Obras do Porto de Vitória começam em abril Empresa japonesa tem interesse no porto de águas profundas Pág. 5 Pág. 2 Exploração do pré-sal movimenta o Porto de Vitória Pág. 4 Guarda portuário, nadador e sambista Pág. 4 Codesa tem novo coordenador de segurança portuária Pág. 7 Codesa e seus parceiros comerciais na Intermodal Pág. 6 Obras do Porto de Vitória começam em abril Em entrevista concedida à rádio CBN no último dia 19 de março, o diretor presidente da Companhia Docas Espírito Santo, Angelo Baptista, falou sobre os andamentos das obras e projetos do Porto de Vitória e deu informações atualizadas acerca da atividade portuária no Espírito Santo. Baptista abriu a entrevista explicando o processo de licitação para escolher a empresa responsável pela dragagem do porto. Segundo ele, essa foi uma das licitações mais demoradas do Plano Nacional de Dragagem, pois o valor é alto e houve grande disputa entre as empresas candidatas. O valor da obra será de R$ 100 milhões e a empresa vencedora foi a Enterpa Engenharia. Desse total, metade será destinada à derrocagem do canal de acesso ao Porto de Vitória. Derrocagem é o processo de remoção de material rochoso que existe no fundo da baía. Pág. 2 Falta agora o ministro Pedro Brito da Secretaria Especial de Portos - SEP homologar a licitação. Em seguida será feita a assinatura do contrato e, logo após, será marcada uma data para a emissão da ordem de serviço. A obra tem previsão para estar concluída em um ano. Apesar do prazo de um ano, de acordo com Baptista, as melhorias operacionais serão percebidas antes do término total da obra, pois o serviço será iniciado a partir da bacia de evolução, local onde os navios fazem os giros e manobras, e pelos berços de atracação do porto. Hoje, um dos grandes gargalos do porto é justamente a largura estreita e a pouca profundidade (10,67 m de calado) da bacia de evolução. Limitada pela avenida Beira-mar e pelo cais de Capuaba, a bacia será aprofundada para 14 metros, permitindo operações de navios tipo Panamax com 244 m de comprimento por 32 metro de boca (largura) e 12,5 metros de calado. Com a obra, o Porto de Vitória alcançará o máximo de suas possibilidades operacionais e irá possibilitar um ganho na movimentação de contêineres e de granéis sólidos e granéis líquidos. Da capacidade atual de 45 mil ton por embarcação, haverá um salto 60 mil ton. Tal salto dará, portanto, um incremento mínimo de 30% na capacidade atual do porto. “Essa intervenção é necessária e importante mas não suficiente para garantir o futuro portuário do Espírito Santo, daqui a 10 ou 20 anos. O Estado precisa de um porto para receber os grandes navios, seguindo uma tendência mundial. Por isso está sendo estudada uma alternativa, que está sendo chamada de Novo Porto de Vitória ou Porto de Águas Profundas”, destacou Baptista. O empreendimento está em fase de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental. Segundo Baptista, há uma polêmica com relação à localização do projeto: Praia Mole, Barra do Riacho ou Ubú. No entanto, Baptista informou que a CODESA segue um protocolo assinado pelos Governos Federal, Estadual, Prefeitura de Vitória e Companhia Docas do Espírito Santo. Esse protocolo firma uma parceria para estudos de implantação do Novo Porto em Praia Mole. As pesquisas indicarão a viabilidade do projeto no local. “No momento ainda não há nenhuma conclusão que afirme se Praia Mole ou qualquer das outras alternativas, seria viável para a construção de um porto desse porte.”, sublinha Baptista. No projeto do Porto de Águas Profundas, em sua primeira fase, a capacidade de movimentação seria de 800 mil TEUS para, na última fase, alcançar a marca de 2 milhões de TEUS. Para 2010, a meta de Baptista é terminar os estudos, preparar as condições e fazer os projetos de engenharia para que o próximo governo decida se vai implantar o empreendimento, se vai licitar a obra, se vai ser uma concessão pública direta ou em modelo de arrendamento. Angelo informou Pág. 3 que não há nenhuma decisão tomada, apenas estudos em andamento. Expansão do Cais Em resposta a questionamentos relativos aos problemas de acesso à entrada do Porto de Vitória pela região da Ilha do Príncipe, Angelo Baptista lembrou que os investimentos efetuados pela CODESA, através de recursos do Governo Federal, dizem respeito à infraestrutura marítima e de áreas específicas do porto. Nesse sentido, além dos investimentos de R$100 milhões com a dragagem e derrocagem da baía de Vitória, serão investidos mais R$125 milhões na obra de expansão do Cais Comercial do