Ano 3 – Nº 21 – Maio/Junho 2011 Publicação Bimestral do Sindipneus VENDEDOR DE PNEUS PROFISSÃO FUNDAMENTAL NO SETOR DE PNEUMÁTICOS Sindipneus em ação – Convenção Coletiva 2011/2012 – Pág. 12 Conexão – Entrevista com o presidente da ABR – Pág. 14 Ecoatividade – Borracha que transforma – Pág. 26 EXPEDIENTE EDITORIAL Pneus & Cia. – Ano 3 – Nº 21 Órgão Informativo do Sindipneus Sindicato das empresas de revenda e prestação de serviços de reforma de pneus e similares do estado de Minas Gerais Diretoria Sindipneus Presidente Paulo César Pereira Bitarães Secretário geral Gláucio T. Salgado Diretor da câmara de reforma de pneus Arilton S. Machado Diretor da câmara de revenda de pneus Antônio Augusto S. Costa Diretor de tesouraria Ana Cristina Schuchter Gatti Conselho fiscal Dênis Oliveira, Júlio César, Wilson Navarro Delegado junto a Federação do Comércio Estado de Minas Gerais Henrique Koroth Delegado junto a Federação do Comércio Estado de Minas Gerais Aureliano Zanon Amirp Rogério de Matos, Fernando Antônio Magalhães, Miguel Pires Matos e Júlio Vicente da Cruz Neto Sindipneus Ronaldo Lídio Navarro, Antônio Domingos Morales e Júlio Coelho Lima Filho Analista de Projetos/Financeiro Eliza Soares e Nilcélia Fonseca Revista Pneus & Cia. Editora Priscila Silva – Reg.: 15675MG Revisão Final Grazielle Ferreira Arte e Editoração In Foco Brasil (31) 3226-8463 Impressão Gráfica e Editora Copa (31) 3372-4949 Tiragem 5.000 exemplares As opiniões expressas nos artigos assinados e os informes publicitários são de responsabilidade dos autores. É proibida a reprodução de textos e de ilustrações integrantes da edição impressa ou virtual, sem a prévia autorização da editora. Rua Aimorés, 462 • Sala 108 • Funcionários CEP 30140-070 • Belo Horizonte • MG Tel: (31) 3213-2909 [email protected] • www.sindipneus.com.br Um segmento só consegue se fortalecer por meio da união. Por isso, o Sindipneus continua sua luta para unir e, assim, fomentar o setor de pneumáticos. Nesta edição da Pneus & Cia. a editoria Sindipneus em Ação comprova que a colaboração de todos pode gerar resultados surpreendentes. A ação realizada pelo Sindipneus para ajudar a empresária Gilcélia Aparecida, de Buenópolis (MG), deixou claro que a união sempre pode fazer a diferença. A editoria também traz os dois novos projetos implementados pelo Sindicato com o intuito de beneficiar seus associados: o informativo eletrônico Sindinews e o Sindijurídico, que já está oferecendo consultoria jurídica gratuita. A publicação também aborda outros assuntos interessantes. Um deles está relacionado à sustentabilidade e mostra a criatividade de um designer mineiro que transforma câmaras de ar de pneus de caminhão em acessórios de moda e objetos de decoração. Nossos articulistas também trazem reflexões importantes. Na editoria Pneus e Frotas, o tema é o alinhamento. Já a editoria Cenário traz um artigo sobre a importância do ar comprimido. Na seção Estratégia, o tema do texto é a prospecção e fidelização de clientes e, na editoria Viver Bem, você verá como aplicar o 5S na sua vida pessoal. Nesta edição, publicamos, ainda, uma entrevista pingpong com Roberto de Oliveira, presidente da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), que expõe as expectativas em relação ao setor de pneumáticos nos próximos anos. E, por fim, temos a matéria de capa, que desta vez, traz um balanço sobre a profissão dos vendedores de pneus novos e reformados, características desse profissional, conhecimentos necessários e o impacto dessa função nas empresas do segmento. Boa leitura! Paulo Bitarães Presidente do Sindipneus 3 | Pneus & Cia. Sindipneus FORTALECENDO O SETOR DE PNEUS 12 SINDIPNEUS EM AÇÃO Convenção Coletiva de Trabalho 2011/2012 14 CONEXÃO Trabalho pelo fortalecimento do segmento 18 CAPA Profissão vendedor de pneus 4 | Pneus & Cia. 26 ECOATIVIDADE Borracha que transforma Sindipneus em ação Depoimentos dos associados 8 Cenário Compressor de parafuso ou de pistão? 16 Pneus e frotas Da série manutenção: alinhamento 22 Estratégia Mudar e evoluir, adaptar-se e sobreviver, resistir e perecer 24 Viver bem Aplicando 5S na vida pessoal 28 Guia dos associados Revendedores e reformadores 30 MOMENTO DO LEITOR Este espaço é seu. Está reservado para suas sugestões e opiniões. Fale com a gente: [email protected] Na última edição da Pneus & Cia., recebemos um email do leitor Marcos Antonio da Silva, que, além de elogiar o artigo da editoria Pneus e Frotas, fazia uma pergunta sobre o uso de pneus bi-trem. O articulista Pércio Schneider respondeu à pergunta do nosso leitor. Confira! Qual o melhor pneu a ser usado em um bi-trem? 275 ou 295? Destaco que também achei muito interessante seu artigo na Pneus & Cia. Parabéns! Marcos Antonio da Silva Londrina – PR Para responder sua pergunta, é necessário que antes sejam feitas algumas considerações. Veja: Ao falar em bi-trem, refere-se apenas aos reboques ou ao conjunto cavalo mecânico mais reboques? Para o cavalo mecânico, nem pense em outra medida de pneu. A única que pode ser utilizada é a original de fábrica, e isso por imposição legal. A troca da medida dos pneus originais é proibida para veículos automotores pela resolução 292/2008 do Contran se resultar em alteração do diâmetro do conjunto pneu e roda, como ocorre ao trocar um 295/80R22,5 por outro de medida 275/80R22,5. Além da multa e dos pontos, em caso de irregularidade, haverá a retenção do veículo até que esta seja corrigida. Nas carretas, reboques e semi-reboques, não existe restrição em relação à troca da medida dos pneus. Porém, nesses casos, deve-se estar atento a outros aspectos antes de se tomar uma decisão. Primeiro, a roda padrão para pneus 295/80R22,5 tem 9.00 polegadas de largura, enquanto para o pneu 275/80R22,5 a roda tem 8.25 polegadas. Em caso de troca, até se consegue montá-las, mas isso forçará os talões e os flancos do pneu. E você terá, obrigatoriamente, que carregar um estepe de cada medida. 6 | Pneus & Cia. Segundo, é preciso verificar se o índice de carga dos pneus é compatível com o peso bruto transportado. Se você fizer uma pesquisa nos sites dos fabricantes instalados no país, irá encontrar 46 modelos diferentes, na medida 295/80R22,5. Todos, de acordo com as fichas técnicas dos fabricantes, possuem índice de carga 152/148. Na medida 275/80R22,5, são 27 modelos, com índice de carga 149/146. Isso indica que o peso suportado pelos pneus em montagem dupla, será 150 kg a menos por pneu, ou 600 kg a menos por eixo, na medida 275/80R22,5. Em alguns modelos essa diferença pode ser ainda maior. Terceiro, por sua construção, a parte flexível num pneu radial é a sua lateral, ou flanco. Caso o pneu seja trocado por um menor e, portanto, mais baixo, essa área será menor. Ao transitar por vias com piso irregular, a probabilidade de danos por impactos nos pneus será maior, como o aparecimento de bolhas, por exemplo. É mais ou menos o que o transportador percebia quando estava habituado a usar pneus 11.00R22 e começou a usar o 295/80R22,5. Os problemas eram mais frequentes porque até então a forma de usar os pneus não havia mudado. Pneus radiais e sem câmara, com perfil mais baixo, são mais sensíveis que outros, de perfil mais alto. O pneu 275/80R22,5 tem preço menor, mas seu custo pode ser maior. E o melhor pneu será aquele que lhe proporcionar o menor custo por quilômetro rodado. Pércio Schneider – especialista em pneus da Pró-Sul E:mail: [email protected] SINDIPNEUS