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PROPOSTA CURRICULAR E SUA ARTICULAÇÃO COM O MUNDO DO
TRABALHO
Cleide Izamar Benvenutti1
Eliane Iara Bendix2
RESUMO
Este artigo apresenta o resultado de estudos teóricos realizados no Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE/) da Secretaria de Estado da Educação do
Paraná.Os reflexos das mudanças ocorridas com a globalização e a formação que a
Escola Professora Maria Aparecida Nisgoski oferece no curso Técnico em
Administração Integrado, refletem os anseios dos jovens para o ingresso no
processo produtivo. Tendo como objetivo principal a análise, colhida através de
questionamentos reflexivos, respondidos por professores, alunos e empresários
locais, se os programas das disciplinas técnicas, do curso em questão, atendem às
expectativas dos alunos para serem inseridos no mundo do trabalho. Nas ações
realizadas, os alunos contribuíram com suas experiências para enriquecer o que já
está posto, incentivando o abandono da concepção de aluno receptor de
informações em benefício da concepção de aluno construtor de seu conhecimento, a
partir da reflexão e indagação sobre sua própria prática e em função da mesma.
Como resultado dessa reflexão concluiu-se que os conteúdos atendem às
expectativas dos alunos, mas sugere-se o acréscimo de alguns conteúdos em forma
de projetos ao longo do ano, oportunizando a estes uma melhor qualificação ao
competitivo mundo do trabalho.
Palavra chave: Currículo; educação; mundo do trabalho.
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Professora PDE e Professora do Curso Técnico em Administração do Colégio Estadual Profª. Maria
Aparecida Nisgoski - Castro– Pr.
2
Mestra/Professora do Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Estadual de Ponta
Grossa. Orientadora do PDE/2008.
2
ABSTRACT
This article presents the results of theoretical studies carried out in the Educational
Development Program (EDP /) of the State Department of Education Paraná.Os
reflections of the changes caused by globalization and the training that the School
Professor Maria Aparecida Nisgoski offers the course in Technical Management
Integrated, reflect the aspirations of young people for entry into the production
process. Having as main objective the analysis gathered through reflective questions,
and answered by teachers, students and local entrepreneurs, the programs of
technical disciplines, the course in question meet the expectations of students to be
entered into the world of work. In actions, the students contributed their experiences
to enrich that which is laid, by encouraging the abandonment of the concept of a
student receiving information for the benefit of the student's conception constructor of
his knowledge, from the reflection and inquiry about their own practices and based
thereon. As a result of this reflection was found that the contents meet the
expectations of students, but suggested the addition of some content in the project
throughout the year, giving opportunity to those better qualified to the competitive
world of work.
Keyword: Curriculum, education, working world.
1 INTRODUÇÃO
Os cursos técnicos extintos no Estado do Paraná no governo de Jaime Lerner
foram retomados no governo de Roberto Requião. Esta nova versão trouxe mudança
nas propostas curriculares, as quais foram questionadas pelos professores que
mantinham suas dúvidas com relação à articulação destas propostas com as
necessidades de qualificação voltadas ao mercado profissional. A preocupação
maior centrava-se na constatação de que os estudantes que optavam por esta
modalidade de ensino, seja em sua forma integrada ao ensino médio ou na forma de
pós-médio destinado a alunos egressos do Ensino Médio que desejam dar
continuidade aos estudos, tinham como objetivo qualificar-se para a disputa de uma
vaga de emprego.
Considerando que o profissional que deseja ocupar um posto de trabalho
deve observar o que acontece a sua volta, estar atento às mudanças e atualizandose constantemente, cabe à escola através de sua proposta curricular estabelecer o
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desenvolvimento
das
aptidões
necessárias
ao
acompanhamento
de
tais
transformações, já que é por perceber a necessidade de maior nível de escolaridade
e atualização que cada vez mais as pessoas estão buscando o ensino
profissionalizante.
