Comunidades de Prática
um conceito útil para pensar sobre aprendizagem
23 Novembro 2007
Madalena Pinto dos Santos
http://madalenapintosantos.googlepages.com/
[email protected]
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Plano da sessão
• De onde vem, em que ideias assenta
Aprendizagem
• CoP – Para pensar e conversar
• CoP – de que se trata?
Disciplina social de aprendizagem
Prática
Modos de pertença
• E na escola?
Exemplos para ajudar a pensar
2
Ser humano é
gerado no viver social
historicamente
em formações sociais
uma questão relacional
Lave 1996, p. 149
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‘Definição’ de CoP
Grupo de pessoas que:
- partilham desafios e problemas semelhantes
- interagem regularmente
- aprendem a partir uns dos outros e com cada um
- melhoram as suas capacidades de enfrentar os
seus desafios
Wenger 2007
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De onde vem...
(de Jean Lave a com E. Wenger)
data
termos
focos
1984
Cognição, actividade, contexto,
Relação actividade cenário
1988
Pessoa que resolve problemas
Pessoa total em acção
com os cenários
1990
Pessoa, estatutos, modos de
participar, projectos de vida
O que é aprender-naprática?
1991
PPL, identidade, newcomers e
oldtimers, CoP
Aprender em práticas
sociais = participar em
CoP
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Em vez de perguntar...
Que tipos de processos cognitivos e que tipo de
estruturas estão envolvidas na aprendizagem?
…a questão-chave passa a ser
Que tipo de práticas sociais proporcionam contextos
indutores de aprendizagens (específicas)?
6
teorias da
colectividade
teorias da
prática
Bourdieu
teorias da
estrutura social
Giddens
teoria social
de
aprendizagem
teorias do
poder
teorias da
identidade
Strauss, Giddens
teorias da
subjectividade
teorias do
significado
teorias da experiência
situada
Goffman, Garfinkel
Wenger, 1998, p. 14
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Participar numa prática cultural,
na qual existe conhecimento, é um princípio
epistemológico de aprendizagem.
A estrutura social da prática, as suas relações de
poder e as suas condições de legitimidade
definem as possibilidades de aprendizagem
(Lave & Wenger, 1991, p. 98)
8
aprender como
pertencer
comunidade
aprender como
fazer
prática
Aprendizagem
identidade
aprender
como tornar-se
significado
aprender
como experiência
Wenger, 1998, p.5
9
Orientação social e situada da aprendizagem
…não é tanto que os que aprendem adquirem estruturas ou
modelos para compreender o mundo, mas sim que eles
participam em quadros de acção que têm estrutura.
http://www.infed.org/biblio/learning-social.htm
…aprender
envolve um aprofundar (=transformação) a sua
participação em comunidades de prática…
http://www.infed.org/biblio/communities_of_practice.htm
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Comunidades de prática
espaços sociais de acção, de saberes e identidades
Pessoas-em-acção no mundo social
Mais que ‘executar tarefas’ é actuar com:
- negociar, complementar, colaborar,
- identificar e partilhar problemas e recursos,
- planear e implementar respostas locais
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Para pensar e conversar
uma prática social em que participou de forma continuada
–
Reportórios partilhados (rotinas, métodos, ferramentas, processos)
Como surgiam, se partilhavam? Como os identifica?
–
Membros fundamentais (característicos, marcantes) Como os reconhece?
–
Domínio e Identidade (de que se tratava, que história) - Que relações?
–
Para onde caminhavam - Alguma direcção partilhada?
–
O que aprendiam (específico da prática) - Como? Com quê?
–
Que estrutura organizativa (aspectos formais e informais)
Que focos de conflito? Como eram encarados e resolvidos?
–
Que valor atribuiam a essa vossa participação (dentro e fora dessa prática)
De que forma era manifestado?
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Características das CdeP
Herança histórico
cultural comum
- Mais que estar junto num dado momento para algo específico
- Capta parcialmente significados socialmente negociados (objectivos, significados, práticas)
- Novos membros herdam muitos desses significados a partir das experiências dos membros
mais antigos
- É na experiência que os significados vão emergindo como hipóteses, sendo testados e
acordados socialmente
Sistema
interdependente
- Indivíduos são parte de algo mais amplo (quando integram um trabalho, num contexto e
numa comunidade)
- A comunidade também é parte de algo mais amplo (sociedade na qual tem significado/valor)
- Isso ajuda a proporcionar um sentido de propósito partilhado e de identidade (para o
indivíduo e para a comunidade)
Ciclo de
reprodução
- Capacidade de se reproduzir com a integração de novos membros (newcomers)
- Novos membros engajam-se na prática existente com pares próximos e exemplares da prática
- Com o tempo :
* os novos membros apropriam-se (embody) da prática (e rituais) e substituem os
membros mais experientes (oldtimers)
* a prática é transformada, ou seja vai sendo alterada
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CoP’s emergem ou provocam-se?
CoP’s podem emergir sozinhas
(APM)
(os práticos precisam de uma comunidade)
- ajudar cada um a resolver os problemas
- ouvir as histórias de cada um e evitar a cegueira local
- manter-se a par das mudanças
- reflectir sobre a sua própria prática e melhorá-la
- alargar as fronteiras do seu campo de acção
- encontrar uma voz e obter influência
CoP’s podem ser promovidas intencionalmente
(THEKA)
(porquê, para quê, por quem, como?)
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CoP – disciplina social de aprendizagem
Fora da comunidade
Sponsorship
domínio
Aprender
juntos
dentro da comunidade
participação
identidade
comunidade
dentro da comunidade
prática
sustentação
o que fazem
quem são
apoio
Fora da comunidade
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Numa CoP, a base comum partilhada é a prática.
