁ Cursos Ministrados por Adriano Camargo COM SEVERINO SENA, HÁ 14 ANOS FORMANDO OGÃS E INSTRUTORES. • Ervas Na Umbanda / Ervas e Orixás módulos 1 e 2; • Manipulação de Ervas módulos 1 e 2; • Sacerdócio; • Teologia de Umbanda • Formação mediúnica • Curimba (canto e toque) com equipe Aldeia de Caboclos NOVAS TURMAS! HOMENS E MULHERES!!! Esta é a sua oportunidade de aprender canto e toque na Umbanda, para guias e Orixás!!! SEM TAXA DE MATRÍCULA: Toques: Nagô, Ijexá, Angola, Congo e Barra Vento Informações e Inscrições: Av. Sen. Vergueiro, 4362 Rudge Ramos - São Bernardo do Campo (11) 4177-1178 - 9279-0528 www. ventosdearuanda.com.br SEGUNDAS-FEIRAS, DAS 19H20 ÀS 22H30 CEIE - CENTRO DE EST. INIC. EVOLUÇÃO Pça Joaquim Alves, 1 - Penha - SP DANÇA CIGANA (c/ Rosmarie) Quinta- feira – 20 às 22h e sábados das 13 às 15h QUIROMANCIA E BARALHO CIGANO Terça-feira à partir das 14h00 TUDO QUE VOCÊ QUERIA SABER SOBRE A UMBANDA E SEUS FUNDAMENTOS FORMANDO TURMAS - SÁBADOS AS 14h20 Rua Paracatu, 220 - Sala 01 ao lado do Metrô Saúde Templo UFAD TEOLOGIA DE UMBANDA FORMAÇÃO DE DIRIGENTE ESPIRITUAL Terça-Feira das 20h00 às 22h00 ATABAQUE E CURIMBA – c/ Severino Sena Segunda-feira a partir das 19h00 Formando turma para MAGIA DIVINA DAS VELAS - Quarta-feira das 20h00 às 22h00 TEOLOGIA DE UMBANDA - INÍCIO FEVEREIRO/2009 Pça Joaquim Alves, 01 - Penha - São Paulo - SP (próx. ao metrô Penha) 2091-6608 / 2225-1017 Site: www.conchitas.com.br E-Mail: [email protected] O JORNAL DE UMBANDA SAGRADA Rua Mohamed Ibrahim Saleh, 422 Nova São Miguel Paulista - SP Tel: (11) 2956-4881 NÃO VENDE ANÚNCIOS Não tem departamento comercial. Este jornal não tem fins lucrativos e aqueles que aqui se encontram são colaboradores para a divulgação da cultura umbandista. CASA 7 LINHAS Rua Gerson França, 2-28, Centro, Bauru - SP PARA RECEBER POR E-MAIL OS TEXTOS DO JORNAL DE UMNBANDA SAGRADA, CADASTRE-SE: [email protected] O MAIS COMPLETO ESTOQUE DE ARTIGOS RELIGIOSOS (14) 3223-2552 Av. Rodrigues Alves, 3-60, Centro, Bauru-SP Assunto: cuidar da coroa, assentamentos, firmezas, dúvidas, conversa com as entidades. Obrigatório vir de branco e trazer os brajás da direita e da esquerda. Última segunda-feira do mês, das 20:30 às 22:30 horas. Datas: 30/03 – 27/04 – 25/05 TAXA DE PARTICIPAÇÃO – R$ 15,00 PORTAL DE LUZ DO PAI OBALUAIÊ TEÓRICO, PRÁTICO E APOSTILADO ÚNICO ENCONTRO DIA 24 DE MAIO DOMINGO - DAS 10:00 ÀS 16:00 HORAS DESOBSESSÃO NA UMBANDA WORKSHOP DIA 07 DE JUNHO DOMINGO DAS 10:00 ÀS 14:00 HORAS Tema: Transporte, descarrego, limpeza energética, carga excessiva - ou +, etc. Ministrante: Mãe Monica Berezutchi TAXA ÚNICA DE PARTICIPAÇÃO – R$ 20,00 TEMPLO DA LUZ DOURADA Informações e reservas: 2302-4087 ATENDIMENTO Terça a Sábado a partir das 14H00 c/ Izabel ESPIRITUAL Av. Vila Ema, 3593 - Vila Ema GRATUITO ÀS (paralela a av. Luiz Ignácio Anhaia Mello altura SEXTASdo nº 5300 - próximo ao Mercado Joanin). FEIRAS A PARTIR DAS E-Mail: [email protected] 20:30 HORAS. [email protected] FORMANDO TURMAS: Fone (14) 3232-3876 FOGOS o Ano Inteiro ENCONTRO MENSAL DOS SACERDOTES E SACERDOTISAS FORMADOS PELO COLÉGIO LUZ DOURADA COLÉGIO TRADIÇÃO DE MAGIA DIVINA Artigos Religiosos, Velas, Defumadores, Imagens, etc ... CASA SÃO BENEDIT O BENEDITO ÚNICO ENCONTRO DIA 29 DE MARÇO – DOMINGO das 10h00 as 16h00 Ministrante: Mãe Monica Berezutchi Informações pelo tel: 3984-0181/9622-7909 www.tambordeorixá.com.br [email protected] CURSO DE ORIENTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO E SACERDÓCIO Terça-Feira das 20h00 às 22h00 / Sábado das 18h00 às 20h00 Ministrantes: Mãe Cecília e Mãe Myrela. DESVENDANDO A UMBANDA ADQUIRA O CD “A Umbanda canta para as Yabás Obá, Oyá e Egunitá” CURSO DE DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO CIGANO Sábado - 16 às 18h (Conceição Florindo e Tatiana D´Amore) MEDIÚNICO COM AULAS TEÓRICAS E PRÁTICAS! TERÇAS-FEIRAS DAS 20h30 AS 22h30 DOMINGOS, DAS 9H00 ÀS 12H00 ESCOLA DE CURIMBA OGUM BEIRAMAR Rua Santa Romana, 472 - Piqueri - SP Saias, blusas, lenços, coletes, camisas, bijuterias, acessórios em geral. Imagens de Sta. Sara e Ciganas personalizadas, CD´s, DVD´s, punhais Roupas p/ Pomba Giras e p/ trabalhos espirituais. Contínuo: DESENVOLVIMENTO NO MÊS DE MAIO - Também às SÁBADOS, À PARTIR DAS 14H00 COLÉGIO ETERNOS APRENDIZES DA UMBANDA Rua Paracatu, 220 - Metrô Saúde Espaço de Dança e Cursos L UZ D OURADA VENHA ASSISTIR UMA AULA – AGENDE A SUA VISITA! AOS SÁBADOS DAS 14:30 AS 16:30 HORAS SEXTAS-FEIRAS, AS 19H00 e SÁBADOS, AS 9H00 INSTITUTO SETE PORTEIRAS DO BRASIL Av. Cruzeiro do Sul, 2414 - Metrô Carandiru CONCHITA´S ROUPAS CIGANAS COLÉGIO UMBANDISTA Magia do Fogo Rua Irmã Carolina, 272 - Belenzinho TELEFONE: 2796-9059 ATENÇÃO MAGOS: www.colegiodemagia.com.br Associem-se ao Colégio Tradição de Magia Divina e participem de nossas atividades, interagindo com outros magos. Para associar-se é necessário apresentar cópias dos certificados de Magias e 2 (duas) fotos 3x4. Maiores informações no tel (11) 2796-9059 ou pelo e-mail: [email protected] Visite o site: www.colegiodemagia.com.br Página -12 JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MARÇO/2009