Plantão 01 Português Profº.Ale Jamil Morfologia 1. (Insper 2012) (...) O segundo exemplo é de conhecimento de muitos: uma peça publicitária que, para enaltecer as qualidades de um carro, compara dois atores, um considerado um grande ator e o outro, um ator grande. Nesse comercial, é um brasileiro que se presta a ocupar o lugar de ator grande (com atuação considerada muito ruim em sua profissão). Foi dessa maneira que ele saiu do ostracismo e voltou a ser "famoso". Muitos jovens enalteceram a coragem do moço, sua beleza e o dinheiro que ele ganhou para fazer parte dessa campanha. (...) constitucional, talvez único no mundo, com um rol enorme de agentes e instituições dotadas da prerrogativa ou de competência para trazer questões ao Supremo. É um leque considerável de interesses, de visões, que acaba causando a intervenção do STF nas mais diversas questões, nas mais diferentes áreas, inclusive dando margem a esse tipo de acusação. Nossas decisões não deveriam passar de duzentas, trezentas por ano. Hoje, são analisados cinquenta mil, sessenta mil processos. É uma insanidade. Veja, 15/06/2011. (SAYÃO, Rosely. Folha de São Paulo, 13/09/2011) 3. (Fuvest 2012) No trecho “dotadas da prerrogativa ou de competência”, a presença de artigo antes do primeiro substantivo e a sua ausência antes do segundo fazem que o sentido de cada um desses substantivos seja, respectivamente, a) figurado e próprio. b) abstrato e concreto. c) específico e genérico. d) técnico e comum. e) lato e estrito. No excerto acima, ao fazer um jogo de palavras com “ator grande” e “grande ator”, a autora produz diferentes efeitos de sentido. A alteração da ordem das palavras só não produz mudanças de sentido em: a) pobre homem. b) estrela esportista. c) poesia simples. d) novo modelo. e) homem algum. 4. (G1 - ifal 2011) Assinale a alternativa cujas palavras destacadas pertencem à mesma classe gramatical. a) “É incrível a importância do dedo indicador! Esse deve ser o tal indicador de desemprego de que tanto se fala!” (Quino, Mafalda) b) Porque o verão está chuvoso, os agricultores verão prosperidade no campo. c) Olhou o extrato bancário e viu que, além dos produtos que já levava, poderia ainda comprar um extrato de tomate. d) Eu cedo meu lugar na fila ao primeiro que chegar cedo para a entrevista. e) Leve esta sacola, pois ela está mais leve que as outras. 2. (Insper 2012) Leia a tirinha a seguir. Os mesmos processos de formação dos termos em negrito aparecem, respectivamente, em a) anoitecer, votação, inútil, violação e tristemente. b) retenção, suavidade, desmatamento, infelizmente e firmamento. c) enlatado, ajuda, remissão, dignidade e abolição. d) reação, geração, abstenção, lição e afrontamento. e) magreza, medidor, firmamento, dignidade e violação. 5. (G1 - ifal 2011) questão. Leia esta tirinha e responda à TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o seguinte trecho de uma entrevista concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa: Entrevistador: - O protagonismo do STF dos últimos tempos tem usurpado as funções do Congresso? Entrevistado: - Temos uma Constituição muito boa, mas excessivamente detalhista, com um número imenso de dispositivos e, por isso, suscetível a fomentar interpretações e toda sorte de litígios. Também temos um sistema de jurisdição www.refferencialcursos.com.br 1 Curso do Ale Jamil Plantão 01 Português Assinale a única alternativa correta quanto à classificação das palavras, feita a partir da análise do uso destas no diálogo entre a avó e os netos. a) Levado é o infinitivo do verbo levar, que se classifica, no texto, como adjetivo do substantivo menino. b) O pronome indefinido isso é um elemento de coesão, que retoma o conteúdo da fala da garota, expressa no primeiro quadrinho. c) Em Menino levado!!!, o substantivo e o adjetivo funcionam como uma locução interjetiva, isto é, têm natureza de uma interjeição. d) A forma nominal Querida é o gerúndio do verbo querer que, na fala da avó, classifica-se como substantivo. e) O adjetivo legal funciona, no texto, como uma interjeição, expressando uma ideia apreciativa, cujo sentido é “conforme ou relativo à lei.” Profº.Ale Jamil b) No segundo quadrinho, a ausência do TE, na pergunta de Susanita, indicaria que ela entendera perfeitamente a fala de Mafalda. c) O emprego dos pronomes oblíquos na fala de Susanita, no segundo quadrinho, desencadeia toda a incoerência do diálogo. d) Produzir-se-ia uma relação de coerência no diálogo entre as garotas se considerássemos apenas o primeiro e o terceiro quadrinhos. e) O pronome empregado por Mafalda tem valor reflexivo. 8. (Uel 2011) A questão refere-se ao romance O outro pé da sereia, de Mia Couto. Assinale a alternativa em que as palavras, retiradas do romance, correspondem a verbos originados de substantivos. a) Anfitriando e parentear. b) Bonitando e descrucificar. c) Anfitriando e desanimista. d) Bonitando e parentear. e) Descrucificar e desanimista. 6. (Uftm 2011) Leia a charge. 9. (Uel 2011) A questão refere-se ao romance O outro pé da sereia, de Mia Couto. A crítica literária tem aproximado o moçambicano Mia Couto do brasileiro Guimarães Rosa, em particular pelo fato de ambos empregarem neologismos em suas obras. No trecho “as mãos calosas, de enxadachim”, extraído do conto “Fatalidade”, de autoria do autor brasileiro, o neologismo “enxadachim” é construído pelo mesmo processo de formação de palavras utilizado pelo autor moçambicano para a criação de a) vitupérios. b) bebericava. c) tamanhoso. d) mudançarinos. e) malfadado. Nas duas ocorrências, a palavra que poderia ser substituída por a) e, com sentido restritivo. b) mas, com sentido adversativo. c) a fim de, com sentido de finalidade. d) pois, com sentido explicativo. e) portanto, com sentido conclusivo. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Competição e individualismo ameaçam saúde dos trabalhadores 7. (G1 - ifal 2011) Para responder à questão, considere a ideia expressa na fala de Mafalda e analise o diálogo entre ela e Susanita neste quadrinho de Quino Ideologia do individualismo O novo cenário mundial do trabalho apresenta facetas como a da competição globalizada e a da ideologia do individualismo. A afirmação foi feita pelo professor da Universidade de Brasília (UnB) Mário César Ferreira, ao participar do seminário Trabalho em Debate: Crise e Oportunidades. Segundo ele, pela primeira vez, há uma ligação direta entre trabalho e índices de suicídio, sobretudo na França, em função das mudanças focadas na ideia de excelência. . Com relação ao emprego dos pronomes oblíquos nas falas das personagens, apenas uma afirmativa a seguir é falsa: a) Percebe-se um sentido de reciprocidade no uso do pronome feito por Mafalda. www.refferencialcursos.com.br excessivos 2 Curso do Ale Jamil Plantão 01 Português TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Fim da especialização “A configuração do mundo do trabalho é cada vez mais volátil”, disse o professor. Ele destacou ainda a crescente expansão do terceiro setor, do trabalho em domicílio e do trabalho feminino, bem como a exclusão de perfis como o de trabalhadores jovens e dos fortemente especializados. “As organizações preferem perfis polivalentes e multifuncionais.” Desta forma, a escolarização clássica do trabalhador amplia-se para a qualificação contínua, enquanto a ultraespecialização evolui para a multiespecialização. 2 As questões a seguir tomam por base um fragmento do livro Comunicação e folclore, de Luiz Beltrão (1918-1986). O Bumba-Meu-Boi Entre os autos populares conhecidos e praticados no Brasil – pastoril, fandango, chegança, reisado, congada, etc. – aquele em que melhor o povo exprime a sua crítica, aquele que tem maior conteúdo jornalístico, é, realmente, o bumba-meuboi, ou simplesmente boi. Para Renato Almeida, é o “bailado mais notável do Brasil, o folguedo brasileiro de maior significação estética e social”. Luís da Câmara Cascudo, por seu turno, observou a sua superioridade porque “enquanto os outros autos cristalizaram, imóveis, no elenco de outrora, o bumba-meu-boi é sempre atual, incluindo soluções modernas, figuras de agora, vocabulário, sensação, percepção contemporânea. Na época da escravidão mostrava os vaqueiros escravos vencendo pela inteligência, astúcia e cinismo. Chibateava a cupidez, a materialidade, o sensualismo de doutores, padres, delegados, fazendo-os cantar versinhos que eram confissões estertóricas. O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram, depois da morte