EM AÇÃO ASSOCIADOS SINDIPNEUS Foto: arquivo pessoal FAÇA PARTE DESTE TIME A união de qualquer classe significa o fortalecimento, a valorização e o reconhecimento de um grupo de pessoas ou empresas com objetivos comuns. Mas tão importante quanto mostrar força e bradar por reconhecimento, é desenvolver a permuta de ideias e informações a fim de tornar comum um know-how adquirido. Somente com essa visão mais ampla chegaremos ao ápice de sermos um grupo de empresas suficientemente fortes e com práticas comerciais saudáveis. Estamos com o Sindipneus desde a época da Amirp e convidamos todos a participarem conosco deste associativismo que só nos faz crescer. Como associado do Sindipneus, sinto-me na obrigação de abordar uma questão crucial para o nosso segmento. Alguns reformadores ainda perguntam por que devem contribuir para o sindicato. Ora, com tantos problemas a serem resolvidos no dia a dia, quem vai defender os interesses do setor perante aos órgãos governamentais, assim como outras demandas? O Sindicato é o nosso legítimo instrumento de defesa e é imprescindível fortalecê-lo para o nosso próprio benefício. 8 | Pneus & Cia. Em visita recente ao nordeste, fiquei alarmado com a disparidade entre o preço de reforma lá praticado e aquele que se cobra pelo mesmo serviço em nosso Estado. Lembro-me das muitas reuniões com especialistas em análise de custos para orientar os empresários, todas patrocinadas pela associação. Apesar de todo o esforço, pouca atenção se deu ao assunto e o que se vê agora é um número crescente de empresas no vermelho, em vias de fechar as portas, enquanto outras já desistiram ou quebraram. O que fazer? Cruzar os braços? Que cada reformador de pneus reflita e faça a sua parte. Contribuir e participar são as melhores respostas. Fernando Antônio Magalhães LumaJunior Pneus Aider Pneuara - Pneus Araxá Ltda. O Sindipneus trabalha para defender e valorizar os interesses de seus associados, oferecendo toda assistência necessária para auxiliar no crescimento de cada empreendimento e, assim, contribuir com o desenvolvimento de todo o setor. Associe-se! Mais informações: (31) 3213-2909 / [email protected] Foto: arquivo pessoal Aider Junior Pneuara – Pneus Araxá Ltda Pediu, chegou. In Foco Brasil Produtos, ferramentas e acessórios para reformadoras, lojas de pneus e borracharias. www.gebor.com.br (31) 3291-6979 Rua Cassia, 26 lj.01 - Bairro Prado - Belo Horizonte - MG [email protected] Foto: arquivo Sindipneus SINDIPNEUS PROMOVE AÇÃO PARA BENEFICIAR EMPRESÁRIA MINEIRA A empresária Gilcélia Aparecida dos Reis, de Buenópolis (MG), recebe os pneus entregues pela analista de projetos do Sindipneus, Eliza Soares 10 | Pneus & Cia. Planejar e executar ações que contribuam para alavancar o setor de pneumáticos e torná-lo cada vez mais forte. Esse é o principal objetivo do Sindipneus, que continua seu trabalho em busca de melhorias para o segmento. Entretanto, além da preocupação de fortalecer o setor, o Sindicato também tem como premissa dar assistência contínua aos seus associados e aos empresários do ramo. Em janeiro deste ano, o Sindipneus recebeu uma carta da empresária e professora de história Gilcélia Aparecida dos Reis, de Buenópolis (MG), que escreveu para parabenizar a Revista Pneus & Cia. e também para contar um pouco de sua trajetória no segmento de pneumáticos. Após 18 anos no mercado, Gilcélia se viu diante de um grande desafio. Mesmo com tanta experiência, estava passando por momentos difíceis em sua empresa, a Role Pneus, e acabou adquirindo algumas dívidas. Pensando em uma solução para não perder sua loja – que foi a primeira do ramo de pneus de Buenópolis – ela pediu ajuda ao Sindipneus para que reunisse empresas interessadas em oferecer pneus, câmaras e protetores em sistema de consignação ou em doar esses produtos para que ela pudesse reerguer seu negócio. Ao serem procuradas pelo Sindicato, cinco empresas se dispuseram a ajudar e, no dia 25 de fevereiro, Gilcélia foi a Belo Horizonte receber os produtos doados pela Recape Pneus, TC Pneus, Gama Pneus, RG Pneus e Maurinho das Carcaças. Ao todo, foram arrecadados 24 pneus novos e reformados. Para Gilcélia, a ação significou o início de uma nova jornada e a certeza de que as amizades são fundamentais nos momentos de dificuldade. “Quando enviei a carta não esperava que fosse alcançar meu objetivo. Mas vi que mesmo diante de uma situação complicada existem pessoas dispostas a ajudar”, afirma. A meta da empresária é utilizar os itens doados para dar continuidade ao seu negócio. “Quero prosseguir com minha empresa e quitar minhas dívidas. Só tenho a agradecer a todas as empresas que me ajudaram e, daqui para frente, vou continuar lutando para que meu negócio volte a ser minha fonte de renda”, garante. Se você se interessou pela história de Gilcélia e também quer ajudar, envie um e-mail para sindipneus@ sindipneus.com.br ou telefone para (31) 3213 2909. SINDIPNEUS IMPLANTA DOIS NOVOS PROJETOS Um Sindicato forte precisa ser atuante e contar com o apoio de seus associados. Pensando nisso, e com o intuito de unir forças cada vez mais, o Sindipneus implantou dois novos projetos. O primeiro deles, o informativo eletrônico Sindinews, foi iniciado no mês de março com o objetivo de difundir informações sobre o setor de pneumáticos e também sobre importantes assuntos internos do Sindipneus. Se você se interessou pelo nosso informativo eletrônico, mas ainda não está recebendo nossos comunicados, cadastre-se no site www.sindipneus. com.br ou envie um e-mail para [email protected]. Sindijurídico Outro projeto que está em funcionamento desde o dia 7 de abril, é o Sindijurídico, que disponibiliza consultoria jurídica e empresarial gratuita todas as quintas-feiras, das 14h às 17h, com o advogado Samuel Oliveira Maciel. Durante esse período, os interessados podem comparecer à sede do Sindipneus, enviar e-mail para esclarecer dúvidas ou ligar para conversar diretamente com o advogado. Quando pensar em moldes para pneus não tenha dúvida. Golden Molds. 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Para esclarecer dúvidas acerca dessa Convenção Coletiva de Trabalho, entrevistamos o advogado Samuel Oliveira Maciel, assessor jurídico do Sindipneus. Confira! 12 | Pneus & Cia. Pneus & Cia.: O que é uma Convenção Coletiva de Trabalho? Samuel Oliveira Maciel: Convenção Coletiva de Trabalho é um acordo de caráter normativo por meio do qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho (artigo 611 CLT). Pneus & Cia.: Quais empresas são abrangidas pela Convenção Coletiva de Trabalho celebrada entre o Sindipneus e o Sintibor? Samuel Oliveira Maciel: A Convenção Coletiva de Trabalho abrange toda a categoria representada por esses dois sindicatos, ou seja, todas as empresas e res- pectivos trabalhadores do ramo de revenda de pneus, prestação de serviços de reforma de pneus, borracharias, vulcanizadoras e recauchutadoras de pneus. Pneus & Cia.: Qual a abrangência temporal e territorial da Convenção Coletiva? Samuel Oliveira Maciel: Aplica-se a CCT a todo o Estado de Minas Gerais que é a base territorial dos Sindicatos convenentes, sendo sua vigência de 1º de abril de 2011 (data base) até 31 de março de 2012. Pneus & Cia.: É obrigatório o cumprimento das Cláusulas da Convenção Coletiva? Samuel Oliveira Maciel: Sim, todas as empresas e trabalhadores do Estado de Minas Gerais abrangidos pela CCT, ou seja, do ramo de revenda e reforma de