Efeitos de um Programa de Exercícios Físicos sobre a P ressão
Arterial e Composição Corporal em Indivíduos Normotensos e
Pré-Hipertensos
Andrigo Zaar [1]; Victor Machado Reis [2]; Mari Lucia Sbardelotto Tormen [3]; Romeu
Duarte Mendes [4]
Resumo — Este estudo analisou os efeitos de um programa de condicionamento físico
supervisionado e acompanhado por uma equipe multiprofissional, por um período de dois
anos, na pressão arterial e composição corporal em indivíduos normotensos e préhipertensos. Participaram 35 indivíduos divididos em dois grupos: 1) normotenso (n = 16),
51 ± 1 anos, pressão arterial sistólica (PAS) < 120 e diastólica (PAD) < 80 mmHg (GI); e
2) pré-hipertenso (n = 19), 54 ± 1 anos, PAS de 120 a 139 e PAD de 80 a 89 mmHg (GII).
Após doze e vinte quatro meses de condicionamento físico, os indivíduos do GII
apresentaram redução significativa na PAS (-3,6 ± 0,94 e -10 ± 0,94 mmHg, p < 0,05,
respectivamente) e PAD (-6,5 ± 1 e -7,1 ± 0,9 mmHg, p < 0,05, respectivamente). Em
ambos os grupos houve redução do perímetro de cintura (-1,74 ± 3,5 e -1,91 ± 4 cm, p <
0,05, respectivamente) e índice de adiposidade (-1,21 ± 2,6 e -1,35 ± 3,1%, p < 0,05,
respectivamente), aumento da massa corporal (+1,27 ± 3 e +1,32 ± 3,8 kg, p < 0,05,
respectivamente), IMC (+0,72 ± 0,4 e +0,54 ± 0,60 kg/m2, p < 0,05, respectivamente) e
massa corporal isenta de gordura (+0,91 ± 0,5 e +0,77 ± 4,8 kg p < 0,05, respectivamente).
Palavras Chave — condicionamento físico; pressão arterial; composição corporal
——————————  ——————————
1 – INTRODUÇÃO
O número de pessoas com sobrepeso ou obesidade tem alcançado índices alarmantes em
muitos países industrializados. No Brasil, os resultados do último censo (www.inca.gov.br;
acesso em 07/05/2010) mostram que 40% dos brasileiros estão com índice de adiposidade
inadequado. O fato preocupante dessa estatística é a relação que a obesidade tem com as
patologias, especialmente aquelas relacionadas ao sistema cardiovascular (Garrison et al.,
1996). A ocorrência de complicações não depende apenas do excesso de peso, mas também
da distribuição da gordura. Quando ela se localiza na região da cintura ou em vísceras,
aumentam os distúrbios metabólicos associados à doença cardiovascular, como a
dislipidemia e a intolerância a glicose. Esses distúrbios, em associação com a hipertensão
arterial, caracterizam a síndrome metabólica (Hans et al., 1995; Defronzo, et al., 1991).
Os resultados de estatísticas recentes evidenciam que no Brasil, dependendo da região, de
25% a 45% da população urbana adulta são portadoras de hipertensão arterial (Mion,
2004).
Estas informações tornam-se ainda mais preocupantes à medida que a hipertensão arterial
está diretamente relacionada a eventos cerebrovasculares, coronariopatia e mortalidade
(Stamler et al., 1991; Mcmahon & Rodgers 1994). Sabe-se, ainda, que o risco desses
eventos aumenta progressivamente com o aumento no nível de hipertensão arterial (Wang
et al., 2004).
