SCQ/005 21 a 26 de Outubro de 2001 Campinas - São Paulo - Brasil STE SESSÃO TÉCNICA ESPECIAL DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E QUALIDADE DE ENERGIA COMPORTAMENTO DE GERADORES SÍNCRONOS TRIFÁSICOS ALIMENTANDO CARGAS NÃO LINEARES. UMA ABORDAGEM ANALÍTICA E EXPERIMENTAL. ANTÔNIO CARLOS DELAIBA ROGÉRIO RODRIGUES DE OLIVEIRA JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA RESUMO: Este artigo tem por objetivo apresentar e discutir os resultados elétricos e mecânicos obtidos a partir da modelagem de geradores síncronos de pólos salientes, suprindo cargas não lineares. A técnica empregada é no domínio do tempo. As equações eletromagnéticas e mecânicas do gerador e o circuito equivalente externo são resolvidos simultaneamente, tomando-se como base o pacote computacional conhecido como “SABER”. As formas de onda para as diferentes correntes e tensões nas diversas partes da máquina e os aspectos mecânicos, são apresentadas e discutidas. Os resultados obtidos na simulação computacional são comparados com aqueles oriundos dos ensaios experimentais. PALAVRAS-CHAVE: Geradores Síncronos, Harmônicos, Modelagem, Qualidade de Energia. 1.0 – INTRODUÇÃO: Sabe-se que, nas modernas técnicas de conversão e/ou transformação de energia, empregando-se, cada vez mais, dispositivos eletro-eletrônicos e outros com características não lineares, tem-se constatado distorções, cada vez maiores, nas formas de onda de tensão e/ou corrente. Esses efeitos causam uma alteração no comportamento elétrico e térmico em transformadores, cabos, motores, etc. Tais equipamentos têm sido amplamente investigados, no sentido de quantificar os prejuízos provenientes dessas distorções e, consequentemente, eliminá-los ou, pelo menos, torná-los mínimos[1,2,3,4]. Dentre os artigos citados, destaca-se a referência [1] a qual analisa o efeito das distorções de tensão e/ou corrente no comportamento elétrico e térmico dos transformadores. Já a referência [2], discute os aspectos térmicos e estimação da expectativa da vida útil de cabos elétricos isolados sob condições não senoidais. Similarmente, a referência [3], estuda o impacto da qualidade da energia no comportamento térmico e na vida útil de motores de indução trifásicos. Além desses trabalhos, verifica-se a existência de inúmeros estudos envolvendo os efeitos da perda de qualidade de energia elétrica nos mais diversos equipamentos elétricos [4]. No entanto, o comportamento elétrico e mecânico de geradores síncronos operando sob condições não senoidais não tem sido objeto de muitas investigações, consequentemente há pouca bibliografia sobre este assunto. Desta forma, observa-se que o tema não foi muito explorado, e devido à sua complexidade, deve-se direcionar a necessidade de investigações sobre o assunto. Somado a este fato, a avaliação das conseqüências da operação de cargas não lineares sobre o comportamento das máquinas síncronas é de grande interesse, nas fases de planejamento, projeto e operação de sistemas elétricos, de forma a permitir em tempo, a devida avaliação da necessidade de mitigação de tais efeitos sobre esses equipamentos. Finalmente, cabe destacar que o avanço da cogeração, especialmente em setores de pequeno e médio portes, está se tornando uma realidade cada vez mais comum, o que aumentará o número de geradores, os quais estarão mais próximos das cargas geradoras de harmônicos e portanto, podem sofrer esses efeitos de uma forma mais acentuada. Dentro deste contexto, este artigo apresenta e analisa os resultados de investigações teóricas e experimentais do comportamento elétrico e mecânico dos geradores síncronos de pólos salientes sob condições distorcidas de tensão e corrente. Para atingir os propósitos acima, este trabalho utilizará a técnica no domínio do tempo, através do simulador “SABER”. Desta forma, buscando uma validação do programa utilizado serão apresentados e discutidos resultados práticos, utilizando um protótipo de 2 kVA alimentando UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Av. João Naves de Ávila nº 2160, Campus Sta Mônica, Bloco 3N, CEP 38400-902 – Uberlândia MG Tel: (0**34) 3239-4166, e-mail: [email protected] (...) (..) 