Pneus, independentemente de serem associadas ou não ao Sindipneus, são obrigados a cumprir o disposto em referido documento, nos termos do Artigo 611 e seguintes da CLT. Pneus & Cia.: Qual a diferença entre empresa associada e não associada, tendo em vista a Convenção Coletiva de Trabalho? Samuel Oliveira Maciel: A princípio nenhuma. A Convenção Coletiva deve ser obedecida por todas as empresas do ramo de revenda e reforma de pneus no estado de Minas Gerais, independentemente de serem associadas ou não ao Sindipneus. Pneus & Cia.: As empresas da base são obrigadas a associar-se ao Sindipneus? Samuel Oliveira Maciel: Não. Nenhuma pessoa física ou jurídica pode ser obrigada a associar-se a nenhum tipo de agremiação ou entidade, sendo livre o direito de associação. Pneus & Cia.: Existe penalidade para a empresa que descumprir as cláusulas da CCT? Samuel Oliveira Maciel: Sim, além de a empresa estar sujeita à multa prevista na Cláusula 45ª da CCT 2011/2012, no valor de 50% (cinquenta por cento) do Piso Salarial da Categoria por cada infração cometida, poderá ainda ser objeto de fiscalização por parte do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em razão de descumprimento do referido Instrumento Coletivo. Pneus & Cia.: Qual o valor de reajuste salarial a ser concedido aos trabalhadores da base? Samuel Oliveira Maciel: O valor será de 6,19% (seis vírgula dezenove por cento) a incidir sobre os salários percebidos em abril/2010, devendo o referido reajuste ser concedido levando-se em conta a data base de 1º de abril de 2011. Pneus & Cia.: Existem taxas convencionais a serem pagas pelos trabalhadores da base? Samuel Oliveira Maciel: Sim, convencionou-se a taxa de fortalecimento sindical a ser descontada pelas empresas de seus empregados em favor do Sintibor/MG, de 6% (seis por cento) do piso salarial da categoria, ou seja, R$36,00 (trinta e seis reais) por empregado. O referido valor pode ser descontado em até 5 (cinco) parcelas sucessivas do trabalhador a partir do pagamento do salário do mês de junho/11, devendo no entanto, ser antecipado pelas empresas em parcela única até o dia 15 de maio de 2011, nos termos da Cláusula 41ª da CCT 2011/2012, sendo de responsabilidade exclusiva da empresa o referido desconto e repasse ao Sintibor/MG. Pneus & Cia.: E há taxas a serem pagas pelas empresas? Pneus & Cia.: Existe alguma penalidade para o caso de não ser efetuado o pagamento das taxas convencionais, seja a profissional ou a patronal? Nesse caso, também fica qualificado o descumprimento da Convenção Coletiva, com aplicação da multa prevista na Cláusula 45ª de referido instrumento, no valor de 50% do piso salarial da categoria. Pneus & Cia.: Caso as empresas já contribuam com outros sindicatos, o que elas devem fazer? Samuel Oliveira Maciel: A partir da celebração da presente Convenção Coletiva, não restam dúvidas acerca da representatividade da categoria de revenda e reformas de pneus, que se dá pelo Sintibor/MG, em relação aos empregados, e pelo Sindipneus, em relação às empresas. Logo, estes são os únicos sindicatos legítimos para receberem quaisquer taxas legais ou convencionais, uma vez que no Brasil vigora o princípio da unicidade sindical. Pneus & Cia.: Caso as empresas recebam cobranças de outros sindicatos, sejam profissionais ou patronais, o que elas devem fazer? Samuel Oliveira Maciel: Qualquer cobrança de sindicatos que não representem a categoria de revenda e reforma de pneus deve ser desconsiderada, devendo os empresários entrar em contato com o Sindipneus para sanarem qualquer dúvida a esse respeito. Pneus & Cia.: O que as empresas devem fazer em caso de serem demandadas em reclamações trabalhistas com base em outras Convenções Coletivas que não esta celebrada entre o Sindipneus e o Sintibor? Samuel Oliveira Maciel: As empresas devem impugnar as referidas convenções coletivas, anexando em suas defesas cópia da CCT celebrada entre o Sindipneus e o Sintibor/MG, juntamente com cópia de seu contrato social, pelo qual se apura o seu objeto social e, consequentemente, o seu enquadramento sindical. Pneus & Cia.: O que representa para a categoria de revenda e reforma de pneus a celebração desta Convenção Coletiva? Samuel Oliveira Maciel: A celebração deste Instrumento Coletivo representa um grande avanço para o setor de revenda e reforma de pneus, uma vez que delimita a representatividade sindical da categoria, permitindo negociações coletivas específicas para as necessidades exclusivas do segmento. 13 | Pneus & Cia. Samuel Oliveira Maciel: Sim, nos termos do artigo 513 da CLT e da Cláusula 42ª da CCT 2011/2012, convencionou-se, a título de Desconto Negocial Patronal, o valor de R$100,00 (cem reais) para as empresas associadas ao Sindipneus e de R$400,00 (quatrocentos reais) para as empresas não associadas, devendo os referidos valores serem repassados ao Sindicato Patronal até o dia 30 de junho de 2011. Samuel Oliveira Maciel: Sim. O não pagamento/ repasse de referidas taxas pelas empresas caracteriza a mora, com a incidência de multa de 2% sobre o valor não quitado, juros de 1% ao mês e atualização monetária de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). CONEXÃO TRABALHO PELO FORTALECIMENTO DO SEGMENTO ACREDITANDO NO ASSOCIATIVISMO COMO FOMENTO PARA O SETOR, ROBERTO DE OLIVEIRA CONTA SUAS EXPECTATIVAS PARA O SEGMENTO DE PNEUS NOS PRÓXIMOS ANOS por Priscila Silva Neste ano, o empresário assumiu uma nova função ao ser eleito presidente da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR) até 2013. Criada em 1985, a ABR atua em três categorias: reformadores de pneus; fabricantes de matéria-prima para reforma de pneus e fabricantes de máquinas e equipamentos para reforma de pneus. área comercial com o desafio de abrir mercado em todo o Brasil e também no exterior (na área de reforma de pneus industriais). Pneus & Cia.: Como o senhor avalia a atual situação do segmento de pneus no Brasil? Roberto de Oliveira: Os reformadores de pneus estão há algum tempo em um período de transição, caminhando para a profissionalização e organização do setor. Com a instituição da Portaria nº444/2010 do Inmetro, também para pneus comerciais (camiFoto: Renato Rodrigues A os 16 anos, Roberto de Oliveira já estava envolvido na rotina de uma empresa reformadora de pneus disposto a conhecer minuciosamente todas as etapas do processo de reforma. Ao longo do tempo, além da parte prática, ele se interessou também pelas rotinas administrativas e comerciais da empresa e foi construindo um conhecimento sólido sobre o setor de pneumáticos brasileiro, especialmente o de reforma. Nos próximos três anos, Roberto pretende, como presidente da ABR, intensificar sua luta pela valorização do segmento e ampliação do mercado no país e no exterior. Nesta entrevista, o empresário aborda esses e outros assuntos importantes para o setor e fala sobre suas expectativas para o segmento nos próximos anos. 14 | Pneus & Cia. Pneus & Cia.: Conte-nos um pouco da sua trajetória no segmento de pneus. Roberto de Oliveira: Pertenço à segunda geração da empresa Warmor Renovadora de Pneus, que está há 46 anos no mercado de reforma de pneus comerciais e há 15 atua também na reforma de pneus industriais. Trabalho com reforma desde os 16 anos e conheci todos os setores dentro da empresa (exame, limpeza, raspa, escareação, aplicação de cimento vulcanizante, corte e aplicação de banda, vulcanização em autoclave e máquinas setoriais), além