BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO - BID SERVIÇOS DE APOIO AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS - SEBRAE INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA IICA FUNDAÇÃO LYNDOLPHO SILVA – FLS PROGRAMA DA AGROECOLOGIA FAMILIAR TERMO DE REFERÊNCIA CONSULTOR TÉCNICO TERRITORIAL EM AGROECOLOGIA (ACORDO DE COOPERAÇÃO ATN/ME-8512-BR) 1 – JUSTIFICATIVA: O Programa de Fomento de Oportunidades Comerciais para Pequenos Produtores Rurais, doravante denominado de Programa da Agroecologia Familiar – Proaf, é executado pela Fundação Lyndolpho Silva - FLS. Tem por objetivo promover o desenvolvimento territorial sustentável, com recursos técnicos, metodológicos e financeiros, que fortaleçam a organização da produção familiar em bases agroecológicas. Está focado na geração de segurança e soberania alimentar, na criação de novas oportunidades de mercado, de trabalho e de renda para os agricultores e agricultoras familiares, na prestação de serviços ambientais e na valorização da produção familiar pela agregação de valor, pela identificação da origem e certificação agroecológica dos seus produtos e pelo destaque às identidades territoriais. Para atender às demandas do desenvolvimento sustentável dos territórios selecionados pelo Programa, haverá a necessidade de contratação de consultoria especializada na implementação de sistemas produtivos familiares baseados nos princípios da agroecologia e na valorização das culturas e dos conhecimentos locais, visando a alcançar o desenvolvimento rural sustentável. 2 – IDENTIFICAÇÃO: Prestação de serviço técnico especializado, modalidade de consultoria por produto, no âmbito do Contrato de Prestação de Serviços entre o IICA e a FLS, assinado em 1º de abril de 2007 e prorrogado até 1º de abril de 2009. 3 – OBJETIVO GERAL DA CONSULTORIA Prestar consultoria técnica na implementação do Programa da Agroecologia Familiar - Proaf, no território de Xingó, no estado de Alagoas, envolvendo os municípios de Delmiro Gouveia, Olho D’Água do Casado, Pariconha, Piranhas, Água Branca, Canapi, Inhapi, Mata Grande (Alto Sertão de Alagoas). 4 - PERFIL DO PROFISSIONAL Título universitário, nas áreas de ciências agrárias e agrícolas, tendo: ¾ No mínimo 1 (um) ano de experiência profissional; ¾ No mínimo 1 (um) ano na gestão de projetos ou programas relacionados ao desenvolvimento rural e planejamento agrícola; ¾ Conhecimento de informática e plena capacidade para utilizar eficazmente programas de editoração de textos, planilha de cálculos e ferramentas de Internet. ¾ Vivência em projetos e programas, cuja construção e execução baseiem-se na articulação entre políticas públicas e ações de diferentes atores locais, em matérias como educação profissional, assessoria técnica, investimentos, organização da produção, apoio aos empreendimentos socioeconômicos, conquista de novos mercados, desenvolvimento de novos produtos, agroindústria, turismo rural, marketing, crédito e capacitação de lideranças rurais para o desenvolvimento sustentável; ¾ Comprovada afinidade profissional com a temática da agricultura familiar, no contexto do processo de desenvolvimento sustentável do Brasil; ¾ Compreensão dos conceitos e familiaridade com ações relacionadas com os enfoques inovadores como : de desenvolvimento territorial sustentável, agroecologia, comércio justo, certificações de origem, gênero, etnia e responsabilidade social; ¾ Conhecimentos sobre as políticas públicas federais e sobre sua articulação com as ações executadas ou com possibilidades de execução nos níveis do estado, dos municípios e das comunidades locais, voltadas para o desenvolvimento sustentável, em apoio ao combate à fome e à pobreza, e ao desenvolvimento da agricultura familiar; ¾ Vivência com a prática de articulação política e institucional e habilidade para a interlocução com agências e organismos públicos e privados, nacionais e internacionais, no âmbito da cooperação técnica, financeira e institucional; ¾ Comprovada capacidade gerencial, com vivência na coordenação de equipes técnicas e de trabalhos em grupo e experiência na condução de processos participativos, com a utilização de metodologias construtivistas; ¾ Atuação profissional em município integrante do território de Xingó, no estado de Alagoas e participação em processos de desenvolvimento sustentável na região; ¾ Disponibilidade para residir no município de Delmiro Gouveia, no estado de Alagoas. Os(as) candidatos(as) deverão apresentar e comprovar experiências e referências profissionais que atestem o atendimento aos requisitos relacionados acima, através de curriculum vitae, certificados, matérias em veículos nacionais e estaduais, publicações técnicas e acadêmicas, cartas de referência e outras formas de registro. Restrição: De acordo com o PROCEDIMENTO PARA A SELEÇÃO E CONTRATAÇÃO DE FIRMAS CONSULTORAS E ESPECIALISTAS INDIVIDUAIS, adotado pelo BID/FUMIN: “Os recursos do Banco não poderão ser utilizados para contratar Especialistas Individuais se estes: a) pertencerem ao quadro permanente ou temporário das instituições que receberem o Financiamento ou que forem beneficiárias dos serviços dos referidos especialistas individuais; ou b) terem pertencido a qualquer das mencionadas instituições até seis meses antes de uma das seguintes datas: i) apresentação do pedido do Financiamento; ii) seleção do especialista individual” c) seleção final aprovada pelo Comitê Consultivo Territorial do Programa de Fomento de Oportunidades Comerciais para Pequenos Produtores Rurais. 5 – COMPETÊNCIA DO/A CONSULTOR/A: a) Difusão das propostas de articulação institucional para atuação conjunta em processos de planejamento participativo na elaboração de planos integrais de desenvolvimento sustentável de unidades familiares de produção, de grupos subsetoriais de agricultores/as familiares com interesses comuns, de comunidades rurais, de municípios e do território, com foco na produção agroecológica e na inserção no comércio justo; b) Sensibilização, motivação e mobilização de equipes técnicas locais e de agentes comunitários com o objetivo de capacitá-los em processos de desenvolvimento organizacional, de expansão da capacidade de negociação e de acesso aos serviços de apoio à produção e comercialização, aos serviços sociais essenciais (educação, saúde, habitação, saneamento básico, cultura, artes, esportes e lazer) de proteção ambiental e de infra-estrutura (transportes, armazenagem, pontos de vendas, comunicações, energia); c) Realização de ações de sensibilização e de capacitação que permitam aos atores sociais e institucionais desenvolverem análises críticas sobre a realidade local e territorial, bem como sobre as possibilidades de sua transformação; d) Apoio à formação e capacitação de núcleos técnicos municipais e territorial para formulação de planos integrais, programas e projetos de desenvolvimento sustentável de unidades familiares de produção, de núcleos sub-setoriais de agricultores/as familiares, de comunidades rurais, de municípios e do território, com atenção especial à expansão da produção agroecológica e à promoção do acesso ao comércio justo e solidário, bem como a serviços de certificação orgânica de produtos da agroecologia familiar e a programas de compensação financeira pela prestação de serviços ambientais na conservação de solos e na preservação da biodiversidade, da qualidade das águas e do ar atmosférico, incluindo os de resgate de carbono; e) Sensibilização, motivação e mobilização de agricultores e agricultoras familiares, principalmente jovens, para se capacitarem como agentes de desenvolvimento territorial sustentável, de difusão de práticas agroecológicas e gestão de sistemas produtivos familiares; f) Apoio à estruturação e capacitação de equipes técnicas locais em processos de identificação e avaliação dos sistemas de produção dos diferentes tipos de produtores/as familiares, tendo-se em conta as potencialidades e limitações existentes, com destaque aos conhecimentos ou saberes locais, bem como as oportunidades e riscos com que se defronta o processo de desenvolvimento sustentável do território; g) Apoio a processos de capacitação de equipes técnicas locais, de agentes comunitários de desenvolvimento sustentável em processos de levantamento, sistematização e gestão de conhecimentos locais; h) Levantamento, sistematização e avaliação de informações sobre sistemas produtivos locais e identificação e caracterização de experiências relevantes para compor os “Bancos de Conhecimentos Locais” no território; i) Capacitação de técnicos, de agentes comunitários e de lideranças para constituição e gerenciamento de “Banco de Conhecimentos Locais” e processos de intercâmbio de saberes entre comunidades e territórios. j) Apoio à constituição de rede de serviços de assessoria tecnológica gerencial, em apoio ao desenvolvimento sustentável de unidades familiares de produção com foco na agroecologia; k) Levantamentos de informações relacionadas com a produção processos de agregação de valor e de comercialização, com a tipicidades e dos patrimônios naturais e culturais locais, desenvolvimento de novos negócios baseados nos patrimônios identidades territoriais; orgânica, com valorização de bem como o naturais e nas l) Mapeamento, avaliação e sistematização de informações sobre conhecimentos locais relevantes para o desenvolvimento