NOVO MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS DA AASHTO - APLICAÇÃO A PORTUGAL - Adelino Ferreira Fábio Simões Rui Micaelo ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO METODOLOGIA DE DIMENSIONAMENTO Tráfego Condições climáticas Estrutura do pavimento e propriedades dos materiais APLICAÇÃO ÀS ESTRUTURAS DO MACOPAV ANÁLISE DOS RESULTADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS INTRODUÇÃO Novo método de dimensionamento designado por Mechanistic-Empirical Pavement Design Guide (MEPDG) Foi desenvolvido ao mesmo tempo um software que permite a aplicação do método Dados de tráfego, dados do clima, estrutura do pavimento e propriedades dos materiais Previsão do comportamento (IRI, fendilhamento longitudinal, pele de crocodilo e rodeiras) Permitirá o posterior ajustamento da estrutura ou dos materiais em função dos resultados e dos objetivos a atingir METODOLOGIA DE DIMENSIONAMENTO TRÁFEGO Dados gerais Tráfego Médio Diário Anual (TMDA) Número de vias Percentagem de pesados em cada sentido e na via de dimensionamento Velocidade base Fatores de ajustamento Ajustamento mensal Distribuição das classes de pesados Distribuição horária de pesados Taxa de crescimento Dados técnicos dos pesados CONDIÇÕES CLIMÁTICAS Dados climáticos agregados no modelo designado Enhaced Integrated Climatic Model (EICM): Mês Dia Ano Hora de nascer do sol Hora de pôr do sol Radiação solar Hora Temperatura (ºF) Precipitação (in) Velocidade do vento (mph) Percentagem de luz de sol/nível de nebulosidade Profundidade do nível freático (ft) Ex.: 5 6 2011 6.56667 20.5500 3706.16 Ex.: 0 60.6 0.00 5.6 100 50 1 59.9 0.00 4.0 100 50 ESTRUTURA DO PAVIMENTO E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Dados da estrutura do pavimento por camada Tipo de camada Material Espessura Camadas betuminosas Distribuição granulométrica dos agregados Propriedades do betume Temperatura de referência Coeficiente de Poisson Percentagem de betume e de vazios Peso volumétrico Camadas granulares Distribuição granulométrica Módulo de deformabilidade ou CBR Coeficiente de Poisson APLICAÇÃO ÀS ESTRUTURAS DO MACOPAV Dimensionamento para uma vida útil de 20 anos Classes de Tráfego (T1 – T6) Classes de Fundação (F1 – F4) F1 – 30 MPa; F2 – 60 MPa; F3 – 100 MPa; F4 – 150 MPa Coeficiente de Poisson – 0,35 Velocidade base – 30 Km/h Camada de desgaste Pavimento P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 Camada de base betuminosa tCD (cm) Vbe (%) Va (%) tCB (cm) Vbe (%) Va (%) 4 4 4 4 5 5 4 5 5 6 5 6 5 6 6 6 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 6 8 12 14 14 16 18 17 19 18 20 20 23 22 24 26 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 Camada subbase granular E tCSB (cm) (MPa) 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 200 Solo de fundação E t CSF (cm) (MPa) 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 60 – 150 60 – 150 60 – 150 60 – 150 60 – 150 60 – 150 60 – 150 60 – 150 60 – 150 60 – 150 60 – 150 60 – 150 60 – 150 60 – 150 60 – 150 60 – 150 Solo natural tSN (cm) ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ ∞ E (MPa) 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 APLICAÇÃO ÀS ESTRUTURAS DO MACOPAV Estruturas alternativas para um pavimento flexível 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 40 4000 0,35 BD 40 4000 0,35 BD 40 4000 0,35 BD 40 4000 0,35 BD 50 4000 0,35 BD 50 4000 0,35 BD 40 4000 0,35 BD 50 4000 0,35 BD 50 4000 0,35 BD 60 4000 0,35 BD 50 4000 0,35 BD 60 4000 0,35 BD 50 4000 0,35 BD 60 4000 0,35 BD 60 4000 0,35 BD 60 4000 0,35 BD 60 4000 0,35 MB 80 4000 0,35 MB 120 4000 0,35 MB 140 4000 0,35 MB 140 4000 0,35 MB 160 4000 0,35 MB 180 4000 0,35 MB 170 4000 0,35 MB 190 4000 0,35 MB 180 4000 0,35 MB 200 4000 0,35 MB 200 4000 0,35 MB 230 4000 0,35 MB 220 4000 0,35 MB 240 4000 0,35 MB 260 4000 0,35 MB 200 200 0,35 SBG 200 200 0,35 SBG 200 200 0,35 SBG 200 200 0,35 SBG 200 200 0,35 SBG 200 200 0,35 SBG 200 200 0,35 SBG 200 200 0,35 SBG 200 200 0,35 SBG 200 200 0,35 SBG 200 200 0,35 SBG 200 200 0,35 SBG 200 200 0,35 SBG 200 200 0,35 SBG 200 200 0,35 SBG 200 200 0,35 SBG 1000 100 0,35 20 1000 100 0,35 20 1000 100 0,35 