das áreas comerciais e administrativas. Hoje estou focado na Roberto de Oliveira – presidente da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus nhão, ônibus, entre outros), o setor ganha respaldo de qualidade em seu processo. E, com o selo verde, estaremos mais próximos de sermos considerados “empresa verde”. Penso que os reformadores precisam se organizar nas associações regionais para resolverem as dificuldades em âmbito estadual e as associações regionais devem se unir à ABR para solucionarem as dificuldades em nível federal. Acredito que o segmento de reforma vive um momento de transformação, basta tomarmos a decisão se vamos ou não dar prosseguimento a essa mudança. Pneus & Cia.: Em sua opinião, o que falta para o setor nacional avançar? Roberto de Oliveira: O setor de reforma precisa se conscientizar a respeito do potencial que possui. Pneus & Cia.: Qual a sua expectativa para o setor neste ano de 2011? Roberto de Oliveira: Devido às vendas de pneus novos no último trimestre de 2009 e no ano de 2010, a expectativa é que surjam no mercado carcaças de boa qualidade nos próximos 24 meses, recuperando o setor da queda registrada em decorrência da crise. Pneus & Cia.: Quais os maiores desafios de ser empresário do setor de pneus no Brasil? Roberto de Oliveira: Os desafios do segmento de reforma são muitos, cito alguns: carga tributária na compra de matéria-prima, bem como na venda do serviço; necessidade de transformar o setor em “empresa verde” e de melhorar as condições das rodovias municipais, estaduais e federais. Pneus & Cia.: Qual é a importância do sindicato patronal para o empresário do ramo? Roberto de Oliveira: O Sindicato Patronal tem duas funções principais: defender os interesses da categoria econômica e promover a negociação salarial coletiva, representando os empregadores. Vale salientar que as contribuições sindicais visam buscar orientações jurídicas e fiscais que objetivam os interesses comuns dos empregadores e empregados, sempre dentro de um espírito associativo. CENÁRIO COMPRESSOR DE PARAFUSO OU DE PISTÃO? QUAL SERÁ AQUELE QUE LEVARÁ SUA EMPRESA À MODERNIDADE? O ar comprimido se tornou essencial nas operações diárias da maioria das empresas. As organizações estão conscientes da necessidade de terem um compressor de ar confiável, mas há um debate considerável a respeito de qual dos dois tipos mais populares – parafuso ou pistão – trabalha melhor em cada tipo de aplicação. Os compressores de parafuso representam 58% do mercado de ar comprimido, enquanto os compressores de pistão representam apenas 21%. A era dos compressores de pistão de 7 a 13 bar está desaparecendo rapidamente. Cada vez mais as empresas buscam tecnologia, confiabilidade e redução de custos, e encontram tudo isso em compressores rotativos, de parafuso e palhetas. Quando se trata de custo de manutenção, os compressores de parafuso têm infinitas vantagens sob os compressores de pistão. Geralmente, compressores de pistão com duplo efeito requerem mais manutenção, pois são muitos os componentes que se desgastam, tais como válvulas, anéis do pistão e outros consumíveis, tornando a manutenção preventiva uma rotina e, digase de passagem, uma rotina cara. 16 | Pneus & Cia. Já a manutenção preventiva de um compressor de parafusos ou palhetas é limitada em filtro de ar/óleo, separador e óleo. Ao longo do tempo há de se considerar o custo com a manutenção da unidade compressora, po- rém, se forem utilizados compressores de boas marcas, com alta tecnologia, esse custo aparece somente com 40.000 horas de uso, cinco vezes mais horas do que a comum troca de cabeçotes de um compressor de pistão. A vantagem do compressor de parafuso também se dá na instalação. O nível de vibração desse tipo de compressor é mínimo, enquanto o compressor de pistão exige uma fundação especial, que gera um custo adicional na sua instalação. Além disso, o nível de ruído dos compressores de parafuso é cerca de 20% menor do que os de pistão e seu interior é protegido por uma carenagem que promove uma maior segurança para o ambiente de trabalho. E por falar em segurança, é importante lembrar que a grande maioria dos compressores de pistão são montados sob reservatório, o qual deve passar por inspeções de segurança de tempos em tempos, ou seja, o compressor deve ser desativado para a realização de testes no reservatório. Outro dado que chama bastante atenção é a qualidade do ar. Na descarga de um compressor de parafuso, o ar contém aproximadamente 3 ppm de óleo, a uma temperatura de 6 a 8ºC acima da temperatura ambiente. Já o ar na descarga de um compressor de pistão contém aproximadamente 300 ppm de óleo, a uma temperatura de 85ºC. Porém ainda não falamos da maior vantagem, que é a economia de energia. A vazão efetiva de um compressor de pistão é de 25 a 30% menor do que a do catálogo, ou seja, um compressor de 30 Hp, que no catálogo mostra a vazão nominal de 144 pcm, vai entregar na descarga de ar no máximo 108 pcm. Entretanto, um compressor de parafuso de 30 Hp fornece 128 pcm. Só essa diferença já representa um grande ganho, pois o compressor de parafuso vai produzir mais utilizando a mesma quantidade de energia. Em algumas potências a diferença de energia por mês é de 30%. Diante de tantas vantagens, garanta para sua empresa a confiabilidade e economia que só os compressores de parafuso podem fornecer. Lívia Spohr CompAir do Brasil/Belliss & Morcom E-mail: [email protected] EM NEGÓCIOS ONDE TECNOLOGIA, RAPIDEZ E SEGURANÇA SÃO FATORES ESSENCIAS, UMA EQUIPE CONFIÁVEL FAZ TODA A DIFERENÇA. L75 e L75RS L22 e L22RS L37 e L37RS Compressores de Parafusos Série L Também com inversor de frequência de 40 a 340 HP Compressores de Parafusos Série L Também com inversor de frequência de 10 a 30 HP Compressores de Parafusos Série L Também com inversor de frequência de 40 a 340 HP REDE DE DISTRIBUIDORES EM TODO O BRASIL Região de Campinas - SP Região de Guarulhos - SP Região de Sorocaba - SP Tel (19) 3289-5030 Tel (11) 2967-3855 Tel (11) 2099-2990 Região de Diadema - SP Região ABCM - SP Região de Belo Horizonte - MG Tel (11) 5545-2606 Tel (11) 8415-0719 Tel (31) 3393-3030 Intelligent Air Technology Região de Uberlândia - MG Região de Bauru - SP Região de Ribeirão Preto - SP Estado de Santa Catarina - SC Tel (34) 3236-3458 Tel (14) 3233-8888 Tel (16) 3639-7084 Tel (47) 3331-0000 Tel (11) 4591-8700 Fax (11) 4591-8701 [email protected] www.compair.com.br CAPA PROFISSÃO VENDEDOR DE PNEUS 18 | Pneus & Cia. CONHEÇA AS ESPECIFICIDADES DESSE OFÍCIO FUNDAMENTAL PARA O SETOR DE PNEUMÁTICOS por Priscila Silva A profissão de vendedor é uma das mais antigas do mundo. Isso porque, no período em que ainda não havia um sistema monetário definido, já existiam pessoas que intermediavam trocas de produtos nos locais onde moravam. No entanto, a profissão surgiu efetivamente com os caixeiros-viajantes, que viajavam realizando a venda e a troca de produtos. Nessa época, o ofício não tinha prestígio, pois os caixeiros-viajantes eram, geralmente, pessoas que não tinham muitas opções de trabalho e que, por isso, vendiam produtos para sobreviver. de vendas de pneus. “Além da capacitação, outro aspecto fundamental é que o vendedor deve ser o empresário do cliente, assumindo o atendimento como algo que tem que ser resolvido de forma completa. Não só procurando passar as características do produto para o consumidor, mas também orientá-lo. E, se necessário for, informar