Quando surge a necessidade, os membros trocam histórias
acerca dos acontecimentos de que são parte, ajudam-se uns
aos outros a fazer sentido delas, e assim atribuem sentido às
suas experiências.
Ao participar nessas discussões, os membros aperfeiçoam as
suas compreensões, partilham o que descobriram e as suas
intuições e, em geral, fortalecem a sua eficiência e
conhecimento.
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Prática – fonte de coerência da CoP
diversidade engajada
sustentar
a prática
engajamento mútuo
fazer coisas juntos
histórias
ferramentas
reportório partilhado
estilos
responsabilidade
empreendimento
conjunto
ritmos
negociação
conceitos
discursos
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Aprender - O quê? Com quê? Como?
O quê e Com quê
- modos de interpretar e de agir no mundo (*)
- linguagem(s)
- recursos (ferramentas e ideias)
- identidades (*)
Como
participando em práticas transformativas
transformando(-se)
actuar e pertencer
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Modos de pertença (e de aprender)
histórias partilhadas de aprendizagem
Engajamento
complexidade
discursos
cumplicidades
relações
interacções
Alinhamento
actuações coordenadas
imagens de possibilidades
imagens de si
Imaginação
próprio
imagens do mundo e do passado/futuro
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Condições de
engajamento
responsabilidade
perante os outros
ferramentas
adequadas
competência
espaço para
tomar iniciativas
Definição de tarefas
conjuntas
Interacção
mutualidade
Possibilidade de
estar na periferia
continuidade
Memória participativa
Memória
reificativa
(?)
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Condições de
imaginação
reflexão
orientação
exploração
21
condições de
alinhamento
coordenação
convergência
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Porquê pensar assim HOJE?
- Parcialização do saber
- Horizontalidade da aprendizagem
- Personalização
- cada um com a sua trajectória e história
- sentido de ter uma voz (a diferença e o reconhecer-se)
- autoria (a marca de cada um)
Exige
Reflexividade-na-acção, Reciprocidade e Confiança
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E na escola?
• Em que comunidade(s) se inserem os alunos? Quais
aquelas em que queremos que eles sejam membros?
• Que domínio(s) de acção, saber e valores lhes devemos
proporcionar?
• Que práticas instituir, mobilizar, promover, sustentar
para que eles aprendam a ser… participando?
Como posso contribuir para a capacidade de aprendizagem
do planeta na minha esfera de participação?
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Exemplos para ajudar a pensar
Na educação/formação
WebLabs (comunicação e participação)
CC CRIE FCUL (no Moodle e no site)
Theka (no Moodle e no site)
Na investigação
Ardinas de Cabo Verde - Uso e aprendizagem da matemática (MPSantos)
Transparência dos recursos em contextos multi-linguísticos (Jill Adler)
Ser professor - Trajectórias numa história de vida (Margarida Belchior)
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No WebLabs
http://www.weblabs.org.uk/wlplone/Welcome/welcome_index_html
26
27
Ardinas na cidade da Praia (Cabo Verde)
28
Vender e Pagar de volta
Rapazes
e
Instituição
29
30
http://www.ewenger.com/theory/ ver Quick start-up
31
Dimensões-chave para
o conhecimento
32
Factores críticos
http://www.ewenger.com/theory/ ver Quick start-up
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Condições de pertença
(e de aprendizagem)
competência
Engajamento
coordenação
mutualidade
continuidade
Alinhamento
convergência
orientação
Imaginação
reflexão
exploração
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Para saber mais
http://www.infed.org/biblio/communities_of_practice.htm
http://www.allkm.com/communities_of_practice/communities_of_practice.php
http://www.3ct.com/ridf/Cedip/productions/En%20lignes/Fiche%20technique/Numero
28/ftechnique28.htm# (em francês)
http://www.kmol.online.pt
http://www.kmol.online.pt/pessoas/WengerE/entrev_1.html
http://www.mathcs.duq.edu/~packer/DevPsych/DPtropes.html
http://funderstanding.com/communities_of_practice.cfm
http://www.ewenger.com/theory/communities_of_practice_intro.htm
http://kmblogs.com/public/blog/85526
http://www.co-i-l.com/coil/index.shtml
http://www.sethkahan.com/index.html
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Dimensões do conhecimento
Reificação (*)
(com e através)
Participação
A dimensão tácita não pode ser completamente convertida
em explícita
Mas alguma pode, considere-se o ‘fazer’ da ciência
Aprender como enculturação numa prática – aprender a ser
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Identidade(s)
http://www.eusou.com
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Significados
partilhados
http://www.direitodeaprender.com.pt/revista05_03.htm
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http://kmwiki.wikispaces.com/Library2.0
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Praia – Cabo Verde
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Ardinas cruzam-se com várias CoP
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Mudar a forma de pensar a aprendizagem e a formação
de aprendente individual
-> para aprendentes em espaços sociais
de skills individuais
-> para práticas de um grupo ou CoP
de orientação para o processo
-> para orientação para a prática
de ensino didático
-> para aprendizagem baseada na prática
de pensamento linear
-> para pensamento sistémico
de aprendizagem escolar
-> para aprendizagem enquanto
actividade de vida
de aprendizagem pontual
-> para transformação contínua
de currículo
-> para ambiente total de aprendizagem
de disseminação da informação topdown
-> para redes horizontais e comunicação
entre pares
de foco no produto
.-> para um foco no utilizador
de design para uma fantasia
.-> para um design de prática de trabalho
de providenciar treino
.-> para providenciar recursos de
aprendizagem
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