INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO COM SILICATO DE POTÁSSIO NOS DANOS CAUSADOS POR SPODOPTERA FRUGIPERDA E NA PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO MILHO Renato Alexandre Malfato1 SIMONETTI , Ana Paula Morais Mourão2 RESUMO O milho Zea mays, é um dos cereais mais produzidos no Brasil, como toda a cultura, este possui vários fatores que determinam a produtividade, entre eles as pragas. As pragas podem atacar essa cultura em todas suas partes, desde a raiz até as espigas, folhas e colmo. Conhecida no seu estágio larval como lagarta-do-cartucho no milho, a Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) é considerada uma das principais pragas da cultura causando danos a planta desde o início do desenvolvimento da mesma. Sendo assim este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do uso de silicato de potássio via aplicação foliar na tolerância ao ataque dessa praga e conseqüentemente na produtividade. O experimento foi conduzido no período que compreende os meses entre março e julho de 2011, a campo no município de Tupãssi-PR. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições. As variáveis analisadas foram a incidência de lagartas do cartucho, área foliar atacada, número de espigas por planta, número de grãos por espiga, diâmetro do colmo, acamamento de plantas, massa de mil grãos e produtividade. Os resultados foram analisados através de comparação de médias e teste de Tukey a 5% de significância, e demonstraram que o uso de silicato de potássio diminuiu os danos causados pela lagarta-do-cartucho, além de influenciar positivamente no diâmetro do colmo, tolerância ao acamamento, número de grãos por espigas, massa dos grãos, e produtividade. PALAVRAS-CHAVE: Tolerância, Zea mays, produção. INFLUENCE OF POTASSIUM SILICATE FERTILIZATION ON DAMAGE CAUSED BY SPODOPTERA FRUGIPERDA AND PRODUCTIVITY IN MAIZE ABSTRACT Corn Zea mays, is one of the most produced cereal in Brazil, like any culture, it has several factors that determine productivity, including pests. The pests can attack this culture in all it’s parts, from root to the grain, leaves and stem. Know in it’s caterpillar-like larval stage of the cartridge-in maize, Spodoptera frugiperda (JE Smith, 1797) is considered a major pests causing damage to the plant since the early development of the same. This work aimed to evaluate the effects of the use of potassium silicate via foliar tolerance to attack this pest and therefore productivity. The experiment was conducted during the period comprinsing the months between march and july 2011, this was conducted under field conditions in the municipality of Tupãssi-PR. The experimental design was completely randomized design with five treatments and four replications. The variables were the incidence of fall armyworm, attacked leaves, number, number of ears per plant, number of grains per spike, stem diameter, plant lodging, thousand grain weight and yield. The results were analyzed by comparison of means and the Tukey test at 5% significance level, they showed that use of potassium silicate reduced the damage caused by the caterpillar-cartridge, and positively affect the stem diameter, tolerance to lodging, number of grains per spike, grais mass, and productivity. KEYWORDS: Tolerance, Zea mays, production. INTRODUÇÃO O milho (Zea mays) é uma das maiores commodities na agricultura internacional e uma importante fonte de nutrientes para homens e animais (Silva-b, 2009), sendo que no Brasil é o segundo cereal mais cultivado, perdendo o posto de primeiro colocado apenas para a soja (Carvalho Filho et al.,2007), sendo que de acordo com dados da CONAB (2011), a área plantada de milho na primeira safra foi estimada em 7.837,9 hectares, e estima-se para a segunda safra 5855,2 hectares, somando-se as áreas da primeira e segunda safra temos um total no ano de 13693,1 hectares, apresentando um crescimento de 5,4% em relação ao ano anterior, e a produção esperada é de 56337,4 mil toneladas. O cereal se tornou uma importante fonte para a produção de etanol, o que alterou sua curva de demanda (Sologuren, 1998). No campo, a produtividade do milho pode ser afetada por diversos fatores, como disponibilidade de água, nutrientes, luz e também fatores abióticos como o ataque de pragas (Caixeta et al., 2010). 