DEMOCRACIA PARTICIPATIVA E COMISSÕES DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA: UMA POSSÍVEL SAÍDA PARA A CRISE DA DEMOCRACIA NO BRASIL Pedro Augusto Schelbauer de Oliveira Ílton Norberto Robl Filho O Brasil se encontra em uma crise democrática. A população perdeu a confiança em seus representan tes. Diante dessa situação, urgente se faz a inserção de mecanismos de democracia direta. Em tempos de crise, melhor do que propor soluções novas, que po dem ser custosas e inviáveis, é ampliar e potencia lizar alternativas já existentes, como a Comissão de Legislação Participativa, que tem se mostrado cada vez mais efetiva na aproximação entre representan tes e representados. Para atingir os objetivos propostos, o trabalho come çou com um estudo teórico, dotado de uma pesqui sa bibliográfica e documental, acerca da democracia participativa no brasil. Em seguida, foi relizada uma pesquisa bibliográfica e documental sobre as Comis sões de Legislação Participativa. Após, foi feito um estudo mais aprofundado acerca da CLP da Câmara dos Deputados. Por fim, há a resposta pessoal do pesquisador, revelando se a CLP é ou não uma alter nativa à crise democrática. Bruce ACKERMAN, Robert ALEXY, Luís Roberto BARROSO, Maria BENEVIDES, Norberto BOBBIO, Paulo BONAVIDES, Miguel GODOY, Robert DAHL, Jon ELSTER, Maria URBANO, entre outros. A falta de transparência do poder público em primeiro plano reduz a confiabilidade do mesmo e, principalmente, desinteres sa a população. Felizmente, é possível destacar avanços na divulgação das CLP’s e, consequentemente, nos resultados que vêm apresentando. Além disso, outro fator positivo é o crescimento do número de CLP’s existentes nos Estados e municípios. Nesse sentido, já são nove Estados que possuem uma Comissão dessa nature za, e oito capitais que também possuem tal ferramenta. Infelizmente, qualitativamente há poucos avanços. Os sites das Câmaras e Assembleias quase nunca possuem informaçõe ú teis para os interessados em apresentar algum projeto. O des taque – positivo – fica para a CLP da Câmara dos Deputados, que tem investido em divulgação, e consequentemente tem co lhido resultados interessantes, com números relativamente al tos de projetos apresentados pela população. A população quer participar da política, as jornadas de junho provaram isso. Resta possibilitar tal participação. A indiferença e a apatia da população têm dado lugar à indigna ção e ao interesse pela política. Por isso, os mecanismos de participação direta tendem a ser valorizados. Assim, uma Co missão atualmente dotada de pouca importância deve ganhar relevo dentro de Câmaras e Assembleias Legislativas. Tal valo rização, no contexto atual, passa de recomendação a previsão.