A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA PREVENÇÃO DE USO E ABUSO DE ÁLCOOL: POSSÍVEIS RELAÇÕES Elcione Alves Sorna Neves1 Maria Luiza Segatto2 RESUMO Esse artigo aborda sobre o consumo de álcool e suas conseqüências na saúde, analisando os aspectos psicossociais e as pessoas que se tornam co-dependentes. O objetivo proposto foi de realizar um levantamento bibliográfico a cerca do álcool e da família na prevenção de uso e abuso de substância dando ênfase às relações intrafamiliares. Trata-se de um estudo qualitativo de natureza exploratória, através do método de pesquisa literária a cerca da importância da família na prevenção de uso e abuso de álcool: possíveis relações. Realizado em fontes de dados eletrônicos (obid, sappiens, senad, pepsic, scielo, antidrogas, google), revistas, livros e acervo da biblioteca local. Foram utilizados como descritores de estudo: família, álcool, co-dependência, uso, abuso e violência. Foram encontrados 77 artigos, 19 livros, 6 revistas, que abordaram esta temática como eixo principal (família, álcool, co-dependência,uso, abuso), tanto em língua portuguesa como em língua inglesa e espanhola. Destes foram utilizados 33 nacionais e internacionais. Após a seleção do material procedeu-se uma leitura sistemática e posteriormente um fichamento. Verificou-se que, os consumidores são discriminados socialmente e a família passa emocionalmente a viver viciada em dramas ou crises ligados ao consumo, o que denominamos uma situação de co-dependêndia. Esse é um problema de ordem social a partir do momento em que as conseqüências não pertencem somente aos usuários, mas também a família e a sociedade. Sendo que a sociedade sofre e necessita de políticas públicas com redes de atendimentos para melhor explorar um tema tão novo que causa problemas em casa, no trabalho, nas escolas ou com amigos. É relevante observar que o ambiente familiar induz e facilita o uso e abuso de álcool e por ser dinâmico e passível à mudanças, o vínculo familiar pode ser resgatado. Palavras chave: Família. Drogas. Fatores Biopsicossociais. Co-dependência INTRODUÇÃO Historicamente, a utilização de álcool para mudar a percepção humana, provocando alterações psicossomáticas é a mais antiga das drogas usadas pela humanidade. A influência do ambiente doméstico, principalmente da figura paterna com o uso de álcool tem aumentado o consumo entre adolescentes já que essa fase da vida está sujeita a transformações 1 Faculdade Católica de Uberlândia – [email protected]. 2 Faculdade Católica de Uberlândia [email protected]. biopsicossociais em busca de uma identidade e independência individual (MORENO et al, 2009). Noto et al (2003) aborda o consumo de drogas presente no cotidiano de várias pessoas. Conhecer e acompanhar essas peculiaridades são passos importantes para criar e adotar políticas públicas mais adequadas às necessidades do país. No Brasil levantamentos epidemiológicos feitos pelo CEBRID( Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas)e pelo SENAD (Secretária Nacional Antidrogas) auxiliam no conhecimento da realidade brasileira. Tais dados traçam o perfil de drogas no Brasil, como em cada área geográfica demonstrando um aumento considerado no consumo do álcool. A ampliação da visão em relação ao uso problemático de álcool com seus efeitos, riscos, e complicações permite novos campos de estudos (CARLINE et al, 2001). Segundo Olazábal et al (1997), esse conhecimento acerca da enfermidade alcoólica deve ocorrer não só no contexto científico como também no contexto familiar. O principal problema enfrentado é a ausência de conhecimentos no tratamento como na prevenção do usuário de álcool. A família necessita de aprendizagem para enfrentar adequadamente os problemas. A contribuição dos familiares na reabilitação pode dificultar ou facilitar a abstinência. De acordo com Beattie (2001), a família encontra-se em situação de co-dependência necessitando identificar características dessa situação buscando sua própria recuperação ou seu processo de cura. Co-dependente realmente é incapaz de se proteger ou resolver seus problemas. O consumo de álcool e suas conseqüências, tanto físicas, como biopsicossociais, envolvendo usuários, família, sociedade, políticas governamentais e não governamentais visam reduzir o consumo e consumidores, embora a finalidade seja alcançar o conhecimento e a educação familiar A prevenção desses problemas decorrentes do uso problemático do álcool requer treinamento de profissionais capacitados a atender famílias, a trabalhar mudanças de crenças, hábitos, atitudes, percepções promovendo a abstinência e a liberdade da família (CORRADI-WEBSTER et al, 2005). O objetivo dessa pesquisa é realizar um levantamento bibliográfico acerca do álcool, a importância da família na prevenção de uso e abuso de álcool, dando ênfase ás relações intrafamiliares. A relevância do estudo fundamenta-se no fato