APLICAÇÃO PRÁTICA DAS DRIs Dietary Reference Intakes Thabata Koester Weber Patrícia da Graça Leite Speridião Mauro Batista de Morais Ulysses Fagundes Neto Setembro / 2005 Setembro / 2005 Histórico 1860: Inglaterra – Estabelecimento dos padrões de referência nutricionais → Energia e proteína 1940: Governo Federal dos EUA – Formação do Comitê de Alimentação e Nutrição (Food and Nutrition Board – FNB) 1941: Tabela de RDA (Recommended Dietary Allowances) → Energia, proteína, cálcio, ferro, vit A, tiamina, riboflavina, ácido nicotinamínico, ácido ascórbico e vit D 1943: 1° impressão das RDA 1974: 8° edição FND → RDA é definida nível de ingestão de nutrientes essenciais para cobrir as necessidades de nutrientes específicos de praticamente todos os indivíduos saudáveis Setembro / 2005 Dwyer J. Nutrition,16(7/8):488-492, 2000 Fiberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003 Feltrin C et al. The Eletronic Journal of Pediatric, 8:1-8, 2004 Histórico 1989: 10° edição das RDAs 1993: FNB + Canadá – “Worshop” para discussão dos aspectos das RDAs → prevenção de doenças crônicas 1995: FNB + Canadá – Formação do Comitê da DRIs (Dietary Referencas Intakes) Prevenção: deficiências nutricionais, doenças crônicas não transmissíveis + Limite para ingestão de nutrientes + 10° ed. RDA 1997: Setembro / 2005 Dwyer J. Nutrition,16(7/8):488-492, 2000 Fisberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003 Feltrin C et al. The Eletronic Journal of Pediatric, 8:1-8, 2004 DRIs - Dietary Reference Intakes Ingestões Dietéticas de Referência Conjunto de valores de referência correspondentes às estimativas quantitativas da ingestão de nutrientes, estabelecidos para serem utilizadas no planejamento e avaliação das dietas de indivíduos saudáveis em um grupo, segundo seu estágio de vida e gênero DRIs = EAR + RDA + AI + UL Setembro / 2005 Amaya-Farfan J; Domene SMA; Padovani RM. Rev Nutr,14(1):71-78, 2001 Fiberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003 Murphy SP; Poos MI. Public Health Nutrition, 5(6A): 843-849, 2002 DRIs - Dietary Reference Intakes Ingestões Dietéticas de Referência Considerações: • Balanço e metabolismo de nutrientes em diferentes faixas etárias • Diminuição do risco de doenças crônicas não transmissíveis • Biodisponibilidade dos nutrientes e erros associados aos métodos de avaliação • Estruturada para atender as necessidades nutricionais da população norte americana e canadense Setembro / 2005 Food and Nutrition Board, 1997 Ingestões Dietéticas de Referência EAR – Estimated Average Requeriment Necessidade Média Estimada Valor médio da ingestão de 1 nutriente estimado para cobrir as necessidades de 50% dos indivíduos saudáveis de determinada faixa etária, estado fisiológico e sexo Setembro / 2005 Amaya-Farfan J; Domene SMA; Padovani RM. Rev Nutr,14(1):71-78, 2001 Fiberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003 Murphy SP; Poos MI. Public Health Nutrition, 5(6A): 843-849, 2002 Setembro / 2005 Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Ver Nutr, 17(2):207-216, 2004 Ingestões Dietéticas de Referência RDA – Recommended Dietary Allowances Quotas Dietéticas Recomendada A RDA para cada nutriente é estabelecida com base em valores que podem ser adequados para 97 a 98% de todos os indivíduos de um determinado grupo etário, considerando-se a definição de adequação RDA = EAR + 2 DP EAR (desvio padrão) RDA = 1,2 a 1,3 X EAR (coeficiente de variação) Setembro / 2005 Amaya-Farfan J; Domene SMA; Padovani RM. Rev Nutr,14(1):71-78, 2001 Fiberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003 Murphy SP; Poos MI. Public Health Nutrition, 5(6A): 843-849, 2002 Setembro / 2005 Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Ver Nutr, 17(2):207-216, 2004 Ingestões Dietéticas de Referência AI – Adequat Intake Ingestão Adequada É baseado na média do consumo de nutrientes observada ou