2 um retificador não controlado de seis pulsos. Esta pequena potência justifica-se pela possibilidade de uma comparação entre os resultados simulados e aqueles obtidos experimentalmente. Complementando essas discussões, será simulado um gerador de grande porte, sendo possível a apresentação de uma comparação qualitativa e quantitativa das características elétricas e mecânicas do gerador síncrono, tomando-se como base, as distorções harmônicas presentes no interior da máquina 2.0 – MODELO MATEMÁTICO De acordo com procedimentos clássicos, a modelagem de um gerador obedece à seguinte formulação [5]: [V ] = −[R]⋅[I ] − d [λ ] (1) dt [λ ] = [L]⋅ [I ] (2) onde: θ: - ângulo entre o eixo da fase "a " do estator e o eixo "R" do rotor; LS e LM: - parcelas constantes da indutância própria de uma fase do estator; - parcelas constantes da indutância própria do Lii1: rotor e dos enrolamentos de eixo direto e em quadratura do enrolamento amortecedor: i=R, D, Q; - indutância de dispersão do enrolamento i; Li : - parcela constante da indutância mútua entre MS fases do estator; - parcela constante das indutâncias mútuas Mj entre uma fase do estator e os enrolamentos R, D e Q: j=R, D, Q. Os valores de αi e αij são: αa = 0, αb = -2π/3, αc = 2π/3, αab = - π/3, αac = π/3, αbc = 0, αab = - π/3, αar = 0, αbr = -2π/3, αcr = 2π/3, onde: αaD = 0, αbD = 0, αcD = 2π/3, αaQ = 0, αbQ = -2π/3, [V], [I], [λ]: matrizes coluna das tensões, correntes e fluxos concatenados das fases "a, b, c" do estator, da excitação "R" do rotor e das componentes "D e Q" do enrolamento amortecedor, respectivamente.[R]: é a matriz diagonal das resistências dos enrolamentos "a, b, c, R, D, Q". O conjugado eletromagnético é obtido por [5]: dLij p T = ∑ ∑ ii i j (9) dθ 2 i j A matriz [L] é formada pelos seguintes elementos, [5]: • Diagonal principal: para i = a, b, c Lii = LS + LM cos(2θ + α i ) + Li (3) para i = R, D, Q Lii = Lii1 + Li • (4) Outros elementos: para i ≠ j ambos a, b, c. [( Lij = − M S − LM 2 cos 2 θ + α ij )] (5) para i = a, b, c e j = R, D ( Lij = M j cos θ + α ij ) (6) para i = a, b, c e j = Q ( Lij = M j sen θ + α ij ) (7) para i ≠ j ambos R, D, Q Lij = Lij1 (8) αcQ = 2π/3, αRD = 0, αRQ = π/2, αDQ = π/2. onde ii e ij são as correntes nos enrolamentos i e j, respectivamente, i e j assumem os índices a, b, c, R, D, Q. A equação diferencial mecânica pode ser escrita como: d 2θ J 2 = TT − T (10) dt onde TT é o conjugado do acionamento primário. O modelo da máquina baseia-se em alguns parâmetros que raramente são fornecidos pelo fabricante. Dessa forma, tem-se a necessidade de relacionar os parâmetros internos, necessários para a resolução das equações da máquina, com aqueles externos, normalmente fornecidos pelo fabricante. Surgem assim algumas equações que possibilitam essas relações, e que podem ser encontradas em [5], mas que serão omitidas aqui por limitação de espaço. Deve-se salientar que os valores base para o estator são diretamente calculados a partir dos dados nominais: 3.0 – VALIDAÇÃO DA MODELAGEM Com o objetivo de validar o modelo proposto, será apresentada, na seqüência, uma análise comparativa, entre resultados similares obtidos experimentalmente e através do programa desenvolvido. A investigação experimental utiliza um protótipo de 2 kVA, cujas características nominais estão apresentadas na segunda coluna da Tabela 1, onde indica-se também os dados de uma máquina de grande porte. (...) 3 Tabela 1 – Parâmetros nominais dos geradores Parâmetros Valores Valores (2 kVA) (160 MVA) 0,002 160 S nom (MVA) Vnom (kV) 0,230 15 I r (A) 0,346 365 f (Hz) p X d (pu) 60 4 1,225 60 4 1,7 X q (pu) 1,133 1,64 X d′ (pu) 0,248 0,245 X d′′ (pu) 0,184 0,185 X q′′ (pu) 0,243 0,185 X l (pu) 0,15 0,15 τ d′ 0 (s) 0,186 5,9 τ d′′ (s) 0,044 0,0305 τ q′′ 0 (s) 0,017 0,075 Rs (pu) 0,0631 1,097x10 (..) lineares da ponte conversora. A título de comparação, a escala de tensão na Figura 2 é de 100V/div. Figura 2 – Forma de onda da tensão de linha na armadura- experimental -3 A Figura 1 mostra o sistema elétrico utilizado tanto para as simulações quanto para as análises experimentais. No caso empregou-se uma ponte trifásica a diodos de seis pulsos, suprindo uma carga resistiva, a qual corresponde ao funcionamento do gerador com meia carga. Figura 3 – Forma de onda da tensão de linha na armadura – simulação n T + - Figura 1 – Arranjo físico utilizado para as simulações Uma vez realizada as montagens experimentais, várias medições em regime permanente foram processadas. As variáveis observadas e descritas foram as formas de onda da tensão e das correntes na armadura, no campo e no lado CC do retificador. Estes resultados estão ilustrados nas figuras a seguir, as quais mostram, seqüencialmente, a título de comparação, oscilogramas experimentais e computacionais. A escala de tempo utilizada