20 1000 100 0,35 20 1000 100 0,35 20 1000 100 0,35 20 1000 100 0,35 20 1000 100 0,35 20 1000 100 0,35 20 1000 100 0,35 20 1000 100 0,35 20 1000 100 0,35 20 1000 100 0,35 20 1000 100 0,35 20 1000 100 0,35 20 1000 100 0,35 20 Espessura total das camadas betuminosas (mm) 100 120 160 180 190 210 220 220 240 240 250 260 280 280 300 320 Numero estrutural 2,36228 2,63000 3,16544 3,43316 3,60639 3,87411 3,96860 4,00797 4,27569 4,31506 4,40955 4,58278 4,81113 4,85050 5,11822 5,38594 Camada de desgaste Camada de base Camada de subbase Fundação Espessura (mm) Módulo deform. (MPa) Coeficiente de Poisson Material Espessura (mm) Módulo deform. (MPa) Coeficiente de Poisson Material Espessura (mm) Módulo deform. (MPa) Coeficiente de Poisson Material Espessura (mm) Módulo deform. (MPa) Coeficiente de Poisson CBR (%) Ilustração: Legenda: BD - Betão betuminoso; MB - Macadame betuminoso; SBG - Sub-base Granular; CBR - California Bearing Ratio Nota: Na ilustração, a espessura da fundação não se encontra representada à escala APLICAÇÃO ÀS ESTRUTURAS DO MACOPAV Valores limite ao fim de 20 anos: Fendilhamento longitudinal – 200 m/km Pele de crocodilo – 20% Rodeiras nas camadas betuminosas – 15 mm Rodeiras em todo o pavimento – 20 mm IRI – 3500 mm/km RESULTADOS Classes T T6 T5 T4 T3 T2 T1 F NAVP P TMDAp Rodeiras (mm) Pele de crocodilo(%) (20 anos) Fendilhamento longitudinal (m/km) t (%) CB Total IRI (mm/km) F2 P3 150 3 1,47 10 6 14,1 0,81 5,1 12,1 1578 F3 P2 150 3 1,47 10 6 23,9 2,11 5,8 11,9 1591 F4 P1 150 3 1,47 10 6 16,0 2,91 5,8 11,4 1589 F2 P7 300 3 2,94 10 6 4,6 0,40 7,1 13,5 1605 F3 P4 300 3 2,94 10 6 23,1 0,82 7,6 12,7 1594 F4 P3 300 3 2,94 10 6 29,4 1,16 7,6 12,2 1583 F2 P11 500 4 5,44 10 6 3,0 0,41 9,1 15,2 1651 F3 P6 500 4 5,44 10 6 24,4 0,78 10,9 15,7 1670 F4 P5 500 4 5,44 10 6 40,7 1,05 11,2 15,5 1665 F2 P13 800 4 8,70 10 6 1,8 0,38 10,7 16,8 1687 F3 P9 800 4 8,70 10 6 16,8 0,64 12,4 17,3 1705 F4 P8 800 4 8,70 10 6 36,4 0,82 13,2 17,3 1706 F2 P15 1200 5 1,45 10 7 1,0 0,43 9,9 15,7 1665 F3 P12 1200 5 1,45 10 7 11,2 0,65 12,1 16,7 1690 F4 P10 1200 5 1,45 10 7 33,9 0,83 13,9 17,8 1719 F2 P16 2000 5 2,42 10 7 1,1 0,52 11,2 17,0 1697 F3 P14 2000 5 2,42 10 7 11,9 0,76 14,5 19,1 1750 F4 P12 2000 5 2,42 10 7 35,4 0,90 15,7 19,6 1765 RESULTADOS Fendilhamento longitudinal Variação entre 1,0 e 40,7 m/km Maior variação verifica-se na alteração da classe de fundação dentro da mesma classe de tráfego Variação de 14,1 a 23,9 m/km para a classe de tráfego T6 Valores muito longe do limite de 200 m/km RESULTADOS Pele de crocodilo Variação entre 0,38 e 2,91% Não existe grande variação A sua variação assume um comportamento aproximadamente linear Valores longe do limite de 20% 20% RESULTADOS Rodeiras nas camadas betuminosas Variação entre 5,1 e 15,7 mm Ultrapassa o limite de 15 mm no pavimento P12 (T1 F4) Nas restantes estruturas o valor fica abaixo do limite de 15 mm 15 mm RESULTADOS Rodeiras em todo o pavimento Variação entre 11,4 e 19,6 mm Valor do pavimento P12 (T1 F4) próximo do limite de 20 mm Para os dois tipos de rodeiras não existe uma grande variação dos valores dentro da mesma classe de tráfego 20 mm RESULTADOS IRI (irregularidade longitudinal) Variação entre 1578 e 1765 mm/km, valores longe do limite de 3500 mm/km Parâmetro com menor variação de valores Assume uma variação linear, exceto no primeiro ano 3500 mm/km CONSIDERAÇÕES FINAIS Os métodos de dimensionamento utilizados atualmente em Portugal não permitem prever a evolução do valor de cada parâmetro de estado dos pavimentos Este novo método já permite que as administrações rodoviárias possam acompanhar a evolução dos valores dos parâmetros de estado dos pavimentos Será necessário uma melhor otimização dos recursos disponíveis, principalmente na recolha de dados climáticos e organizá-los em ficheiros com formato próprio Verificou-se que a rodeira é o parâmetro mais condicionante Espera-se que além das Universidades, também as administrações rodoviárias e os projetistas de pavimentos iniciem a sua utilização no dimensionamento de novos pavimentos e na reabilitação de pavimentos degradados CONSIDERAÇÕES FINAIS http://modat.dec.uc.pt/