a ele que não tem o produto de que ele precisa e nunca vender algo que não vai satisfazer totalmente o cliente. O vendedor também precisa ser honesto e sincero”, avalia. Conhecimentos necessários O tempo passou e a industrialização mudou os rumos dessa profissão, que há tempos se tornou fundamental para qualquer empresa que queira obter sucesso em seu segmento. Porém, as inúmeras mudanças tecnológicas e o surgimento de novos e variados produtos a cada dia obrigam os vendedores a se qualificar e a conhecer tecnicamente o produto com o qual trabalham. E isso não é diferente no caso dos profissionais do segmento de pneus. “Com o desenvolvimento da nossa economia e, consequentemente, do comércio, aliado às facilidades para acessar informações, os consumidores brasileiros evoluíram, tornando-se mais exigentes e criteriosos em suas escolhas. Dessa forma, nossos vendedores, tanto de reforma quanto os de pneus novos, estão sendo mais exigidos no ato da venda”, analisa Aureliano Zanon Alves, sócio e diretor de Marketing da empresa Tyresul. Segundo José Palacio, coordenador de certificação dos serviços automotivos do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), parte das empresas fornecem treinamento adequado para seus vendedores, mas isso poderia ser ainda mais aprimorado. “Seria interessante até pensar em uma certificação específica para o vendedor de pneus”, comenta o coordenador. O consultor, palestrante e escritor Flávio Martins também acredita que o treinamento adequado é o principal fator que determina um bom profissional O vendedor precisa ter conhecimento sobre a composição e processamento dos artefatos de borracha, sobre a construção dos pneus, alinhamento e geometria, desgastes e defeitos de carcaças. “O profissional também deve saber que o pneu tem vida útil e precisa estar ciente das características desse componente em relação ao veículo ao qual é aplicado. Além disso, tem que informar para o consumidor a importância de estar com o alinhamento em dia e de balancear os pneus no prazo correto, e, também, deve alertar o motorista sobre os índices de carga e de velocidade. Todos esses itens contribuem para aumentar a vida útil dos pneus e precisam ser detalhadamente explicados”, defende José Palacio. De acordo com Aureliano Zanon, as reformadoras e lojas de pneus capacitaram ou estão em fase de capacitação de seus vendedores em técnicos comerciais como forma de continuarem no mercado. “É uma questão de sobrevivência. Esses profissionais devem ter pleno conhecimento sobre pneus, inteirando-se das características, aplicações e benefícios que o produto pode oferecer”, justifica. Zanon analisa, ainda, que a venda de pneu é extremamente técnica e que pneus mal aplicados em veículos podem gerar riscos de acidentes e custos mais elevados para as frotas, tanto no caso dos pneus novos, quanto dos reformados. O empresário também lista algumas características que os vendedores, obrigatoriamente, precisam conhecer para exercerem com segurança e eficiência essa função. “Quando falamos das características 19 | Pneus & Cia. Entretanto, Palacio também acredita ser válido que os vendedores busquem, por conta própria, outras formas de aprimoramento. “Esses profissionais podem buscar qualificação em cursos oferecidos por faculdades, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e em sites confiáveis, informações sobre as características técnicas de um pneu, desde seu processo de fabricação até a sua chegada à loja, sobre as formas corretas de estocagem e os tipos de pneus adequados para cada veículo e para cada situação”, afirma. As características técnicas sobre esse importante componente automotivo são tantas que não é difícil para um vendedor se confundir ou até mesmo não conhecer alguma delas. Entretanto, para essa profissão, não basta aprender técnicas de venda e marketing, é fundamental conhecer com propriedade o produto vendido. dos pneus, nos referimos a tamanho, índice de carga e velocidade, desenho da banda de rodagem, pressão de ar comprimido, aprovação do Inmetro, data de fabricação, entre outros”, afirma. Segundo Aureliano, especificamente para orientar a compra de pneus novos, é fundamental que os técnicos comerciais conheçam as características do pneu, sua aplicação e garantias. Já os técnicos comerciais de pneus reformados, além das informações mencionadas, devem ter também conhecimentos sobre a carcaça do pneu a ser reformado, a banda a ser aplicada e a avaliação de danos gerados aos pneus. É seguro comprar pneus em supermercados? Considerando todos os conhecimentos necessários a um bom vendedor de pneus, não é difícil imaginar que comprar pneus em supermercados sem o auxílio desse profissional seja uma missão quase impossível. Isso porque a maioria dos motoristas conhece apenas superficialmente as características técnicas de um pneu e o momento ideal para sua troca. Para Flávio Martins, o principal perigo da compra de pneus em supermercados é levar para casa um produto que você não conhece ou que não é o correto para seu automóvel. “Nessa situação é comum comprar o que não é adequado para as suas necessidades”, garante. Para José Palacio, o ato da compra em supermercados não é incorreto em si. “O consumidor deve ter apenas a consciência de que a compra de um pneu exige conhecimentos específicos sobre suas características, o que nem todos possuem, por isso a importância de orientação técnica competente”, pondera. Por acreditar que a venda de pneus é extremamente técnica, Aureliano Zanon considera impossível realizar a compra desse componente sem o auxílio de um vendedor capacitado e sem a presença do automóvel. “A presença do veículo e do técnico é imprescindível para avaliação, aplicação e consolidação de uma venda de pneus segura e responsável. Quando os consumidores compram pneus em supermercados, sem qualquer orientação, estão expostos a vários riscos, como o de comprar um pneu de qualidade duvidosa e sem garantia, fora das especificações técnicas de segurança necessárias para a aplicação em seu veículo, o que pode ocasionar graves acidentes”, acredita. ALGUMAS INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE PNEUS Quando os pneus devem ser substituídos? Quando os mesmos atingirem em algum ponto qualquer da banda de rodagem a profundidade mínima de sulco permitida (1,6mm), que corresponde ao índice de desgaste da banda de rodagem (TWI), conforme dispõe a Resolução 558/80 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). 