MANEJO CONSERVACIONISTA DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA JOÃO MIELNICZUK Departamento de Solos/UFRGS Mudança de sistemas de preparo de solo no Planalto Médio (RS) em função de programas de manejo de solo Porcentagem da área 100 PC PR PD 80 60 40 20 0 1979 1994 2000 Ano Mielniczuk et al. (2003): PIUCS (1979), EMATER (1994) e Farias & Ferreira (2000). MANEJO CONSERVACIONISTA DO SOLO CARACTERÍSTICAS - AUSÊNCIA DE REVOLVIMENTO - RESÍDUOS SOBRE A SUPERFÍCIE - PLANTAS DE COBERTURA - ROTAÇÃO DE CULTURAS EFEITOS SOBRE O SOLO - REDUÇÃO DA EROSÃO - GRADIENTE DE NUTRIENTES NO PERFIL - AUMENTO DA MATÉRIA ORGÂNICA - AUMENTO DA CTC DINÂMICA DO K NO SOLO Colheitas (retiradas) Resíduos (reciclagens) Adubação (adição) Plantas Minerais Primários K solução K trocável Lixiviação (perda) Erosão (perda) K remanescente no resíduo, kg ha-1 PERDA DE K NO TECIDO 120 Sobre o solo Incorporado 100 80 60 40 20 0 0 15 30 60 90 120 150 Dias Potássio remanescente no tecido de culturas de cobertura, média de aveia, ervilhaca e aveia + ervilhaca e 2 anos, em experimentos de campo com saquinhos de decomposição (Mielniczuk e Fochi – dados não publicados). Ca Mg KX k K CTC ( Ksolução) 1/ 2 (Ca Mg) solução Solo A KX cmolc dm-3 Solo B PTKA PTKB K solução (mM L-1)1/2 (Ca + Mg)1/2 solução Representação esquemática do efeito do PTK sobre a distribuição das formas de K no solo. Produtividade de plantas animais Saúde de plantas animais homem Qualidade ar e água (Larson & Pierce, 1994) Representação esquemática da relação entre a qualidade do solo e suas funções básicas na natureza. luz CO2 Proteção da superfície: . temperatura . umidade . energia da chuva: desagregação infiltração . velocidade de escoamento: transporte MO + Minerais água e nutrientes Químicas e biológicas: . CTC - dinâmica do Ca, Mg e K . dinâmica do N, P e S . dinâmica do Al . atividade microbiana Agregação Sistema radicular: . reciclagem de nutrientes . aproximação de partículas . exsudação . atividade microbiana: fungos, bactérias . fixação simbiótica de N . lixiviação Propriedades emergentes Físicas: . Porosidade: infiltração aeração umidade . erodibilidade . resistência à deformação . friabilidade 0 início exper. 10 1969 1985 SN CN SN CN PC PD Av / Mi Av / Mi descob. 20 1998 31,8 30,3 PC 32,6 39,6 37,8 34,8 32,6 24,9 29,9 25,9 30 32,6 44,8 40 campo nativo COT, Mg ha-1 50 SN CN SN CN PD Av+Vi / Mi+Ca (Bayer et al., 1997) Relação entre o teor de carbono orgânico total e a capacidade de troca de cátions efetiva e a pH 7,0 do solo. Pontos são médias de duas doses de N e três repetições. ** significativo a 1%. (Bayer et al., 1997). Ca Mg KX k K CTC ( Ksolução) 1/ 2 (Ca Mg) solução KX = 0,16 . CTC . K solução Ou K solução = KX / 0,16 CTC Ex. KX = 0,4 cmolc dm-3 CTC = 7,57 cmolc dm-3 K solução = 13,2 ppm CTC = 9,57 cmolc dm-3 K solução = 10,5 ppm CTCpH 7,0 = 15,36 cmolc dm-3 K solução = 6,8 ppm 800 770 Grãos trigo 15 700 608 K nas culturas, kg ha-1 MS trigo 264 483 500 13 389 Grãos trigo MS trigo 200 MS nabo 13 66 Grãos trigo 300 80 Grãos trigo 600 400 MS trigo 11 46 MS trigo 58 MS nabo 197 Grãos milho 57 Grãos milho 38 Grãos milho 57 Grãos milho 38 MS milho 163 MS milho 223 MS milho 163 MS milho 223 MS aveia 131 MS aveia 131 MS aveia 131 MS aveia 131 100 0 0N 180 N sem 0N 180 N com cultura intercalar de nabo entre o milho e trigo Conteúdo de K na matéria seca da aveia, milho, nabo e trigo e a exportação pela colheita de grãos do milho e trigo em duas doses de N, Fortaleza dos Valos (RS). Fonte: Rossato (2004). Considerando que mais de 80% do K contido nos resíduos é liberado em menos de 30 dias, a inclusão da aveia como cultura de cobertura de solo antes do milho, que continha 131 kg ha-1 de K na MS, representou uma adubação de aproximadamente 100 kg ha-1 de K para o milho. A contribuição do nabo intercalar correspondeu à aplicação de 160 a 210 kg ha-1 de K antes do trigo. A quantidade de K liberado é bem superior às necessidades da cultura, indicando que em manejos conservacionistas, assim como a calagem e a adubação fosfatada, a adubação potássica deve ser revista. CONCLUSÕES FINAIS RECICLAGEM EFICIENTE DE K NOS SISTEMAS CONSERVACIONISTAS CONTROLE DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL DA ÁGUA