As evidências acumuladas nos últimos anos mostram que as condutas não- medicamentosas
devem ser a estratégia inicial para o tratamento de indivíduos com sobrepeso e hipertensão
leve a moderada (Appel, 1999; Viskoper et al., 2003). Nesse sentido, o exercício físico e a
dieta são fatores determinantes (Weinstock, et al., 1998). Os resultados de estudos recentes
mostram que o exercício físico regular reduz o índice de adiposidade, a gordura subcutânea
abdominal e visceral (Bertoli, et al., 2003; Janssen, et al., 2004) e melhora a resistência a
insulina (Trombetta, et al., 2003; Despres, 1997). Além disso, sabe-se que uma única sessão
de exercício físico diminui a pressão arterial (PA) em indivíduos hipertensos (Brandão, et
al., 2002) e que esse efeito hipotensor pode ser continuado com a inclusão de sessões de
exercícios aos hábitos de vida (Whelton, et al., 2002; Kokkinos & Papademetrio, 2000). No
presente estudo, descrevemos os efeitos de um programa de condicionamento físico
supervisionado, orientado de forma individualizada e acompanhado por uma equipe
multiprofissional na composição corporal e na PA, em indivíduos normotensos e indivíduos
com níveis de PA próximos ao limite de normalidade. Nossa hipótese consistia no fato de
que um programa de condicionamento físico supervisionado, orientado de forma
individualizada e acompanhado por uma equipe multiprofissional, por um período de até
vinte e quatro meses, reduzirá o índice de adiposidade, o perímetro de cintura e a PA, em
indivíduos normotensos e pré-hipertensos e aumentará a massa corporal isenta de gordura.
2 - MÉTODO
De um total de 48 indivíduos cadastrados no Programa de Condicionamento Físico da
Clínica de Medicina Preventiva da Unimed, em desenvolvimento na cidade de Erechim,
foram selecionados 35 indivíduos que preencheram os critérios de inclusão estabelecidos
no estudo: A) faixa etária de 28 a 77 anos; B) ambos os sexos; C) sobrepeso ou obesidade;
D) normotensos ou pré-hipertensos; E) permanência no Programa por vinte quatro meses.
Dos 35 indivíduos, 16 eram normotensos, com PAS < 120 mmHg e PAD < 80 mmHg, e 19
eram pré-hipertensos, com PAS entre 120 e 139 mmHg e PAD entre 80 e 89 mmHg
(Seventh Joint National Committee on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood
Pressure – JNC, 200326). As características físicas, os fatores de risco de doença
coronariana e os parâmetros hemodinâmicos dos indivíduos envolvidos no estudo são
apresentados na tabela 1.
Tabela 1 – Características físicas, fatores de risco e parâmetros he modinâmicos
Normotensos
(n = 16)
Características Físicas
Sexo masculino (n)
Sexo feminino (n)
Idade (anos)
Massa Corporal (kg)
IMC (kg/m2)
Fatores de Risco
Número de fatores
Sedentarismo (%)
Estresse (%)
Diabetes (%)
Colesterol (%)
Tabagis mo (%)
Dados Hemodinâmicos
PAS (mmHg)
PAD (mmHg)
Valores são média ± EP. IMC- índice de
PAD- pressão arterial diastólica
Pré-hipertensos
(n = 19)
9
7
51 ± 1
75 ± 1,5
26 ± 0,5
11
8
54 ± 1
72 ± 1
27 ± 0,5
1 ± 0,8
55
28
5,1
38
11
1 ± 12
35
42
4,5
25
5
132 ± 1
120 ± 1
79 ± 1
75 ± 1
massa corporal; PAS- pressão arterial sistólica;
2.1 – Participantes
Participaram 35 indivíduos divididos em dois grupos de ambos os sexos: 1) normotenso (n
= 16), 51 ± 1 anos, PAS < 120 e PAD < 80 mmHg (GI); e 2) pré-hipertenso (n = 19), 54 ± 1
anos, PAS de 120 a 139 e PAD de 80 a 89 mmHg (GII).
2.2 – Material
2.2.1 – Procedime nto
O Programa de Condicionamento Físico da Unimed, desenvolvido na Clínica de Medicina
Preventiva, no município de Erechim, com início em 2008, consiste em dez turmas com
oito integrantes cada. As sessões de exercícios são divididas em duas e três sessões por
semana de 60 minutos, supervisionados por profissionais especialistas nas áreas de
Educação Física, Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia. Para ingressar no Programa, os
indivíduos devem possuir convênio com a Unimed e realizar avaliação médica. Num
segundo momento são realizadas as avaliações da equipe multiprofissional, onde são
extraídas informações pertinentes ao desenvolvimento do Programa.