20 | Pneus & Cia. Quantos quilômetros deve durar um pneu de automóvel? A durabilidade de um pneu depende de inúmeros fatores, uma vez que o pneu é o único elo de ligação entre o veículo e o solo. Assim, as principais variáveis são: as próprias características geométricas originais do veículo; o estado de manutenção dos parâmetros de geometria e da suspensão do veículo; o tipo de estradas ou pisos (revestimentos), por onde o veículo trafega habitualmente (variando a abrasividade); o tipo de condução (motoristas mais esportivos lixam seus pneus mais rapidamente do que os motoristas mais conservadores). Além disso, a temperatura do piso e do ambiente tem uma influência direta no consumo da borracha; e a carga e a velocidade habituais também fazem variar a durabilidade dos pneus. Desse modo, os pneus sofrem várias influências externas que afetam a sua durabilidade. Em geral, os fabricantes que oferecem uma garantia mínima de quilometragem o fazem considerando um uso padrão e com uma margem de risco calculada, pois é praticamente impossível prever a durabilidade de um pneu frente a todas as variáveis envolvidas. Como é possível identificar a idade de um pneu (tempo decorrido após a sua fabricação)? Através da gravação do número DOT. Esse número encontra-se gravado em um dos lados do pneu, próximo aos talões (região de apoio na roda). Para os pneus de fabricação anterior a 1º de janeiro de 2000, esse número é composto por três dígitos e a partir dessa data, com quatro dígitos. Exemplos: (206 ») – indica que o pneu foi fabricado na semana 20 de 1996. O símbolo ao lado dos números indica a década ímpar (90). Sem o símbolo, seria um pneu da década de 80. (2300) – indica que o pneu foi fabricado na semana 23 do ano 2000. A partir de 2000, já não há mais necessidade do símbolo para representação das décadas ímpares. Qual é a diferença entre um pneu novo e um pneu reformado? Um pneu reformado é aquele que já foi utilizado e teve a sua banda de rodagem residual substituída por uma nova. Fontes: Associação Latino-Americana de Pneus e Aros (Alapa) e Brasil Profissões : www.brasilprofissoes.com.br 21 | Pneus & Cia. PNEUS E FROTAS DA SÉRIE MANUTENÇÃO: 22 | Pneus & Cia. ALINHAMENTO N a última edição comecei a contar minha odisseia ao trocar somente dois pneus do meu carro e parei no momento em que, montados os pneus, é chegada a hora de fazer o alinhamento. Mas antes de continuar, vou pedir licença e fazer um aparte. Explico: pouco antes de escrever este texto, uma pessoa me questionou dizendo que o ideal é trocar os quatro pneus, que eu deveria, antes da troca, ter feito o rodízio, e aqui cabe uma explicação. É verdade, fazer rodízio é muito importante. E existem várias maneiras de fazê-lo, basta entrar no site dos fabricantes de pneus para ver os diversos esquemas possíveis. Um deles indica a troca apenas entre os pneus da esquerda e da direita, mantendo-os no mesmo eixo. Nos parágrafos a seguir, os números são hipotéticos, apenas para ilustrar a situação e entendermos o raciocínio. Quando temos os quatro pneus novos, podemos dizer que a aderência é 100% em todos eles. Como o desgaste é maior no eixo de tração, num carro com tração dianteira teremos, depois de algum tempo, 80% de aderência na frente e 95% atrás. Se fizermos o rodízio apenas alternando os pneus de lado, e não de eixo, chegará o momento em que teremos 25% de aderência na frente e 60% atrás. Ao colocar os pneus novos no eixo dianteiro, mantendo os pneus usados no eixo traseiro como normalmente é sugerido nas revendas, invertemos a proporção de aderência de 25/60 para 100/60, alterando totalmente o comportamento do veículo ao que estávamos acostumados, principalmente em piso molhado e, nos primeiros quilômetros, por apresentar reações completamente diferentes, o risco de um susto é grande. Relembrando: os números acima são hipotéticos, apenas para ilustrar o raciocínio e, na situação descrita, os pneus estão dentro do limite legal de uso, ou seja, com sulcos acima de 1,6 mm. E, seja qual for o esquema de rodízio utilizado, só trocando de lado, trocando de eixo, feito em 4 ou em 5 pneus – nesse caso incluído o estepe – monte os melhores, com maior profundidade de sulco, sempre no eixo traseiro. Voltando à nossa história: hora de fazer o alinhamento. Coloquei o carro na vala e o alinhador começou a montagem do equipamento. Vira daqui, mexe dali e vem me trazer o veredito: – Vou ter que mexer na cambagem do seu carro porque não está dando alinhamento. Não deixei. Explica, conversa, discute e, como não chegamos ao entendimento, disse que não havia nada de errado com a suspensão do meu carro e pedi para trocar um dos pneus recém-montados por outro, do estoque. Foi cômico ver a expressão de espanto no rosto do alinhador. – Mas como? Os pneus são novos! deu alinhamento. O alinhador, incrédulo, chamou os colegas, o chefe, e quem mais achou por perto, para contar que nunca viu acontecer uma situação como aquela. Explicando: eu tinha certeza de que não havia nada de errado com a suspensão porque, dois meses antes, havia trocado amortecedores, molas, buchas e coxins, na mesma loja, e o carro ficou a maior parte do tempo na garagem, pois eu viajei a trabalho e minha esposa estava usando o carro dela. Se naquela ocasião deu alinhamento, por que não daria agora? Só não havia trocado os pneus no mesmo dia por problemas orçamentários. Tudo o que é industrializado tem variações, tolerâncias, para menos e para mais. Pneus são fabricados em moldes. Se um estiver no limite máximo das especificações e outro, no limite mínimo, a diferença, mesmo que pequena, pode indicar uma situação diferente da real. Trocado um dos pneus por outro, a diferença de diâmetro foi eliminada e, com ela, o problema. É um caso raro, mas pode acontecer. Aqui, cabe um parêntese: num treinamento, o fabricante de um dispositivo de medição a laser de diâmetro de pneus – normalmente utilizado por reformadores para determinar o perímetro do pneu raspado e, com ele, o comprimento da banda prémoldada ou camelback a ser utilizado – contou que estava desenvolvendo um dispositivo semelhante para medição de pneus prontos, por solicitação de um fabricante de pneus (que vou me reservar o direito de não declarar o nome). Sabendo da existência dessas diferenças, a ideia era classificar os pneus pelo diâmetro, montando lotes a enviar para as revendas com todos os pneus parelhos, com variações mínimas no diâmetro. Tudo certo, conta paga, fui para casa. P. S.: Vou fazer aqui uma confissão. Tudo o que relatei nesta edição e na anterior, realmente aconteceu. Só que nem todas as situações ocorreram na mesma ocasião, e nem todas comigo. O que acabam de ler é um apanhado de situações vivenciadas por mim em diversas ocasiões e também casos que me foram narrados por amigos, conhecidos, pessoas que encontro nos treinamentos e palestras que faço, incluindo mecânicos, vendedores de pneus, donos de loja, etc. Colocado o carro na rampa, rodas sobre os pratos, dispositivos fixados nas rodas e aí a surpresa: Pércio Schneider – especialista em pneus da Pró-Sul E-mail: [email protected] 23 | Pneus & Cia. Chamamos o responsável pelo setor. Quando chegou, pedi-lhe que fizesse a troca e, com alguma relutância, mandou fazer. Tira o carro da vala, coloca no elevador, tira a roda, desmonta um pneu, monta outro, calibra, monta a roda no eixo, baixa o elevador, faz balanceamento, e vamos novamente para o alinhamento. ESTRATÉGIA MUDAR E EVOLUIR, ADAPTAR-SE E SOBREVIVER, RESISTIR E PERECER A economia se mostra favorável a despeito de algumas carências que possam surgir. Profissionais qualificados e a qualificação de profissionais é tema recorrente, porém note que há mais discursos do que prática. Novos concorrentes surgem a cada dia, com novas marcas, produtos substitutos, propostas e preços diferenciados, tomando espaço das empresas tradicionais. Em muitos segmentos, fornecedores e suas marcas são substituídos por produtos e serviços personalizados, e não se veem preparados para prospectar novos clientes e oportunidades comerciais. Prospecção de clientes e oportunidades comerciais, mais do que ação, é cultura empresarial, por essa razão a reação se mostra complexa. Concorrer em uma economia globalizada exige a aplicação intensiva de capital intelectual. Muitas empresas, por falta de experiência na aplicação desse fabuloso recurso, não o utilizam adequadamente. Ainda