1 Egresso da Faculdade Assis Gurgacz - [email protected] Engenheira Agronôma. Mestre em Agronomia (UEL). Coordenadora do Curso de Agronomia da Faculdade Assis Gurcacz – Pr. [email protected] 2 Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 ISSN 1980-7406 1 O ataque de pragas, sem dúvida, tem sido um componente muito importante que contribui para a queda nos rendimentos de milho (Galvão e Miranda, 2004). De acordo com Viana e Costa (1998), a lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797), é uma das principais pragas do milho, também conhecida como lagarta-militar no trigo, esta é uma lagarta de coloração de cinza escuro a marrom, apresentando como característica da espécie um “Y” invertido na cabeça. Essa lagarta ataca o cartucho do milho chegando a destruí-lo completamente, nesse caso, chama a atenção à quantidade de excreções existentes na planta. As lagartas novas apenas raspam as folhas, mas depois de desenvolvidas, conseguem fazer furos, até danificá-las completamente, culminando com a destruição do cartucho (Gallo, 2002). De acordo com Paula Junior (2007), as medidas de controle dessa praga são o tratamento de semente, inseticidas seletivos diretamente no cartucho da planta, com um índice de infestação de 20% das plantas com folhas raspadas, controle biológico, além da preservação de inimigos naturais. Porém algumas práticas podem diminuir a suscetibilidade ao ataque de pragas, uma destas é a nutrição das plantas, sendo que, de acordo com Pedro et al.(2010) as plantas bem nutridas geralmente apresentam maior tolerância ou resistência ao ataque de pragas. Essa resistência ou tolerância pode ser genética, porém no caso de nutrição de plantas, trata-se de uma resistência induzida. Souza et al. (2010) dizem que a resistência induzida pode ser adquirida com a aplicação de silício, principalmente nas plantas da família das poaceae, que possuem uma grande capacidade de acumular esse mineral, e dizem ainda que esse mineral aumenta o grau de resistência ao ataque de pragas e doenças, sendo que diversos estudos demonstram que esse mineral se deposita nas células epidérmicas das folhas e tricomas aumentando o espaçamento e a rigidez, conferindo assim um grau de tolerância para a planta. O silício geralmente não é considerado entre o grupo de elementos essenciais ou funcionais para o crescimento da planta (Silva-a, 2009). O critério de essencialidade diz que para um elemento ser essencial, a planta não pode completar seu ciclo “vital” na ausência do elemento mineral, a função de certo elemento mineral não pode ser substituído por outro elemento, o mesmo tem que estar diretamente envolvido com o metabolismo da planta ou ser requerido numa determinada etapa metabólica (Bonato et al., 1998). Sendo assim, de acordo com Epstein (1999), o silício não é considerado essencial, mas é benéfico para a maioria das plantas. O silício é depositado principalmente no retículo endoplasmático, paredes celulares e espaços intercelulares, como sílica amorfa hidratada (SiO2.nH2O). Ele também forma complexos com polifenóis e, assim, serve como alternativa à lignina no reforço das paredes celulares, além disso o silício pode aliviar a toxidade de muitos metais pesados (Taiz e Zeiger, 2004), contribuindo assim para a formação uma parede celular mais rígida para a planta. O silício confere rigidez e resistência, importante na prevenção da compressão de vasos sob elevadas taxas de transpiração, do acamamento de plantas e, também, da invasão de patógenos parasitas no córtex. Esse processo não é puramente físico, está sob controle metabólico e depende do estádio de desenvolvimento da planta (Kerbauy, 2004). Goussain et al. (2002), mostram na realização de seu trabalho que o silício, tem relação na mortalidade das lagartas, e que a resistência dos tecidos esta correlacionada com a aplicação de silício. Eles mostram ainda a diferença do desgaste das mandíbulas entre uma lagarta que se alimentou de folha onde foi aplicado silício, com relação a uma que se alimentou onde não foi feita nenhuma aplicação. Dessa forma objetivou-se avaliar neste trabalho, a relação entre a adubação silicatada, e os danos causados pela Spodoptera frugiperda nas folhas do milho, e também se há ou não interferência na produtividade da cultura. 2 Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2014 ISSN 1980-7406 MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado a campo, em área rural no município de Tupãssi – PR, a área apresenta uma altitude de aproximadamente 380 metros com localização geográfica a 24 o38’S e 53o27’W, a área constituída por Latossolo Vermelho eutroférrico, cujas condições de fertilidade são apresentadas na tabela 1. A semeadura foi realizada no sistema de plantio direto, sobre palhada de soja, no dia 06/03/2011, sendo aplicada no sulco de plantio a dosagem de 300 kg ha-1 da fórmula comercial NPK+Ca+S 10-15-15. O híbrido utilizado para o experimento é o P3340, o espaçamento utilizado foi de 0,80 m, com uma população de plantas de aproximadamente 56000 plantas por hectare, distribuídas em 4,5 plantas por metro. Quadro 1- Características do solo antes da 20 cm. pH CaCl2 P K Ca mg.dm-3 5,9 8,36 0,72 7,12 implantação do experimento a uma profundidade de 0Mg Al CTC S M.O. V Cmolc.dm-3 % 1,49 0,00 14,17 8,46 2,13 63,32 O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com quatro repetições por tratamento, no esquema fatorial 4X5, sendo que cada parcela era formada por quatro linhas com 5 metros de comprimento, ocupando uma área de 16 m², sendo que para a análise de resultados foi utilizada as duas linhas centrais de cada parcela, descartando 1,5 m das extremidades das mesmas. Foram realizados cinco tratamentos com diferentes aplicações de silicato de potássio, sendo estes T1= Testemunha, T2= 1 aplicação na dosagem de 1,0 L ha-¹, T3= 1+1 aplicações na dosagem de 1,0 L ha-¹ sendo feita a segunda 20 dias após a primeira, T4= 1 aplicação na dosagem de 1,5 L ha-¹ e T5= 1+1 aplicações na dosagem de 1,5 L ha-¹. O silicato de potássio utilizado no experimento apresenta 12,25% de Si e 15,04% de K2O e densidade de 1,4 g L-1. A aplicação foi realizada com máquina costal com um volume de calda de 200 L ha-¹, sendo a primeira feita quando a planta apresentou cinco folhas e a segunda vinte dias após. Foi avaliada a incidência de lagartas do cartucho um dia antes da primeira aplicação e quarenta dias após a mesma. Também foi feito o levantamento de área foliar atacada, sendo retiradas duas folhas por planta, levadas a laboratório para com o uso de papel milimetrado fazer a estimativa de área foliar atacada. Ao final do ciclo da cultura foram avaliados parâmetros produtivos como número de espigas por planta, número de grãos por espiga, diâmetro do colmo, massa de mil grãos e produtividade. Os dados coletados foram avaliados através da comparação de médias com o auxilio do programa SISVAR, utilizando o teste de Tukey a um nível de significância de 5%. RESULTADOS E DISCUSSÕES Na tabela 1 observa-se que a adubação com silicato de potássio não apresentou diferença significativa entre os tratamentos quando observada a incidência, Silva-a (2009) realizando trabalho utilizando silício aplicado via solo e foliar, também não obteve diferença entre os tratamentos, Souza et al. (2010) em seu trabalho avaliaram a mortalidade das lagartas quando utilizado o Silício e constataram que nas primeiras 24 horas depois de aplicado, a mortalidade foi duas vezes maior nas plantas tratadas quando comparadas com plantas não tratadas, o que poderia proporcionar uma menor incidência de lagartas. Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 ISSN 1980-7406 3 Tabela 1- Efeito da aplicação de silicato de potássio, sob o comportamento do ataque de Spodoptera frugiperda. Tratamentos Incidência Área foliar do dano % Mm T1 – Testemunha 30 5,18 c T2 – 1 aplicação 1L ha-1 27,5 3,79 b -1 T3 – 1+1 aplicação 1L ha 20 3,06 b T4 – 1 aplicação 1,5 ha-1 22,5 2,62 b -1 T5 – 1+1 aplicação 1,5L ha 20 0,97 a C.V. (%) 32,94 16,66 Teste F n.s. * C.V.= Coeficiente de variação; n.s.