experimentalmente determinada, por uma população definida ou um subgrupo, que parece ser suficiente para manter um estado nutricional definido em uma população específica Indivíduos saudáveis com um consumo igual ou acima do AI podem ter um baixo risco de consumo inadequado para um estado de nutrição definido Setembro / 2005 Amaya-Farfan J; Domene SMA; Padovani RM. Rev Nutr,14(1):71-78, 2001 Fiberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003 Murphy SP; Poos MI. Public Health Nutrition, 5(6A): 843-849, 2002 Setembro / 2005 Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Ver Nutr, 17(2):207-216, 2004 Ingestões Dietéticas de Referência UL – Tolerable Upper Intakes Levels Nível de Ingestão Máxima Tolerada Se refere ao nível mais alto do consumo diário de nutrientes que não exerce riscos de efeitos adversos para quase todos os indivíduos da população geral. Conforme o consumo ultrapassa a UL, o risco de efeito adverso também aumenta ↑ da prática de fortificação de alimentos e suplementos Setembro / 2005 Amaya-Farfan J; Domene SMA; Padovani RM. Rev Nutr,14(1):71-78, 2001 Fiberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003 Murphy SP; Poos MI. Public Health Nutrition, 5(6A): 843-849, 2002 Setembro / 2005 Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Ver Nutr, 17(2):207-216, 2004 Determinação da UL: LOAEL (Lowest observed adverse effect level) – Menor dose oral experimental da ingestão de um nutriente na qual o efeito adverso não tenha sido identificado. NOAEL (No observed adverse effect level) – Maior nível de ingestão de um nutriente que não resultou em nenhum efeito adverso observado nos indivíduos estudados. (+ seguro do que LOAEL) Setembro / 2005 Amaya-Farfan J; Domene SMA; Padovani RM. Rev Nutr,14(1):71-78, 2001 Fiberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003 Murphy SP; Poos MI. Public Health Nutrition, 5(6A): 843-849, 2002 Avaliação do Risco: Requer a organização de informações disponíveis geradas por estudos epidemiológicos e toxicológicos; Definição das incertezas relacionadas com os dados e com as interferências feitas (estudo com animais); Definição do limiar Por exemplo: os efeitos adversos associados ao chumbo são conhecidos, mas não há dados em relação ao magnésio. Cozzolino SMF; Colli C. Uso e aplicações das DRIs: Novas recomendações de nutrientes e interpretação e Setembro / 2005 utilização. 4-15p, 2001 Biodisponibilidade Risco de interação nutriente X nutriente: Há aumento do risco quando há desequilíbrio na ingestão de 2 ou mais nutrientes Por exemplo: • Fitatos, fosfatos e taninos → podem ser depressores da biodisponibilidade de nutrientes; • Ácido cítrico e ácido ascórbico → podem promover aumento da biodisponibilidade de alguns minerais e elementos traços. Cozzolino SMF;/ Colli Setembro 2005C. Uso e aplicações das DRIs: Novas recomendações de nutrientes e interpretação e utilização. 4-15p, 2001 Biodisponibilidade 2. Outros fatores • Estado nutricional do indivíduo (absorção, distribuição e biotransformação) • Interação fármaco - nutriente • Alteração no efeito da excreção (proteína, fósforo, sódio e cloreto → excreção do cálcio) • Forma de ingestão (por ex: vit. lipossolúveis) Cozzolino SMF;/ Colli Setembro 2005C. Uso e aplicações das DRIs: Novas recomendações de nutrientes e interpretação e utilização. 4-15p, 2001 Aplicação da UL Suco de 49 laranjas pequenas Vitamina C – 2000 mg/dia Baseada no efeito adverso da diarréia osmótica (exemplos): 3,33Kg de margarina vegetal α tocoferol – 1000 mg/dia Baseada no efeito adverso da hemorragia Selênio – 400 μg/dia Baseada no efeito da adverso da selenose 14g de Castanha do Pará NRC (National Setembro / 2005Research Council). - Dietary Reference Intakes: for Vitamin C, Vitamin E, Selenium and Carotenoids. Washington, D.C., National Academy Press, 2000, 506 p. Aplicação da DRIs São mais detalhadas do que a RDA e contemplam: • Avaliação e planejamento de dietas para grupos e indivíduos • Rotulagem de alimentos • Programas de avaliação alimentar • Desenvolvimento de novos produtos Dwyer J. Nutrition, 16(7/8):488-492, 2000 Setembro / 2005 Sachs A. Uso e aplicações das DRIs: O que mudou das recomendações de nutrientes. 16-21p, 2001 Rotulagem dos Alimentos por 31 g / 31,5 G - FRAÇÃO SUFICIENTE PARA O PREPARO DE 200ML) Quant % VD Valor Calórico 110Kcal 4% Carboidratos 16g 4% Proteínas 8g 16% Gorduras Totais 1g 1% Gorduras Saturadas 0,5g 2% Colesterol 5mg 2% Fibra Alimentar-frutooligossacarídeos e inulina 2g 7% Cálcio 277mg 35% Ferro 6,3mg 45% VD: Valores Diários de referência com base em uma dieta de 2.500 calorias Setembro / 2005 Valores referente ao produto Nutren Active sabor morango da Nestlè Programas para Avaliação Nutricional Programas de computador para avaliação e planejamento dietético existentes no mercado: • Diet Pro • Nut Win (UNIFESP/SP) • Virtual Nutri (USP) • Diet Win • Brand Brasil • Outros... Setembro / 2005 RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS DE ÁCIDO FÓLICO Faixa Etária EAR RDA 0 a 6 meses AI 65mcg ----- 7 a 12 meses AI 80mcg ----- 1 a 3 anos 120mcg 150mcg 4 a 8 anos 160mcg 200mcg Adolescentes 9 a 13 anos 250mcg 300mcg Adolescentes 14 a 18 anos 330mcg 400mcg Adultos > 18 anos 320mcg 400mcg Gestantes 14 a 50 anos 520mcg 600mcg Lactantes 14 a 50 anos 450mcg 500mcg Setembro / 2005 Food and Nutrition Board, 2002 UL PARA ÁCIDO FÓLICO Faixa Etária UL 0 a 12 meses Não determinado 1 a 3 anos 300mcg 4 a 8 anos 400mcg 9 a 13 anos 600mcg Adolescentes 14 a 18 anos 800mcg Adultos > 18 anos 1000mcg Gestantes 14 a 18 anos 800mcg Gestantes 19 a 50 anos 1000mcg Lactantes 14 a 18 anos 800mcg Lactantes 19 a 50 anos 1000mcg Setembro / 2005 Food and Nutrition Board, 2002 Toxicidade para uso do Folato Não há evidências científicas de efeitos adversos com o consumo de alimentos fortificados Os efeitos estão relacionados ao consumo excessivo de suplementos Desordens neurológicas em indivíduos deficientes em cobalamina Hipersensibilidades na administração parenteral Chanarin, I. Deacon, R. Lumb, M. Perry, J. Cobalamin-folate interrelations. Blood Rev, 3: 211-215, 1989. Setembro / 2005 Sparling, R. Abela, M. Hypersensitivity to folic acid therapy. Clin Lab Haematol, 7:181-185, 1985. Desenvolvimento de Novos Produtos Regulamentação da fortificação de alimentos • 1998 FDA 1.4mg de ác. Fólico / Kg de grão integral • 2002 Anvisa 150mcg de ác. fólico / 100g de farinha de trigo e milho 4,2 mg de Fe / 100g de farinha de trigo e milho 1997 - Estudo Multicêntrico sobre consumo alimentar Recordatório de 24 h + F alimentar ↑ consumo de farinha de trigo e milho (http://dtr2001.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernosespecial.pdf) Resolução - RDC nº 344, de 13 de dezembro de 2002. Disponível em www.anvisa.gov.br Green NS. /Folic Setembro 2005acid supplementation and prevention of birth defects. J Nutr, 132: 2356S-2360S, 2002. Galeaze MAM; Domene SMA; Schieri R. MS, 1997 Ferro e Anemia Ferropriva Prevalência da anemia no Brasil • 20% em adolescentes • 15 a 30% em gestantes • até 50% em crianças de 6 a 60 meses Folato e defeitos no tubo neural • Cerca de 3 a 4% dos recém-nascidos apresentam defeitos do tubo neural Green NS. Folic acid supplementation and prevention of birth defects. J Nutr, 132: 2356S-2360S, 2002. Ministério Setembro / 2005 da Saúde. Coordenação geral da política de alimentação e Nutrição, 2005. Disponível em:http://dtr2004.saude.gov.br/nutricao/deficiencia_ferro.php Setembro / 2005 Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Ver Nutr, 17(2):207-216, 2004 Aplicação Prática das DRIs Necessidades de Nutrientes Planejamento de Dietas Ingestão de Nutrientesa a= Avaliação de Dietas Grupo Indivíduos Grupo EAR (AI) UL RDA (AI) UL EAR UL Distribuição do nutriente de interesse Grau de risco