de ser este um tema de saúde pública que afeta milhares de pessoas em todas as faixas etárias, com grande variedade de conseqüências biopsicossociais, familiares e individuais. O uso do álcool é um fenômeno mundial que precisa ser discutido no Brasil como em todo o mundo e é, portanto um tema que deve ser conhecido, divulgado, refletido. Trata-se de um estudo qualitativo de natureza exploratória, através do método de pesquisa literária a cerca da importância da família na prevenção de uso e abuso de álcool: possíveis relações. Realizado em fontes de dados eletrônicos (obid, sappiens, senad, pepsic, scielo, antidrogas, google), revistas, livros e acervo da biblioteca local. Foram utilizados como descritores de estudo: família, álcool, co-dependência, uso, abuso e violência. Foram encontrados 77 artigos, 19 livros, 6 revistas, que abordaram esta temática como eixo principal (família, álcool, co-dependência,uso, abuso), tanto em língua portuguesa como em língua inglesa e espanhola. Destes foram utilizados 33 nacionais e internacionais. Após a seleção do material procede-se uma leitura sistemática e posteriormente um fichamento. 2 ORIGEM DO ÁLCOOL De acordo com Moreno et al (2009) e Federação de Comunidades Terapêuticas (2001), a utilização de substâncias naturais para mudar as percepções humanas confundem com a própria origem do homem. O álcool é considerado a droga mais antiga de todas as substâncias psicoativas com o objetivo de mudar mente e emoções. Através das épocas verificou-se um avanço nas técnicas de fermentação através das matérias primas como cevada e frutas. Qualquer cereal ou frutas prensadas sofrem alterações em conseqüência da fermentação. Deste modo originou a produção de bebidas alcoólicas como uma arte pelos povos egípcios e gregos. Os egípcios possuíam destilarias onde praticavam o culto a Osíris como forma de agradecimento pela dádiva da cevada. Os gregos cultuavam a Dionísio e ofereciam bebidas alcoólicas aos soldados e a outros deuses como meta de facilitar as relações interpessoais. Baco era cultuado pelos romanos como forma de agradecimento pelo “vinho divino” criado por esse deus e desse modo passaram a divulgar, a distribuir por toda a europa as bebidas fermentadas. Durante a idade média o álcool foi divulgado como saudável e foi utilizado para fins terapêuticos e foi denominado aqua vitae. Os árabes com conhecimentos mais apurados de destilação começam a produzir bebidas com maior teor alcoólico dando origem às bebidas destiladas. Já em pleno século XIX, com a revolução industrial observou-se uma maior popularidade e expansão de consumo como também suas conseqüências. Nessa época surgem as primeiras preocupações com a prevenção e o surgimento das campanhas e leis de normalização. Observa-se que até essa data o alcoolismo era simplesmente um vício e não doença como é visto através do CID 10. Andrade e Espinheira (2010), relataram que quando os portugueses chegaram ao Brasil, descobriram uma bebida fermentada através da mandioca denominada cauim produzida pelos índios. Era uma bebida forte usada em rituais, em festas. Os portugueses eram conhecedores do vinho e da cerveja mais logo através da cana de açúcar passaram a fabricar a cachaça (caldo em processo de fermentação) denominada melaço, denominado depois “cagaça” que mais tarde veio a ser cachaça. A mesma tinha como objetivo alterar a consciência, para calar as dores no corpo e da alma, para açoitar espíritos em festas, para atiçar a coragem em covardes e para aplacar traições e ilusões. Para tudo, na alegria e na tristeza, o brasileiro justifica o uso do álcool, da branquinha à amarelinha, sempre no diminutivo. 3 OS EFEITOS DO ÁLCOOL NO ORGANISMO A Federação das Comunidades Terapêuticas (2001), intitula o álcool etílico como uma substância com efeitos puramente depressores sobre o sistema nervoso central, apesar dos efeitos paradoxalmente estimulantes ou euforizantes o que o torna uma bebida promotora de animação e descontração nas reuniões sociais. A mesma federação enfatiza que a absorção do etanol com muita rapidez pelo estomago é distribuído uniformemente por todos os tecidos do corpo, inclusive no cérebro. Vale considerar que atravessa a placenta atingindo o feto ainda em formação nos mesmos níveis sanguíneos de sua mãe. Para Laranjeira et al (2003), álcool é uma substância psicoativa presente em bebidas como cerveja, pinga, vinhos, bebidas destiladas. Após o uso dessas bebidas, inicialmente surgem os efeitos estimulantes como a euforia onde a agitação, a inquietação, a desinibição, a insônia e a maior facilidade de se comunicar são facilmente identificadas. Em seguida passase a fase depressora que apresenta tontura, uma fala pastosa, ausência de coordenação motora com piora dos reflexos, alteração do humor, personalidade, comportamento, diminuição da concentração e sonolência. Se o consumo for de forma abusiva pode-se tornar grave