= não significativo a 5% de probabilidade; *= significativo a 5% de probabilidade; medias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Pode-se observar também na Tabela 1, que o silicato de potássio interferiu positivamente na área foliar destruída pelo ataque da praga, tendo uma melhor resposta todos os tratamentos em relação à testemunha, sendo que o T5 obteve menor área lesionada, apresentando melhor resposta. Neri et al. (2009), em trabalho realizado com interação entre silício e inseticida também obteve resultados positivos na utilização de silicato de potássio, concluindo que plantas tratadas com silicato de potássio em interação com o inseticida apresentaram injúrias menores do que o tratamento testemunha, e a interação se destacou também dos tratamentos isolados de inseticida e silício. Essa tolerância maior contra o ataque da lagarta, de acordo com Souza et al. (2010) se da pela capacidade que as poaceas tem de acumular esse mineral, que se deposita nas células epidérmicas das folhas e tricomas, aumentando o espessamento e rigidez, conferindo assim uma maior resistência para a planta. Na tabela 2, podemos observar o efeito do silicato de potássio sob o diâmetro do colmo, percebe-se que a utilização desse produto interferiu positivamente sendo que o T1 apresentou resposta estatisticamente menor não diferindo apenas do T2, porém o T2 não diferiu estatisticamente dos demais tratamentos, percebe-se que com o aumento das aplicações e dosagem do silicato de potássio, o diâmetro do colmo tendeu a aumentar mesmo que não significativamente. Antunes (2009) em seu trabalho também observou respostas positivas à utilização de silício verificando que as plantas de milho tratadas com silício apresentaram um maior diâmetro de colmo. Tabela 2- Efeito da aplicação de silicato de potássio, sob o diâmetro do colmo e acamamento. Tratamento Diâmetro do colmo Plantas acamadas/parcela mm T1 – Testemunha 15,35 b 4,75 c T2 – 1 aplicação 1L ha-1 19,75 ab 2,75 b T3 – 1+1 aplicação 1L ha-1 20,67 a 2,75 b T4 – 1 aplicação 1,5L ha-1 21,72 a 1,75 ab T5 – 1+1 aplicação 1,5L ha-1 24,70 a 0,5 a C.V. (%) 11,51 31,41 Teste F * * C.V.= Coeficiente de variação; *= significativo a 5% de probabilidade; medias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. 4 Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2014 ISSN 1980-7406 Observa-se também através da tabela 2 que o número de plantas acamadas por parcela apresentou resposta aos tratamentos que utilizaram o produto, sendo que o tratamento 5 apresentou melhor resposta com uma média de 0,5 plantas acamadas por parcela, os tratamentos 2, 3 e 4 não diferiram entre si, porém diferiram da testemunha que apresentou pior resultado com 4,75 plantas acamadas por parcela. Leite et al. (2008), em trabalho realizado com cana de açúcar, utilizando silicato de cálcio, obtiveram respostas positivas à utilização desse mineral, uma vez que o teor de fibra aumentou com a utilização, aumentando o teor de fibra, consequentemente, a planta apresenta uma resistência maior ao acamamento. O maior diâmetro do colmo, e o menor índice de acamamento podem ser justificados, de acordo com Pulz (2007), pelo fato de que o silício depositado nas células associados com a cutícula, bem como a polimerização, confere ao tecido vegetal maior resistência mecânica. Na tabela 3 podemos observar a influência do silicato de potássio em parâmetros de produção como o número de espigas por planta e o número de grãos nelas produzidos. Observando os resultados do experimento nota-se que o número de espigas por planta não apresentou diferença entre os tratamentos. Concordando com Silva-a (2009), que também não obteve em seu experimento diferença significativa no número de espigas por planta. Tabela 3- Efeito da aplicação de silicato de potássio, sob o número de espigas por planta e numero de grãos por espiga. Tratamento Espigas/Planta No de grãos/espiga T1 – Testemunha T2 – 1 aplicação 1L ha-1 T3 – 1+1 aplicação 1L ha-1 T4 – 1 aplicação 1,5L ha-1 T5 – 1+1 aplicação 1,5L ha-1 C.V. (%) Teste F 1,15 1,15 1,10 1,18 1,10 10,73 n.s 491 b 505 ab 529 a 519 ab 531 a 2,32 * C.V.= Coeficiente de variação; n.s.