NUTRIÇÃO NO IDOSO Julio Cesar Moriguti Professor Doutor da Divisão de Clínica Médica Geral e Geriatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Diretor Científico da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – Seção São Paulo. Contato: Avenida Bandeirantes, 3900. Departamento de Clínica Médica CEP 14049-900 – Ribeirão Preto, SP. Tel: 0xx (16) 602-2464 – e-mail: [email protected] Fernando Dipe de Matos Médico Geriatra – Pós-Graduando (nível Mestrado) em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Contato: ídem e-mail: [email protected] Júlio Sérgio Marchini Professor Associado da Divisão de Nutrição Clínica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Contato: ídem e-mail: [email protected] Eduardo Ferriolli Professor Doutor da Divisão de Clínica Médica Geral e Geriatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Contato: ídem e-mail: [email protected] INTRODUÇÃO O envelhecimento está relacionado com alterações fisiológicas que afetam a necessidade de vários nutrientes. Enquanto o impacto das alterações relacionadas ao envelhecimento na fisiologia e metabolismo tem sido extensivamente avaliado em estudos farmacológicos, somente nas últimas duas décadas que muitas pesquisas têm sido conduzidas para definir o impacto destas alterações nas necessidades nutricionais humanas1. O estado nutricional do idoso é também dependente das condições sociais e é influenciado pela presença de doenças crônicas e uso de medicações, que podem algumas vezes, gerar interações indesejáveis com os nutrientes2. As alterações fisiológicas do envelhecimento, incluem alterações endócrinas, gastrointestinais, renais e musculares e podem afetar as necessidades de nutrientes. Necessidades energéticas diminuem com o envelhecimento como resultado de alterações do metabolismo basal e atividade física. A necessidade basal não está sob comando do indivíduo, mas o gasto energético no exercício físico varia de acordo com os padrões de atividade. Atividade física pode ter uma responsabilidade maior na manutenção do balanço energético3. Perdas sensoriais que ocorrem com o envelhecimento podem resultar em consumo de uma dieta mais monótona. Ocorre um declínio progressivo da disfunção do paladar e olfato em idosos. Infelizmente, no cuidado do idoso doente e frágil, os aspectos de nutrição e hidratação são renegados a uma posição inferior no ranking das prioridades de avaliação e tratamento. Em hospitais e clínicas de repouso e na comunidade, pacientes idosos podem receber uma variedade de intervenções médicas complexas e dispendiosas financeiramente, como por exemplo: suporte ventilatório mecânico, enquanto a rotina de avaliação de necessidades de fluidos e nutrientes é negligenciada. Por que a nutrição não é mais claramente reconhecida como prioridade para o idoso pelos outros profissionais de saúde que não sejam da área da nutrição? A necessidade por avaliação e intervenção nutricional é particularmente crucial neste grupo etário, em quem a incidência de doenças crônicas é muito prevalente e uma infinidade de fatores sociais e econômicos aumentam a possibilidade de erro nutricional. Os resultados destes estudos freqüentemente indicam que os indivíduos idosos estão em risco nutricional ou em risco de desnutrição. Considerações sobre nutrição são fundamentais para o entendimento do desenvolvimento saudável e envelhecimento bem sucedido. O conhecimento relacionado a alimentação e nutrição para prevenção de doença e manutenção da saúde tem alcançado níveis que a avaliação e o planejamento nutricional são mandatórios no acompanhamento do paciente. Estudos populacionais prévios sobre o estado nutricional de idosos institucionalizados demostraram uma alta prevalência de desnutrição calórica, protéica e de micronutrientes, freqüentemente refletindo, bem como colaborando para os sintomas clínicos de doenças crônicas e também representando isolamento associado com as características sociais e econômicas da idade. O enfoque sobre nutrição e envelhecimento tem ultrapassado os limites da prevenção da pobreza e da subnutrição e alcançado o papel crítico da alimentação e fatores