levando ao coma com bloqueio respiratório central, necessitando de emergência médica, com cuidados intensivos para a manutenção da vida. A intensidade, o uso, o abuso e os efeitos do álcool podem variar de pessoa para pessoa, em função de uma série de fatores como massa corporal, sexo, idade, metabolismo e freqüência de consumo. O uso e abuso do álcool propiciam o desenvolvimento da dependência. Alguns sinais da dependência são facilmente observados como a necessidade de maiores quantidades de ingestão de álcool, denominado tolerância de uso, a freqüência de consumo como um “grande desejo” de beber e da falta de controle sobre a quantidade ingerida. Observa-se também que no período de abstinência do álcool surgem sintomas desagradáveis como tremores, sudorese, taquicardia ou hipertensão, cefaléia, insônia, alucinações visuais, táteis ou auditivas transitórias, irritabilidade, náuseas, vômitos, convulsões tipo grande mal que podem aparecer algumas horas após a diminuição ou parada do consumo. Ao fazer uma avaliação psicológica o usuário encontra-se desorientado no tempo e no espaço; o juízo critico da realidade está comprometido; apresenta ansiedade intensa com episódio de violência contra si e contra outros; apresenta-se delirante com pensamento descontínuo, de conteúdo desagradável. Esses sintomas podem levar a um aumento de consumo do álcool para aliviar os sintomas da síndrome de abstinência (NOTO et al 2003). Para Laranjeiras et al (2003) e Corradi-Webster et al (2009), o consumir drogas é uma prática humana ao longo da história de toda humanidade. Não existe sociedade que não tenha feito uso de substâncias psicoativas em algum momento de sua história com finalidades diversas. Observa-se um aumento significativo de consumo ao longo da história acarretando problemas em todas as áreas da vida do usuário. O uso problemático do álcool tem se revelado em algumas pessoas em diferentes graus de dependência que trabalham e possuem famílias estruturadas. O padrão de uso do álcool pelas famílias tem crescido consideravelmente, alcançando prioridade onde antes outros comportamentos tinham maior valor (MELO et al, 2005). 4 CONSUMO DE DROGAS NO CONTEXTO NACIONAL Noto et al (2003), no levantamento nacional sobre o uso de drogas entre crianças e adolescentes em situação de rua observa que o início do consumo de bebidas alcoólicas ocorreu antes da situação de rua, em ambiente familiar sendo um dos principais contextos de iniciação ao consumo Segundo Euzébio et al (2007), o uso e abuso de álcool e outras drogas ocorrem em todos os grupos socioeconômicos, e geográficos o que provoca alterações do comportamento, cognição e humor que incidem por sua própria natureza a recaídas. O tratamento é identificar, avaliar e responder a cada situação disfuncional com motivação a mudanças de comportamento, estilo de vida e a manter a abstinência dos usuários de álcool e outras drogas. A Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (2001), afirma que muitas famílias preocupam somente com as drogas ilícitas entre elas a maconha e a cocaína por medo de fazerem parte da rotina de vida de seus membros, por não acreditarem que as lícitas como álcool e tabaco possam ser um problema, pois acreditam em um consumo social administrável onde adultos as usam e os jovens poderão vir a fazê-lo, como substâncias inofensivas. Estudos comprovam que ações preventivas devem ser direcionadas às populações em situação de risco e com vulnerabilidade de envolvimento com drogas. O ambiente, a influência de usuários inclusive familiar e o acesso ao tráfego são áreas importantes nestas ações. Nas famílias, diferentes são as influencias na constituição de um indivíduo por apresentarem muitos arranjos de hábitos, costumes, vínculos, comportamento e resistência quando as mesmas são solicitadas a participar de um tratamento (OLIVEIRA; BITTENCOURT; CARMO, 2008). As mesmas autoras afirmam que, não se pode afirmar a presença de traços comuns em famílias de dependentes químicos, mas pode-se perceber que a vida em família pode apresentar padrões de risco e de proteção. Há famílias que vivenciam uma relação mais funcional em momentos de conflitos. Outras em suas experiências, em seu cotidiano ressaltam agressões, ofensas, preconceitos que podem comprometer a abstinência ao uso e abuso de drogas dela própria e do indivíduo. De acordo com Noto et al (2003), foi realizado o Levantamento Nacional sobre o uso de Drogas entre Crianças e Adolescentes em situação de rua nas 27 Capitais Brasileiras com amostra representativas tornando possível avaliar a questão dentro de uma perspectiva nacional. O Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) realizou quatro levantamentos sobre o uso de drogas entre crianças e adolescentes em situação de rua. O primeiro levantamento, abrangendo três capitais brasileiras: Porto Alegre, Salvador e São Paulo (1987). O segundo contou com o apoio das Nações Unidas (1989). O terceiro levantamento foi realizado ampliando para cinco capitais nacionais: Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo (1993). O quarto realizado em seis capitais brasileiras incluindo Brasília, contou com o apoio governamental através do Ministério da Justiça (1997). Foi observado um significativo aumento no consumo de drogas através dessas avaliações pelo CEBRID. Entre os fatores preciptadores ao consumo estão os individuais e os familiares. Noto et al (2003), encontraram no primeiro levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil em 2001, estudos envolvendo as 107 maiores cidades do país revelam com prevalência de uso de álcool, 77,3% para o sexo masculino e 60,6% para o sexo feminino. Em porcentagem a dependência de álcool é de 17,1% para o sexo masculino e 5,7% para o sexo feminino, aproximadamente, 5283.000 pessoas são dependentes de bebidas alcoólicas nas cidades brasileiras. No mesmo levantamento a dependência da maconha apareceu em 1,0% dos entrevistados o que corresponde a uma população estimada de 451.000 pessoas nas 107 maiores cidades do Brasil. O CEBRID observa que faltam dados semelhantes nos levantamentos domiciliares de outros países para possíveis comparações. A prevalência do uso de cocaína foi de 2,3%, o que aproximadamente equivale a 1.076.000 pessoas. A prevalência do crack foi de 0,7%, 149.000 pessoas. A da merla 0,7% entre os 18 e 24 anos para homens, e de 0,5% entre 25 e 34 anos para o mesmo sexo No contexto relacional da família, fatores sociais como o uso de álcool e outras drogas de forma inadequada tem levado à manifestação de violência. E sobre a violência os comportamentos, relacionamentos e papéis familiares têm sidos estabelecidos e enraizados. No relacionamento intrafamiliar manifesta a autoridade paterna e se sua utilização for de forma não aceitável socialmente poderá trazer sérias conseqüências, tanto físicas, psicológicas como sociais comprometendo o desempenho de papéis dentro da família quanto à saúde de seus membros. Vários arranjos familiares têm surgido, com regras, costumes, crenças, organizações e modificações. A família como uma organização encontra-se em constates alterações, muito afetada e em crises permanentes (MELO et al, 2005). Laranjeira et al (2004), expõem evidencias do consumo de álcool, no Brasil como em todo o mundo demonstrando o custo social e de saúde. Entre os fatores sociais abordados encontram-se os problemas familiares, a violência, o abuso de álcool entre menores, problemas financeiros, dificuldades educacionais dentre outros. É importante salientar que mesmo existindo algum benefício psicológico com o consumo do álcool os fatores de risco para doenças e morte são evidentes. Álcool é problema de saúde pública que merece prioridade das agendas de políticas públicas. Furtado et aL (2005), através dos dados da OMS (1993), revela que de 10 a 12% da população mundial apresenta dependência de álcool. De 15 a 20% usam de forma excessiva, e associada às comorbidades tais como danos cardiovasculares, hepáticos, neurológicos entre outros se tornam fatores de risco para essa população e sinalizadores de vários diagnósticos relacionados a esse consumo. Nos contextos individuais várias pessoas estabelecem com o álcool e outras drogas uma relação afetiva de prazer tão intensa que não conseguem ficar livres da síndrome de dependência. A necessidade psicológica e física é evidenciada por um forte desejo ou fissura que não os mantêm fora da abstinência. Como resultado da ingestão de bebidas e uso de drogas os usuários-problemas começam a desenvolver em casa no trabalho como também em atividades recreacionais situações de risco, internas e externas que podem levar o indivíduo a recair no uso. O perigo de perder o controle e a manutenção da abstinência como enfrentamento da situação de risco é acompanhado por muita ansiedade por parte do usuário (KNAPP; BERTOLOTE, 1994). Se o álcool por um lado recebe um valor positivo de seus usuários como um agente produtor de sociabilidade como um momento de reunião, por outro negativamente tem levado a rupturas de relações sociais inclusive dentro da própria família (MOTA, 2004). As situações de dependências estão intimamente ligadas a problemas sócios culturais que necessitam ser abordados não só como indicadores à dependência, mas como fatores importantes sinalizadores de crenças que necessitam de intervenções e que permanecem intocáveis diante das políticas públicas no Brasil. As drogas estão sendo vistas como uma alternativa ao estresse e as frustrações, mas o olhar deve ser colocado no cerne do problema que é a questão que motiva o uso (BARRETO, 2008). Conforme análise realizada em Uberlândia (MG), que objetivou analisar a população de dois bairros, chegou-se à conclusão que as experiências vividas pelas pessoas desses locais estavam relacionadas às suas próprias