A PA é verificada antes e após as sessões de treino. O tipo e a duração do exercício
realizados são determinados de acordo com a condição de saúde do usuário, idade, aptidão
física, condição musculoesquelética, fator(es) de risco de doença coronariana preexistente e
disponibilidade para a realização dos exercícios. Já a intensidade é programada de acordo
com a condição física obtida no teste ergométrico e o risco cardiovascular. Esse
procedimento leva a uma ampla faixa de programação da intensidade do treino (50% a 80%
da freqüência cardíaca sub- máxima). A partir daí, o usuário passa a realizar avaliações
trimestrais.
No Programa de Condicionamento Físico da Unimed, as medidas da PA são realizadas
segundo as recomendações do diagnóstico de hipertensão do Seventh Joint National
Committee on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure – JNC,
200326. A PA é medida por duas vezes, no mesmo dia, com intervalo de uma hora entre
cada medida. A primeira medida é sempre realizada após dez minutos em repouso na
posição sentada. A PA é aferida pelo aparelho digital (ONRON, Modelo HEM-705CP).
No presente estudo, foi considerado o valor médio das duas medidas de PA. Os níveis de
PA foram utilizados para classificar os indivíduos como normotenso ou pré-hipertenso.
A massa corporal (kg) e a estatura (cm) são avaliados por meio de uma balança de precisão
(Filizola), com os indivíduos trajando roupa esportiva. A partir dessas medidas, é calculado
o IMC por meio da divisão da massa corporal pela estatura ao quadrado (IMC = massa
corporal(kg)/estatura2(m)).
A medida do perímetro da cintura (cm) é feita com fita métrica colocada na linha média
entre a última costela e a crista ilíaca.
O índice de adiposidade e massa corporal isenta de gordura foi verificado através do
Protocolo SAPAFE (versão 5.0) onde são consideradas as pregas cutâneas Tricipital, S upra
Ilíaca e Abdominal para homens e Subescapular, Supra Ilíaca e Coxa superior para
mulheres.
As informações consideradas neste estudo foram coletadas no ingresso ao Programa, no
décimo segundo e no vigésimo quarto meses do Programa de Condicionamento Físico.
3 - ANÁLISE DE RESULTADOS
Os resultados da massa corporal, índice de adiposidade, massa corporal isenta de gordura
IMC e perímetro da cintura, no início e após doze e vinte quatro meses do Programa de
Condicionamento Físico nos grupos normotenso e pré-hipertenso, são mostrados na tabela
2.
Tabela 2 – Composição Corporal e Pressão Arte rial sistólica e diastólica, no início e
após doze e vinte e quatro meses de treino no Programa de Condicionamento Físico
supervisionado e acompanhado por equipe multiprofissional, e m indivíduos
normotensos e pré-hiperte nsos
Início
12 Meses
24 Meses
MC (kg)
N
74 ± 2
76 ± 2*
78 ± 2*#
PH
75 ± 0,5
76 ± 1*
77 ± 1*#
IMC (kg/m2)
N
25 ± 0,5
26 ± 0,5*
27 ± 1*#
PH
26 ± 0,5
27 ± 0,5*
27 ± 0,5*
Cintura (cm)
N
90 ± 1
89 ± 1*
86 ± 2*#
PH
87 ± 1
86 ± 1*
84 ± 1*#
Gordura (%)
N
28 ± 2
26 ± 2*
25 ± 1*#
PH
31 ± 2
28 ± 2*
26 ± 1*#
MCM
N
53 ± 2
55 ± 2*
58 ± 2*#
PH
54 ± 1
56 ± 2*
57 ± 2*#
PAS (mmHg)
N
127 ± 1
125 ± 1
120 ± 1
PH
132 ± 1
123 ± 1*
120 ± 1*#
PAD (mmHg)
N
89 ± 1
83 ± 1
80 ± 1
PH
80 ± 1
77 ± 1
73 ± 1*
Valores são média ± EP. N- normotenso; PH- pré-hipertenso; MC- massa corporal; IMCíndice de massa corporal; PAS- pressão arterial sistólica; PAD- pressão arterial
diastólica; MCM- Massa Corporal Magra. * = Diferença significativa em relação ao
início do programa (p < 0,05); # = Diferença significativa em relação aos dose meses (p
< 0,05)
No grupo de normotensos e pré-hipertensos, o Programa provocou aumento significativo na
massa corporal após doze meses de intervenção (p = 0,000002). Esse aumento na massa
corporal se manteve até o vigésimo quarto mês. Resultados semelhantes foram verificados
no IMC. O Programa de Condicionamento Físico provocou aumento significativo no IMC
aos doze meses de Programa (p = 0,021). Esse aumento foi mantido até o vigésimo quarto
mês de intervenção. Com relação à circunferência da cintura, o Programa provocou
diminuição significativa nesse parâmetro no décimo segundo e no vigésimo quarto mês em
ambos os grupos (p = 0,0022). No que tange o índice de adiposidade o Programa de
Condicionamento Físico provocou redução significativa aos doze e vinte e quatro meses de
Programa (p = 0,0027), bem como, na massa corporal isenta de gordura (p = 0,0031).