que este não lhes falte! A invasão de produtos importados mostra que muitas empresas não estão perdendo apenas espaço no mercado interno, mas perdendo a batalha pelo futuro, que é travada no campo intelectual, em busca de excelência no modelo de gestão empresarial. O conjunto de fatores a serem trabalhados inicia-se no campo, com prospecção de clientes e oportunidades de negócios para a busca de novos horizontes, e alcança o chão da fábrica, a loja e a forma como as operações são financiadas. É um trabalho que estabelece qualidade, agilidade, cortesia no atendimento e preço competitivo. Como diz um amigo, sócio de uma loja de pneus: “Excelência é primordial em meu negócio. Este não pode ter furo!” A recuperação de clientes, além de cara, é difícil. Com tantas ofertas, os clientes, ao trocarem seus fornecedores, não se mostram motivados a rever tal posição. É importante ressaltar que a motivação para troca, em sua maioria, é gerada pela insatisfação. Destaca-se que 70% dos clientes que trocam seus fornecedores o fazem porque consideram que estes não se importam com eles. Um cliente satisfeito é reativo a contatos e experimentações. Um cliente insatisfeito não só aceita fazer todas as experiências, como sai em busca de solução. 24 | Pneus & Cia. O consumidor quer satisfação plena e o revendedor, lucro máximo. Todo resto é especulação e amenidades. Não importa qual seja a posição da empresa, esta sempre terá grandes desafios para se manter competitiva. Empresas mudam e evoluem. Empresas se adaptam e sobrevivem. Empresas resistem e perecem. A questão já não é mais poder escolher, mas agir em tempo! Ivan Postigo – diretor de Gestão Empresarial da Postigo Consultoria Comunicação e Gestão Site: www.postigoconsultoria.com.br E-mail: [email protected] A Revista Pneus & Cia. disponibiliza para você, empresário, mais uma forma de divulgação do seu negócio. Já reconhecida pelo seu excelente conteúdo editorial e por sua tradição em agregar valor às marcas anunciantes, a publicação agora poderá ser uma ponte de comunicação entre sua empresa e seu público-alvo através do envio de encartes. Por significar uma forma de anúncio que requer baixo investimento, mas gera resultados satisfatórios, a divulgação por meio de encartes em grandes publicações tem sido cada vez mais utilizada por empresas que querem solidificar sua marca, estreitar relacionamento com seu público, fazer a divulgação ou lançamento de um produto ou simplesmente anunciar um serviço. No cenário mercadológico atual, está comprovado que publicidade, comunicação e marketing estão diretamente ligados ao sucesso de um negócio. Mas, para que as ações sejam eficientes e eficazes, é preciso escolher o veículo certo para anunciar. Com tiragem de 5 mil exemplares e circulação nacional, a Pneus & Cia. atinge revendedoras e reformadoras de pneus, transportadoras, fabricantes de matéria-prima e de equipamentos, formadores de opinião, órgãos públicos (municipais, estaduais e federais), concessionárias de veículos, lojas de pneus novos e autopeças. Por isso, a publicação reúne critérios que podem fazer da sua divulgação um sucesso. É dessa forma que a Pneus & Cia. quer contribuir para a valorização da sua empresa, levando sua marca para os quatro cantos do país. Para saber como anunciar na próxima edição da revista, entre em contato com o Sindipneus pelo telefone (31) 3213 2909 ou pelo e-mail [email protected] ECOATIVIDADE BORRACHA QUE TRANSFORMA ARTISTA MINEIRO CRIA PRODUTOS SUSTENTÁVEIS UTILIZANDO COMO MATÉRIA-PRIMA CÂMARA DE AR DE CAMINHÃO Foto: Gustavo Xavier/Foto Ambiente por Priscila Silva 26 | Pneus & Cia. Painel de módulos de borracha apresentado na Mostra Morar Mais por Menos BH 2010 ma tendência mundial que está cada vez mais presente no nosso cotidiano. Assim podemos definir a reciclagem, que, além de contribuir para a preservação ambiental, tem sido constante fonte de inspiração para artistas que aplicam em suas criações conceitos sustentáveis. Um bom exemplo vem de Minas Gerais, das mãos do artista plástico e designer Wallace Barros, que buscou nas câmaras de ar de pneus de caminhão inspiração para criar diversos produtos, entre eles acessórios de moda, bancos, tapetes, revestimentos de parede, cachepots (peças que são usadas em projetos de paisagismo) e outros objetos de decoração. U Após os primeiros experimentos utilizando a borracha como matéria-prima, Wallace, que é graduado pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especialista em Design de Gemas e Joias pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), lançou, em 2008, sua primeira coleção, que incluía 18 artigos confeccionados a partir da recontextualização da borracha, por meio de um processo semiartesanal. O destaque da coleção foi o banco Preto Todo, composto por uma trama de 2.226 módulos com encaixes macho-fêmea unindo o clássico e o contemporâneo em sua concepção formal. A criatividade aliada à sustentabilidade é um conceito utilizado por Wallace desde o fim da década de 90, quando, ainda na adolescência, o artista descobriu na borracha das câmaras de ar dos pneus utilizados pelo pai – que é caminhoneiro – potencial para desenvolver artigos que hoje são sucesso no Brasil e no mundo. “Desde o começo, quis que meu trabalho refletisse o aspecto da sustentabilidade. Embora a quantidade empregada para a confecção das peças seja pequena, a reflexão sobre a importância do reaproveitamento da borracha sempre foi um objetivo”, garante o artista. O sonho de utilizar essa técnica como ferramenta de trabalho se transformou, desde então, em realidade. O primeiro incentivo para as criações do designer mineiro veio de longe. Foi a paranaense Tortuga, empresa especializada na produção de câmara de ar, que ajudou Wallace a dar seus primeiros passos rumo ao sucesso em 2008, quando começou a enviar, para o atelier do artista, todos os meses, câmaras de ar não aprovadas em testes de qualidade, o que acontece até hoje. “A Tortuga é minha principal colaboradora. Hoje o volume de câmaras enviadas varia de acor- Fotos: arquivo pessoal/Wallace Barros Bolsa da Lulu, um dos acessórios de moda criados pelo designer mineiro do com minha demanda, mas a expectativa é que a empresa me envie neste ano cerca de 50 scraps do material por mês”, garante Barros. Trabalho reconhecido Tanto talento e criatividade chamaram a atenção de consumidores, revistas especializadas, lojas e também de outros artistas. E o inevitável aconteceu. Hoje, aos 29 anos, Wallace é um artista conceituado e premiado, que utiliza, além da borracha, madeira e outros materiais para criar seus objetos. Entre suas conquistas, está a exposição de seu trabalho nas principais capitais brasileiras e em países do exterior, como Hungria, Estados Unidos e França. O mineiro também já esteve presente em eventos como a 3ª Bienal Brasileira de Design realizada em Curitiba no último ano, Minas Trend Preview, Casa de Criadores de São Paulo, Mercado Mundo Mix de São Paulo e Rio de Janeiro, Paralela Gift Fair. Banco Preto Todo, desenvolvido com trama de borracha de câmara de ar Wallace, que se define como um artista multimídia, tem consciência do seu sucesso e do caminho percorrido para alcançá-lo. “Posso dizer que sou um artista que vem dando certo”, acredita. Sobre a conceituação do seu trabalho e o uso de materiais tão distintos para a criação de sua arte, Barros destaca a capacidade de criar como fator determinante para o sucesso. “Tanto a borracha, quanto a madeira ou qualquer outro material que eu use são apenas os mais adequados a determinadas ideias no momento, mas o que realmente importa é a criação”, garante. Este ano marca o lançamento da terceira coleção de Wallace Barros. Desta vez, o artista irá investir na criação de acessórios de moda e em uma linha de revestimentos de parede, tendo como referência a azulejaria moderna contemporânea. A madeira imbuia de demolição esculpida e a prata serão os novos materiais utilizados como matéria-prima pelo artista, que não deixará de utilizar a borracha, material que o consagrou. 