para as formas de onda experimentais é de 5 ms/div. As Figuras 4 e 5 evidenciam, uma vez mais, que as formas de onda da corrente de linha na armadura do gerador, e que as suas ordens harmônicas são compatíveis com as previsões teóricas, para uma conversor não controlado de seis pulsos[1]. Quanto aos níveis dos harmônicos individuais da corrente encontrados, aqueles de ordem 5, 7, 11 e 13 são os mais significativos. Vale destacar que a escala de corrente utilizada na Figura 4 é de 2 A/div. 3.1 - Resultados obtidos na armadura As Figuras 2 e 3 são ilustrativas dos efeitos das correntes harmônicas na tensão. Como a impedância do gerador não é pequena, verifica-se a existência de harmônicos na tensão de armadura, em níveis também elevados. Os “notches” observados na forma de onda são oriundos das comutações dos elementos não Figura 4 – Forma de onda da corrente de linha na armadura- experimental (...) (..) 4 Figura 5 – Forma de onda da corrente de linha na armadura- simulação Verifica-se que as formas de onda da tensão e/ou corrente de linha nos terminais do gerador, bem como os valores eficazes e máximos são semelhantes àqueles observados nas medições realizadas. Nessas condições, observa-se uma boa similaridade entre os níveis encontrados. Figura 7 – Forma de onda da corrente no campo – simulação 3.3 - Resultados obtidos no lado CC do retificador As Figuras 8 e 9 mostram as formas de onda da corrente no lado CC da ponte retificadora. A Figura 9 permite constatar que, a corrente media na carga é de aproximadamente 3 A. Este valor está em consonância com os resultados obtidos de cálculos teóricos e com as medições realizadas. A escala de corrente é de 2A/div. 3.2 - Resultados obtidos no campo As Figuras 6 e 7 mostram as formas de onda da corrente nos terminais do enrolamento de excitação. Nestes gráficos, observa-se que haverão harmônicos superpostos ao seu valor contínuo, que, neste caso, serão múltiplos de 6. Conforme visto em [6], isto era esperado, uma vez que existe uma velocidade relativa entre os fluxos das harmônicas do estator e do rotor. Deve-se ressaltar que o espectro harmônico não foi apresentado por questões de limitação de espaço. A escala para a forma de onda dada na Figura 6 é de 500mA/div , sendo que, desta forma, os valores obtidos experimentalmente/computacionalmente encontram-se próximos. T 1) Ref A: 2 A 5 ms Figura 8 – Forma de onda da corrente do lado CC do retificador - experimental T > Figura 9 – Forma de onda da corrente do lado CC do retificador - simulação 1) Ref A: 500 mA 5 ms Figura 6 – Forma de onda da corrente no campo – experimental Neste sentido, observou-se através das formas de onda apresentadas, que há uma boa correlação entre os mesmos. Desta forma, pode-se afirmar que, para esta condição, a análise experimental comprovou que a modelagem matemática adotada atende aos propósitos do estudo que se pretendeu desenvolver. (...) 5 (..) 4.0 – ANÁLISE COMPUTACIONAL DO DESEMPENHO DE UM ALTERNADOR DE GRANDE PORTE. As análises precedentes fundamentaram-se em um estudo comparativo entre os aspectos computacionais e experimentais sobre o comportamento elétrico do gerador. Todavia, devido a limitações de laboratório, não foi possível discutir a influência de distorções harmônicas nos enrolamentos amortecedores e no conjugado mecânico da máquina. Neste sentido, este item tem por objetivo complementar as discussões anteriores utilizando, para este caso, um gerador de 160MVA, onde os aspectos elétricos e mecânicos serão enfocados. Utilizou-se de uma carga não linear composta de uma ponte retificadora de seis pulsos não controlada operando com potência nominal. Figura. 12 - Corrente no enrolamento de campo Os parâmetros do gerador síncrono (160MVA) utilizado nas simulações estão expostos na segunda coluna da Tabela 1. O arranjo físico utilizado é semelhante ao ilustrado na Figura 1. 4.1- Resultados elétricos obtidos As Figuras de 10 a 16 mostram as formas de onda da tensão fase neutro na saída do gerador, a corrente de linha na armadura, no campo e nos enrolamentos amortecedores, e os seus respectivos espectros harmônicos. Os gráficos ilustrativos das Figuras 10 a 13 possuem características já discutidas no item 3.0, dispensando assim maiores comentários adicionais. Figura 10 - Tensão fase-neutro nos terminais da armadura Figura 11 - Corrente de linha na fase A do gerador. Figura.13 - Espectro harmônico da corrente no enrolamento de campo Verifica-se através das Figuras 14 e 15 que, com a presença de harmônicas no gerador, haverá indução de correntes nos enrolamentos amortecedores, mesmo em regime permanente. As ordens harmônicas a a a encontradas foram a 6 , 12 , 18 e demais múltiplos de 6. Com isto, haverá a circulação de uma corrente de 943 A rms no enrolamento amortecedor de eixo direto. Figura.14 - Corrente no enrolamento amortecedor de eixo d Figura.15 – Espectro harmônico da corrente do enrolamento amortecedor de eixo d (...) (..) 