CHAPA: “VIDA LONGA A APSP!” GESTÃO 2016-2017 DIRETORIA: PRESIDENTA: Marília Cristina Prado Louvison VICE PRESIDENTE: José Alexandre Buso Weiller DIRETORA SECRETARIA: Cleide Lavieri Martins DIRETORA DE FINANÇAS: Lygia Botelho DIRETORA DE EXTENSÃO: Sandra Costa de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO: Allan Gomes de Lorena COORDENADORA DO 15 CONGRESSO PAULISTA DE SAÚDE PÚBLICA: Ana Lucia Pereira CONSELHO DELIBERATIVO: 1. Carlos Botazzo 2. Carlos Roberto de Castro e Silva 3. Elen Rose Castanheira 4. Elizabete Franco Cruz 5. Felipe Augusto Reque 6. Giovanni Acciole 7. Jose Carlos Cacau Lopes 8. Ligia Duarte 9. Luciana Soares de Barros 10. Marcio Travaglini 11. Maria do Carmo Gullaci Guimaraes Caccia Bava 12. Maria Fernanda Terra 13. Mariana Arantes Nasser 14. Paula Vilhena Carnevale Vianna 15. Thiago Marques Leão A Chapa “VIDA LONGA A APSP!” assume o compromisso explicitado pelos associados e congressistas do 14º Congresso Paulista de Saúde Pública em defesa da democracia radical e dos direitos sociais na atualidade e para sempre e não o mercado ávido por lucros e desinteressado na vida como valor ético político primeiro. Assume como programa avançar na militância sanitária paulista e na luta por saúde como direito social defendendo a saúde pública e a democracia. Assume o compromisso com a ampliação do quadro de associados, a modernização da comunicação e a organização com realização de cursos, debates e o 15º. Congresso Paulista de Saúde Pública no biênio. Defende a organização e fortalecimento da entidade com a constituição do Conselho de ex Presidentes, a organização e fortalecimento dos Núcleos Regionais da Capital, Grande ABC, Baixada Santista, Botucatu, Campinas, Marília, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Vale do Paraíba e Sorocaba e dos Grupos Temáticos da Comissão da Memória e História, Reforma Sanitária, Fórum de Formação, Controle Social, Comunicação, Gênero e Raça, Saúde Mental, Saúde Bucal, Vigilância, dentre outros. Considera o manifesto de São Carlos, transcrito abaixo, para a organização da agenda e plano de trabalho para a Gestão 2016 – 2017 da APSP e conta com todos vocês nessa luta! MANIFESTO DE SÃO CARLOS Nunca cessem sua indignação quando a democracia e os direitos sociais garantidos pela constituição de 1988 estiverem sendo ameaçados. Somente a indignação não é suficiente para resistirmos aos ataques que sofrem a democracia e os direitos sociais no Brasil. Formas explícitas de resistência precisam estar associadas à produção de novas gramáticas e narrativas que ativem uma concertação social majoritária convicta da necessidade de uma democracia radical sustentada por direitos sociais que propiciem justiça social e condições de vida dignas. A construção de outras gramáticas e narrativas passa pela democratização profunda das mídias no Brasil, não no seu foco de conteúdo, mas na sua cartelização e monopolização dos meios por poucas famílias. Resistir e construir formas de luta para demonstrar que a dívida pública brasileira não é intocável, e que sua desconstrução e auditoria estariam na raiz de um ajuste fiscal mais justo, bem como uma reforma tributária que realmente progressiva, faça com que aqueles que ganhem mais paguem mais, com foco principal no lucro das empresas. Explicitarmos e desocultarmos todas as formas injustas de desigualdades sociais e econômicas na sociedade brasileira do século XXI, demonstrando os danos para a vida dos brasileiros, impedindo a naturalização crescente destas desigualdades. Há um acirramento da luta de classes no Brasil do século XXI e a luta pela desmercantilização do SUS e da sociedade não passa apenas por soluções setoriais. O SUS é uma conquista civilizatória do povo brasileiro, mas que clama por uma crítica radical em não prover, muitas vezes, a adequada experiência material concreta para atender a muitas necessidades vitais prementes. Os Conselhos de Saúde no âmbito do SUS precisam ser reconhecidos como ativos muito importantes, mas carecem de re-significação no diálogo mais potente com coletivos e movimentos sociais. Retomarmos ação estratégica no trabalho de base para construção de pautas singulares e pontes de solidariedade com as necessidades cotidianas vitais das populações periféricas e excluídas. Concatenarmos ação política firme e concentrada baseada em fatos sólidos para mostrar a ilusão, ao longo da vida, de possuir planos privados de saúde. Desenvolvermos formação e capacitação para o tensionamento político da ideologia das patentes e da propriedade intelectual principalmente dos fármacos e da nossa fitoterapia. Intensificar a pesquisa e a luta política na busca de evidências para desocultar e visibilizar nexos causais entre processos de trabalho e doença, sofrimento e morte, fortalecendo e sensibilizando os trabalhadores do SUS para a importância de notificar adoecimento, sofrimento e morte relacionados ao trabalho. Terceirizar é precarizar o trabalho, pois o implícito é aumentar a lucratividade das empresas, criando mais adoecimento, sofrimento e morte em detrimento de processos de trabalho mais criativos e menos alienados. Convocamos a todos os trabalhadores e usuários para ocupar o cotidiano do trabalho em saúde como sujeitos políticos, comprometidos com a transformação em ação radical das narrativas imobilizadoras e ideológicas que aspiram construir um imaginário de impossibilidade da eficácia social do público na saúde.