nutricionais no sucesso do envelhecimento, na prevenção do declínio funcional e das doenças associadas com a idade. Os idosos apresentam dificuldades de manutenção do equilíbrio do balanço energético, quando exposto a um período de restrição calórica pela dieta4, e talvez por isso, também diante de uma perda de peso, voluntária ou não, estes idosos também apresentam dificuldade de restabelecer ao peso anterior5. Atualmente, quanto as recomendações da ingestão diária de nutrientes, ao invés de ser baseada na quantidade de nutrientes para prevenir a ocorrência de um estado de deficiência, as novas recomendações são baseadas na quantidade de nutrientes necessárias para, ou prevenir a ocorrência de uma doença crônica ou otimizar uma função fisiológica6. GASTO ENERGÉTICO Durante a vida adulta há uma diminuição no gasto energético total. Isto é devido a uma combinação de gasto energético basal diminuído, atividade física diminuída e termogênese possivelmente diminuída. A diminuição do gasto energético basal está relacionada a diminuição de massa magra incluindo músculo e cérebro. A redução do gasto energético pela atividade física está associada com a alta incidência de doenças incapacitantes. A atividade física é a mais variável dos componentes do gasto energético total e, desta forma, das necessidades calóricas. Através de recentes estudos sobre necessidade energética avaliada por água duplamente marcada pode ser concluído que as recomendações das necessidades energéticas do idoso, mundialmente utilizadas, estão subestimadas7. NECESSIDADES NUTRICIONAIS O envelhecimento resulta em uma significante diminuição da necessidade de energia8. O principal mecanismo é uma diminuição do gasto energético em repouso como conseqüência do declínio da massa muscular. A redução da função da tireóide não parece contribuir com a redução da necessidade energética de pessoas mais idosas. Diminuição da necessidade de energia também resulta da diminuição da atividade física a qual tem sido demonstrada longitudinalmente em homens e confirmado em mulheres9. A diminuição na atividade física está relacionada com a coexistência de doenças ósseas e articulares, perda de estabilidade postural e doenças crônicas que podem limitar a atividade como a insuficiência coronariana e a claudicação intermitente. O apetite também é afetado em pessoas mais velhas. Em reposta a um jejum, idosos aparentam ter menos fome do que pessoas jovens e a saciedade ocorre mais rapidamente10. Alterações no apetite podem estar relacionadas com redução do esvaziamento gástrico. Outras alterações hormonais podem também ser importantes. Em animais velhos, a saciedade ocorre mais rapidamente em reposta ao aumento da colecistoquinina circulante. Por outro lado, reduções em opióides, neuropeptídeos Y, hormônio sexual, e concentração de insulina, com o envelhecimento podem também contribuir com a redução do apetite. Uma inabilidade para desenvolver uma resposta no apetite tem sido sugerido como o mecanismo responsável pela dificuldade de idosos em readquirir o peso perdido11. O envelhecimento também afeta a qualidade hedônica do alimento. Alteração no odor e paladar podem também afetar negativamente o apetite12. A ingestão energética total é determinada primeiramente pela necessidade de energia. Portanto uma redução de 30% na necessidade de energia será acompanhada por 30% na redução de ingestão de alimentos. Esta redução na ingestão calórica em idosos tem sido confirmada tanto em estudo transversal como em longitudinal13. Através de estudos epidemiológicos de ingestão dietética de indivíduos idosos saudáveis, verifica-se freqüentemente evidências de ingestão deficiente. Em contraste, avaliações bioquímicas do estado nutricional indicaram que deficiências significativas de macro e micronutrientes são raras em pessoas idosas saudáveis14,15. Isto é explicado pelo fato de que uma inadequada ingestão dietética de um nutriente é determinada pela comparação da ingestão atual com a recomendação dietética permitida para aquele nutriente. A recomendação diária permitida é geralmente muito mais alta do que uma ingestão que poderia resultar em