experiências e envolviam as palavras medo, insegurança e violência. As pessoas relatam elevado número de assaltos e ausência de condições estruturais entre elas a pouca iluminação de algumas vias públicas, uma quantidade elevada de usuários de drogas e ausência de segurança pública com patrulhamento no local. Vários crimes motivados pelo uso de drogas têm ocorrido. A violência, o roubo, o tráfico, os sentimentos de insegurança, a ausência de policiamento nas escolas, entre outros fatores têm feito muitas vítimas. O presente estudo analisa dois bairros com perfis socioeconômicos diferenciados, mas o resultado obtido apresenta discursos sobre a violência muito parecidos considerando-a como algo “natural e inerente a sociedade urbana contemporânea” (SANTOS; RAMIRES, 2009). Segundo Barros Filho et al (2000), reproduções biológicas e sociais são papeis familiares. Socializar neste contexto é colocar regras, limites, reprimir e cuidar com afeto. O que se tem observado é que não apenas o homem pratica violência intrafamiliar, mas também a mulher. Muitas violências físicas são atribuídas à perda de controle após o consumo de bebida alcoólica. Esse estilo de reprodução que é a violência intrafamiliar tem levado desarmonia às relações humanas. Pesquisa realiza no Rio Grande do Sul em 2008, objetivou associar a violência doméstica à violência comunitária. No primeiro estudo o álcool foi utilizado por 89% dos entrevistados onde era perguntado sobre os atos de violência psicológica, física e sexual ocorridos em situações intrafamiliares. O Segundo estudo foi realizado entre estudantes da 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e ensino médio de escolas públicas. O uso de bebidas alcoólicas, tabaco e drogas ilícitas estavam relacionados à violência comunitária e à vitimação através do uso. As exposições às situações de violência estavam associadas ao uso e abuso do álcool como também a violência. Este estado apresenta alto índice de violência dirigida a pessoas mais jovens, como também aos usuários de bebidas alcoólicas que podem reagir como vítimas (MOREIRA; BARROS; FERIGOLO,2008). Segundo Macedo e Monteiro (2006), as famílias de crianças em ensino fundamental e médio de Fortaleza ao participarem de grupos vivenciais com o objetivo de se obter um espaço para a discussão sobre educação de filhos e relações intrafamiliares, considerou a família um núcleo de interação do ser humano como também sua importância na saúde mental promovendo e recuperando seus membros. Acredita-se que as relações intrafamiliares saudáveis que visam o bem estar biopsicossociais como também espirituais possam levar à saúde mental. O estudo revelou entre as famílias estudadas muitos problemas financeiros, uso e abuso de álcool, sofrimentos físicos e mentais, dificuldades nas relações intrafamiliares, criação de filhos e crises conjugais. O nível sócio- econômico e cultural na população pesquisada, suas relações conflituosas como suas conseqüências parecem limitar a sua compreensão de família. Laranjeira et al (2005), argumentam sobre as várias intervenções que reduzam a ligação entre álcool e violência alertando os profissionais responsáveis pela saúde pública nas opções mais adequadas para trabalhar o usuário de bebidas alcoólicas. Alerta para suas propriedades farmacológicas onde do ponto de vista biológico a cognição, a percepção, a atenção e o julgamento ficam distorcidos estimulando comportamentos violentos. Situações socioculturais onde há a aceitação da violência e menor receio das suas conseqüências levam a um aumento da criminalidade. Outro questionamento relevante nos atendimentos são os ligados à personalidade, temperamento, fatores genéticos e antecedentes familiares de alcoolismo. 5 FAMÍLIA: CO-DEPENDÊNCIA De acordo com Pratta e Santos (2007), a família possuí um papel muito importante na formação de seus membros principalmente na adolescência, influenciando no desenvolvimento psicológico. Essa formação oferecida através do processo educacional dados pelos pais e da organização social vigente nos dias de hoje, faz suscitar valores contraditórios inconsistentes e questionáveis que influenciam novos valores referentes à família, e na família, o que dificulta novas investigações e explorações como o tema consumo de drogas. Os pais angustiados muitas vezes se vêem perdidos diante da adolescência de seus filhos, e esses filhos inseguros diante de um suporte emocional fragilizado, podem enfrentar dificuldade de ajustamento. Por essa razão tornam-se necessários programas de orientação aos pais para instruí-los. De maneira geral a temática da droga é tratada debaixo de modelos moralistas e modelos de doenças, não em seu verdadeiro modelo teórico que é sob o olhar biopsicossocial, como um comportamento aprendido envolto em várias crenças inclusive as familiares (MARLATT; GORDON, 1993). Toda essa temática conservadora e preconceituosa é