The Life and Strange
Surprising Adventures of
Robinson Crusoe
of York, Mariner: who lived Eight and Twenty
Years, all alone in an uninhabited Island on the
coast of America, near the Mouth of the Great
River of Oroonoque; Having been cast on Shore
by Shipwreck, wherein all the Men perished but
himself. With An Account how he was at last as
strangely deliver'd by Pirates. Written by
Himself.
Seminários – 2008.1
Rodrigo Cerqueira Lopes
Assuntos
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O Autor
O Livro
O Enredo
Trechos
Por que lê-lo?
O Autor
Daniel Defoe
n.: Londres, ±1660 (?)
m.: Londres, 24/04/1731 (?)
Biografia Extensa:
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Homem de Negócios
Panfletista e Partidário
Agente Secreto
Jornalista e Cronista
Romancista
O Autor
• Vindo de família protestante
• Tornou-se comerciante geral com grandes
ambições mas sempre envolvido em
bancarrotas e de práticas por vezes não
honestas e preso por dívidas
• Começou a escrever panfletos e a
participar da fundação e sua colaboração
com o partido whig, até ser preso.
O Autor
• Solto pelo ministro tory moderado Robert Harley,
do qual se tornou porta-voz e agente secreto.
• Tornou-se fundador e único redator do jornal
The Review, relatando crônicas da Guerra de
Sucessão Espanhola.
• Com a morte da Rainha Ana, Defoe trocou de
partido novamente.
• Depois de um tempo, a partir de Robinson
Crusoé, passou a se dedicar em escrever seus
romances que o tornariam famoso.
O Autor
• Daniel Defoe presenciou em vida muitos
eventos importantes na história
• Escritor profícuo de muitos escritos de
diversos gêneros, tanto assinados como
anônimos (cerca de 400 títulos, desde
poemas satíricos e livros de ocultismo a
tratados geográficos e econômicos, além
das crônicas políticas da época)
O Autor
• Pioneiro inglês no gênero “Novel”
(Romance Moderno)
• Grande experiência na arte de contar
histórias detalhadamente, mas só
começou a escrever romances por volta
dos sessenta anos.
• Espírito aventureiro e prático do escritor é
espelhado em sua obra
O Livro
• Inspirado em um fato real,
onde um marinheiro
escocês, Alexander Selkirk,
foi voluntariamente viver
isolado numa ilha entre
1704 e 1709 na costa do
Chile.
• Romance de aspecto
autobiográfico, foi
publicado inicialmente em
1719 sem o nome do autor
no frontispício.
O Livro
• História de Robinson Crusoé que fica 28 anos a
sobreviver numa ilha deserta
• É um personagem perturbado por problemáticas
espirituais, bem próprias do mundo inglês do
seu tempo, mas que o colocam no limiar de uma
certa modernidade
• Com um espírito prático e positivo, alheio a todo
o sentimentalismo e à debilidade poética,
Crusoé é um homem para quem as coisas
existem concretamente, sem possibilidade
alguma de transformação fantástica.
O Enredo
Por ser uma pretensa
autobiografia e de primeira
pessoa, a narrativa não se
detêm somente no
naufrágio, mas começa
descrevendo a juventude
do protagonista e
prossegue até a velhice
O Enredo
Relata detalhadamente as
circunstâncias de seu
naufrágio numa ilha deserta
na costa da américa, bem
como seus onze anos só
com a companhia de
animais, suas tentativas
frustradas de construir
barcos e fugas da ilha,
compreendendo boa parte
do livro.
O Enredo
De repente ele nota,
aterrorizado, uma pegada
recente, e percebe que a
ilha é visitada
periodicamente por tribos
de canibais que chegam de
canoa para ali consumirem
seus banquetes. Desde
então Robinson entricheirase por dois anos,
escondido.
O Enredo
Um dia ele consegue
salvar um prisioneiro
indígena que tentava
fugir, conseguindo um
companheiro, e o chama
de Sexta-Feira (Friday).
Ele o ensina inglês e o
converte ao cristianismo,
e este passa a serví-lo, e
o ajudando mais tarde a
salvar mais dois
prisioneiros.
O Enredo
Na ilha, desembarca
um navio inglês em
motim, onde os
marinheiros planejam
matar os oficiais.
Robinson
audaciosamente se
junta aos vencedores
da batalha, que o
levam de volta à
Inglaterra.
O Livro
• Foi tremendamente popular
• Rendeu mais dois sequels:
– The Further Adventures of Robinson Crusoe
– Serious Reflections of Robinson Crusoe
• Até hoje séria e amplamente refletida em
diversas interpretações:
–
–
–
–
Colonial / Política
Religiosa
Moral
Econômica
O Livro
• A Narração é feita com uma sobriedade
“mercantil” e detalhada e, ao mesmo
tempo, despojada.
• Tal detalhismo visa persuadir o leitor da
veracidade do texto e da importância de
cada objeto e cada ação
O Livro
• Calvino entede que a conduta de Crusoé é
demasiada aberta e vital para que seja acusada
de hipócrita, e que suas súbitas mudanças de
atitude e opinião conservam sinceridade e
saúde.
• Contém um certo humor envolvendo
controvérsias culturais, religiosas e políticas.
Citações por Calvino
“(...) tendo acabado de se dar conta de ser o
único sobrevivente de toda a equipagem –
‘de fato, deles não vi mais nenhum traço,
exceto três chapéus, um boné e dois
sapatos sem par’ -, após um rapidíssimo
agradecimento a Deus passa a olhar em
torno e estudar a situação.”
Citações por Calvino
“Quando encontra no navio parcialmente
submerso as moedas de outro e prata não
nos poupa um pequeno monólogo ‘em voz
alta’ sobre a inutilidade do dinheiro; mas
assim que fecha as aspas do monólogo: ‘de
qualquer modo, pensando bem, levei tudo
comigo’”
Citações por Calvino
“(...) as disputas do selvagem [Sexta-Feira]
que não pode conceber a idéia do diabo e
do marinheiro [Crusoé] que não sabe
explicá-la.”
Citações por Calvino
“Robinson, rei de ‘três súditos isolados que
eram de três religiões diferentes. O meu
Sexta-Feira era protestante, seu pai pagão
e canibal, e o espanhol papista. Contudo,
concedi liberdade de consciência em todos
os meus domínios.’”
Citações por Calvino
“ ‘Aquelas pessoas[, os canibais,] não eram
assassinas mas homens de uma civilização
diferente, que obedeciam às suas leis, não
piores que os costumes de guerra do
mundo cristão’.”
Por Que Ler?
“Não são as pregações edificantes, sempre
apressadas e genéricas, com as quais de vez em
quando são floreadas as páginas do Robinson,
que fazem dele um livro de sólida ossatura moral,
mas o modo direto e natural com que um costume
e uma idéia da vida, uma relação do homem com
as coisas e as possibilidades ao alcançe de sua
mão se exprimem em imagens”
Por Que Ler?
“Por esse empenho e prazer em descrever
técnicas de Robinson, Defoe chegou até
nós como poeta da paciente luta do homem
com a matéria, da humildade e grandeza do
fazer, da alegria de ver nascer as coisas de
nossas mãos”
Por Que Ler?
“É sem dúvida um livro a ser relido linha por
linha, fazendo-se sempre novas
descobertas”
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