6 A Figura 16 indica que haverá a circulação de uma corrente de 3108 A rms no enrolamento amortecedor de eixo em quadratura. Isto sem dúvida caracteriza problemas, uma vez que os enrolamentos amortecedores foram projetados para suportar correntes apenas na partida. Em regime permanente poderá ocorrer um aquecimento excessivo nas sapatas polares e uma conseqüente redução na vida útil da máquina. Vale destacar, que os dados utilizados para suprir o modelo implementado, necessitam, basicamente de informações clássicas disponíveis. O modelo proposto é baseado em equações no domínio do tempo e implementados no simulador “SABER”. As investigações compreenderam análises elétricas/mecânicas objetivando conhecer o desempenho do alternador síncrono. Os resultados obtidos evidenciaram os efeitos das distorções de tensão e de corrente sobre o desempenho do gerador. Deve-se destacar que os enrolamentos de armadura e amortecedores, sobretudo estes últimos, foram os mais afetados. Um outro aspecto a salientar, e de grande relevância neste trabalho, foi o surgimento de torques oscilatórios no eixo da máquina. As formas de onda, os espectros harmônicos e os correspondentes valores numéricos obtidos computacionalmente puderam ser confrontados com os resultados experimentais, sendo que ambos mostraram grande concordância sob todos os aspectos. Figura. 16 - Corrente no enrolamento amortecedor de eixo q 4.2- Resultados mecânicos obtidos A Figura 17 ilustra o valor do conjugado mecânico no eixo do gerador. Conforme destacado com detalhes na referência [6], o conjugado mecânico sofre oscilações, que são produzidas pela interação entre os harmônicos de corrente e o campo magnético fundamental. Por o o exemplo, as correntes de 5 e 7 harmônicos resultam o em um torque contínuo de 6 harmônico no rotor do gerador. Este torque de oscilação (de 360 Hz) pode estimular o conjunto motor-gerador ou, em uma usina, o conjunto turbina-gerador, causando vibrações e outros efeitos mecânicos. Se há uma proximidade entre as freqüências de vibração e aquelas produzidas pelos estímulos elétricos, um fenômeno de ressonância mecânica pode ocorrer, levando a estrutura girante à fadiga, com sérios riscos para o equipamento. Figura 17 – conjugado no eixo do gerador. 5.0 – CONCLUSÕES Este trabalho enfocou o comportamento elétrico e mecânico de geradores síncronos trifásicos de pólos salientes, sob condições não ideais de suprimento. Os estudos demonstraram a importância de se considerar o fenômeno aqui enfocado para aplicações envolvendo a alimentação elétrica de cargas não lineares, tais como conversores estáticos, retificadores, etc. Embora o artigo tenha sido orientado para os efeitos das distorções harmônicas, o programa permite ainda a inclusão de quaisquer condições não ideais, tais como: desequilíbrios, operação integrada (desequilíbrios e harmônicos), etc. 6.0 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (1) DELAIBA, A.C. Comportamento de transformadores com cargas não lineares: uma abordagem analítica, experimental e numérica pelo método dos elementos finitos; Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997. (2) PACHECO, C.R.; OLIVEIRA, J.C.& SOUTO, O.C.N. Análise do comportamento térmico e estimação da expectativa de vida útil de cabos elétricos sob condições não-senoidais de operação; III SBQEE, Agosto 1999, p. 01-07. (3) SOUTO, O.C.N.; OLIVEIRA, J.C.& NETO, L.M. O impacto da qualidade da energia no comportamento térmico e na vida útil de motores de indução trifásicos; III SBQEE, Agosto 1999, p. 15-22. (4) PEREIRA, F.C. Contribuições aos estudos dos impactos energéticos associados à qualidade da energia elétrica; Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 1998. (5) ANDERSON, P.M. & FOUAD, A.A., Power system control and stability; The Iowa State University Press, Ames, Iowa, 1977. (6) OLIVEIRA, R.R. Comportamento de geradores síncronos trifásicos alimentando cargas não lineares. Uma abordagem analítica e experimental; Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2001.