Os resultados de PA sistólica e diastólica no início e após doze e vinte quatro meses de
Programa, nos grupos normotenso e pré-hipertenso, são mostrados na tabela 2. No grupo de
indivíduos pré-hipertensos, o Programa de Condicionamento Físico da Unimed provocou
redução significativa e progressiva na PA sistólica e diastólica (p = 0,0001 e p = 0,0001,
respectivamente) ao longo de vinte e quatro meses de treino supervisionado. No grupo
normotenso, o Programa de Condicionamento Físico alterou a PA sistólica e diastólica (p =
0,3826 e p = 0,5623, respectivamente).
4 - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A melhoria crescente do nível econômico ocorrido na maioria dos países industrializados, a
par de uma nova compreensão da importância da prática de exercícios físicos para a
população em geral, tem motivado as pessoas a ingressar em programas de
condicionamento físico.
O aumento da massa corporal e IMC, em indivíduos pré- hipertensos, após o Programa de
Condicionamento Físico supervisionado da Unimed nos possibilita verificar duas
implicações clínicas importantes. Primeiro, o excesso de peso e a obesidade estão
associados a uma série de fatores de risco de doenças, especialmente aqueles relacionados
ao sistema cardiovascular (Garrison et al., 1996; Hubert et al., 1983). Segundo, a
mortalidade aumenta progressivamente com o aumento do IMC (Manson et al. 1995). Por
exemplo, o risco de morte é 1,5 vez maior em mulheres com IMC entre 25 e 26,9 kg/m2,
quando comparado àquele de mulheres com IMC < 25kg/m2. Na amostra estudada o
aumento da massa corporal se deve ao incremento de massa muscular isenta de gordura,
promovido pelo treino resistido, o que possibilita um retorno venoso mais eficiente e por
conseqüência reduzindo a PA.
Outra constatação importante é a redução do perímetro de cintura em indivíduos
normotensos e pré-hipertensos. O excesso de gordura na região abdominal e visceral está
relacionado a maior incidência de hipertrigliceridemia, hiperinsulinemia de repouso e
redução de HDL-colesterol. Além disso, um aumento de 10% na medida da circunferência
da cintura provoca um aumento considerável no número de pacientes acometidos de doença
coronariana e na taxa de mortalidade (Bigaard et al. 2003).
A prática regular de exercício físico, a dieta hipocalórica e a redução na ingestão de sódio
são condutas não- farmacológicas consagradas no tratamento da hipertensão arterial
(Viskoper et al. 2003; Appel, 1999). Mais que isso, elas são a primeira estratégia no
tratamento da hipertensão leve ou moderada (Chobanian et al. 2003). Estudos anteriores
têm mostrado que um programa de exercício físico supervisionado diminui a PA em
humanos com hipertensão (Whelton, et al. 2002; Kokkinos, et al. 2000; Rogers, et al. 1996;
Hagberg, et al. 2000). Além disso, ele diminui os riscos de acidentes cardiovasculares
(Bassuk & Manson, 2003; Mcmahon & Rodgers, 1994) e a dependência de medicamentos
anti-hipertensivos (Cade, et al. 1984).
Os resultados do presente estudo alargam os nossos conhecimentos para o efeito de um
programa de exercícios físicos supervisionado, provocando queda na PA sistólica e
diastólica. Isto é, o exercício reduz a PA, principalmente naqueles indivíduos com níveis
mais elevados de PA. Esta diminuição após vinte e quatro meses de Programa é ainda mais
evidenciada que a diminuição após dose meses de Programa. E essa alteração na PA é
independente do aumento da massa corporal e IMC mas intimamente ligada ao índice de
adiposidade e perímetro de cintura. Estudos anteriores envolvendo um programa de
exercícios supervisionados também mostram que a redução na PA pode ser independente
da redução da massa corporal (Cade, et al. 1984; Blumenthal et al. 2000). No presente
estudo podemos observar que os mecanismos envolvidos na queda pressórica após um
programa de condicionamento físico supervisionado estão ligados a diminuição da
resistência vascular periférica e, conseqüentemente, a PA (Gordon, et al. 1997; Pescatello,
et al. 2004). Estudos experimentais têm mostrado que a melhora da aptidão física diminui o
débito cardíaco em ratos geneticamente hipertensos (Véras-Silva, et al. 1997). Essa
diminuição está associada à redução da freqüência cardíaca, em conseqüência de uma
atenuação no tônus simpático que controla o coração (Negrão, et al. 1992; Gava, et al.
1995).
Estudos anteriores mostraram que o treino físico diminuiu a concentração plasmática de
catecolaminas e a atividade nervosa simpática muscular, em pacientes hipertensos (Higashi,
et al. 1999). Portanto, não seria surpresa que a melhora da aptidão física levasse a
resultados semelhantes em pacientes pré-hipertensos. Uma alternativa seria a diminuição do
débito cardíaco.
Portanto, os nossos resultados sugerem que o Programa de Condicionamento Físico da
Clínica de Medicina Preventiva da Unimed Erechim é uma maneira eficiente de prevenção
a patologias e melhora da saúde geral para a população brasileira.
5 - CONCLUSÕES
Em síntese, o Programa de Condicionamento Físico da Clínica de Medicina Preventiva da
Unimed Erechim, promoveu por um período de vinte e quatro meses: 1) redução
progressiva e significativa da PA sistólica e diastólica em indivíduos pré-hipertensos; 2)
Redução do perímetro de cintura; 3) aumento significativo do IMC; 4) redução significativa
dos níveis de adiposidade em indivíduos normotensos e pré-hipertensos; e 5) aumento
significativo da massa corporal isenta de gordura e da massa corporal total.
Referências Bibliográficas
Alderman MH. (1994). Non-pharmacological treatment of hypertension. Lancet; 344: 18790.
American College of Sports Medicine. (2003). Triagem de saúde e estratificação de risco.
In: Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 6a ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 15-21.
Appel LJ. (1999). Nonpharmacologic therapies that reduce blood pressure: a fresh
perspective. Clin Cardiol; 22: 1-5.
Barengo NC, Hu G, Kastarinen M et al. (2005) Low physical activity as a predictor for
antihypertensive drug treatment in 25-64-year-old populations in Eastern and south-western
Finland. J Hyperten;23: 293-9.
Bassuk SS, Manson JE. (2003). Physical activity and the prevention of cardiovascular
disease. Curr Atheroscler Rep; 5: 299-307.
Bertoli A, Di Daniele N, Ceccobelli M, Ficara A, Girasoli C, De Lorenzo AA. (2003).
Lipid profi le, BMI, body fat distribution, and aerobic fi tness in men with metabolic
syndrome. Acta Diabetol; 40: S130-3.
Bigaard J, Tjonneland A, Thomsen BL et al. (2003). Waist circumference, BMI, smoking,
and mortality in midde-age men and women. Obes Res; 11: 895-903.
Blumenthal JA, Emery CF, Madden DJ et al. (2000). Cardiovascular and behavior effects
of aerobic exercise training in healthy older men and women with mild hypertension:
effects on cardiovascular, metabolic and hemodinamic functioning. Arch Intern Med; 160:
1947-58.