observada em uma pesquisa realizada na observação de filmes que retratam o tema drogas no âmbito familiar como: Bicho de Sete Cabeças, Traffic, Diário de adolescentes e Trainspotting. Vários tipos de dinâmicas familiares oscilam entre a rígida e autoritária, a permissiva sem limites, oscilação entre independência e dependência e o distanciamento afetivo da família. Reações familiares diante do uso de drogas como: raiva, insegurança, sofrimento, impotência, frustração, agressividade e passividade permeiam os relacionamentos em diferentes épocas e culturas. É possível observar o despreparo e a desinformação dos familiares diante do tema como também as reais necessidades pessoais de um ciclo tão vital como a adolescência. A família apresenta dificuldades em colocar limites ou atitudes protetoras por ser ela mesma usuária ou por medo de ser abandonada. A dificuldade, o sofrimento e a impotência, é uma forma de manter a família unida e evidenciar a dificuldade familiar em lidar com o tema drogas (SILVA et al, 2008). Beber na expectativa de reduzir a ansiedade social faz com que muitos hábitos sejam estabelecidos e seguidos por alguma gratificação imediata. Beber passa a ser uma alternativa de redução dessa ansiedade. Comportamentos adictos se estabelecem como mecanismos de enfrentamento da situação estressante. São mecanismos mal adaptados. A importância do ambiente familiar como indicador na modelagem das restrições ou aprovações ao uso, podem manter a solidez do grupo familiar reforçando o beber continuado ou a abstinência (MARLATT; GORDON, 1993). Orientação familiar em dependência química é algo recente como uma modalidade de tratamento. Famílias de dependentes químicos foram assistidas em uma experiência ambulatorial da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD) da Universidade de São Paulo – Escola Paulista de Medicina com o objetivo de acolher, sensibilizar e, melhorar as relações do grupo familiar. Algumas famílias apresentavam condutas que dificultavam a recuperação dos pacientes dentre uma multiplicidade de fatores. Outras famílias procuram maiores informações para uma melhora do relacionamento familiar não restringindo somente à família biológica. Geralmente essa família chega com muita ambivalência, dúvidas e ansiedade. Busca soluções mágicas de tratamento e resoluções de problemas, impotente sem, identificar por certo seus verdadeiros sentimentos em relação ao problema (LARANJEIRA et al, 2001). Existem tantas definições de co-dependência quanto às relações e experiências que as representam. A palavra co-dependência surgiu na década de 70. A sua definição é usada para descrever as pessoas cujas vidas foram afetadas como resultado de um relacionamento com um dependente químico. Essa definição como várias outras foram inventadas muito depois dos comportamentos e sentimentos familiares terem sido afetados pelo uso e abuso de álcool e outras drogas de um de seus membros. É importante ressaltar que esses sentimentos podem eclodir em outras formas de relacionamento não só familiares. Diante de um relacionamento comprometido com um usuário de drogas, a vida de pessoas torna-se descontrolável. Codependência é uma doença emocional, onde pessoas vivem em função do(s) outro(s) ajudando, controlando, sentindo-se culpadas, ansiosas e com atitudes de auto – anulação (BEATTIE, 2001). O mesmo autor enfatiza que os co-dependentes são tomadores de conta; são salvadores. Eles salvam, depois perseguem, depois terminam em vítimas. É isso que ocorre com amigos, parentes, conhecidos ou qualquer outra pessoa que tomam conta das responsabilidades do outro. Quaisquer atos que contribuam para que o alcoólico continue a beber, para evitar que sofra as conseqüências do consumo, ou para de alguma forma tornar mais fácil o seu hábito de continuar a beber são considerados comportamentos capacitadores. Pessoas que salvam ou tomam conta, experimentam sensações de desconforto, nervosismo, ansiedade, culpa, pena, medo, sensação de estar sendo forçada a fazer algo que não gostaria, ressentimento ocasional por ter sido colocada nesta posição, santidade, como vários outros sentimentos que se tornam inadequados que quando observados pelo salvador gera a perseguição. Faz algo que não deveria ter feito que não seja de sua responsabilidade, ignora as suas necessidades e desejos, e fica com raiva disso. Para Olazábal et al (1997), a comunicação familiar com um usuário de álcool aborda fatores que podem dificultar ou facilitar sua reabilitação constituindo um passo vital para sua abstinência. Observa também que a família necessita de conhecimentos, aprendizagem adequada e, informações de acordo com a realidade alcoólica em que esta inserida. A atenção ao usuário oferecida pela família necessita de programas de intervenção onde manifestará o desejo dessa família em ajudar ou não no tratamento. Conforme os mesmos autores, os conhecimentos a cerca