de novos negócios com base nos patrimônios e nas identidades locais; m) Apoio à formação de equipes mistas envolvendo pesquisadores, técnicos locais e agricultores e agricultoras familiares para implementação de processos de capacitação de produtores/as familiares interessados na formação de redes territoriais de experimentação participativa em processos de produção agroecológica (pesquisa-ação.) n) Apoio ao desenvolvimento de novos negócios com base nos patrimônios naturais e culturais locais com agregação de valor e valorização de identidades e tipicidades locais; o) Apoio ao processo de capacitação e assessoria de agricultores/as familiares em práticas agroecológicas, constituição e gestão de Sistema de Controle Interno – SCI para certificação orgânica, visando assegurar garantia de qualidade dos produtos, redução dos custos de produção e de certificação orgânica, a conquista de novos segmentos de mercado e a participação comunitária no processo de desenvolvimento territorial sustentável; p) Implementação de processos de capacitação de equipes técnicas locais, lideranças locais e agentes comunitários de desenvolvimento sustentável em levantamento e análise de informações sobre a demanda e a oferta de produtos agroecológicos, nos mercados locais, territoriais, estaduais, nacionais e internacionais, bem como sobre as exigências dos mercados em relação à quantidade, regularidade, qualidade e sobre as normas de certificação e procedimentos para acesso ao comércio justo; q) Articulação de instituições públicas, entidades privadas e equipes técnicas locais executoras de políticas públicas, num esforço integrado para elaboração de planos de ações que viabilizem o acesso dos agricultores/as familiares aos serviços de apoio à produção e comercialização de produtos agroecológicos (pesquisa, assessoria técnica e gerencial, crédito), aos serviços sociais (educação formal e informal, associativismo e cooperativismo, assistência à saúde, habitação, saneamento ambiental, cultura, artes, esportes e lazer) e aos investimentos em infra-estrutura (saneamento ambiental, transportes, energia e comunicações); r) Apoio ao desenvolvimento de sistemas produtivos agroecológicos, integrados a processos de agregação de valor e à melhoria da eficiência do processo de comercialização, à implementação da economia solidária e à conquista de novos segmentos de mercado, especialmente, no espaço do comércio ético ou justo; s) Acompanhamento dos processos de capacitação de núcleos técnicos territoriais, lideranças locais e de grupos de agentes comunitários de desenvolvimento sustentável sobre processos de organização, agregação de valor e certificação da produção agroecológica e sobre o acesso às diferentes políticas públicas; t) Realização de diagnóstico referencial (linha de base ou marco zero) no início do processo de implantação do Proaf e de um processo de monitoramento e avaliação dos efeitos e impactos ambientais e sociais dos sistemas produtivos desenvolvidos nos estabelecimentos familiares do território, destacando as implicações sobre a biodiversidade, ecologia de paisagem, qualidade ambiental, valores socioculturais e econômicos, segurança e soberania alimentar, pobreza, êxodo rural, inserção social, bem como enfatizando a capacidade de administração, de gestão e de negociação dos agricultores/as e as características de sustentabilidade econômica e sociocultural das unidades familiares de produção em transição agroecologica; 6- PRODUTOS E ATIVIDADES Produto 1 Plano de Trabalho da consultoria. Atividades Elaborar um plano de trabalho para as atividades que serão executadas no período de período abril-2007 a março-2008, seguindo as especificações definidas pelo projeto, com apoio das organizações parceiras, devidamente validadas pelo comitê consultivo Territorial. Produto 2 Relatório técnico sobre o processo de sensibilização, motivação e constituição de núcleos de agricultores/as familiares informados sobre os objetivos, estratégias, metas e atividades do Programa da Agroecologia Familiar – Proaf e comprometidos com a realização da transição agroecológica de seus sistemas produtivos. Atividades a) Realização de contatos institucionais para apresentação de informações sobre os objetivos, estratégias, metas e atividades do Programa da Agroecologia Familiar – Proaf: b) Articulação de parcerias com instituições públicas vinculadas ao governo federal, estadual e municipais, e a câmaras de vereadores, e com entidades privadas, representações dos trabalhadores rurais objetivando divulgar o Proaf e as políticas públicas de educação e proteção ambiental; c) Identificação de possíveis áreas de atuação institucional conjunta e/ou desenvolvimento de ações convergentes, buscando sinergias e complementaridades na execução de políticas públicas; d) Formação de equipes vinculadas a instituições públicas, ONGs, Sindicatos de Trabalhadores Rurais – STRs com ações junto a grupos ou aglomerações de agricultores/as familiares, para difusão de informações sobre os objetivos, estratégias, metas e atividades do Proaf; e) Apoio à formação de grupos de agricultores/as familiares, articulados por relações de vizinhança (proximidade) ou de parentesco, em comunidades rurais, para apresentação de informações sobre os objetivos, estratégias, metas e atividades do Proaf; f) Promoção de encontros, seminários e oficinas de agricultores/as familiares com o objetivo de identificar, analisar e hierarquizar seus principais problemas, avaliar e decidir sobre as alternativas de soluções compatíveis com os sistemas integrais de produção e condições de vida dos agricultores/as familiares;; g) Assessoramento aos agricultores/as familiares para formarem grupos ou núcleos de interesses comuns e a constituírem organizações associativas que facilitem o acesso às políticas públicas e a participação ativa no processo de desenvolvimento territorial sustentável; h) Apoio à conscientização dos núcleos de produtores/as familiares sobre a importância e necessidade de sua organização e ajuda mútua (cooperação e solidariedade) para superarem os problemas de dispersão ou de atomização da produção e para expandirem seu poder de barganha no processo de inserção nos mercados e de acesso às políticas públicas. i) Sensibilização, motivação e mobilização de grupos de agricultores/as familiares para a constituição de núcleos produtivos sub-setoriais com interesses comuns relacionados com a organização da produção e comercialização de produtos orgânicos junto aos mercados institucionais (merenda escolar, cesta básica, restaurantes populares, hospitais, quartéis, asilos) e outros espaços do mercado local (feira livre, pontos de vendas, entregas em domicílios), bem como na conquista de novos segmentos dos mercados regional, estadual, nacional e internacional; j) Apoio ao desenvolvimento de formas de organização dos agricultores/as familiares a fim de viabilizar a participação nas tomadas de decisões das instituições e entidades executoras de políticas públicas e reduzir os custos de acesso aos serviços essenciais; k) Desenvolvimento de métodos que ajudem os diferentes segmentos subsetoriais da agricultura familiar (apicultores, piscicultores, ovinocaprinocultores, horticultores, fruticultores e outros) a expandirem seu poder de negociação no acesso aos mercados e aos serviços relacionados com as políticas públicas, sem descaracterizar a diversidade da produção familiar; l) Apoio a elaboração de projetos técnicos para acesso a serviços institucionais. m) Articulação e comprometimento dos técnicos e agricultores/as familiares com a implementação do processo transição para a agroecologia; n) Implementação de unidades de controle interno nos núcleos sub-setoriais de produtores/as familiares em processo de transição agroecológica, como ação preparatória para o processo de certificação orgânica da produção familiar; Produto 3 Relatório técnico sobre o processo de capacitação de equipes técnicas locais, de lideranças sindicais e agentes de desenvolvimento sustentável em implementação de processo de transição agroecológica. Atividades a) Sensibilização, motivação e mobilização de agricultores e agricultoras familiares, principalmente jovens, para se capacitarem como agentes de desenvolvimento territorial sustentável; b) Capacitação de equipes técnicas locais e de agentes comunitários desenvolvimento sustentável em métodos de assessoria a grupos núcleos de agricultores/as familiares, na identificação e implementação processos de reflexão e análise dos principais problemas encaminhamentos de soluções compatíveis com os sistemas integrais produção e condições de vida dos agricultores/as familiares; de ou de e de c) Capacitação de equipes técnicas locais, de agentes comunitários de desenvolvimento sustentável e de lideranças comunitárias em processos de transição para a agroecologia, com destaque para os seguintes temas e conteúdos: ¾ Conceitos básicos e princípios da agroecologia e passos ou etapas do processo de transição agroecológica; ¾ Fertilidade dos solos e nutrientes das plantas; ¾ Microbiologia dos solos e efeitos dos agroquímicos; ¾ Programação de uso da unidade de produção familiar (programação do uso e da proteção dos recursos naturais das unidades familiares de produção): demarcação de áreas de preservação ambiental de reserva legal e adequação de rede viária. ¾ Práticas conservacionistas de solos: plantio em nível, barreiras de retenção, enleiramento, cobertura morta, manejo de plantas espontâneas; ¾ Técnicas de agregação de valor à produção agroecológica primária. ¾ Práticas de reunião, transporte, concentração, armazenagem e comercialização de produtos orgânicos para mercados institucionais, feiras locais, territoriais, estaduais, macrorregionais e internacionais, no acesso a mercados socialmente justos e na formulação de estratégias e organização de ações para o acesso a políticas públicas; ¾ Manutenção da biodiversidade, resgate de sementes crioulas e de cultivares adaptadas à unidade de produção, ações de recuperação e de proteção das matas ciliares, das fontes ou nascentes, da flora e da fauna; ¾ Localização adequada da infra-estrutura social e produtiva: estradas, rede de distribuição de energia elétrica, casa sede e instalações produtivas: armazéns, agroindústrias, açudes, tanques de piscicultura, áreas de lavouras e pastagens, cercas, currais e estábulos, aviários, pocilgas, apriscos, silos de forragens, entre outros; ¾ Eliminação de práticas prejudiciais aos solos: desmatamentos, queimadas, plantios morro abaixo, arações erosivas e compactação dos solos; ¾ Produção de fertilizantes naturais: compostos orgânicos, biofertilizantes, vermicompostos, palhas e outros restos culturais, adubação verde, estercos, urina de vaca, fertilizantes minerais, farinhas animais, tortas e algas; ¾ Pragas e doenças das plantas e produção de defensivos alternativos ao uso de agrotóxicos: controle biológico de pragas, inseticidas vegetais (extratos e macerados de plantas), urina de vaca, iscas de placas e bacias coloridas, plantas repelentes e caldas protetoras (calda bordalesa, calda sulfocálcica, água de cinza e cal); ¾ Utilização de plantas indicadoras e alelopatia; ¾ Plantio direto e controle conservacionista de plantas espontâneas (capina alternada com roço, roço e espelho); ¾ Estratégias agroecologia de redução de impactos ambientais: policultivos, rotação de culturas, sistemas agroflorestais, cultivos de cobertura, integração da produção vegetal e animal (sistemas agrossilvipastoris); ¾ Produção (animal ecológica: manejo dos rebanhos, pastejo rotativo, prevenção de doenças e cura de enfermidades); ¾ Programação da produção endógena de insumos; ¾ Planejamento da segurança e da soberania alimentar e nutricional (auto-abastecimento de alimentos básicos, quintais produtivos, higiene doméstica, educação alimentar e preparo de alimentos saudáveis). d) Articulação das ações de capacitação de equipes técnicas locais, de grupos de jovens agricultores/as como agentes comunitários de desenvolvimento sustentável e de grupos de agricultores/as interessados em desencadear o processo de transição agoecológica em práticas de manejo sustentável dos recursos naturais, em práticas de produção agroecológica, no resgate, difusão e uso conhecimentos tradicionais relevantes e dos recursos genéticos regionais, e) Realização de levantamentos e controles das quantidades de produtos orgânicos comercializados in natura e agroindustrializados e dos efeitos e impactos da produção agroecológica na geração de novas oportunidades de negócios, de trabalho e de renda para as famílias dos agricultores e agricultoras do território; f) Organização de informações e estruturação de uma rede equipes técnicas e de agentes comunitários de desenvolvimento rural sustentável para difusão de práticas agroecológicas e de ações ou procedimentos necessários para acesso às políticas públicas essenciais; g) Apoio à organização de agricultores/as familiares para coleta (reunião), processamento, comercialização e certificação da produção agroecológica; h) Elaboração de Relatório Técnico com indicação da metodologia utilizada e das ações desenvolvidas no processo de elaboração e implantação do Plano de Capacitação e de Assessoria Técnica para o Desenvolvimento da Transição Agroecológica, explicitando os números de técnicos, de agentes comunitários e de agricultores e agricultoras familiares envolvidos e os principais resultados alcançados. Produto 41 Relatório técnico informando sobre resultados relativos à articulação institucional para a constituição, estruturação e funcionamento dos Núcleos Técnicos Territoriais. Atividades: a) Identificação de programas, projetos e instituições que desenvolvem ações relacionadas com os objetivos do Proaf; b) Contatos com autoridades municipais e estaduais, com entidades governamentais, ONGs, STRs, Associações Comunitárias, Bancos, entidades de pesquisa e assessorias técnicas, informando sobre os objetivos do Proaf e solicitando a participação de seus quadros de pessoal nos núcleos técnicos municipais e territorial; c) Articulação com instituições públicas, entidades privadas e equipes técnicas locais que trabalham com pesquisa e que prestam serviços de assessoria técnica e gerencial, de educação formal e informal, de assistência à saúde, de saneamento básico, de apoio ao desenvolvimento da cultura, da arte, dos esportes e do lazer para se estruturarem em núcleos de apoio ao desenvolvimento sustentável do território, com atenção especial à expansão da produção agroecológica e à promoção de apoio ao agricultores/as para o acesso ao comércio justo; d) Realização de eventos de sensibilização e motivação de técnicos e de agricultores e agricultoras familiares, na forma de encontros, seminários e programas de rádio para difusão de conceitos sobre produção orgânica ou 1 Indicação de técnicos/as comprometidos com capacitação de agricultores/as familiares para a conversão dos seus sistemas produtivos pela utilização de práticas agroecológicas de produção e relação nominal de agricultores/as em transição agroecologica . agroecológica, economia solidária, comércio justo e indicação de informações sobre oportunidades de negócio; e) Estruturação de um banco de dados sobre os quadros de pessoal técnico existentes nas diferentes instituições públicas e entidades privadas do território; f) Sensibilização, motivação e repasse de informações a profiissionais prestadores de serviços á agricultura familiar para constituição de núcleos técnicos nos municípios e no território, g) Realização de acordos interinstitucionais para o desenvolvimento de ações conjuntas, visando à implementação de processos de planejamento participativo, e objetivando a formulação de planos de desenvolvimento sustentável de unidades familiares de produção, de comunidades rurais, dos municípios e do território; h) Apoio à estruturação e funcionamento de núcleos técnicos municipais e territorial e ao desencadeamento de processo de elaboração de plano de desenvolvimento sustentável de unidades familiares de produção com foco na agroecologia e no acesso ao comércio justo; i) Apoio a formação de e capacitação de grupos de estudos do Programa Jovem Saber e de bolsistas do Programa Consorcio Social da Juventude Produto 5 Relatório técnico sobre o processo de implantação de Banco de Conhecimentos Locais, de estruturação do acervo bibliográfico e do sistema de intercâmbio de conhecimentos locais entre comunidades e territórios; Atividades: a) Identificação de atores sociais “mestres em conhecimentos locais” relativos a processos de agregação de valor, melhoria dos processos de comercialização, valorização de tipicidades e dos patrimônios naturais e culturais locais; b) Levantamento, avaliação, mapeamento e sistematização de informações sobre conhecimentos locais relevantes para o desenvolvimento da economia solidária e para a conquista de novos segmentos de mercado, especialmente no espaço do comércio justo; c) Constituição de uma rede de intercâmbio de conhecimentos locais entre comunidades e territórios; d) Levantamento de informações e análises de experiências comunitárias bem sucedidas sobre o desenvolvimento sustentável ocorridas no território para composição do “Banco de Conhecimentos Locais”; e) Sistematização de conhecimentos adquiridos e metodologias desenvolvidas em processo de organização da produção agroecológica, em processos de agregação de valor, em melhorias dos circuitos de comercialização, em conquista de mercados, em acesso a serviços essenciais e inclusão de parcelas mais pobres da população rural. f) Levantamento de bibliografia e articulação com o Sebrae, com a Embrapa e com a APEX e com o IICA para obtenção de material bibliográfico sobre gestão ambiental (conservação e uso sustentável da biodiversidade, produção agrossilvipastoril em base ecológica, uso múltiplo e manejo sustentável dos recursos naturais, gestão comunitária do patrimônio natural), agregação de valor à produção da agricultura familiar, normas nacionais e internacionais para certificação de produtos e sistematização de conhecimentos e de experiências de comunidades locais sobre o desenvolvimento de atividades produtivas de base ecológica e sobre procedimento para acesso e conquista de mercados em nível nacional ou internacional, especialmente do comércio justo; g) Estruturação de Acervos Bibliográficos sobre gestão ambiental (conservação e uso sustentável da biodiversidade, produção agrossilvipastoril em base ecológica, uso múltiplo e manejo sustentável dos recursos naturais gestão comunitária do patrimônio natural), agregação de valor à produção da agricultura familiar, normas nacionais e internacionais para certificação de produtos; h) Estabelecimento de um fluxo de consultas e de fornecimento de materiais bibliográficos de acordo com os problemas que forem surgindo e com as necessidades de informações das equipes técnicas, das lideranças e dos agentes comunitários de desenvolvimento rural sustentável; i) Organização de grupos de estudos nos núcleos técnicos municipais e territoriais, utilizando o acervo bibliográfico disponível e outras fontes de consulta; j) Divulgação estudos sobre conhecimentos locais relevantes para o intercâmbio de informações entre grupos de produtores, comunidades rurais e territórios; Produto 6 Relatório técnico sobre a implementação das ações educativas para proteção do meio ambiente, sobre produção vegetal e animal, expandida em base agroecológica e o impacto na melhoria da infra-estrutura no território. Atividade: (Capacitação e Assistência Técnica) Atividades a) Elaboração de projetos de melhoria e conservação das estradas vicinais do território; b) Elaboração de projetos para ampliação das redes de energia elétrica (Programa Luz para Todos); c) Elaboração de projetos para melhoria da infra-estrutura de saneamento ambiental: implantação de sistema de abastecimento de água e construção de fossa séptica, destinação adequada do lixo e conteção de processos erosivos; d) Elaboração de projetos para melhoria da infra-estrutura de transporte, energia elétrica e comunicações; e) Orientação de incentivo à preservação da fauna dos agricultores e agricultoras familiares sobre o uso das queimadas e sobre os riscos relacionados ao uso indiscriminado de agrotóxicos; f) Apoio à formação de viveiristas e à produção de mudas de árvores nativas para reflorestamento das áreas degradadas, das áreas de preservação permanente e das áreas de reservas legal; g) Orientação e incentivo a preservação da fauna; h) Orientação sobre a formação de reservas hídricas para o enfretamento das estiagens e secas; i) Incentivo à introdução na grade curricular de informações sobre o patrimônio natural do território abrangendo suas potencialidades, limitações, bem como, as oportunidades e riscos relacionados com o seu aproveitamento; j) Orientação para o aumento da produção e da produtividade das lavouras e dos rebanhos de pequeno, médio e grande porte com o uso de práticas agroecológicas; k) Difusão de práticas agroecológica na produção das lavouras, destacandose a adubação orgânica (compostos orgânicos, estercos, húmus de minhoca, resíduos orgânicos, “coquetéis”, adubos verdes) correção do solo com rochas moídas, rotação de culturas, consorciação de plantas, cobertura de solos, aproveitamento de restos de lavouras, e implantação de sistemas agroflorestais, buscando organizar sistemas produtivos ecologicamente equilibrados e estáveis, privilegiando a policultura num processo integrado de produção de lavouras, de animais e de florestas, com proteção da flora e de fauna; l) Difusão de técnicas de melhoria do manejo alimentar (formação de reservas estratégicas para alimentação animal), do manejo sanitário e reprodutivo dos rebanhos, m) Melhor aproveitamento dos recursos da caatinga (flora e fauna); n) Controle da qualidade do mel e de outros produtos apícolas (processamento e troca de cera, produção e processamento de pólen, manejo para produção de própolis, artesanato apícola); o) Suporte técnico em apoio a processos de: agregação de valor, eficientização de comercialização e conquista de novos mercados. p) Produção e distribuição de manuais técnicos sobre a elaboração de planos integrais de desenvolvimento sustentável de unidades familiares de produção, de comunidades rurais e de territórios, sobre produção orgânica ou agroecológica, agregação de valor, normas nacionais e internacionais de certificação orgânica, bem como sobre acesso a informações de mercado e oportunidades de negócios; q) Elaborar e divulgar materiais promocionais do Programa (folders, cartilhas, bunners, boletins informativos); r) Divulgação estudos sobre conhecimentos locais relevantes para o intercâmbio de informações entre grupos de produtores, comunidades rurais e territórios; s) Criação de uma página na Internet para apoiar as comunicações entre os territórios e reforçar o aprendizado nas organizações associativas dos agricultores e agricultoras familiares; t) Criação de marcas coletivas, rótulos, embalagens e materiais de promoção comercial dos produtos dos/as beneficários/as do Programa. Produto 7 Relatório técnico sobre a implementação das ações educativas para proteção do meio ambiente, sobre produção vegetal e animal, expandida em base agroecológica e o impacto na melhoria da infra-estrutura no território. Atividade: (Capacitação