UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS
PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL E EM ÁREA PROFISSIONAL DA SAÚDE
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE-RAS
Santa Maria, RS, 2013.
PARTICIPANTES GRUPO 3
Bruna Munhoz; Bruno D. Reginatto; Camila Mallmann; Clarissa
Selau; Clarissa Potter; Cristiane Rigon Mizdal; Francine Ziegler
Leal; Giordana Predebon Possebon; Leonardo Dachi; Letícia
Lopes; Milena Cervo Cassol; Priscila Oliveira de Camargo;
Raphael Machado; Rita Carolina; Rodrigo Leon.
A Rede caracteriza-se pela formação de relações
horizontais entre os pontos de atenção com o centro
de comunicação na Atenção Primária à Saúde
(APS), pela centralidade nas necessidades em
saúde de uma população, pela responsabilização na
atenção contínua e integral, pelo cuidado
multiprofissional, pelo compartilhamento de objetivos
e compromissos com os resultados sanitários e
econômicos.
As propostas de RAS são recentes, tendo origem
nas experiências de sistemas integrados de saúde,
surgidas na primeira metade dos anos 90 nos
Estados Unidos. Dali, avançaram pelos sistemas
públicos da Europa Ocidental e para o Canadá, até
atingir,
posteriormente,
alguns
países
em
desenvolvimento.
Na realidade, a proposta de RAS é quase
centenária, já que foi feita, pela primeira vez, no
Relatório Dawson, publicado em 1920 (DAWSON,
1964).
A implantação das RAS convoca mudanças radicais
no modelo de atenção à saúde praticado no SUS e
aponta para a necessidade da implantação de novos
modelos de atenção às condições agudas e
crônicas, alguns experenciados com sucesso, em
outros países e que devem e podem ser adaptados
à realidade de nosso sistema público.
FUNDAMENTOS
As RAS, como outras formas de produção econômica,
podem ser organizadas em arranjos produtivos híbridos
que combinam a concentração de certos serviços com a
dispersão de outros.
Em geral, os serviços de menor densidade tecnológica
como os de atenção primária à saúde devem ser
dispersos; ao contrário, os serviços de maior densidade
tecnológica,
como
hospitais,
unidades
de
processamento de exames de patologia clínica,
equipamentos de imagem etc., tendem a ser
concentrados (WORLD HEALTH ORGANIZATION,
2000).
Desde o início da construção do SUS está colocado
o desafio de trabalhar redes integradas de saúde.
A ideia de Rede está implícita nos princípios e
diretrizes do SUS, e na Lei 8080.
A Rede de Atenção à Saúde é fundamental para
garantir acesso universal dos cidadãos aos serviços
e ações de saúde, de acordo com suas
necessidades, e para oferecer atenção integral.
PACTO PELA SAÚDE
O Pacto pela Saúde, na sua dimensão do Pacto de
Gestão estabelece a necessidade de desenhar
redes regionalizadas de atenção a saúde,
organizadas nos territórios das Regiões de Saúde.
A Rede de Ações e Serviços de Saúde deve
assegurar os princípios de universalidade do
acesso, equidade e integralidade.
Para viabilizar o SUS na vida real os gestores
municipais, estaduais, e federais precisam investir
na construção de Redes de Atenção a Saúde, tanto
no território do Município como no território regional,
estadual, e nacional.
As redes, correspondem à articulação entre serviços
e sistemas de saúde, e às relações entre atores que
aí atuam, mediante relações de interdependência
entre os pontos da Rede.
OBJETIVO DA RAS
Promover a integração sistêmica, de ações e
serviços de saúde com provisão de atenção
contínua, integral, de qualidade, responsável e
humanizada, bem como incrementar o desempenho
do sistema em termos de acesso, equidade, eficácia
clínica e sanitária; e eficiência econômica.
O conceito da Rede é apresentado abaixo:
ELEMENTOS DA REDE DE
ATENÇÃO À SAÚDE
A operacionalização da RAS se dá pela interação dos seus
elementos constitutivos:
(1) POPULAÇÃO ADSCRITA a um determinado território (região
de saúde)
(2) ESTRUTURA OPERACIONAL, que inclui:
a) Pontos de atenção em saúde:
• Unidades de Atenção Básica – centros de comunicação
• Pontos de atenção secundários e terciários
• Sistemas de apoio diagnóstico e terapêutico
b) Sistemas transversais que conectam os pontos de atenção
• Sistemas logísticos: identificação usuário; centrais de regulação;
registro eletrônico e sistema de transporte sanitário
• Sistemas de governança: institucional, gerencial e de
financiamento
(3) MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE, modelo lógico que
organiza o funcionamento da RAS.
Como podemos fazer para promover o trabalho em Rede:

Se guiar através das linhas de cuidado, através da corresponsabilização do cuidado em saúde;

Sair da lógica do encaminhamento;

Diminuir a burocratização;

Qualificar e fortalecer o acolhimento e o vínculo dos usuários com suas unidades de referência;

Mapear os percursos dos usuários na Rede, para poder ter maior compreensão e resolubilidade dos
casos;

Promover o encontro entre os serviços, para discussão de casos, troca de saberes e experiências;

Melhorar a comunicação entre os serviços;

Ajudar a divulgar as ações que os serviços realizam em seus campos e territórios;

Atendimento compartilhado entre campos e núcleos;

Trabalhar as redes internas e externas dos serviços;

Acionar e corresponsabilizar a rede pessoal do usuário - família, comunidade.
Referências:
http://portal.saude.gov.br/ Rede de Atenção à Saúde – RAS.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE; EUGÊNIO
VILAÇA MENDES, maio 2007.
Mendes, Eugênio Vilaça - As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça.
Mendes. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, Brasília, 2011.549 p.: il.
Rede de Atenção à Saúde, Aparecida Linhares Pimenta, contribuições de Silvio
Fernandes, CONASEMS.
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