Os questionamentos levantados pelos professores envolvidos centravam-se
na necessidade de haver a interação da proposta curricular no que se refere aos
conteúdos teóricos e práticos e as exigências do mercado no momento das
contratações. A dúvida maior era saber se a formação que a escola está oferecendo
é a desejada pelas empresas para preencher suas vagas de trabalho e se é esta a
formação pretendida pelo aluno que procura o ensino profissional. Estas perguntas
levaram a equipe ligada ao curso técnico a considerar a necessidade de articulação
dos sujeitos envolvidos: alunos, professores, escola e empresa – e para que esta
articulação acontecesse de forma satisfatória, considerou-se a realização de análise
da proposta curricular junto a estes segmentos.
Na realização dessa investigação foram necessários estudos sobre a
proposta curricular com o corpo docente das disciplinas técnicas para verificar se a
ementa e os objetivos dos conteúdos das disciplinas técnicas do Curso Técnico
Integrado em Administração do Colégio Estadual Professora Maria Aparecida
Nisgoski, atendem as necessidades dos alunos no que se refere a uma melhor
qualificação para o mundo do trabalho. Organizou-se então um questionário no mês
de novembro/2008, para que os professores das disciplinas abaixo relacionadas,
respondessem:
Contabilidade
Geral,
Contabilidade
Gerencial, Administração
Financeira e Orçamentária, Análise e Projetos, Teoria Econômica, Administração de
Pessoal, Administração Estratégica e Planejamento, Teoria Geral da Administração,
Administração de Marketing e Vendas, Administração de Produção e Materiais,
Sistema
de
Informação
e
Gerenciamento,
Fundamentos
Psicossociais
da
Administração e Metodologia Técnica e Pesquisa.
Na ação seguinte, os professores apresentaram todos os conteúdos
programáticos de suas disciplinas aos alunos para que estes pudessem analisar,
discutir e fazer uma inter-relação destes com as outras disciplinas e a importância
destes conteúdos em sua vida profissional. Esta ação possibilitou a compreensão da
forma como as teorias e as práticas precisam estar articuladas, que os diversos
conhecimentos propostos no currículo não estão isolados, mas sim fazem parte de
um todo que é pensado meticulosamente a fim de proporcionar um amplo
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conhecimento que possa ser utilizado em sua vida profissional.
A seguir, os alunos, através da aplicação de um questionário com
empresários locais dos setores industrial, comercial e prestação de serviços fizeram
um levantamento do perfil profissional e grau de escolaridade exigido pelas
empresas no momento da contratação, das causas que levam à demissão de
funcionários e o motivo da contratação de pessoas de outras localidades. Esta
etapa, além de levar os alunos a tomarem conhecimento das necessidades dos
empresários também contribuiu para que estes empresários percebessem a
preocupação da escola com a formação profissional dos alunos, bem como o
interesse na qualificação adequada destes.
Como complemento, no intuito de subsidiar os alunos em suas reflexões
sobre o currículo, realizou-se uma palestra com o título: Empregabilidade e o mundo
do trabalho, proferida pela Professora e Psicóloga Amarilda Estefanuto Kmiec, que
atua no INEC – Faculdade de Castro, na área de Recursos Humanos. A palestra
contribuiu para que os alunos tomassem conhecimento sobre o perfil desejado dos
trabalhadores que as empresas estão buscando, também evidenciou que os estudos
por si só não são garantia de emprego, mas há tendências que sendo bem
observadas podem se tornar importantes para o acesso a carreira profissional, entre
elas, destacou-se a capacidade contínua de se adaptar, mudar e ter a sensibilidade
e flexibilidade que darão ao profissional a praticidade de ações necessárias para
enfrentar desafios gerados no ambiente de trabalho.
Para a compreensão do que cerca as questões do currículo, faz-se
necessário uma reflexão do significado da educação e do trabalho na vida do
homem, considerando os diversos aspectos que o trabalho já tomou no decorrer da
história, o que é exigido hoje em termos profissionais e qual é o papel da escola
neste processo.
