2 Política Panorama político O Estado do Maranhão - São Luís, 27 de abril de 2013 - sábado Ilimar Franco Barbeiragem A Fazenda está criando problemas para o governo no Senado. A equipe do ministro Guido Mantega escalou o ex-líder Romero Jucá (PMDB-RR) como interlocutor. Alijado, o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), está irritado. O Planalto detectou que este foi um dos motivos do quórum baixo no Senado e que atrapalhou a votação do projeto com restrições aos novos partidos. Um dia depois do outro No debate da reforma da legislação partidária e eleitoral a história se repete, só mudam os papéis. Hoje, no governo Dilma, o PT, em nome de defender "o fortalecimento dos partidos", quer deixar sem Fundo Partidário e sem tempo de TV os novos partidos. O PSDB acusa: "É um atentado à democracia". Mas nem sempre foi assim. Em 1999, no governo Fernando Henrique, o então líder do PSDB no Senado, Sérgio Machado (hoje presidente da Transpetro), liderou a aprovação da cláusula de barreira que, segundo o cientista político Jairo Nicolau, deixaria fora do Congresso 11 dos 18 partidos com deputados eleitos, mas que não atingiram 5% dos votos para a Câmara. “Rapaz, o jogo ainda nem começou e o Aécio (Neves) já quer me passar a tarefa dele” Paulo Bernardo, Ministro dssss Mudança de lado no balcão Os petistas protestam contra a liminar do STF que suspendeu a votação do projeto que restringe a criação de novos partidos. Mas em 1996, no governo FH, aplaudiram liminar do STF que suspendeu a votação da PEC da Previdência. Repórter por 1 dia Andréia Repsold Em conversa informal, ontem no Copacabana Palace, o deputado Otávio Leite (PSDBRJ) pergunta: "Por onde você entrou na política?". O astro Arnold Schwarzenegger responde: "Pela direita, mas hoje sou uma pessoa de centro". Schwarzenegger, que foi governador da Califórnia pelos Republicanos, está no Brasil para um evento de fisiculturismo. Em busca de um lugar ao sol O ex-diretor-geral do Dnit Luiz Antonio Pagot, nomeado pelo PR e demitido durante a faxina promovida pela presidente Dilma nos Transportes, vai se filiar ao PTB na segunda-feira. Ele pretende ser candidato a deputado federal. Cidade maravilhosa O sambista Martinho da Vila gravou esta semana uma versão inédita da música hino carioca "Cidade Maravilhosa" para a festa de hoje no Maracanã com a presidente Dilma e os operários que trabalham na reforma do estádio. Os arranjos foram criados pelo maestro Guto Graça Mello. Martinho cantará para a presidente e a presenteará com um CD. Deu 'ibope' O décimo assunto mais falado no Twitter, na noite da última quinta-feira, foi o programa de TV em que o PSB desfila um rosário de críticas ao governo Dilma. Os estrategistas de Eduardo Campos comemoram a "repercussão estrondosa". Para bom entendedor Dezoito dias depois de conceder entrevista dizendo que esperava por aval da presidente Dilma para concorrer ao governo de São Paulo, o ministro Aloizio Mercadante declarou ontem que não será candidato. Pelo visto, foi vetado. zzz A DIREÇÃO DA REDE, partido de Marina Silva, só vai tratar da política de alianças e de sua candidatura ao Planalto depois de obter o registro no TSE. Com Simone Iglesias, sucursais e correspondentes [email protected] Poder Legislativo precisa ser valorizado, defende deputado Arnaldo Melo PEC 33/2011 motivou o presidente da Assembleia Legislativa a avaliar com vereadores da regional de São João dos Patos a importância do papel do Legislativo Ag. Assembleia E m mais uma ação da Jornada Legislativa, que ocorreu na cidade de São João dos Patos, deputados estaduais e vereadores de municípios da região sul do Maranhão discutiram sobre a valorização do Poder Legislativo. O tema abordado foi decorrente da admissibilidade da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 33/2011 que condiciona o efeito vinculante de súmulas aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à aprovação do Congresso Nacional. "O Legislativo precisa resgatar a sua dignidade", destacou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo, ao avaliar a repercussão negativa sobre o Legislativo que está sendo dada à aprovação da admissibilidade da PEC 33/2011 pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal. Arnaldo Melo convidou os vereadores da regional de São João dos Patos a se unirem com o Legislativo Estadual para o fortalecimento da imagem do parlamento. "Nós, legisladores, precisamos ter orgulho de nossa atividade. A prerrogativa de legislar é nossa e não podemos nos deixar intimidar", afirmou o presidente. Presente na Jornada de São João dos Patos, o deputado Alexandre Almeida também criticou a ingerência do Poder Judiciário, por meio do STF, nas atribuições do Legislativo. Ele disse que chegou a vez do Poder Legislativo de se autoafirmar e dizer, de forma clara à sociedade, qual o seu papel. "É dada a nós, deputados, a decisão de construirmos juntos com os vereadores uma imagem positiva do Legislativo. Precisamos reagir, pois, se não estão respeitando o Congresso Nacional, imagina o que podem fazer com as Assembleias e as Câmaras Municipais?", questionou o parlamentar. Emendas - O deputado Neto Evangelista (PSDB) avaliou que o Legislativo passa por um momento de afirmação e um dos pontos que podem auxiliar neste fortalecimento é a aprovação das emendas parlamentares impositivas pelo Congresso Nacional. Ele explicou que por meio das emendas impositivas os parlamentares poderiam fazer chegar de forma mais rápida os benefícios estruturais aos municípios, sem a necessidade de fazer negociação com o Poder Executivo. Por fim, o deputado Rogério Cafeteira (PMN) ressaltou a importância desse estreitamento da relação entre os legislativos estadual e municipais e entre os três poderes constituídos. "O papel do Legislativo não é perseguir o Executivo, na maioria das vezes, é de alertar. É uma contribuição visando à melhoria das ações governamentais", analisou. Participaram vereadores, prefeitos e ex-prefeitos dos municípios de Barão de Grajaú, Benedi- Presidente Arnaldo Melo levou o tema da PEC 33/2011 para a Jornada Legislativa no interior do estado PEC 33 é analisada em encontro A PEC nº 33/11, de autoria do deputado Nazareno Fonteles, que condiciona o efeito vinculante de súmulas aprovadas pelo STF à aprovação do Poder Legislativo, foi debatida ontem entre deputados estaduais e vereadores, durante a Jornada de Integração Legislativa. Durante explanação aos vereadores, o consultor legislativo da Assembleia Legislativa, advogado Carlos Lula, classificou como um equívoco a forma como o debate sobre a PEC 33/2011 está sendo colocada na sociedade. "De repen- “ Somos a maior classe política desse país. O único poder que representa o povo” Arnaldo Melo, presidente da Assembleia Legislativa to Leite, Buriti Bravo, Colinas, Jatobá, Lagoa do Mato, Mirador, Nova Iorque, Paraibano, Passagem Franca, Pastos Bons, São Domingos do Azeitão, São Francisco do Maranhão, São João dos Patos, Sucupira do Norte e Sucupira do Riachão. Hoje, a Jornada de Integração Legislativa estará na Regional de Balsas, que congrega 14 municípios. Participam das visitas nesta regional os deputados Arnaldo Melo (PMDB), Neto Evangelista (PSDB), Alexandre Almeida, Edilázio Junior (PV) e Rogério Cafeteira (PMN). te parece que o Legislativo criou a ‘Geni’, aquela prostituta que todos jogam pedra, pois falar mal do Congresso é uma forma de enfraquecê-lo", disse o consultor. Na avaliação de Carlos Lula, não há qualquer inconstitucionalidade da PEC 33/2011, pois o seu objetivo é apenas promover uma reforma constitucional, estabelecendo três eixos: exigir quórum qualificado para declaração de inconstitucionalidade; regulamentar as súmulas vinculantes e, de fato, submetê-las à apreciação do Congresso, mas se este não analisá-las em tempo, ela passar a valer tacitamente, e, por fim, vincular a declaração de inconstitucionalidade de Emenda Constitucional à análise do Congresso. Neste último caso, segundo Lula, se os parlamentares não concordarem com os ministros do Supremo, será feita uma consulta popular (plebiscito). Carlos Lula disse, também, ser equivocada a análise que vem sendo abordada na imprensa de que a PEC 33/2011 seria uma reação do Legislativo ao STF, como represália ao resultado do julgamento do "mensalão".