do Boi, e em vez de trazê-los é trazido amarrado, humilhado, tremendo de medo. O valentão mestiço, capoeira, apanha pancada e é mais mofino que todos os mofinos. Imaginem a alegria negra, vendo e ouvindo essa sublimação aberta, franca, na porta da casa-grande de engenho ou no terreiro da fazenda, nos pátios das vilas, diante do adro da igreja! A figura dos padres, os padres do interior, vinha arrastada com a violência de um ajuste de contas. O doutor, o curioso, metido a entender de tudo, o delegado autoritário, valente com a patrulha e covarde sem ela, toda a galeria perpassa, expondo suas mazelas, vícios, manias, cacoetes, olhada por uma assistência onde estavam muitas vítimas dos personagens reais, ali subalternizados pela virulência do desabafo”. Como algumas outras manifestações folclóricas, o bumba-meu- boi utiliza uma forma antiga, tradicional; entretanto, fá-la revestir-se de novos aspectos, atualiza o entrecho, recompõe a trama. Daí “o interesse do tipo solidário que desperta nas camadas populares”, como o assinala Édison Carneiro. Interesse que só pode manter-se porque o que no auto se apresenta não reflete apenas situações do passado, “mas porque têm importância para o futuro”. Com efeito, tendo por tema central a morte e a ressurreição do boi, “cerca-se de episódios acessórios, não essenciais, muito desligados da ação principal, que variam de região para região... em cada lugar, novos personagens são enxertados, aparentemente sem outro objetivo senão o de prolongar e variar a brincadeira”. Contudo, dentre Metamorfoses do trabalho Ele ressaltou que as “metamorfoses” no cenário do trabalho não são “indolores” para os que trabalham e provocam erros frequentes, retrabalho, danificação de máquinas e queda de produtividade. 3 Outra grande consequência, de acordo com o professor, diz respeito à saúde dos trabalhadores, que leva à alta rotatividade nos postos de trabalho e aos casos de suicídio. 4“Trata-se de um cenário em que todos perdem, a sociedade, os governantes e, em particular, os trabalhadores”, avaliou. 1 Articulação entre econômico e social Para a coordenadora da Diretoria de Cooperação e Desenvolvimento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Christiane Girard, a problemática das relações de trabalho envolve também uma questão: 5qual o tipo de desenvolvimento que nós, como cidadãos, queremos ter? Segundo Christiane, é preciso “articular” o econômico e o social, como acontece na economia solidária. “Ela é uma das alternativas que aparecem e precisa ser discutida. 6A resposta do trabalhador se manifesta por meio do estresse, de doenças diversas e do suicídio. A gente não se pergunta o suficiente sobre o peso da gestão do trabalho”, disse a representante do Ipea. Adaptado de www.diariodasaude.com.br 10. (Uerj 2011) Dentre as palavras usadas no texto para descrever o novo regime de trabalho, uma delas implica uma contradição nos próprios termos, ou seja, uma palavra cuja composição contém elementos que se opõem. A palavra formada por elementos que sugerem sentidos opostos é: a) terceirização b) escolarização c) ultraespecialização d) multiespecialização www.refferencialcursos.com.br Profº.Ale Jamil 3 Curso do Ale Jamil Plantão 01 Português esses personagens, os que representam as classes superiores são caricaturados, cobrindo-se de ridículo, o que torna “o folguedo, em si mesmo, uma reivindicação”. Sílvio Romero recolheu os versos de um bumba-meu-boi, através dos quais se constata a intenção caricaturesca nos personagens do folguedo. Como o Padre, que recita: subordinados e dominantes, em todo o mundo. Mais do que tudo isso, a questão racial revela, de forma particularmente evidente, nuançada e estridente, como funciona a fábrica da sociedade, compreendendo identidade e alteridade, diversidade e desigualdade, cooperação e hierarquização, dominação e alienação. Octavio Ianni. Dialética das relações sociais. Estudos avançados, n. 50, 2004. Não sou padre, não sou nada “Quem me ver estar dançando Não julgue que estou louco; Secular sou como os outros”. Ou como o Capitão-do-Mato que, dando com o negro Fidélis, vai prendê-lo: 12. (Fuvest 2011) As palavras do texto cujos prefixos traduzem, respectivamente, ideia de anterioridade e contiguidade são a) “persistente” e “alteridade”. b) “discriminados” e “hierarquização”. c) “preconceituosos” e “cooperação”. d) “subordinados” e “diversidade”. e) “identidade” e “segregados”. “CAPITÃO – Eu te atiro, negro Eu te amarro, ladrão, Eu te acabo, cão.” Mas, ao contrário, quem vai sobre o Capitão e o amarra é o Fidélis: TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Quando a rede vira um vício “CORO – Capitão de campo Veja que o mundo virou Foi ao mato pegar negro Mas o negro lhe amarrou. Com o titulo "Preciso de ajuda", fez-se um desabafo aos integrantes da comunidade Viciados em Internet Anônimos: "Estou muito dependente da web, Não consigo mais viver normalmente. Isso é muito sério". Logo obteve resposta de um colega de rede. "Estou na mesma situação. Hoje, praticamente vivo em frente ao computador. Preciso de ajuda." Odiálogo dá a dimensão do tormento provocado pela dependência em Internet, um mal que começa a ganhar relevo estatístico, à medida que o uso da própria rede se dissemina. Segundo pesquisas recém-conduzidas pelo Centro de Recuperação para Dependência de Internet, nos Estados Unidos, a parcela de viciados representa, nos vários países estudados, de 5% (como no Brasil) a 10% dos que usam a web — com concentração na faixa dos 15 aos 29 anos. Os estragos são enormes. Como ocorre com um viciado em álcool ou em drogas, o doente desenvolve uma tolerância que, nesse caso, o faz ficar on-line por uma eternidade sem se dar conta do exagero. Ele também sofre de constantes crises de abstinência quando está desconectado, e seu desempenho nas tarefas de natureza intelectual despenca. Diante da tela do computador, vive, aí sim, momentos de rara euforia. Conclui uma psicóloga americana: "O viciado em internet vai, aos poucos, perdendo os elos com o mundo real até desembocar num universo paralelo — e completamente virtual". Não é fácil detectar o momento em que alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo da rede para estabelecer com ela uma relação doentia, como a que se revela nas histórias relatadas ao longo desta reportagem. Em todos os casos, a internet era apenas "útil" ou "divertida" e foi ganhando um espaço central, a ponto de a vida longe da rede ser descrita agora como sem sentido. Mudança tão drástica se deu sem que os pais atentassem para a gravidade do que ocorria. "Como CAPITÃO – Sou valente afamado Como eu não pode haver Qualquer susto que me fazem Logo me ponho a correr”. (Luiz Beltrão. Comunicação e folclore. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1971.) 11. (Unesp 2011) O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram (...) Nesta passagem, levando-se em conta o contexto, a função sintática e o significado, verifica-se que fazsono é a) substantivo. b) adjetivo. c) verbo. d) advérbio. e) interjeição. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A questão racial parece um desafio do presente, mas trata-se de algo que existe desde há muito tempo. Modifica-se ao acaso das situações, das formas de sociabilidade e dos jogos das forças sociais, mas reitera-se continuamente, modificada, mas persistente. Esse é o enigma com o qual se defrontam uns e outros, intolerantes e tolerantes, discriminados e preconceituosos, segregados e arrogantes, www.refferencialcursos.com.br Profº.Ale Jamil 4 Curso do Ale Jamil Plantão 01 Português a internet faz parte do dia a dia dos adolescentes e o isolamento é um comportamento típico dessa fase da vida, a família raramente detecta o problema antes de ele ter fugido ao controle", diz um psiquiatra. A ciência, por sua vez, já tem bem mapeados os primeiros sintomas da doença. De saída, o tempo na internet aumenta — até culminar, pasme-se, numa rotina de catorze horas diárias, de acordo com o estudo americano. As situações vividas na rede passam, então, a habitar mais e mais as conversas. É típico o aparecimento de olheiras profundas e ainda um ganho de peso relevante, resultado da frequente troca de refeições por sanduíches — que prescindem de talheres e liberam uma das mãos para o teclado. Gradativamente, a vida social vai se extinguindo. Alerta outra psicóloga: "Se a pessoa começa a ter mais amigos na rede do que fora dela, é um sinal claro de que as coisas não vão bem". Os jovens são, de longe, os mais propensos a extrapolar o uso da internet. Há uma razão estatística para isso — eles respondem por até 90% dos que navegam na rede, a maior fatia —, mas pesa também uma explicação de fundo mais psicológico, à qual uma recente pesquisa lança luz. Algo como 10% dos entrevistados (viciados ou não) chegam a atribuir à internet uma maneira de "aliviar os sentimentos negativos", tão típicos de uma etapa em que afloram tantas angústias e conflitos. Na rede, os adolescentes sentem-se ainda mais à vontade para expor suas ideias. Diz um outro psiquiatra: "Num momento em que a própria personalidade está por se definir, a internet proporciona um ambiente favorável para que eles se expressem livremente". No perfil daquela minoria que, mais tarde, resvala no vicio se vê, em geral, uma combinação de baixa autoestima com intolerância à frustração. Cerca de 50% deles, inclusive, sofrem de depressão, fobia social ou algum transtorno de ansiedade. É nesse cenário que os múltiplos usos da rede ganham um valor distorcido. Entre os que já têm o vicio, a maior adoração é pelas redes de relacionamento e pelos jogos on-line, sobretudo por aqueles em que não existe noção de começo, meio ou fim. Desde 1996, quando se consolidou o primeiro estudo de relevo sobre o tema, nos Estados Unidos, a dependência em internet é reconhecida — e tratada — como uma doença. Surgiram grupos especializados por toda parte. "Muita gente que procura ajuda ainda resiste à ideia de que essa é uma doença", conta um psicólogo. O prognóstico é bom: em dezoito semanas de sessões individuais e em grupo, 80% voltam a niveis aceitáveis de uso da internet. Não seria factível, tampouco desejável, que se mantivessem totalmente distantes dela, como se espera, por exemplo, de um alcoólatra em relação à bebida. Com a rede, afinal, descortina-se uma nova dimensão de acesso às informações, à produção de conhecimento e ao próprio lazer, dos quais, em sociedades modernas, não faz sentido se privar. Toda a questão gira em torno da dose ideal, sobre a qual já existe um consenso acerca do razoável: até www.refferencialcursos.com.br Profº.Ale Jamil duas horas diárias, no caso de crianças e adolescentes. Quanto antes a ideia do limite for sedimentada, melhor. Na avaliação de uma das psicólogas, "Os pais não devem temer o computador, mas, sim, orientar os filhos sobre como usá-lo de forma útil e saudável". Desse modo, reduz-se drasticamente a possibilidade de que, no futuro, eles enfrentem o drama vivido hoje pelos jovens viciados. Silvia Rogar e João Figueiredo, Veja, 24 de março de 2010. Adaptado. 13. (G1 - col.naval 2011) Marque a opção que obedece às regras de emprego do termo destacado. a) Por quê não há ainda uma dose ideal para o uso da internet os pais devem temê-la? b) Os psiquiatras e psicólogos procuram saber por quê o jovem fica conectado à web por uma eternidade. c) Investigar por que ter mais amigos na rede do que fora dela é um dos desafios levantados pelos psicólogos. d) Em relação à dependência da web, é preciso investigar porquê isso acontece, mas sempre com a intenção de agir em busca de soluções, e) Procura-se detectar porque alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo da rede para estabelecer com ela uma relação doentia. 5 Curso do Ale Jamil Plantão 01 Português Gabarito Profº.Ale Jamil Resposta da questão 8: [A] Resposta da questão 1: [D] Apenas em [A] existem dois neologismos originados de substantivos: o gerúndio “anfitriando” e o infinitivo “parentear”, derivados de anfitrião e parente. O gerúndio “Bonitando” tem origem em palavra de valor adjetivo (Bonito) e “desanimista” não apresenta configuração verbal. Em geral, a língua portuguesa permite grande liberdade quanto à posição do adjetivo no sintagma nominal, no entanto, com certos adjetivos, a anteposição assinala uma diferença semântica. Em [A], [C], [D] e [E], haveria mudança de sentido se fosse invertida a posição do adjetivo relativamente ao substantivo a que se refere, pois passariam a designar homem sem recursos materiais, esportista famosa, texto banal em forma poética e um entre vários, respectivamente. Apenas em [D] não haveria alteração de significado, pois o adjetivo “novo” continuaria com o mesmo sentido: com pouco tempo de existência. Resposta da questão 9: [D] Assim como “enxadachim” resulta da aglutinação dos substantivos enxada e espadachim, o neologismo “mudançarinos” é formado pela junção de mudança e dançarinos. As palavras “vitupérios”, “bebericava” e “malfadado” não constituem neologismos, pois encontram-se dicionarizadas e “tamanhoso” é derivada por sufixação ( tamanh+oso), o que invalida as opções [A], [B], [C] e [E]. Resposta da questão 2: Todas as palavras em negrito - excitação (de excitar), perversão (de perverso), alucinação (de alucinar) e deslumbramento (de deslumbrar) - são formadas por derivação sufixal, exceto a segunda da sequência - obsessão - que é palavra primitiva de raiz latina (obsessio). Em nenhuma das opções existe sequência de palavras que acompanhe o modelo do enunciado, pois na segunda posição de cada alternativa não existe palavra primitiva (votaçãoderivação sufixal, suavidade-derivação sufixal, ajuda- derivação regressiva, geração- derivação sufixal e medidor-derivação sufixal). Assim, não existe alternativa possível que atenda ao solicitado pela banca. Resposta da questão 10: [D] “Multi” é elemento de formação de palavras que sugere “muito”, um prefixo produtivo que, ao ser associado a “especialização”, gera a contradição do termo “multiespecialização”. Se a especialização sugere o conhecimento particular ou singular sobre uma determinada área do trabalho, o prefixo “multi” expressa multiplicidade. Resposta da questão 3: [C] Resposta da questão 11: [A] O artigo definido é determinante de objetos ou seres perfeitamente circunscritos e identificáveis, ou seja, específicos. Na sua ausência, o substantivo é mencionado de forma genérica. O termo “capitão-do-mato” é núcleo do sujeito da oração principal (“O capitão-do-mato… vai caçar os negros”) e apresenta três grupos nominais com a função de aposto (preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos), de onde se infere que, à semelhança de preador (predador) e assombro (assombração), o termo “faz-sono” (assassino) é um substantivo. Resposta da questão 4: [C] Apenas em c), as palavras destacadas pertencem à mesma classe gramatical, pois ambas são substantivos. Em a), a palavra “indicador” é adjetivo e substantivo, em b), “verão” é substantivo e verbo, em d), “cedo” é verbo e advérbio e em e), “leve” é verbo e adjetivo, respectivamente. Resposta da questão 12: [C] O prefixo “pre” significa “anterioridade”, “antecipação” no termo “preconceituosos”. Em “cooperação”, o prefixo “co” significa “contiguidade”, “junto a”. Resposta da questão 5: [C] Resposta da questão 13: [C] A c) está correta, já que “ Menino levado!” é uma locução interjetiva formada por substantivo e adjetivo que expressa indignação. “Levado” é o particípio passado do verbo levar com valor de adjetivo, “isso”, um pronome demonstrativo, “Querida”, um adjetivo formado do particípio passado do verbo “querer” e “legal”, uma gíria que exprime uma apreciação positiva, o que invalida as demais opções. Por que: início ou no meio da frase, em interrogações diretas ou indiretas, como pronome interrogativo (ou indefinido) preposicionado, equivalendo a: por qual razão. Por quê: final de frase ou oração, em interrogativa direta ou indireta, como pronome interrogativo (ou indefinido) preposicionado. Porque- respostas, introduzindo uma explicação ou uma causa, como uma conjunção coodenativa explicativa ou causal. Porquê: substantivo, sinônimo de motivo, razão, com um determinante. Assim, apenas c) está correta. Nas demais opções, os termos destacados deveriam ser todos substituídos por “por que” para obedecerem às regras gramaticais. Resposta da questão 6: [D] A conjunção coordenativa explicativa “pois” substituiria corretamente a palavra “que”, a qual desempenha a mesma função morfológica na frase em questão. Resposta da questão 7: [E] No primeiro quadro, Mafalda usa a forma verbal do verbo amar na voz reflexiva recíproca, ao contrário do que se afirma em e). Susanita, no segundo quadro, evidencia que não entendeu a intenção de Mafalda que pretendia dizer que as pessoas, no Natal, se amam mais, no sentido de umas às outras, o que é demonstrado pelo uso dos pronomes oblíquos “te” e “mim”. www.refferencialcursos.com.br 6 Curso do Ale Jamil