DESENHO DO OBJETO 2010 O Que é Design? “ Design é uma atividade criativa cuja finalidade é estabelecer as qualidades de objetos, processos, serviços e seus sistemas, compreendendo todo seu ciclo de vida. Design é o fator central da humanização inovadora de tecnologias e o fator crucial para o intercâmbio econômico e cultural." Design é projeto, o mais objetivo possível, de tudo o que constitui o ambiente onde o homem vive. O projeto é esboçado, seguidamente é elaborado e redesenhado em formato maior. O esboço é feito em perspectiva, com efeitos especiais de brilho, para aumentar o efeito. A seguir, faz-se um modelo e estuda-se todas as suas relações. ►O campo de ação do design abrange atualmente a quase totalidade dos elementos que constituem a nossa existência cotidiana. ► São objetos produzidos industrialmente, em série, e com intenções mais ou menos estéticas, tanto em casa, quanto no trabalho, na escola ou no lazer. ► Se a forma de um objeto resultar “bela”, isto será um mérito da estruturação lógica e da exatidão na solução de seus vários componentes. O “belo” é a consequência do “justo”. Um projeto exato dá um objeto belo. Tarefas do design O design procura identificar e avaliar relações estruturais, organizacionais, funcionais, expressivas e econômicas, visando: • Ampliar a sustentabilidade global e a proteção ambiental (ética global); • Oferecer benefícios e liberdade para a comunidade humana como um todo, usuários finais individuais e coletivos, protagonistas da indústria e comércio (ética social); • Apoiar a diversidade cultural, apesar da globalização do mundo (ética cultural); • Dar aos produtos, serviços e sistemas, formas que expressem (semiologia) e sejam coerentes com (estética) sua própria complexidade". O Designer É um projetista dotado de sentido estético; dele depende, em boa parte, o êxito de determinada produção industrial. Sempre que a forma de um objeto de uso é bem estudada, constitui um fato determinante. ►O designer procura construir o objeto com a mesma naturalidade com que a natureza forma as coisas; não introduz nas suas obras projeções pessoais, antes procura ser objetivo, ajuda o objeto a formar-se pelos seus próprios meios. ► Todo os objetos tomam a sua forma própria, a qual, naturalmente, não será definitiva, visto que as técnicas mudam e surgem novos materiais - por isso, o problema põe-se a cada inovação, e o objeto pode mudar de forma. ►O designer é o artista do nosso tempo, porque com o seu método de trabalho, restabelece o contato entre a arte e o público; porque conhece o seu oficio, as técnicas e os meios mais adequados para resolver qualquer problema de design. O CAMPO DE TRABALHO ►O designer trabalha num amplo setor da atividade humana: visual design, industrial design, graphic design e design de pesquisa. O visual design ocupa-se das imagens cuja função é transmitir uma comunicação e uma informação visuais: signos, sinais, símbolos, significado das formas e das cores, relações entre eles. O industrial design ocupa-se do projeto dos objetos de uso, segundo as regras da economia, o estudo dos meios técnicos e dos materiais. O graphic design atua no mundo da impressão, dos livros, dos impressos publicitário, onde quer que apareça a palavra escrita, seja numa folha de papel ou numa garrafa. O design de pesquisa realiza experiências de estruturas plásticas ou visuais, em duas ou mais dimensões, e põe à prova as possibilidades combinatórias dos diversos materiais, procura esclarecer as imagens e os métodos no campo tecnológico e dedica-se à pesquisa de imagens através dos meios cinematográficos. ETAPAS HISTÓRICAS DO DESIGN ►O Desenho Industrial coincide com a Revolução Industrial e o advento da máquina na produção de objetos projetados pelo homem, ainda que desde a Antiguidade tenha existido objetos produzidos em série e com intervenção parcial de maquinários primitivos. ► Somente no século XIX passa-se a fazer objetos fabricados industrialmente à base de desenhos concebidos e estudos para uma produção em série. ► Engenheiros advertem as possibilidades estéticas além das técnicas dos novos sistemas de produção, fazendo surgir no século XIX construções como bibliotecas, estações e outros edifícios industriais e pontes, todos eles totalmente em estrutura metálica. ► Willian Morris reintroduziu o elemento estético no campo da produção em série, um dos animadores do movimento inglês das “Arts and Crafts” defensor da importância educadora da atividade artesanal, ao passo que negava a mecanizada. ► Inspirou os arquitetos belgas Henry van de Velde e Horta, expoentes do “Art Nouveau” e seus elementos naturalistas nas decorações e suas relações entre a estrutura e a decoração O design nasceu em1919, quando Walter Gropius fundou a Bauhaus, em Weimar. ► Propõe um novo sistema de educação que conduz – mediante um novo ensino especializado de ciência e técnica – ao conhecimento das necessidades humanas e a uma sua percepção universal. ►A intenção:formar um novo tipo de artista criador, capaz de compreender qualquer espécie de necessidade, não porque seja um prodígio, mas ser capaz de abordar as necessidades humanas segundo um método exato. ► Consciente do seu poder criador, ousando frente aos fatos novos e independente, no seu próprio trabalho, de qualquer espécie de fórmula. Desde então temos assistidos no mundo da arte a uma sucessão acelerada de estilos: abstraccionismo, neo-surrealismo, neo-dadá, pop-art e op-art, etc. Cada um anula o outro e volta ao princípio. As palavras de Gropius continuam a ser válidas; o programa dessa primeira escola de design procurava formar um novo tipo de artista: um artista útil à sociedade, a fim de que esta sociedade volte a encontrar o seu equilíbrio e não haja um mundo falso onde vive materialmente e um mundo ideal de refúgio moral. Alguma realizações da Bauhaus continuam sendo etapas fundamentais do desenho industrial. Podendo citar os famosos móveis de tubo de aço desenhados por Breuer, as cadeiras metálicas de Mies, entre elas a famosa “Barcelona” (1928) cuja produção em série (limitada e cara!) se prolonga até hoje. A Alemanha ao abandonar Gropius, Mies, Breuer, Mendelsohn e os melhores arquitetos pelo advento do nazismo, deixou de ser o centro de ativas buscas e produção. Os Estados Unidos que até os anos 30 vinha ligado a uma estética do produto carente de pureza estilística, recebeu um reforço formidável com a chegada dos muitos artistas europeus nas diversas universidades. ► Ao final da 2ª. Guerra termina também a época em que dominou a Bauhaus. ► Das etapas do desenho industrial no pós guerra, nos anos 50, destaca-se o Styling norte-americano (carrocerias automobilísticas); nos anos 50- 60, o desenho italiano (Vespa, Lambretta, Chevette); após os anos 60, o revival de módulos “neo-liberty” e anos 70, o estudo da semântica, da teoria da informação, da ergonomia e da cibernética. Destaque aos móveis dos finlandeses de Alvar Aalto e Wirkkala e seus originais móveis e de objetos de materiais pensados, madeira, metal, ou de plástico. O Japão tem posição bastante característica a respeito da produção industrial, apresentando grande velocidade no ritmo produtivo, conservando o gosto e a originalidade nos trabalhos artesanais mais evoluídos e sofisticados e no desenho industrial busca às vezes imitar produtos ocidentais sem um marco estilístico nacional. Pode-se ressaltar o refinamento do desenho de móveis (Nogushi, Tange), lâmpadas (Ioshida), objetos em vidro, etc... O DESIGN NO BRASIL