da enfermidade são insuficientes, falta ajuda especializada para a demanda cada vez mais crescente de famílias com usuários de álcool. A ausência de estilo de vida que favoreça a incorporação de padrões saudáveis, a presença de atitudes negativas na família que reforçam uma atitude adicta, dificulta a recuperação do usuário. As expectativas familiares são superficiais já que a própria família necessita receber atenção especializada para confrontar uma reabilitação com recaídas ou com sobriedade onde alguns membros fazem uso socialmente do álcool. Barrera (2006), relata a importância de reconhecer a co-dependência, a super proteção ou o abandono por parte das famílias que muitas vezes disfuncionais tornam-se rígidas ou muito permissivas, amorosas ou muito desapegadas. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A dependência química ou do álcool presente em muitas famílias torna suscetíveis os seus membros de muitas enfermidades entre elas a co-dependência. Admitir que não é o culpado pelo uso e abuso de substâncias psicoativas de amigos e parentes é um grande desafio. Esse artigo abordou diversos aspectos em questão, sem, contudo criar polêmicas moralistas de culpa sobre a família, mas usou de bibliografias alertando sobre o uso e abuso cada vez mais cedo por crianças e adolescentes. O ambiente familiar induz e facilita o uso de álcool tornando-se fundamental a utilização desse conhecimento na elaboração de projetos de prevenção e educação em saúde. Assim com relevância social o presente estudo poderá colaborar com as políticas públicas de saúde na tentativa de nortear algumas ações, possivelmente poderá promover o ajustamento do relacionamento familiar. O trabalho com famílias deve ser priorizado na prevenção do uso e abuso do álcool. A valorização da família no tratamento superando as dificuldades e se mostrando resiliente, ainda necessita de apoio social para o desenvolvimento de suas potencialidades. A família é um sistema dinâmico e passível de mudanças. Melhorar as relações familiares é resgatar um vínculo familiar fragilizado na tentativa de estabelecer um fator de proteção que existe por histórias, a família. Trata-se de um trabalho complexo mais de grande importância, que merece ser priorizado pelas políticas públicas. É importante que sejam desenvolvidos programas de atenção ao consumo de álcool da família, reinserção familiar e social, como medidas preventivas e de proteção ao uso e abuso de álcool neste contexto. 7 REFERÊNCIAS ANDRADE, T.M.; ESPINHEIRA, C. G. D. A Presença das bebidas alcoólicas e outras substâncias psicoativas na cultura brasileira. Disponível em: HTTP://www.obid.senad.gov.br/portais/obid/biblioteca/documentos. Acesso em: 15 de mar. 2010. BARRERA, J.A. Quando o amor se converte em uma droga: a co-dependencia. 2006. Disponível em: www.sappiens.com/sappiens/comunidades/psicarti.nsf/cuando Acesso em 13 mar de 2010. BARRETO, A. P. Terapia Comunitária: passo a passo. Fortaleza: LCR. 2008. cap.10. p.293 – 304. BEATTIE, M. Co-dependência nunca mais. Rio de Janeiro: Record, 2001. cap. 3, p. 44 - 53. CARLINI, E. A.; GALDURÓZ, J. C. F.; NOTO, A. R.; NAPPO, A. S. I Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas no Brasil: estudo envolvendo as 107 maiores cidades do país. SENAD. São Paulo. 2002. Disponível em: www.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/levantamentos. Acesso em 15 fev 2010 CORRADI-WEBSTER, C. M.; MINTO, E. C.; AQUINO, M. C.; ABADE, F.; YOSETAKE, L. L.; GORAYEB, R.; LAPREGA, M. R.; FURTADO, E. F. Capacitação de profissionais do programa de saúde da família em estratégias de diagnóstico e intervenções breves para o uso problemático de álcool. SMAD Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drogas. Ribeirão Preto: Port. v.1 n.1. 2005. Disponível em: http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?: Acesso em 8 ago de 2009 FEDERAÇÃO DE COMUNIDADES TERAPÊUTICAS. Drogas e Álcool; Prevenção e Tratamento. Campinas: Komedi, 2001. P. 170-177 BARROS FILHO, C. B.; SAFFIOTI, H. I. B.; JUNIOR, J. A.; ALVES, J. F.; CHIAVENACO, J. J.; ARANHA, M. L. A.; PANDJIARJIAN, V.; KUPSTAS, M. Violência em debate.Série Debate. São Paulo: Moderna. 2000. p. 2-57. FOCCHI, G. R. A.; LEITE, M. C.; LARANJEIRA, R.; ANDRADE, A. G. Dependência química: novos modelos e tratamento. São Paulo: Roca, 2001. cap. 4, p. 65-84. FURTADO, E. F; YOSETAKE, L. L.; Coisas simples que todo médico pode fazer para tratar o alcoolismo. Você já faz? Revista Medical Sigma Pharma. USP. Ribeirão Preto. São Paulo: Jul- ago- set. 2005 GALDURÓZ, J. C. F. Uso e Abuso de Drogas Psicotrópicas no Brasil. Revista Imesc 3, 2001. p.37-42. Disponível em www.imesc.sp.gov.br/pdf/artigo. Acesso em 23 fev. de 2010. KNAPP, P.; BERTOLOTE, J. M.; WOITOWITZ, A.; MONTI, M. Prevenção de Recaída. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. LARANJEIRA, R.; DUAILIBI S. M.; PINSKY, I. Álcool e violência: a psiquiatria e a saúde pública. Rev. Brasileira de Psiquiatria. Vol. 27 nº. 3. São Paulo. Set. 2005. Disponível em: HTTP://www.scielo.br/csielo.php? Acesso em 23 fev. de 2010. LARANJEIRAS, R.; OLIVEIRA, R. A.; NOBRE, M. R. C.; BERDARDO, W. M.; Usuários de Substâncias Psicoativas: abordagem, diagnóstico e tratamento. 2ª Ed. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo/ Associação Médica Brasileira, 2003. 120 p. LARANJEIRA, R.; MELONI, J. N. Custo social e de saúde do consumo do álcool. Rev. Bras. Psiquiatr. vol.26. suppl.1, 2004. Disponível em www.scielo.br/scielo.php?pid. Acesso em 17 fev de 2010. LONGENECKER, G. L. HEE, N. W. Como Agem as Drogas. Quark books. Disponível em HTTP://www.antidrogas.com.br/0quedrogas.php. Acesso em 30 jan. de 2010 MACÊDO, V. C. D.; MONTEIRO, A. R. M. Educação e saúde mental na família: Experiência com grupos vivenciais. Florianópolis: Texto Contexto Enfermagem, 2006 AbrJun; 15(29): 222-30 Disponível em www.google.com.br/http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/. Disponível em 03 mar 2009 MARLATT G. A.; GORDON, J. R. Prevenção de Recaída. Porto Alegre: Artes Médicas. 1993. cap. 7, p. 357-406. MELO, Z. H.; CALDAS, M. T.; CARVALHO, M. M. C.; LIMA, A. T. Família, Álcool e Violência Em Uma Comuidade da Cidade do Recife. Maringá: Revista Psicologia em Estudo, v.10. nº 2. p. 201-208, mai/ago.2005. Disponível em: www.scielo.br/pdf/v10n2/v10n2a06.pd. Acesso em 23 fev. de 2010. MOREIRA, T. C. O uso de álcool e a violência interpessoal. 2008. Disponível em: www.google.com.br/psicoativas.ufcspa.edu.br/vivavoz/dissertaçoes/tais.pdf. Acesso em 23 fev. de 2010. MORENO, R. S.; VENTURA, R. N.; BRÊTAS, R. S. Ambiente familiar e consumo de álcool e tabaco entre adolescentes. Revista Paulista de Pediatria. Vol.27 nº4. São Paulo. 2009. Disponível em: HTTP://www.scielo.br/scielo.php? Acesso em 23 fev. 2010. MOTA, L. A dádiva da sobriedade: a ajuda mútua nos grupos de alcoólicos anônimos. São Paulo: Paulus, 2004. 199 p. (Série Alternativa).. NOTO, A. R.; GALDURÓZ, J. C. F.; NAPPO, S. A.; FONSECA, A. M.; CARLINI, C. M. A.; MOURA, Y. G.; CARLINI, E. A. Levantamento nacional sobre o uso de drogas entre crianças e adolescentes em situação de rua nas 27 capitais brasileiras. São Paulo: CEBRID. UNIFESP. 2003. OLAZÁBAL, P. F.; BERNAL, I. L.; MANDADO, P. H. Elaboraçao de uma intervenção para a família do alcoólico. Rev Cubana de Medicina Geral Integrada. V.13 n.4 Cidade de La Habana. Cuba: Jul-ago. 1997. Disponível em: HTTP://scielo.sld.cu/scielo.php? Acesso em: 14 mar 2010. OLIVEIRA, E. B.; BITTENCOURT, L. P.; CARMO, A. C. A importância da família na prevenção de uso de drogas entre crianças e adolescentes: papel materno. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas. Ed. port. V.4 n.2 Ribeirão Preto. 2008; 2 (4): 1806-6976. Disponível em: http//pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php. Acesso em: 23 fev.2010. Organização Mundial da Saúde. Classificação de transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas. 1993. PRATA, E. M. M.; SANTOS, M. A. Família e Adolescência: A Influência do Contexto Familiar no Desenvolvimento Psicológico de seus membros. Maringá: Psicologia em Estudo. v.12, p.247-256, mai/ago. 2007. Disponível em: www.scielo.br/pdf/pe/v12n2/v12n2a05.pdf. Acesso em: 24 out de 2009. Projeto: Bebes álcool? Recusa! Escola Secundária de Domingos Siqueira. Portugal: Universidade de Aveiro 2008. Disponível em: HTTP://bebesalcoolrecusa.blogs.sapo.pt/1300.html. Acesso em: 15 mar de 2010. SANTOS, M. A. F.; RAMIRES, J. C. L. Percepção espacial da violência e do medo pelos moradores dos bairros Morumbi e Luizote de Freitas em Uberlândia. MG. Revista. Sociedade &Natureza(Online)vol.21nº.1Uberlândia.abr.2009.Disponível em: HTTP:/www.scielo.br/scielo.php?.Acesso em 16 fev. 2010. SILVA, A. M.; PINHEIRO, M. S. F.; França, M. N. Guia para Nortatização de Trabalhos Técnicos- Científicos: projetos de pesquisa, trabalhos acadênicos, dissertações e teses. 5 ª ed. Ed. Edufu. 2009. SILVA, E. A.; CAMARGO, B. M. V.; NOTO, A. R.; FORMIGONI, M. L. O. S. As drogas no âmbito familiar, sob a perspectiva do cinema. CEBRID. 2008. Disponível em: HTTP://pepsic.bvs-psi.org.br/pdf/ptp/v10n1/v10n1a1. Acesso em: 23 fev 2010 SILVA, R. O. Violência e Juventude: Um Estudo de Representações Sociais em Uberlândia- MG. Brasília-DF. 2007. Disponível://bdtd.bce.unb.br/tesesimplificado/tde_arquivos. Acesso em: 17 fev 2010. WEBSTER, C. C. M.; MINTO, E. C.; AQUINO, F. M. C.; ABADE, F.; YOSETAKE, L. L.; GORAYEB, R.; LAPREGA, M. R.; FURTADO, E. F. Capacitação de profissionais do programa de saúde da família em estratégias de diagnóstico e intervenções breves para o uso problemático de álcool. SMAD, Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e drogas. Ed. Port. V.1 nº 1. Ribeirão Preto. Fev. 2005. HTTP://pepsic.bvs.org.br/scielo.php?scripti=sci Acesso em: 08 ago 2009. Disponível em: