Projeto de pesquisa:
A INFLUÊNCIA POLÍTICA
DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA (FEB)
E O FIM DO ESTADO NOVO BRASILEIRO
Aluno:
Rafael Henrique Colavite de Aguiar
Orientadora:
Terezinha Ferrari
Participante do Programa de Iniciação Científica - PIIC – CUFSA 2009
Categoria: Voluntário
Resumo do projeto:

Essa pesquisa investiga um período decisivo no processo histórico
brasileiro entre 1937 e 1945, de ruptura com a República Velha e implantação do
chamado Estado Novo. Nesse período o mundo encontrava-se ebulição:
emergência de potências industriais, dinâmicas contraditórias de comércio, e um
dos acontecimentos mais marcantes da história do ser humano até os dias de
hoje: a Segunda Guerra Mundial.
Especificamente, a pesquisa focaliza nos anos 1945 e 1946 a intersecção
entre dois eventos de grande expressão em nossa história: o recém inaugurado
Estado Novo (1937) e o retorno da Força Expedicionária Brasileira (FEB).
Forças Armadas Brasileira:
“Os militares brasileiros reconheciam sua vulnerabilidade e
pretendiam superá-la fortalecendo as Forças Armadas para defender o
Nordeste por conta própria. Mas para atingir esse objetivo era necessário,
como já vimos, obter armamentos adequados através dos Estados Unidos
ou da Krupp.”
Se por um lado os Estados Unidos acreditavam que a requisição de material
bélico fosse legítima na defesa das costas do Brasil, por outro, esta requisição
deveria implicar no alinhamento dos militares brasileiros aos interesses e à
ideologia norte-americana.
*GAMBINI, Roberto. O duplo jogo de Getúlio Vargas: influência americana e alemã no Estado
Novo. São Paulo: Símbolo, 1977.
Força Expedicionária Brasileira (FEB)
“A Força Expedicionária Brasileira – forças de terra e força aérea
– pelo simples fato de existir, de levar soldados brasileiros ao combate ao
nazi-fascismo, na Europa, teve um papel político relevante nos
acontecimentos de 45. A existência da FEB é um fato político muito
importante. [...]
Tornou-se corrente e a muitos pareceu correto que a volta da FEB
foi o elemento decisivo para a derrubada da ditadura. [...] A ativação do
processo político e a utilização do dispositivo militar preparado para tais
emergências teria tido, conseqüentemente, sua motivação na volta dos
pracinhas, que vinham restaurar, em seu País, a democracia que acabavam
de reafirmar nos campos de batalha.”
*SILVA, Hélio. 1945: Por que depuseram Vargas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976.
Estado Novo Brasileiro:
A tensão política era tão alta que em 27 de janeiro de 1942 Vargas
documentou sua preocupação a respeito dos acontecimentos (o rompimento de
relações diplomáticas com os países do Eixo e a manutenção do Estado Novo), em
seu diário, com as seguintes palavras:
“[...] Grande parte desses elementos que aplaudem esta atitude,
alguns poucos que até me caluniam, são os adversários do regime que
fundei, e chego a duvidar que possa consolidá-lo para passar
tranquilamente o governo ao meu substituto.”
* VARGAS, Getúlio. Diário. São Paulo: Siciliano/FGV, 1995.
Metodologia:
Adoção de um caráter epistêmico que aproxima o quanto for
possível as competências de um historiador, e sua visão minuciosa
dos fatos, quanto às de um cientista social, e o estudo das relações
entre estes fatos coletados.
- Análise bibliográfica
- Recolhimento de dados em museus
- Entrevistas com veteranos
Desenvolvimento:
Primeiro Semestre:
Análise da bibliográfica referente às tensões entre as
Forças Armadas, a FEB, o Estado Novo, as relações
econômicas brasileiras da época e o mundo em guerra e a
realização de uma entrevista principal.
Segundo Semestre:
Realização de mais duas entrevistas, no mínimo, e
cruzamento de dados levantados com as bases
bibliográficas.
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A INFLUÊNCIA POLÍTICA DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA