Médicos deixam 180 mil segurados sem cobertura. A paralisação por 15 dias atinge os clientes das operadoras CAC, FioSaúde e Geap, que atende servidores federais Médicos do Rio iniciaram ontem o movimento nacional de não atendimento a clientes de planos de saúde, prejudicando cerca de 180 mil segurados. A paralisação por 15 dias atinge os clientes das operadoras CAC, FioSaúde e Geap, que atende servidores federais. A paralisação foi decidida em assembleia pelo Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), na última quarta-feira e vai até o dia 30. Com o maior número de clientes no Rio, 140 mil, e atuação nacional junto aos servidores públicos, a Geap informou que não registrou falhas no atendimento no dia de ontem. A CAC, que conta com 33 mil segurados, disse que o atendimento também foi normal. Os 140 mil clientes da Fundação de Seguridade Social (Geap) no Rio podem ter atendimento prejudicado | Foto: Paulo Araújo / Banco de imagens A paralisação dos médicos da rede privada de saúde, no entanto, pode aumentar nos próximos dias. Segundo o Cremerj, a instituição vai aguardar até o dia 30 deste mês o posicionamento do Bradesco Saúde sobre nova proposta à categoria, que contemple o aumento no valor das consultas. Caso contrário, os profissionais da rede poderão deixar de atender. Em nota, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) destacou que o atendimento à população não pode ser prejudicado e que o acesso aos serviços contratados pelo beneficiário deve ser garantido pela operadora. Os consumidores que se sentirem prejudicados podem usar os canais de atendimento da agência para fazer denúncias, reclamações ou solicitar esclarecimentos. O cliente deve ligar para o Disque ANS (0800 701 9656), ou entrar em contato pela Central de Atendimento ao Consumidor no www.ans.gov.br. Lá é possível ter acesso a endereços dos 12 núcleos da agência no país para atendimento presencial. Esta é a quarta paralisação dos médicos da rede privada em dois anos. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), que coordena o movimento nacional, durante a greve não serão feitas consultas e cirurgias eletivas. Serviços de urgência e emergência não serão afetados. ASSISTÊNCIA GARANTIDA A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) diz que o atendimento à população não pode ser prejudicado e que o acesso aos serviços contratados pelo cliente deve ser garantido por sua operadora de plano de saúde. COBRANÇA INDEVIDA É vedada a cobrança de valores adicionais por consultas ou qualquer outra prestação de serviço que tenha cobertura obrigatória pelo plano contratado. Se algum prestador de serviço de saúde quiser cobrar do consumidor, a operadora deve ser comunicada e oferecer alternativa de atendimento sem qualquer ônus. URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Os serviços de urgência e emergência devem ser garantidos. ATENDIMENTOS ELETIVOS As operadoras devem providenciar um novo agendamento das consultas, exames, internações ou quaisquer outros procedimentos com solicitação médica prévia, dentro dos prazos estipulados pela ANS (Resolução Normativa 259), de forma a garantir a assistência à saúde de seus beneficiários. DENÚNCIAS Disque ANS: 0800 701 9656; Central de Atendimento ao Consumidor — www.ans.gov.br; ou nos núcleos da ANS. Planos se defendem e negociam Diretor-presidente da CAC, Aloisio Souza foi surpreendido pela decisão dos médicos, pois as negociações estavam em andamento. Segundo ele, ficou acertado um reajuste de 12% a partir de 1º de dezembro, com o valor da consulta passando para R$56 e para R$ 60 em março de 2013. Por meio de nota no site, o FioSaúde informou que é uma autogestão e procura, na medida de suas possibilidades orçamentárias, valorizar o trabalho médico. O Dia 16/10/2012