uma deficiência nutricional. Todavia, a diminuição da ingestão resulta numa reduzida capacidade de reserva. Na presença de doença, com aumento das necessidades energéticas, ou por causa do declínio da ingestão causada pela anorexia, graves deficiências nutricionais são muito comuns em pacientes idosos em hospital ou institucionalizados, com doenças agudas ou crônicas. CARBOIDRATOS Os carboidratos são compostos orgânicos formados por carbono, hidrogênio e oxigênio com a fórmula geral CnH2nOn. Podem ser classificados em monossacarídeos (glicose, frutose e galactose), dissacarídeos (sacarose, maltose, lactose), poliálcoois (sorbitol, manitol e xilitol) e os polissacarídeos que são uniões de unidades de glicose (amido, dextrina, glicogênio e celulose). O amido e o glicogênio são digeríveis enquanto os outros polissacarídeos o são parcialmente ou até mesmo indigeríveis. O papel primário dos carboidratos (açucares e amido) é fornecer energia às células especialmente às que dependem quase que exclusivamente de glicose como os neurônios16. A Recommended Dietary Allowance (RDA) de carboidratos para idosos é a mesma dos adultos jovens (130 g/dia) baseado na utilização média de glicose pelo cérebro. Este nível de ingestão, contudo, é habitualmente excedido para compensar as proporções de consumo aceitas para gorduras e proteínas. A média de consumo de carboidratos é aproximadamente 200 a 330 g/dia para homens e 180 a 230 g/dia para mulheres. Segundo as Acceptable Macronutrient Distribution Ranges (AMDRs) recomenda-se que os lípides e os carboidratos constituam 20 a 35% e 45% a 65% da dieta, respectivamente16. As recomendações dietéticas, apesar de semelhantes, não avaliam isoladamente populações idosas, especialmente aquelas muito idosas. Temos encontrado dificuldades na determinação das reais necessidades de macronutrientes na terceira idade. A heterogeneidade física, econômica, social e cultural bem como as alterações fisiológicas do metabolismo oxidativo e das proteínas, obstruem o caminho de bons trabalhos científicos para padronização de recomendações exclusivas para esta faixa populacional16,17. As alterações fisiológicas no metabolismo dos carboidratos é um tema ainda pouco explorado na terceira idade assim como os mecanismos responsáveis pela sua regulação e pela determinação da normalidade glicêmica. Há, no entanto, evidências convincentes de diminuição na tolerância à glicose da terceira até a nona década de vida levando a pequenos aumentos nos valores glicêmicos em jejum e em testes de tolerância à glicose e, conseqüente, aumento percentual de idosos com subdiagnóstico de diabetes ou glicemia de jejum alterada18,19. Acredita-se num aumento de 8% e 6% na glicemia de jejum em homens e mulheres, respectivamente, após a sétima década. Foi observado um aumento nos valores da hemoglobina glicosilada como efeito da diminuição da tolerância à glicose estudando mais de 7000 japoneses durante o envelhecimento20. Os principais mecanismos determinantes destas alterações não estão totalmente elucidados. Postula-se que o aumento na resistência periférica à insulina, semelhante ao que ocorre no diabetes tipo II, seja o protagonista desta evolução. Assim sendo, fatores como sedentarismo, erros alimentares e obesidade (especialmente a abdominal), freqüentemente encontrados na terceira idade, podem contribuir classicamente para acentuar o distúrbio original. A intolerância à utilização dos carboidratos durante o envelhecimento fisiológico parece ser conseqüência da maior resistência periférica à insulina causada por um defeito no pós-receptor da mesma nos tecidos periféricos. Por outro lado, parece haver consenso geral de que a secreção de insulina não se altera com o envelhecimento21,22,23. Outras alterações na homeostase dos carboidratos estão sendo descritos e elucidados. Apesar do maior percentagem de gordura, os idosos utilizam preferencialmente carboidratos à gordura corporal. Essa menor atividade lipolítica tem levantado hipóteses para o ganho de peso e acúmulo de gordura em determinados segmentos do corpo durante o envelhecimento24. Futuros conhecimentos a respeito do envelhecimento