27 | Pneus & Cia. VIVER BEM APLICANDO 5S NA VIDA PESSOAL “COM ORGANIZAÇÃO E TEMPO, ACHA-SE O SEGREDO DE FAZER TUDO, E FAZER BEM-FEITO.” (PITÁGORAS) E m Administração, utilizamos um expediente importado do Oriente, mais precisamente do Japão pós-guerra, chamado de 5S. Este nome provém de cinco palavras japonesas iniciadas pela letra “s”: Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu e Shitsuke. Praticar os 5S significa: nico) e em ordem de relevância e de interesse. Separe seus documentos pessoais e profissionais em pastas, uma para cada assunto (telefone, escola, impostos). Esses procedimentos irão auxiliá-lo revelando o que você de fato possui e atuarão como “economizadores de tempo” quando da busca por um objeto ou uma informação. • Seiri (senso de utilização): separar as coisas necessárias das desnecessárias; • Seiton (senso de organização): ordenar e identificar as coisas, facilitando encontrá-las quando desejado; • Seisou (senso de zelo): criar e manter um ambiente físico agradável; • Seiketsu (senso de higiene): cuidar da saúde física, mental e emocional de forma preventiva; • Shitsuke (senso de disciplina): manter os resultados obtidos através da repetição e da prática. 28 | Pneus & Cia. A aplicação dos 5S numa empresa deve observar certos critérios, é preciso inclusive haver supervisão técnica, dependendo do porte da companhia. Mas meu convite, neste instante, é para você praticar os 5S em sua vida pessoal. Aplique Seiri em sua casa e escritório, nos armários, nas gavetas, nas escrivaninhas. Tenha o senso de utilização presente em sua mente. Se lhe ocorrer a frase: “Acho que um dia vou precisar disto...”, descarte o objeto em questão, pois você não o utilizará. Pode ser uma roupa que você ganhou de presente ou comprou por impulso e nunca a vestiu, mas que acalentará o frio de uma pessoa carente. Podem ser livros antigos, hoje hospedeiros do pó, que contribuirão com a educação de uma criança ou um jovem universitário. Seja seletivo. Elimine papéis que apenas ocupam espaço em seus arquivos, incluindo revistas e jornais que você acredita estar colecionando. Organize sua geladeira e sua despensa – você ficará impressionado com o número de itens com prazo de validade expirado. Na próxima fase, passe ao Seiton. Separe itens por categorias, enumerando-os e etiquetando-os se adequado for. Agrupe suas roupas dividindo-as em vestimentas para uso no lar, no trabalho e para lazer. Organize seus livros por gênero (romance, ficção, téc- Com o Seisou, você estará promovendo a harmonia em seu ambiente. Mais do que a limpeza, talvez seja o momento de efetuar pequenas mudanças de layout: alterar a posição de alguns móveis, colocar um xaxim na parede, melhorar a iluminação. Agora, basta aplicar os últimos dois sensos mencionados: o Seiketsu, que corresponde aos cuidados com seu corpo (sono reparador, alimentação balanceada e exercícios físicos), sua mente (equilíbrio entre trabalho, família e lazer) e seu espírito (cultivo da fé); e o Shitsuke, tão simples quanto fundamental, que significa controlar e manter as conquistas realizadas. Faça isso e eu desafio você a ter pela frente longos e prósperos meses! Tom Coelho – consultor, autor, educador e conferencista E-mail: [email protected] 29 | Pneus & Cia. GUIA DOS ASSOCIADOS LEGENDA REFORMADORA REVENDEDORA ALFENAS RECALFENAS JARDIM BOA ESPERANÇA - TEL.: (35) 3292-6400 PNEUS NACIONAL LTDA. BARRO PRETO - TEL.: (31) 3274-4155 FLORESTA - TEL.: 3273-5590 FUNCIONÁRIOS - TEL.: 3281-2029 PAMPULHA - TEL.: (31) 3427-4907 ANDRADAS RECAUCHUTAGEM ANDRADENSE CONTENDAS - TEL.: (35) 3731-1414 ARAXÁ PNEUARA – PNEUS ARAXÁ LTDA. VILA SILVÉRIA - TEL.: (34) 3661-8571 ARAGUARI FÁBIO PNEUS LTDA. DISTRITO INDUSTRIAL - (34) 2109-8000 BARBACENA PNEUSOLA ALÍPIO DE MELO - TEL.: (31) 3311-7736 / 3311-7742 AV. AMAZONAS - TEL.: (31) 3311-7772 / 3311-7774 AV. PEDRO II - TEL.: (31) 3311-7732 / 3311-7733 BR 262 -TEL.: (31) 3311-7766 / 3311-7767 CIDADE NOVA - TEL.: (31) 3311-7713 / 3311-7714 FLORESTA -TEL.: (31) 3311-7730 / 3311-7731 JARDINÓPOLIS -TEL.: (31) 3361-2522 LOURDES - TEL.: (31) 3311-7770 / (31) 3311-7771 LUXEMBURGO - TEL.: (31) 3311-7744 / (31) 3311-7745 MINAS SHOPPING - TEL.: (31) 3311-7760 / 3311-7761 NOVA SUÍÇA - TEL.: (31) 3311-7740 / 3311-7741 RAJA GABAGLIA - TEL.: (31) 3311-7750 / 3311-7751 SÃO LUCAS - TEL.: (31) 3311-7783 / 3311-7784 SAVASSI - TEL.: (31) 3311-7720 / 3311-7721 VIA SHOPPING TEL.: (31) 3311-7780 / 3311-7781 ASR RECAUCHUTADORA E COM. PNEUS CAIÇARAS - TEL.: (32) 3333-0227 BQ PNEUS RECAUCHUTADORA E COMÉRCIO LTDA. PASSARINHO - TEL.: (32) 3332-2988 BARBACENA CENTRO AUTOMOTIVO PONTILHÃO - TEL.: (32) 3333-5000 RECAPE PNEUS LTDA. NOVA GRANADA - TEL.: (31) 3332-7778 RODAR PNEUS LTDA. CALAFATE - TEL.: (31) 3334-4065 TC PNEUS BARREIRO DE BAIXO – TEL.: (31) 3384-2030 CALAFATE – TEL.: (31) 3371-1848 GAMELEIRA – TEL.: (31) 3386-4878/3384-1053 LOURDES – TEL.: (31) 3214-2413 SÃO LUCAS – TEL.: (31) 3225-7575 BELO HORIZONTE CURINGA DOS PNEUS PAMPULHA - TEL.: (31) 3491-5700 BETIM 30 | Pneus & Cia. AD PNEUS JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 2125-9100 FON FON PNEUS CARLOS PRATES - TEL.: (31) 3464-7909 ESTORIL - TEL.: (31) 3373-8344 POMPÉIA - TEL.: (31) 3261-7544 SAVASSI - TEL.: (31) 3281-3066 SHOPPING DEL REY - TEL.: (31) 3415-6166 VENDA NOVA - TEL.: (31) 3495-6000 CURINGA DOS PNEUS JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 3591-9899 JAC PNEUS LTDA. JARDIM MONTANHÊS - TEL.: (31) 3464-5553 REDE RECAP RENOVADORA E COMÉRCIO DE PNEUS LTDA. JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 3597-1335 MINAS PNEUS LTDA. CAIÇARA - TEL.: (31) 2103-4488 GUTIERREZ - TEL.: (31) 3292-2929 PNEUBRASA LTDA. GRAÇA - TEL.: (31) 3423-4578 TREVISO/RECAMIC BETIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 2126-9200 TC PNEUS CENTRO - TEL.: (31) 3531-2547 CAMPO BELO PNEUPAM LTDA. PAMPULHA - TEL.: (31) 3491-5000 RECABEL LTDA. ZONA RURAL - TEL.: (35) 3882.2770 CAPELINHA CORONEL FABRICIANO PNEUS CAP LTDA. PLANALTO - TEL.: (33) 3516-1512 AUTORECAPE LTDA. DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3842-3900 CONSELHEIRO LAFAIETE RECAPAGEM RIO DOCE LTDA. CALADINHO - TEL.: (31) 3841-9050 DIAMANTINA CURINGA DOS PNEUS SANTA MATILDE - TEL.: (31) 3762-1715 PNEUSHOPPING LTDA. CAZUZA - TEL.: (38) 3531-2407 DIVINÓPOLIS RG PNEUS MELO VIANA - TEL.: (31) 3841-1176 PNEUMAC LTDA. ORION - TEL.: (37) 3229-1111 CONTAGEM ARAÚJO PNEUS LTDA. JARDIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3363-1840 CARDIESEL– GRUPO VDL GUANABARA - TEL.: (31) 3232-4000 GAMA PNEUS & CIA. CEASA MG KENNEDY - TEL.: (31) 3329-8000 GUANABARA - TEL.: (31) 3329-3700 PNEUSOLA CENTRO - TEL.: (37) 3212-0777 RECAMAX MÁXIMA LTDA. RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3216-2000 RENOVADORA SEGURANÇA LTDA. 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