Porto. Baptista explicou ainda que com a ampliação do Cais, realmente haverá necessidade de melhorias no acesso rodoviário ao porto. Nesse sentido, o presidente da CODESA destacou que conta com a contribuição, apoio e parceria do Governo do Estado e também trabalha em sintonia com as prefeituras municipais. Segundo ele, Vitória e Vila Velha já têm projetos de mudanças e intervenções para melhorar o acesso tanto ao porto tanto na capital, quanto em Vila Velha. Pág. 4 Embarque e desembarque de Portuário: de nadador a sambista materiais utilizados no pré-sal Com a finalidade de desembarcar 150 tubos de perfuração (Drill pipe) e 25 contêineres vazios, o navio “E. R. Tromsoe”, de bandeira liberiana, esteve atracado no berço 102 do Cais Comercial de Vitória. A carga pertence a Brasco Logística Offshore. Os contêineres ficarão na retroárea do porto até seguirem para a Interport, no município de Vila Velha. Os 150 tubos de perfuração estão em processo de liberação pelo NOA (Núcleo de Operações Aduaneiras) e, em seguida, serão embarcados em outro navio, o Deep Constructor, de bandeira das Bahamas. A bordo do Constructor, os tubos de perfuração seguirão para a plataforma da ‘Ilha dos Pacotes’, localizada a 10 milhas náuticas da costa do Espírito Santo, onde serão utilizados em operações de perfuração de camadas de présal. Além de levar os tubos para a plataforma de perfuração, ao chegar ao Porto de Vitória, o Deep Constructor, desembarcou bobinas vazias de propriedade da Petrobrás. As bobinas estão sendo recarregadas com cabos submarinos e voltarão à plataforma junto com os tubos. A operadora portuária responsável pelos procedimento é a Unisan. O navio “Deep Constructor” “Quem nasce no morro, ou vai pra igreja, ou cai na malandragem, optei pelo samba.” Guarda Portuário desde 1982, Murilo Pimentel, 51, participou de vários campeonatos de natação. Foi vice campeão de natação no exército em 1978, e nadou 19 km no Circuito Brasileiro de Águas Abertas, quando ficou em primeiro lugar no Estado do Espírito Santo e em 2° nacionalmente. Outro esporte que praticava era o duathlon aquático. Um dos fatos marcantes da sua vida esportiva foi dar uma volta em torno do campo do Exército após completar a corrida, quando chegou em 1° lugar entre os quarenta competidores. Outra paixão de Pimentel é o samba. Fundou o bloco “Amantes da minha piroga”há quatro anos. Em 2010, o bloco ganhou pela 4° vez o desfile de carnaval em Vitória. Já a escola de samba capixaba que bate mais forte no coração de Pimentel é a Imperatriz do Forte, que esse ano homenageou o povo libanês, tendo ele como segundo interprete do samba-enredo. “O carnaval na Grande Vitória deixou a desejar em alguns aspectos. Deveria haver mais carinho com as escolas e maior parceria entre as comunidades. Mas é sempre bom estar reunido com os amigos. O carnaval é uma festa feita para a diversão”, opina Pimentel. O Guarda Portuário tem vários sambas em seu currículo. Inclusive, durante a entrevista, disse que irá fazer um samba sobre o Porto de Vitória. A homenagem será bem vinda para a CODESA e para os capixabas. Pág. 5 Japoneses interessados no novo Porto de Vitória No dia 18 de março, o presidente da CODESA, Angelo Baptista, se reuniu com representantes da empresa japonesa NYK (Nippon Yusen Kaisha), maior operadora de logística de veículos montados do mundo - detém 18% do mercado mundial. A visita é resultado da viagem do presidente da Codesa ao Japão no ano passado. Na ocasião, Baptista foi à Asia com intuito de atrair a atenção de parceiros para o projeto do Porto de Águas Profundas, que se destaca internacionalmente pela localização, porte e possibilidades de operar com os maiores navios do mundo. O tema central do encontro foi a otimização logística da importação de veículos através do Porto de Vitória e a centralização das atividades de logística integrada da NYK no Brasil. Em Baptista e Canejo com o representante da NYK virtude do alto interesse demonstrado pela empresa japonesa, além do presidente da Codesa, também estiveram presentes o superintendente da Companhia, José Luiz Canejo, e um representante da Agência Oceanus, Sandro Duarte. Ao término do encontro, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto as áreas do porto capixaba, além de visitar os EADI’S (áreas de armazenamento de carros), que são um diferencial importante e vantajoso quando o foco é a movimentação de automóveis. Na despedida, Angelo Baptista presenteou os visitantes com uma casaca, instrumento musical capixaba, especialmente confeccionada para a ocasião. Pág. 6 