Classe Cestoda
Taenia solium e Taenia saginata
Taenia solium e Taenia saginata
• Fase adulta - homem único hospedeiro normal;
• Causa teníase;
• Fase larvária:
• T. solium – parasita porco
• T. saginata – parasita bovídeos
Taenia solium
• Vermes grandes , forma de fita (1,4 a 4m)
• Escólex - 4 ventosas com dupla coroa de
acúleos (25 a 50)
• Estróbilo - 700 a 900 proglotes, 3 a 6
proglotes eliminados;
• Cor – geralmente branca, aspecto leitoso
ou amarela ou rosada
T. saginata
• Comprimento - 4 a 12m
• Escólex - 4 ventosas – sem acúleos
Estróbilo T.saginata
• Estróbilo – 1.000 a 2.000 proglotes,
desenvolvimento atingido por uns 3 meses, 8 a
9 proglotes desprendem-se por dia
Proglote maduro
• REPRODUÇÃO E CICLO VITAL
• Ovos – 2 tênias semelhantes, forma esférica (30
a 40m), com embrióforo (membrana externa)
e oncosfera (embrião infectante)
Ciclo da T. saginata
Boi
tecido conjuntivo
dos músculos
Proglotes eliminados
nas fezes do homem
proglote ≅
80.000
ovos
instala-se
circulação
sangüínea
oncosfera atinge
mucosa intestinal
ovos
ingeridos
gado
eclosão
ovos
ativação do
embrião (suco
gástrico)
• Cisticerco – larva jovem
• Vesícula translúcida, ovóide ou alongada, cheia de líquido
no interior receptaculum capitis (invaginação membrana)–
contém o escólex invaginando a futura tênia;
• larvas degeneram ou calcificam, semanas depois
Ciclo da T.
solium
Proglotes
eliminados
com fezes
instala-se tecido
conjuntivo dos
músculos (3 a 4 meses
completa forma larval)
proglote ≅
30.000 a
50.000 ovos
circulação
sangüínea
(viáveis 12 meses
solo)
oncosfera
atinge mucosa
intestinal
ovos ingeridos
porcos
(homem)
eclosão e
ativação do
embrião (sulcos
pancreático) 24 a
72hs
Oncosfera – músculo do porco
Cisticerco- 5 a 20mm
• Vesícula bem transparente – visualiza-se
receptaculum capitis no interior
• Escólex menor;
• Fim de 60 a 75 dias é infectante para homem, viável
na musculatura do porco por vários anos, toda vida.
Infecção
humana
proglotes tênias
evacuadas (3
meses após
infecção )
ancoram-se
com acúleos
Ingestão carne
porco mal cozida
Cisticercos liberados
tubo digestório
rostro fixo nas
vilosidades do
jejuno
ventosas
fixam mucosa
ação da bile
Liberação do
escólex
Período incubação – 3 meses
após ingestão larva
• PATOLOGIA
• Frequentemente assintomática;
• Infecção por T. saginata e T. solium
• Alterações da motricidade e redução da
secreção digestiva da mucosa;
• Perturbações gastrintestinais – dor epigástrica –
estômago vazio e passando ingestão alimentos;
• Perda de peso, eosinofilia de 5 a 34%
• Manifestações clínicas:
• Dor abdominal, naúseas, astenia, perda
de peso, cefaléia, vertigens, constipação
ou diarréia.
DIAGNÓSTICO DA TENÍASE
• Exame de fezes – presença de proglotes
e ovos.
• Diferenciar espécies forma do proglote –
ramificações haste uterina.
• TRATAMENTO E CURA
• Albendazol e Praziquantel
Controle da cura
• Só destruição ou a expulsão do escólex
assegura a cura da teníase;
• Observação prolongada após tratamento
(4 meses)
• Verificar liberação do escólex.
TRANSMISSÃO
• Poluição do solo;
• Destino inadequado dos esgotos.
CONTROLE
• Legislação (notificação dos casos
humanos, proibição abates clandestinos);
• Vigilância epidemiológica;
• Medidas de controle da carne;
• Proteção ambiental;
• Educação sanitária.
CISTICERCOSE HUMANA
Causada pelas formas
larvárias da Taenia solium
Período incubação – varia de 15 dias a anos após infecção
VIAS E MODOS DE INFECÇÃO
• Heteroinfecção – ingestão acidental de ovos –
água ou alimentos, mãos sujas;
• Auto-infecção externa – ingestão ovos por
indivíduo já contaminado – maus hábitos
higiênicos (crianças);
• Auto-infecção interna - movimento
antiperistálticos ou vômitos – proglotes chegam
até estômago.
PENETRAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DAS LARVAS
• 1 a 3 dias da ingestão – ovos eclodem penetram
mucosa intestinal - vasos intestinais - diversos
órgãos;
• OLHOS E ANEXOS ( retina);
• SISTEMA NERVOSO (meninges e subst cinzenta
do córtex, raros na medula);
• PELE , MÚSCULOS (raro).
ACÃO PATOGÊNICA
• SISTEMA NERVOSO
• Invasão 1 ou mais cisticercos;
• Processo inflamatório formando camada
adventícia fibrosa;
• Parasita degenera e morre – produtos
desintegração da larva = ação tóxica e irritativa;
• Formas Convulsivas = não há perda de
consciência, alguns pacientes passam por
epiléticos;
• Dura de 10 ou mais anos = raramente
observada cura espontânea;
• Formas Hipertensivas e Pseudotumorais =
– sinais hipertensão intracraniana :
– cefaléia intensa,
– Vômitos;
– edema de papila (diminuição de visão e mais
tarde cegueira = atrofia nervo óptico);
• Formas Psíquicas = acompanha as demais
formas clínicas da doença.
• GLOBO OCULAR
• Aloja-se na retina e exige espaço = provocando
descolamento da retina;
• Ocorre uma reação inflamatória = formação
membrana de proteção;
•
•
•
•
Sintomas discretos;
Ausência da dor;
Perturbação visual central ou periférica;
Descolamento da retina ou opacificação,
desvios oculares.
Globo ocular
• TECIDO SUBCUTÂNEO E MÚSCULOS (raros)
– Provocam reação local e formação de envoltório
fibroso e morte (calcificação);
– Provocam dores musculares.
• DIAGNÓSTICO
• CLÍNICO – Praticamente impossível;
• LABORATORIAL
 exame do líquido cefalorraquidiano
(alterações em função da reação
inflamatória),
 exame radiológico (imagens de nódulos
calcificados – baixa)
• EVOLUÇÃO
• Neurocisticercose = muito variável
podendo permanecer estado latente
durante toda vida ou evoluir rapidamente
até a morte;
• Intra-ocular = cegueira se não tratado
(cirurgia );
• Muscular e subcutânea = benigna.
TRATAMENTO (The New England Journal of Medicine 2003)
• Tratamento tem como objetivo a redução da resposta
inflamatória;
• Nem todos os pacientes devem ser tratados, pois os
cistos podem já estar mortos ou a resposta inflamatória
ao uso do medicamento pode ser pior que a doença.
• Tratamento pode ser, portanto, apenas a observação,
uso de drogas anti-parasitárias e anti-inflamatórios
hormonais e eventualmente a cirurgia.
• Neurocirurgia – cisto grande; hipertensão
intracraniana, quando há risco de morte;
• Albendazol + dexametasona (corticóide)– penetram
rápido no líquido cefalorraquidiano e mais
lentamente nos cisticercos;
– desaparece ou calcifica o cisto;
• Anticonvulsivos;
• Edema cerebral – corticoesteróides.
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CLASSE CESTODA Taenia solium e Taenia saginata