Analisando previamente o contexto da escola que trabalho, qual o fator preocupante em relação as drogas? A escola deve tratar / discutir o uso de drogas? Por quê? Como ela pode fazer isso? Alunos: “Agora vão querer nos assustar mostrando os problemas de usar drogas” Professores: “Mais trabalho para nós...” “Prevenção de drogas é tarefa de pais” Famílias: “ Se vão fazer trabalho sobre drogas, deve haver alunos usando” Na época moderna, com o advento da Revolução Industrial, que ampliou a produção do consumo de drogas , o impacto do seu uso na sociedade e as consequências na saúde física, mental e social dos indivíduos adquiriram novas dimensões. - O uso de substâncias psicoativas teve e tem, um caráter: Ritual; Agregador; Prazeroso; Promover a integração em eventos; Atos religiosos. Atualmente o consumo em massa tem dificultado a distinção entre o uso social, recreativo, controlado e o abuso ou dependência. Pouca ênfase é dada, por exemplo, ao consumo indiscriminado e à falta de controle efetivo da divulgação e venda das drogas que maiores danos causam à população, como bebidas alcoólicas e o cigarro. O consumo abusivo de drogas é um problema de saúde pública e torna-se necessário uma ação preventiva para interferir neste processo. Qual então o papel da escola no enfrentamento de um problema tão amplo e disseminado? A escola é um local privilegiado para reflexões e formação de consciência, papéis culturais (a transmissão do conhecimento), papéis políticos (organização de grupos, favorecimento de resolução de conflitos sociais e psicológicos, e desenvolvimento de determinadas posturas éticas, sociais e políticas) Importante: “ Não é fora de propósito que a escola, atenta às situações próprias dos tempos atuais, se envolva com a cidadania, ao desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade, à segurança e à saúde dos alunos e, particularmente, com prevenção aos comportamentos de risco, entre eles o abuso de drogas. O objetivo da prevenção desenvolvido na escola é evitar os usos de risco, problemático ou a dependência de substâncias psicotrópicas. A atuação da escola, como instituição educacional, dirige-se ao conjunto dos alunos, promovendo a chamada “prevenção universal”. Cabe à escola participar do trabalho de prevenção primária, ou seja, antecipar-se à experimentação, por meio de ações que tenham como objetivo evitar problemas decorrentes do uso de risco. É preciso porém estar consciente que existem entre os alunos aqueles que já apresentam problemas com uso de drogas. Para estes podem ser planejadas ações de prevenção secundária, às vezes fora da sala de aula, procurando reverter o processo ou evitar que o uso se torne crônico, agrave seus danos ou se transforme em dependência. Dilema - Qual a melhor postura? - Um trabalho de combate às drogas, tentando eliminar seu uso... ou Um trabalho para diminuir os riscos de consumo abusivo. - Postura à assumir.... Uma postura baseada no diálogo, evitando o autoritarismo, a hipocrisia e a visão unilateral ou preconceituosa do consumo de drogas, terá mais possibilidades de ser aceita e de levar os alunos a refletir sobre seus comportamentos. - Muitas instituições escolares, pressionadas pelos pais, pela mídia ou pela constatação de uso ou abuso de drogas entre os alunos, tem atuado de forma improvisada e acrítica. Será que fazer pesquisas sobre o efeito destrutivo das drogas é o suficiente para evitar o uso ou construir uma postura em relação as mesmas? “ Não é possível trabalhar a questão de drogas na escola como se fosse uma ilha” A realidade local deve ser considerada, tal como: - Fatos e mitos a respeito do assunto; - A situação real do uso e abuso de drogas; - Idéias e sentimentos dos alunos, pais e comunidade sobre o assunto. - O foco principal do trabalho da escola deve ser uma postura de reflexão que contribua para visão crítica da situação e dos problemas para desenvolvimento da autonomia e da capacidade de escolha dos adolescentes. - - Além de aspectos intelectuais (informações), é necessário que se considere os aspectos de ordem afetiva. Uma metodologia ativa que ajude a lidar com frustrações, e promova o desenvolvimento da autoestima, que ajude o jovem a decidir e aprenda a interagir com o grupo são fatores que cooperam em um projeto de prevenção.