Brandão-Rondon MUPB, Alves MJNN, Brag AMW et al. (2002). Postexercise blood
pressure reduction in elderly hypertensive patients. J Am Coll Cardiol; 39: 676-82.
Braun B, Sharoff C, Chipkin SR, Beaudoin F. (2004). Effects of insulin resistance on
substrate utilization during exercise in overweight women. J Appl Physiol; 97: 991-7.
Brubaker PH, Rejeski J, Smith MJ et al. (2000). A home-based maintenance exercise
program after center-based cardiac rehabilitation: effects on blood lipids, body
composition, and functional capacity. J Cardiopulm Rehabil; 20: 50-6.
Cade R, Wagemaker H, Zauner C et al. (1984). Effect of aerobic exercise training on
patients with systemic arterial hypertension. Am J Med; 77:785-90.
Chobanian AV, Bakris GL, Black HR et al. (2003). Seventh Joint National Committee on
Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure (JNC VII). J Am
Med Assoc; 289: 2560-72.
Defronzo RA, Ferrannini E. (1991). Insulin resistance. A multifaceted syndrome
responsible NIDDM, obesity, hypertension, dyslipidemia, and atherosclerotic
cardiovascular disease. Diabetes Care; 14: 173-94.
Depres JP. (1997). Visceral obesity, insulin resistance, and dyslipidemia: contribution on
endurance exercise training to the treatment of plurimetabolic syndrome. Exerc Sport Sci
Rev; 25: 271-300.
Depres JP, Moorjani S, Lupien PJ, Tremblay A, Nadeau A, Bouchard C. (1990). Regional
distribution of body fat, plasma lipoproteins and cardiovascular disease. Arteriosclerosis;
10: 497-511.
Garrison R, Higgins M, Kannel, W. (1996). Obesity and coronary heart disease. Curr Opin
Lipidol; 7: 199-202.
Gava NS, Véras-Silva AS, Negrão CE, Krieger EM. (1995). Low- intensity exercise training
attenuates cardiac β-adrenergic tone during exercise in spontaneously hypertensive rats.
Hypertension; 26: 1129-33.
Gordon NF, Scott CB, Levine BD. (1997). Comparison of single versus multiple lifestyle
interventions: are the antihypertensive effects of exercise training and diet- induced weight
loss additive? Am J Cardiol; 79: 763-7.
Hagberg JM, Park JJ, Brown MD. (2000). The role of exercise training in the treatment of
hypertension: an update. Sports Med; 30: 193-206.
Hans TS, Van Leer EM, Seidell JC, Lean ME (1995). Waist circumference in the identifi
cation of cardiovascular risk factors: prevalence study in a random sample. BMJ (Clin. Res.
Ed); 311: 1401-5.
Higashi Y, Sasaki S, Kurisu S et al. (1999). Regular aerobic exercise augments
endothelium dependent vascular relation in normotensive as well as hypertensive subjects.
Circulation; 100: 1194-202.
Hubert HB, Feinleib M, Mcnamara PT, Castell WP (1983). Obesity as an independent risk
factor for cardiovascular disease: a 26-year follow-up of the participants of the Framingham
Heart Study. Circulation; 67: 968-77.
Inquérito familiar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenças e
agravos não transmissíveis. Brasil, 15 capitais e Distrito Federal 2008-2009 (2010).
Brasília. Ministério da Saúde. Available from: www.inca.gov.br
Janssen I, Katzmazyk PT, Ross R et al. (2004). Fitness alters the associations of BMI and
waist circumference with total and abdominal fat. Obes Res; 12: 525-37.
Kahn HS, Valdez R. (2003). Metabolic risk identifi ed by the combination of waist and
elevated triacyglycerol concentration. Am J Clin Nut;78: 928-34.
Kodis J, Smith KM, Arthur HM, Daniels C, Suskin N, Mckelvie RS. (2001). Changes in
exercise capacity and lipids after clinic versus ho me-based aerobic training in coronary
artery bypass graft surgery patients. J Cardiopulm Rehabil; 21: 31-6.
Kokkinos PF, Papademetrio UV. (2000). Exercise and hypertension. Coron Artery Dis; 11:
99-102.