= não significativo a 5% de probabilidade; *= significativo a 5% de probabilidade; medias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A tabela 3 apresenta ainda que a adubação com silício interferiu positivamente no número de grãos por espiga sendo que os dois tratamentos com repetição da aplicação 20 dias após a primeira (T3 e T5) se destacaram sobre os demais, apresentando maior número de grãos por espiga. A testemunha apresentou média inferior aos tratamentos anteriormente citados porém não diferiu dos tratamentos 2 e 4. Estes resultados discordam dos resultados obtidos por Silva-a (2009), que não observou diferença significativa no número de grãos utilizando adubação com silício. López-Ovejero et al.(2003), dizem que quando o milho apresenta de sete a nove folhas expandidas começa o processo de diferenciação floral da gema que da origem a espiga, logo após essa diferenciação é determinado o número de fileiras e número de grãos por fileira, sendo assim, com uma planta em melhores condições estruturais, o número de grãos por espiga certamente será maior quando comparado a plantas com deficiência nutricional, portanto a adubação com silicato de potássio pode ter influenciado positivamente neste processo, assegurando assim um número maior de grãos por espiga. Na tabela 4 pode-se observar que os tratamentos apresentaram resposta positiva na massa de 1000 grãos com a utilização de silicato de potássio, sendo que o tratamento 5 apresentou resposta estatisticamente superior ao tratamento 1, porem não se diferenciou estatisticamente dos demais Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 ISSN 1980-7406 5 tratamentos, e a pior média foi da testemunha (T1). Sousa et al. (2010) em seu trabalho também encontraram resposta positiva na massa de mil grãos, com a utilização de silicato de potássio via aplicação foliar no milho. Tabela 4- Efeito da aplicação de silicato de potássio, sob a massa de 1000 grãos e produtividade. Tratamento Massa de 1000 grãos Estimativa de Produção (g) produtividade em sacas -1 (Kg ha ) por ha T1 – Testemunha 193,00 b 6100,20 b 101,67 -1 T2 – 1 aplicação 1L ha 207,75 ab 6756, 20 ab 112,60 T3 – 1+1 aplicação 1L ha-1 206,25 ab 6720,94 ab 112,01 -1 T4 – 1 aplicação 1,5L ha 207,75 ab 7128,40 a 118,80 T5 – 1+1 aplicação 1,5L ha-1 219,66 a 7189,24 a 119,82 C.V. (%) 4,94 4,90 Teste F * * C.V.= Coeficiente de variação; n.s.= não significativo a 5% de probabilidade; *= significativo a 5% de probabilidade; medias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A utilização de silicato de potássio interferiu positivamente na produtividade, como mostra a tabela 4, através da estimativa da produtividade, pode-se observar que os tratamentos 4 e 5 apresentaram médias significativamente superiores ao tratamento testemunha que não utilizou o produto, os tratamentos 2 e 3, apesar de não diferirem estatisticamente, apresentaram estimativa superior em relação as plantas que não foram tratadas com o produto. Assim como na massa de mil grãos, Sousa et al. (2010) obtiveram em seu trabalho diferença significativa na produtividade, em resposta a aplicação de silicato de potássio. Esse aumento da produtividade, de acordo com Pulz (2007) pode estar relacionado com a maior resistência mecânica das plantas, além de maior tolerância ao estresse hídrico, considerando que o experimento atravessou uma fase de baixa precipitação, tendo assim as parcelas tratadas com o silicato de potássio, sofrido menos com a baixa disponibilidade de água na fase em que as plantas diferenciavam os primórdios florais, onde foram definidos o número de grãos. CONCLUSÕES A utilização de silicato de potássio diminuiu significativamente os danos causados pelo ataque de Spodoptera frugiperda, e influenciou positivamente na tolerância ao acamamento de plantas, na massa e número de grãos e na produtividade. REFERÊNCIAS ANTUNES, C. S.; Efeito do silício sobre as lagartas-chave e seus inimigos naturais em milho e girassol. Universidade Federal de Lavras – Lavras-MG: 43p., 2009. BONATO, C.M.; RUBIN FILHO, C.J.; MELGES, E.; SANTOS, V.D. Nutrição mineral de plantas. Universidade Estadual de Maringá. 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