do arsenal metabólico, do comportamento e utilização dos carboidratos associados à maior homogeneidade desta população em franco crescimento, trarão informações a respeito das necessidades energéticas diárias e da abordagem preventiva contra doenças do metabolismo glicêmico. FIBRAS As fibras são polissacarídeos não amiláceos, compostos de origem vegetal, pouco disponíveis como fonte de energia por não serem pouco hidrolisados por enzimas do intestino humano. Entre os materiais vegetais indigeríveis incluem componentes da parede celular (celulose, hemicelulose e pectina) e substâncias outras secretadas pelos vegetais como gomas, mucilagens e polissacarídeos de algas. De acordo com suas propriedades físicas, podem ser classificadas em solúveis (pectina, mucilagens e algumas hemiceluloses) e insolúveis (celuloses e hemiceluloses). As pectinas são encontradas em frutas e vegetais. Outras formas de fibras solúveis ocorrem em farelo de aveia, cevada e leguminosas. A relação das fibras solúveis com o trato gastrointestinal está na sua habilidade de reter água e formar géis além de servir como substrato para fermentação de bactérias. Retardam o esvaziamento gástrico tornando mais lento a digestão e absorção dos alimentos além de diminuir os níveis séricos de colesterol. As fibras insolúveis têm sua maior fonte nas camadas externas dos grãos de cereais. Outras funções das fibras são a estimulação da mastigação, salivação e secreção gástrica; o aumento do bolo fecal e, normalmnete, a otimização do tempo de trânsito intestinal25. É relativamente freqüente a queixa de constipação intestinal entre idosos por motivos como erros alimentares, imobilização, deficiência no aporte hídrico, doença diverticular, distúrbios motores entre outros. Ambas as fibras solúveis e insolúveis contribuem para aumentar o bolo fecal através da absorção de água. As fibras insolúveis, em particular, parece normalizar o tempo de trânsito em idosos com constipação e prolongando-o naqueles com trânsito rápido ou diarréia. Outras doenças do cólon são afetadas pelos níveis aumentados de fibras na dieta entre elas a doença diverticular e o câncer de cólon e de reto. A redução na quantidade de fibras da dieta parece estar associada à maior incidência de câncer de cólon por mecanismos ainda incertos como a redução no tempo de exposição de carcinógenos ao tubo digestivo e por influência de componentes específicos das próprias fibras. No entanto, faltam melhores níveis de evidência científica que garantam estas informações26. O aumento no consumo de fibras proveniente de cereais, frutas e vegetais em fases tardias da vida está associado à redução na incidência de eventos cardiovasculares, reforçando a orientação para aumento no consumo de fibras na terceira idade. O consumo de fibras na dieta, especialmente as solúveis, podem abaixar os níveis de colesterol e ajudar a normalizar os níveis sangüíneos de glicose por interferir na absorção do primeiro e por reduzir os picos de hiperglicemia pós prandial, fazendo com que estas dietas façam parte da abordagem terapêutica para diabéticos de portadores de doenças cardiovasculares. Estas fibras aumentam o tempo de esvaziamento gástrico resultando no aumento da saciedade e ajudando no controle de peso de pacientes obesos. Ainda não estão claros os trabalhos que mostram que as fibras possam reduzir a incidência de pólipos de cólon27,28,29,30. Segundo as recomendações da American Dietetic Association, a ingestão de fibras deve ser de 20 a 35 g/dia para adultos e idosos porém, acredita-se que valores inferiores sejam consumidos pela maioria da população. 104. MALMBERG, K. J., LENKEI, R., PETERSSON, M. et al. A short-term dietary supplementation of high doses of vitamin E increases T hepler 1 cytokine production in patients with advanced colorectal cancer. Clin Cancer Res, 8(6):1772-1778, 2002. 105. MEYDANI, S. N., BARKLUND, M. P., LIU, S. et al. Vitamin E supplementation enhances cell-mediated immunity in healthy elderly subjects. Am J Clin Nutr, 52(3):557-563, 1990. 106. FLETCHER, A. E., BREEZE, E., SHETLY, P. S. 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