tolerável (2 a 3%) Avaliação da intervenção alimentos + suplementos Prevalência de indivíduos < EAR • Aproximação probabilística • EAR como ponto de corte Indivíduos EAR (AI) UL Grau de risco Dados clínicos, bioquímicos, antropométricos Fonte: Adaptada de Beaton (1994). Setembro / 2005 Murphy SP; Poos MI. Public Health Nutrition, 5(6A): 843-849, 2002 Instrumentos para Avaliação Dietética • Questionário Freqüência Alimentar • Recordatório de 24h • Registro diários Influências Pessoais: • Variação do consumo alimentar para cada dia • Preferência alimentares • Impulsão para seleção dos alimentos • • • • • Setembro / 2005 Outras Influências : Sazonalidade Dias atípicos Seqüência da aplicação Entrevistador e informante Outros Slater B; Marchioni DL; Fisberg RM. Rev Saúde Pública, 38(4):599-605, 2004 Avaliação Dietética Ingestão de nutriente Média verdadeira do consumo Variância intrapessoal Erro Questionário de freqüência alimentar: • Indicado para estudos epidemiológicos, relação de Dieta X Doença Recordatório de 24h e Registros Alimentares • Indicado para avaliação da adequação de ingestão de nutrientes Setembro / 2005 Slater B; Marchioni DL; Fisberg RM. Rev Saúde Pública, 38(4):599-605, 2004 CÁLCULO ADEQUAÇÃO – SEGUNDO DRIs Vitaminas B1,B2, B3, B6 e Magnésio DPd = DP2EAR + DP2int n DP EAR = Variância da necessidade média estimada que D Z= DPd adota de 10% a 15% da EAR para a maioria dos nutrientes DP int = Variância intrapessoal n = Número de dias do registro alimentar Setembro / 2005 Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004 Exemplo de Cálculo para Adequação de Magnésio Menino de 12 anos com ingestão média de 390,48 mg Média da ingestão alimentar para magnésio D = I - EAR D DPd D = 390,48 – 340 D= 50,48 Setembro / 2005 Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004 Exemplo de Cálculo para Adequação de Magnésio DPd = DP2EAR + DP2int n DP AER = 10% de 340 = 34 D DPd DP int = 109 X 109 / 4 (dias) = 2970,25 DPd = 342 + 2970,25 = 4126,25 Setembro / 2005 Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004 DPd = 64,24 Exemplo de Cálculo para Adequação de Magnésio D DPd D DPd D = 50,48 DPd = 64,24 = 0,79 50,48 64,24 70% provável de adequação Setembro / 2005 Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004 Valores para a razão D/DPd e correspondente probabilidade de conclusão correta de que o consumo usual está adequado ou inadequado Vitaminas B1,B2, B3, B6 e Magnésio Critério D/DPd > 2 D/DPd> 1,65 D/DPd> 1,5 D/DPd > 1 D/DPd > 0,5 D/DPd > 0 D/DPd < - 0,5 D/DPd < - 1 D/DPd < - 1,5 D/DPd < - 1,65 D/DPd < - 2 Conclusão Consumo usual ADEQUADO Consumo usual ADEQUADO Consumo usual ADEQUADO Consumo usual ADEQUADO Consumo usual ADEQUADO Consumo usual ADEQUADO Consumo usual INADEQUADO Consumo usual INADEQUADO Consumo usual INADEQUADO Consumo usual INADEQUADO Consumo usual INADEQUADO Probabilidade de conclusão correta 0,98 0,95 0,93 0,85 0,70 0,50 0,70 0,85 0,93 0,95 0,98 Setembro / 2005 Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004 CÁLCULO ADEQUAÇÃO – SEGUNDO DRIs CÁLCIO Não possui EAR estabelecida estando disponível somente a AI (ingestão adequada) Z = (Mi – AI) / (Dpi/n) Mi = média de ingestão observada AI = 1000 mg/dia DPi = desvio padrão da ingestão de cálcio obtido em estudos populacionais nos EUA que se refere a variação intrapessoal n = número de dias de avaliação da ingestão Setembro / 2005 Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004 CÁLCULO ADEQUAÇÃO – SEGUNDO DRIs Menina de 18 anos com ingestão média de 855,20 mg Z = (Mi – AI) / (Dpi/n) Mi = 855,20 mg AI = 1000 mg/dia DPi = 505 mg n = 4 dias Z = (855,20 – 1300) / (505/4) Z = (-144,80) / (126,25) Z = - 3,5 Adequação de ingestão não pode ser determinada Setembro / 2005 Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004 CÁLCULO ADEQUAÇÃO – SEGUNDO DRIs Menino de 20 anos com ingestão média de 2141,77 mg