Apoio do Governo Federal a Clubes Ricardo Avellar Diretor da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte Governo reconhece papel dos clubes no desenvolvimento do esporte brasileiro História - O surgimento de clubes no Brasil se deu no início do século 20, com a chegada do futebol, trazido por jovens que retornavam de seus estudos na Inglaterra - De nichos mais ricos, nas primeiras décadas de 1900 o futebol se espalhou por núcleos operários e entrou pelo país graças principalmente a ferroviários, que fundaram times que se tornaram clubes - Ao mesmo tempo, muitos dos clubes reuniam praticantes de esportes como atletismo e remo Base esportiva do país - Na Europa, a iniciação esportiva, há séculos, se dá nas escolas - No Brasil, principalmente pela deficiência de materiais, pistas e ginásios, as escolas não cumprem esse papel da mesma forma; poucos talentos são encaminhado para os clubes, que têm essa estrutura - Assim, os clubes se tornaram os maiores responsáveis pela formação do atleta brasileiro, arcando com investimento em seu desenvolvimento e manutenção Lei Agnelo/Piva passa a contemplar os clubes - Em 2001, lei determina que parte da arrecadação das loterias federais seja destinada ao Comitê Olímpico do Brasil e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro - Em 2011, a Confederação Brasileira de Clubes (CBC) é oficialmente incluída entre as instituições beneficiadas (Lei 12.395/2011) - Fica estabelecido que a CBC receberá 0,5% do valor arrecadado anualmente - Os recursos só podem ser para formação de atletas, da base ao alto rendimento, excluídos atletas e equipes profissionais - Destinados a: - Fomento, desenvolvimento e manutenção do esporte - Preparação técnica de equipes de base - Formação de recursos humanos - Manutenção e locomoção de atletas - Compra de materiais e equipamentos - Realização e participação em competições de base Recursos de loterias para clubes formadores de atletas olímpicos - Lei 12.395/11 (Lei Pelé) - Montante acumulado entre 2011 e abril de 2015 até sua liberação foi de mais de R$ 211 milhões (com rendimentos) - De valor anual, a CBC pode reter 20% para administração dos projetos - 50% são para clubes aplicarem em esportes olímpicos - 15% para aplicarem em esportes paraolímpicos - 15% são para a Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE) e para Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU) - Para apresentar projetos e participar de editais, clubes precisam estar em acordo com a lei Em 2014, foram abertos quatro editais - 1 e 2 para equipamentos e materiais (um para esportes olímpicos, outro para paraolímpicos) - 3 e 4 (que estão em andamento), para competições e outras ações de fomento da base - Editais 5 e 6, para esporte escolar (CBDE) e universitário (CBDU), ainda não foram abertos A força dos clubes - Os clubes são os principais “fornecedores” de atletas para as delegações nacionais - Exemplos: nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, dos 277 atletas da delegação brasileira, 213 eram ligados a clubes (77%); em Londres 2012, dos 259 inscritos, 277 eram de clubes (87%) Pinheiros - O Esporte Clube Pinheiros, que foi fundado em São Paulo pela colônia alemã como Sport Club Germania (teve de mudar seu nome na Segunda Guerra Mundial) - Abrigava atletas de atletismo, natação, remo e tênis já em 1903 - Sua primeira pista de atletismo é de 1926; a piscina olímpica, as quadras de tênis, de 1929; a piscina olímpica, dos anos 30. - Da delegação toda de Pequim, com 469 nomes entre atletas, técnicos, dirigentes, 30 atletas eram do Pinheiros - De 108 medalhas olímpicas do Brasil entre Antuérpia 1920 e Londres 2012 (23 de ouro, 30 de prata 55 de bronze), o Pinheiros contribuiu com dez - Hoje tem 2.250 atletas competitivos, em todas as categorias etárias, com cerca de 200 participando de eventos internacionais. - Nos últimos três anos, recebeu cerca de R$ 6,8 milhões de convênios com o Ministério do Esporte, para compra de