e Assistência Técnica) Atividades a) Elaboração de projetos de melhoria e conservação das estradas vicinais do território; b) Elaboração de projetos para ampliação das redes de energia elétrica (Programa Luz para Todos); c) Elaboração de projetos para melhoria da infra-estrutura de saneamento ambiental: implantação de sistema de abastecimento de água e construção de fossa séptica, destinação adequada do lixo e contenção de processos erosivos; d) Elaboração de projetos para melhoria da infra-estrutura de transporte, energia elétrica e comunicações; e) Orientação de incentivo à preservação da fauna dos agricultores e agricultoras familiares sobre o uso das queimadas e sobre os riscos relacionados ao uso indiscriminado de agrotóxicos; f) Apoio à formação de viveiristas e a produção de mudas de árvores nativas para reflorestamento das áreas degradadas, das áreas de preservação permanente e das áreas de reservas legal; g) Orientação e incentivo a preservação da fauna; h) Orientação sobre a formação de reservas hídricas para o enfretamento das estiagens e secas; i) Incentivo à introdução na grade curricular de informações sobre o patrimônio natural do território abrangendo suas potencialidades, limitações, bem como, as oportunidades e riscos relacionados com o seu aproveitamento; j) Orientação para o aumento da produção e da produtividade das lavouras e dos rebanhos de pequeno, médio e grande porte com o uso de práticas agroecológicas; k) Difusão de práticas agroecológica na produção das lavouras, destacandose a adubação orgânica (compostos orgânicos, estercos, húmus de minhoca, resíduos orgânicos, “coquetéis”, adubos verdes) correção do solo com rochas moídas, rotação de culturas, consorciação de plantas, cobertura de solos, aproveitamento de restos de lavouras, e implantação de sistemas agroflorestais, buscando organizar sistemas produtivos ecologicamente equilibrados e estáveis, privilegiando a policultura num processo integrado de produção de lavouras, de animais e de florestas, com proteção da flora e de fauna; l) Difusão de técnicas de melhoria do manejo alimentar (formação de reservas estratégicas para alimentação animal), do manejo sanitário e reprodutivo dos rebanhos, m) Melhor aproveitamento dos recursos da caatinga (flora e fauna); n) Controle da qualidade do mel e de outros produtos apícolas (processamento e troca de cera, produção e processamento de pólen, manejo para produção de própolis, artesanato apícola); o) Suporte técnico para agregação de valor, eficientização do processo de comercialização e conquista de novos mercados. p) Produção e distribuição de manuais técnicos sobre elaboração de planos integrais de desenvolvimento sustentável de unidades familiares de produção, de comunidades rurais e de territórios, sobre produção orgânica ou agroecológica, agregação de valor, normas nacionais e internacionais de certificação orgânica, bem como sobre acesso a informações de mercado e oportunidades de negócios; a) Informe sobre produção animal ecológica: manejo dos rebanhos, pastoreio rotativo, prevenção de doenças e cura de enfermidades); b) Oficina sobre planejamento da segurança e da soberania alimentar e nutricional (auto-abastecimento de alimentos básicos, quintais produtivos, higiene doméstica, educação alimentar e preparo de alimentos saudáveis). 7 - Local onde será desempenhada a consultoria. O Consultor Técnico Territorial atuará na região de Xingo - AL, com disponibilidade para viagens. 8 - Contratação e vigência: O Consultor Técnico será contratado através do Contrato de Prestação e Serviço entre IICA e FLS, com prazo determinado de 12 (doze) meses, contados a partir de 1º de Julho de 2007. Obs.: Apresentação dos produtos no formato digital (disquete ou Cd-Rom). Acondicionar o disquete em envelope grampeado à copia do relatório impresso, com identificação na etiqueta do nome do autor e título do trabalho/produto. 9 - Remuneração e forma de pagamento: O honorário total do contrato do Consultor Técnico Territorial será de R$ 30.000,00 (tinta mil reais), sendo pagamento realizado da seguinte forma: • • • • • 1ª parcela, mediante entrega e aprovação do Produto 1 3.500,00 (quatro mil reais); 2ª parcela, mediante entrega e aprovação do Produto 2 4.500,00 (quatro mil reais); 3ª parcela, mediante entrega e aprovação do Produto 3 5.000,00 (cinco mil reais); 4ª parcela, mediante entrega e aprovação do Produto 4 5.500,00 (seis mil reais). 5ª parcela, mediante entrega e aprovação do Produto 5 5.500,00 (seis mil reais); no valor de R$ no valor de R$ no valor de R$ no valor de R$ no valor de R$ • 6ª parcela, mediante entrega e aprovação do Produto 6 no valor de R$ 6.000,00 (cinco reais).