Manson JE, Willet WC, Stampfer MJ et al. (1995). Body weight and mortality among
women. New Eng J Med; 333: 677-85.
Mcmahon S, Rodgers A. (1994). Blood pressure, antihypertensive treatment and stroke
risk. J Hypertens; 12: S5-14.
Mcmahon S, Rodgers A. (1994). Blood pressure, antihypertensive treatment and stroke
risk. J Hypertens; 12: S5-14.
Mion Jr D, Machado CA, Gomes MAMG et al. (2004). IV diretrizes brasileiras de
hipertensão arterial. Arq Bras Cardiol; 82(Sup IV): 7-22.
Negrão CE, Moreira ED, Brum PC, Denadai MLDR, Krieger EM. (1992). Vagal and
sympathetic controls of the heart rate during exercise in sedentary and trained rats. Braz J
Med Biol Res; 25: 1045-52.
Pescatello LS, Franklin BA, Fagard R et al. (2004). American College of Sports Medicine
position stand. Exercise and hypertension. Med Sci Sports Exerc; 36: 533-53.
Rogers MW, Probst MM, Gruber JJ, Berger R, Boone Junior JB. (1996). Differential
effects of exercise training intensity on blood pressure and cardiovascular responses to
stress in borderline hypertensive humans. Journal of Hypertension; 14: 1369-75.
Stamler J, Stamler R, Neaton, JD. (1993). Blood pressure, systolic and diastolic, and
cardiovascular risks US population data. Arch Intern Med; 153: 598-615.
Trombetta IC, Batalha LT, Rondon MUPB et al. (2003). Weight loss improves
neurovascular and muscle metaborefl ex control in obesity. Am J Physiol Heart Circ
Physiol; 285: H974-82.
Véras-Silva AS, Mattos KC, Gava NS, Brum PC, Negrão CE, Krieger EM. (1997). Lowintensity exercise training decreases cardiac output and hypertension in spontaneously
hypertension rats. Am J Physiol Heart Circ Physiol; 42: 2627-31.
Viskoper R, Shapira I, Priluck R et al. (2003). Nonpharmacologic treatment of resistant
hypertensives by device-guided slow breathing exercises. Am J Hypertens; 16: 484-7.
Wang W, Zhao D, Liu J et al. (2004). A prospective study of relationship between blood
pressure and 10-year cardiovascular risk in a Chinese cohort aged 35 - 64 years. Zhonghua
Nei Ke Za Zhi; 43: 730-4.
Weinstock RS, Da Ih Wadden T. (1998). Diet and exercise in treatment of obesity. Arch of
Intern Med; 158: 2477-83.
Whelton SP, Chin A, Xin X, He J. (2002). Effect of aerobic exercise on blood pressure: a
meta-analysis of randomized, controlled trials. Annals Intern Med; 136: 493-503.
[1] Andrigo Zaar - Mestrando em Ciências do Desporto - Universidade de Trás-os-Montes
e Alto Douro (UTAD/CIDESD) Portugal email: [email protected]
[2] Victor Machado Reis - Prof. Auxiliar c/ Agregação - Universidade de Trás-os-Montes e
Alto Douro (UTAD/CIDESD) - Portugal [email protected]
[3] Mari Lucia Sbardelotto Tormen - Docente da Universidade Regional Integrada do Alto
Uruguai e das Missões (URI) - Brasil [email protected]
[4] Romeu Duarte Mendes - Doutorando em Ciências do Desporto - Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro (UTAD/CIDESD) Portugal email: romeuduart emendes @gmail.com
ZAAR, A.; REIS, V.; TORMEN, M. & MENDES, R. Efeitos de um Programa de
Exercícios Físicos sobre a Pressão Arterial e Composição Corporal em Indivíduos
Normotensos e Pré-Hipertensos. Simpósio Internacional Promoção da Saúde e Actividade
Fisica: Contributos para o Desenvolvimento Humano. Livro Promoção da Saúde
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - Centro de Investigação em Desporto,
Saúde e Desenvolvimento Humano 1.ª edição: Julho de 2010 ISBN: 978-972-669-969-9
p.92-101.
Download

Pressão Arterial e composição Corporal