equipamentos em geral e reformas de ginásio e piscina Paulistano - Nas primeiras décadas do século 20 o Club Athletico Paulistano também já contava com quadras de tênis e uma primeira quadra coberta, além do frontão para a pelota basca, pista de atletismo de carvão, piscina e campo de futebol - Com os anos, ganhou tradição nos esportes de raquetes, na esgrima, na natação, polo aquático, e também nos coletivos, como o vôlei e o basquete, e depois o badminton - Também fornece atletas de alta performance para as delegações brasileiras. Sogipa - A Sociedade de Ginástica Porto Alegre foi fundada ainda de 1867 e seus fundadores alemães eram ligados à ginástica, mas a compra de um terreno possibilitou o desenvolvimento de tiro ao alvo, futebol e atletismo - Ao longo dos anos, o clube passou a ceder atletas de ponta para outros esportes, como esgrima, ginástica e judô para as delegações brasileiras - 13 atletas da Sogipa representaram o Brasil em Jogos Olímpicos, entre Seul 1988 e Londres 2012 - Por convênio com o Ministério do Esporte, mais de R$ 500 mil foram usados na compra de equipamentos. - A Sogipa tem 5 mil crianças e jovens em suas Escolas de Esporte, com cerca de mil filiados em federações e competindo Grêmio Náutico União - Nasceu por causa do remo e hoje conta com atletas em mais esportes, como judô, ginástica, esgrima, natação – são cerca de 700 atletas federados - Em mais de cem anos de história, o clube só foi receber recursos externos por meio de convênios que o Ministério do Esporte possibilitou, para compra de equipamentos, que chegaram a R$ 6,7 milhões Minas Tênis Clube - Tem cursos esportivos para 21 modalidades, com mais de 10 mil alunos. No vôlei, é reconhecido hoje como praticamente uma “escola” - Recursos de convênios com o Ministério do Esporte, em torno de R$ 2 milhões, foram liberados para compra de equipamentos esportivos e ações científicas - Em torno de 1.300 atletas treinam no clube, da base ao alto rendimento Corinthians - Clubes com foco em futebol têm história em outros esportes, como o Corinthians, que mantém tradição na natação desde as competições no rio Tietê - O mesmo Corinthians fez história no basquete, que chegou a ser vice mundial de clubes em 1966. A primeira quadra, de saibro, é de 1928 e foi uma das primeiras na cidade Flamengo - O clube tem suas origens no remo e montou equipes fantásticas de natação, ginástica e basquete, com vários atletas formados em suas escolinhas Convênios do Ministério do Esporte com clubes formadores de atletas Valor em convênios aumentou 420% em um ano. De R$ 4,5 milhões em 2012, pulou para R$ 23,4 milhões em 2013 Maior parte dos recursos aplicada em estruturas de treinamentos, equipamentos para as modalidades, contratação de profissionais e formação de equipes de base Minas Tênis Clube – R$ 2,7 milhões Estrutura para treinamentos de: basquete, ginástica artística, ginástica de trampolim, judô, natação, tênis e vôlei. Esporte Clube Pinheiros – R$ 6,9 milhões Estrutura para treinamentos de: atletismo, badminton, basquete, esgrima, ginástica artística, handebol, judô, levantamento de peso, natação, polo aquático, remo, saltos ornamentais, tênis, triatlo e vôlei. Tijuca Tênis Clube – R$ 1,3 milhão Estrutura para treinamentos de: basquete, nado sincronizado, natação, tênis e vôlei. Sogipa – R$ 539 mil Estrutura para treinamentos de: atletismo, judô e basquete. Grêmio Náutico União – R$ 6,7 milhões Estrutura para treinamentos de: judô, remo, ginástica e esgrima. Convênios do Ministério do Esporte com Confederações beneficiam clubes por meio de compra de equipamentos Basquete: kits para equipar 28 clubes/ginásios, sendo 19 do Novo Basquete Brasil (NBB) e da Liga de Desenvolvimento sub-22 em 16 estados Equipagem de 13 centros de treinamento de Ginástica Artística espalhados pelo país Kits de aparelhos para o Golfe beneficiaram centros de treinamento espalhados pelo país Obrigado! [email protected] www.brasil2016.gov.br www.esporte.gov.br