Z = (Mi – AI) / (Dpi/n) Mi = 2141,77 mg AI = 1000 mg/dia DPi = 492 mg n = 4 dias Z = (2141,77 – 1000) / (492/4) Z = (1141,77) / (123) Z = 9,28 Ingestão média provavelmente adequada Setembro / 2005 Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004 INTERPRETAÇÃO QUALITATIVA DA INGESTÃO DE CÁLCIO EM RELAÇÃO A ADEQUATE INTAKE (AI) Adequate Intake (AI) Interpretação Qualitativa Ingestão média > AI provavelmente adequada (Baixa prevalência de adequação) < AI Adequação de Ingestão não pode ser determinada Setembro / 2005 Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004 CÁLCULO ADEQUAÇÃO – SEGUNDO DRIs Vitaminas A, E, B12, Ácido Fólico, Ferro e Zinco Válido para esses nutrientes por apresentar coeficiente de variação de ingestão menor que 60% < EAR = INADEQUADO Entre EAR e o RDA = Incerteza de adequação ou inadequação > RDA = ADEQUAÇÃO Setembro / 2005 Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004 CÁLCULO ADEQUAÇÃO – SEGUNDO DRIs Menina 2 anos consumo médio de 5mg de ferro/dia Faixa Etária EAR RDA* 0 a 6 meses AI 0,27mg ----- 7 a 12 meses 6,9mg 11mg 1 a 3 anos 3mg 7mg 4 a 8 anos 4,1mg 10mg Meninos 9 a 13 anos 5,9mg 8mg Meninas 9 a 13 anos 5,7mg 8mg Meninos 14 a 18 anos 7,7mg 11mg Meninas 14 a 18 anos 7,9mg 15mg 6mg 8mg 8,1mg 18mg Mulheres > 50 anos 5mg 8mg Gestantes 14 a 18 anos 23mg 27mg Gestantes 19 a 50 anos 22mg 27mg Lactantes 14 a 18 anos 7mg 10mg Setembro Lactantes 19/ 2005 a 50 anos 6,5mg 9mg Homens > 18 anos Mulheres 19 a 50 anos Food and Nutrition Board, 2002 Aplicação das DRIs em Pediatria: Estágios de Vida • Primeira infância 0 – 6 meses 7 – 12 meses ↓ Ca AME AIs RDA Fe Zn • Infância 1 – 3 anos Velocidade de EAR crescimento + RDA • Pré-escolar 4 – 8 anos ≠ velocidade de crescimento • Puberdade 9 – 13 anos Sexo: F e M • Adolescência 14 – 18 anos Sexo: F e M Puberdade precoce ↑ Ca Setembro / 2005 Sachs A. Uso e aplicações das DRIs: O que mudou das recomendações de nutrientes. 16-21p, 2001 Estudo Determination of vitamin B6 Estimated Average Requirement and Recommended Dietary Allowance for children aged 7-12 years using vitamin B6 intake, nutritional status and anthropometry Amostragem:168 crianças Avaliação consumo dietético: registro alimentar 3 dias (1 fds; 2 sem.) – 2x no início de um semestre e no seu final Antropometria das cç + exames laboratoriais –marcadores diretos e indiretos para piridoxina foram mensurados no plasma, eritrócitos e urina. Forte relação dos marcadores bioquímicos p/ B6 e consumo alimentar de B6 Determinação da EAR (RDA) para vitamina B6: • Meninos: 0,8 (1,01) mg/d • Meninas: 0,75 (0,89) mg/d Setembro / 2005 Chang SJ. et al, Am Soc Nutrit Scien, 132:3130-3134, 2002 Estudo A comparison of nutrient intake between infants and toddlers with and without cystic fibrosis Amostragem: 35 cç c/ FC X 34 cç s/ FC 7 dias de pesagem e registro de todos os alimentos consumidos Treinamento do responsável pela cç e acompanhamento de monitoração por 2 pesagens Sem diferenças estatisticamente significantes entre os 2 grupos O consumo de energia p/ cç com FC não alcança 120 -150% RDA conforme preconizado O consumo de proteína excede nos dois grupos Setembro / 2005 Powers SW; Patton SR. J Am Diet Assoc, 103(12):1620-25, 2003 Estudo Ingestão de nutrientes e estado nutricional de crianças em dieta isenta de leite de vaca e derivados Amostragem: 26 cç dieta isenta de LV e derivados ; 30 cç grupo controle Dia habitual alimentar (registro fotográfico + modelos de utensílios) Valores do consumo de nutrientes 2 grupos foram comparados com as DRIs: No grupo em dieta isenta de leite de vaca, há maior número de crianças com ingestão inferior à recomendação para energia, cálcio, fósforo e vitamina D, indicando que a fórmula contribui de forma importante para a ingestão alimentar dessas crianças Setembro / 2005 Medeiros LC. et al, J Pediatr, 80(5):363-70, 2004 Obrigada!!! Setembro / 2005