ID: 52808580
11-03-2014
Tiragem: 17325
Pág: 36
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 23,95 x 25,41 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 2
Rali de Portugal acima
dos 100 milhões e com
o Estoril em destaque
O imponente enquadramento
do mosteiro dos Jerónimos
volta a servir de cenário ao
Rali de Portugal.
Automobilismo Será “a capital mundial do WRC”, indica a organização na apresentação da prova
que decorre de 3 a 6 de Abril. A 29 deste mês haverá multidão no ‘rally sprint’ em Fafe.
Paulo Jorge Pereira
[email protected]
Lisboa volta a servir como cenário para uma super-especial
no Rali de Portugal depois da
partida do Estoril. Em 2013, o
registo de impacto económico
da prova cifrou-se em 101,734
milhões de euros, segundo estudo da Universidade do Algarve. Apresentada ontem, a edição deste ano decorre entre 3 e
6 de Abril, não confirmando a
organização que se tratará da
última vez a sul.
“Assinalando os 40 anos do
último rali internacional TAP e
com apoio da Câmara Municipal
de Cascais, vamos fazer do Estoril a capital mundial do WRC,
realizando um workshop com a
organização logo na quinta-feira”, explicou Pedro Almeida,
director do rali. “Entre as 13 e 15
horas haverá exposição dos carros e sessão de autógrafos com
os principais pilotos. Segue-se a
partida e viagem pela Marginal
até à Praça do Império onde se
realizará a super-especial em
frente aos Jerónimos”, completou.
Sobre a possibilidade de a
prova voltar ao Norte, algo que
não sucede desde 2001, Mário
Martins da Silva, director-geral
do ACP e membro da Comissão
organizadora do rali, indicou:
“Ainda não está definido. É um
assunto em ponderação, mas
existe muito trabalho a fazer a
Norte. Após esta edição, num
período que desejamos breve,
será tomada a decisão.”
Os riscos e a crise
Mantendo a estrutura de competição no plano desportivo pelas estradas de Alentejo e Algarve, Almeida salientou: “Pela
primeira vez teremos uma clas-
PEDRO ALMEIDA
E MÁRIO SILVA
Director da prova e director-geral do
ACP mostram-se convencidos de que
o Rali de Portugal “voltará a ser um
grande sucesso”, começando logo no
‘rally sprint’ organizado no Norte do
País com muita gente no famoso troço de Fafe-Lameirinha.
IMPACTO EM 2013
101,7 milhões
O impacto económico total da
prova no ano passado, de acordo
com o estudo relizado pela
Universidade do Algarve.
DESPESA DIRECTA
54,123 milhões
O valor, indicado pelo mesmo
estudo, relativo a despesa directa
de adeptos e equipas (53,3% do
total).
sificativa transmitida em directo para todo o Mundo e a mais
longa (Santana da Serra) será
feita em sentido contrário ao
habitual, tornando-a nova e
ainda mais exigente.”
A propósito dos efeitos que a
crise económico-financeira
exerce sobre a prova portuguesa, Mário Martins da Silva referiu: “Não está em risco e pode
estar, pois tudo depende de
como evoluir a situação das empresas que patrocinam e dos
apoios governamentais numa
prova cujos custos anuais se situam nos 2,5 a três milhões de
euros. Não passamos ao lado da
crise, tentamos fazer um rali de
modo económico, embora seja
fulcral não colocar em causa a
segurança. E o estudo da Universidade do Algarve, indicando um impacto económico da
prova que é superior a 100 milhões de euros, deixa entender a
importância de manter a competição no Mundial de ralis.”
A terminar, Pedro Almeida
manifestou a opinião de que,
mesmo em termos da própria
organização, a prova portuguesa apresenta-se como importante estímulo para o sector do
Turismo, deixando uma explicação menos habitual para esta
realidade: “O Rali de Portugal é
a prova que inclui mais pilotos
amadores estrangeiros, uma
vez que, dos 85 inscritos, só 15
são portugueses. E isto, em termos de divulgação turística,
constitui também um factor de
grande relevo.”
No ano passado, dos 101,734
milhões de euros em impacto total, 54,123 milhões pertenceram a
adeptos e equipas – neste segundo caso, 51,5% vieram de visitantes estrangeiros com uma subida
de 1,5 milhões face a 2012 e de 4,5
milhões em relação a 2011. ■
AS ETAPAS DO RALI 2014
DIA 3 (1ª ETAPA)
HORA
15h00
LOCAL
Estoril
18h01
DIA 4 (2ª ETAPA)
10h06
Lisboa - Super-especial (3,27)
Silves 1 (21,50)
11h06
Ourique 1 (25,04)
11h49
Almodôvar 1 (26,48)
14h51
Silves 2 (21,50)
15h51
Ourique 2 (25,04)
16h34
DIA 5 (3ª ETAPA)
9h55
Almodôvar 2 (26,48)
Santa Clara 1 (19,09)
10h50
Santana da Serra 1 (31,90)
12h00
Malhão 1 (22,15)
15h00
Santa Clara 2 (19,09)
15h55
Santana da Serra 2 (31,90)
17h05
DIA 6 (4ª ETAPA)
8h50
Malhão 2 (22,15)
Loulé 1 (13,83)
9h45
São Brás de Alportel 1 (16,21)
11h05
Loulé 2 - Power Stage (13,83)
13h30
Entrega de prémios/cerimónia de pódio
Fonte: rallydeportugal.pt. Cada prova especial classificativa
(PEC) tem indicado o correspondente número de quilómetros do percurso.
OUTROS ASPECTOS DO RALI
1.
O alargamento de marcas
como factor positivo
Pedro Almeida concorda que “o
alargamento do número de
marcas” [como a Hyundai] é um
factor muito positivo”. “Face à
elevada tecnologia exigida,
qualquer marca que esteja a
chegar não atinge logo nível
elevado e a Hyundai sentiu essas
dificuldades, mas talvez a médio
prazo possa assumir-se como
competidora por vitórias”, disse.
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11-03-2014
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Paulo Alexandre Coelho
2.
3.
4.
A saída de Sébastien Loeb
e o princípio de outro ciclo
A importância de uma voz
portuguesa no Mundial
Em ritmo de crescimento
constante desde 2010
“Em condições normais, a saída de
Sébastien Loeb deixaria vários
pilotos a lutar pelos triunfos”,
admitiu o director da competição.
“Contudo, o final deste ciclo coincide
com o início de outro, ou seja, o de
Sébastien Ogier – conforme sucedeu
a Loeb na Citroën, neste caso a
estrutura da equipa é muito capaz e
une-se ao piloto num binómio quase
insuperável.”
Contar com Carlos Barbosa na
liderança da Comissão WRC da
FIA é um factor fulcral em termos
internacionais e Pedro Almeida
sublinhou os principais
argumentos: “É fundamental para
fazer ouvir a sua voz no contexto
do Mundial e também no
relacionamento com a FIA”,
resumiu. Barbosa rendeu Jarmo
Mahonen no final do ano passado.
Segundo os estudos da
Universidade do Algarve, o
impacto económico do Rali de
Portugal regista crescimento
desde 2010, altura em que se
situava nos 85 milhões de euros.
No ano seguinte, o registo passou
para 91,8 milhões, seguindo-se os
97,8 milhões de 2012. Em 2013 foi
cruzada a barreira simbólica dos
100 milhões para 101,734.
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Rali de Portugal acima dos 100 milhões e com o Estoril em destaque