CODESA e seus parceiros comerciais na Intermodal 2010 O Porto de Vitória na feira Intermodal South America 2010 terá a parceria de quatro operadoras portuárias: a InterNacional Agência Marítima e Operadora LTDA; PlanetSea Operadora Portuária LTDA; SafeMarine Serviços Marítimos LTDA e Oil Tanking Terminais LTDA. A feira acontece de 6 a 8 de abril, em São Paulo. Além das operadoras, também serão parceiras a BZAMP Negócios e serviços; Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado do Espírito Santo (Sindamares) e Carioca Engenharia. As empresas terão suas logomarcas estampadas no stand do Porto de Vitória e serão distribuídos folders, proporcionando a divulgação das parceiras. Em uma TV de plasma que estará acoplada ao stand, imagens coorporativas institucionais das empresas serão exibidas. A Intermodal contará com a equipe da Codesa formada por: Fábio Falce, Coordenador de Marketing; Weliton Rocha, Coordenador Substituto de Marketing; Amilton Freixo de Brito, Coordenador da Assessoria de Comunicação; Marcus Breciani, Coordenador de Planejamento e Desenvolvimento; Fernando Rangel, Coordenador de Engenharia e Paulo Lima, Coordenador de Programação de Navios. A equipe atuará na divulgação do Porto de Águas Profundas, utilização de Barra do Riacho pela Petrobrás, além das obras de dragagem/derrocagem e ampliação do Cais Comercial de Vitória. “Além de investimentos em marketing, o sucesso do Porto de Vitória está diretamente comprometido com a qualidade de um ambiente de negócios, para demostrar seus produtos e serviços aumentando sua rede de relacionamentos”, destaca Weliton Rocha. O stand do Porto de Vitória terá área 72m². Quatro mesas com cadeiras, para o maior conforto dos visitantes, duas tv’s de plasma, permitindo que as pessoas assistam e conheçam mais a história da CODESA e dos parceiros comerciais que apóiam o porto. Além disso, haverá fotos dos Portos de Vitória espalhadas pelo stand, criando um clima de sofisticação. Perspectiva do stand da CODESA na Intermodal South America 2010 Navio descarrega coque de Petróleo em Capuaba O Navio NORDKAP, que tem bandeira de Gibraltar (ilha localizada no Mediterrâneo), esteve atracado no berço 202 do cais de Capuaba, para desembarcar 2.491 toneladas de coque de petróleo calcinado. A embarcação que veio da Venezuela trazendo a carga importada pela empresa Unibrás, zarpou no dia 03 de abril. O coque de petróleo calcinado que chega ao Porto de Vitória continua no Espírito Santo. Logo após o desembarque, o material segue para uma área operacional da importadora, para distribuição no Estado. O coque é constituído basicamente de carbono (90 a 95% de sua composição) e apresenta-se em estado sólido, negro e brilhante. Sua queima não produz cinza como resíduo. Pág. 7 Novo coordenador assume segurança portuária da Codesa Desde o dia 26 de março, a Coordenação de Segurança Portuária da CODESA (COSNIP), tem novo coordenador. Ruy Cabral de Paula, integrante do quadro de reserva da Marinha, assume a COSNIP focalizando o fortalecimento da segurança portuária. Um dos principais objetivos do novo coordenador é a certificação do plano de segurança da Companhia pela ‘Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis’ (CONPORTOS). A medida é fundamental para a observância das metas relativas às normas da Organização Marítima Nacional (OMI). Em relação às operações portuárias, Cabral destaca que a segurança não deve comprometer as movimentações de cargas no porto, mas também não pode ser negligenciada. A postos Curiosidade para o exercício de suas funções, o Uma característica particularmen- novo coordenador lembra que a segurança portuária deve ser feita com a te atraente do coque de petróleo é que ele produz 14.000 BTUs/libra, em com- colaboração de todos os funcionários da Empresa: “A segurança não se faz paração com as 8.000 a 13.500 BTUs/ libra associadas ao carvão, e ao contrá- só com a Guarda Portuária. Ela engloba rio do carvão, deixa muito pouca cinza. desde o diretor-presidente ao funcionáPor exemplo, as indústrias de cimento/ rio de serviços gerais. O êxito da miscal utilizam grandes quantidades de co- são depende da participação de todos”, frisa Cabral de Paula. que porque requerem temperaturas de forno mais altas, e o dióxido de enxofre do coque é absorvido no processo. EnAgora, você portuário, pode fazer tre os produtos que utilizam coque de ainda mais parte do nosso jornal. Envie petróleo como fonte de carbono estão sugestões de pauta para o nosso e-mail: o alumínio (coque calcinado) e o aço [email protected] (coque metalúrgico).