2 TRABALHO, EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
2.1 AS TRANSFORMAÇÕES DOS MEIOS DE PRODUÇÃO NA HISTÓRIA DA
HUMANIDADE
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As palavras trabalho e emprego comumente são utilizadas de forma genérica,
como se tivessem o mesmo significado, porém é sabido que o trabalho surgiu com o
homem, quando este precisou procurar formas para garantir sua subsistência, “(...) o
homem tornou-se cada vez mais hábil e pôde utilizar as mãos como instrumento de
trabalho.” (VICENTINO, 1997, p.283). A cada período pode-se perceber a evolução e
os progressos alcançados pelo homem no desenvolvimento de seus instrumentos de
trabalho e relações de produção, como percebemos no período denominado
feudalismo, onde:
“A sociedade feudal estruturava-se basicamente em senhores x servos. As
relações de produção no feudalismo (relações servis) baseava-se na
propriedade do senhor sobre a terra e um grande poder sobre o servo. Os
servos não eram como os escravos: eles cultivavam um pedaço de terra
cedido pelo senhor, sendo obrigados a pagar a ele impostos, rendas e ainda
trabalhar as terras que o senhor conservava para si. O servo tinha o
usufruto da terra, ou seja, parte do que a terra produzia era dele. Assim
trabalhava uma parte do tempo para si e outra para o senhor. (OLIVEIRA,
2001, p. 107).
Este modo de produção que se desenvolveu na Europa por um longo período
de tempo foi se modificando com o início da produção capitalista, inicialmente o
capitalismo mercantil, como afirma Mocellin (p.188): “Nos séculos XV e XVI ocorreu
a expansão comercial européia com o fluxo de enormes riquezas para a Europa. Em
meio a estas mudanças econômicas ocorriam transformações sociais, políticas e
culturais”. O trabalho artesanal desenvolvido neste período foi passando por
transformações. Até o início do período denominado “Revolução Industrial” o
trabalho do homem foi marcado pela sua forma mais humana, ou seja, o homem era
o detentor de todo o processo produtivo. Com o advento da Revolução Industrial
ocorrem profundas mudanças nas relações de trabalho. Como define Vicentino,
(1997, p.284):
“A partir da segunda metade do século XVIII, iniciou-se na Inglaterra a
mecanização industrial, desviando a acumulação de capitais da atividade
comercial para o setor de produção. Esse fato trouxe grandes mudanças, de
ordem
tanto
econômica,
quanto
social,
que
possibilitaram
o
desaparecimento dos restos do feudalismo ainda existentes e a definitiva
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implantação do modo de produção capitalista.Os detentores do capital
compram a mão de obra que reproduz sua riqueza. Este modo de produção,
é o modo capitalista, como define Singer (1995, p. 07)”
O entendimento da definição do capitalismo – sistema sócio econômico em
que meios de produção são propriedade duma classe social em contraposição à
outra classe de trabalhadores não proprietários (...) encontram-se alguns fios que
poderão nos conduzir a sua essência. Um deles é a concorrência pelo dinheiro visto
como representante da riqueza. Todos querem dinheiro, porque com ele tudo pode
ser comprado.
Com as transformações ocorridas o homem passa a vender sua força de
trabalho, surge então a ideia do “emprego” o qual sugere relação estável e mais ou
menos duradouro entre empresa e empregado. Este caráter de estabilidade deve-se
ao contrato que é firmado e que se configura como um vínculo que estabelece
benefícios, porém em contrapartida há a exigência e o dever de subordinação, o
cumprimento de regras e ordens e a aceitação do valor de pagamento determinado
pelo empregador. A escassez de trabalho e as necessidades de sobrevivência levam
o trabalhador a aceitar tais condições e sentir-se até confortável e seguro diante
dela, mesmo consciente de sua exploração. Esta relação de trabalho, porém sofreu
significativas modificações:
“Os estudos sobre os impactos sociais das atuais inovações tecnológicas,
organizacionais e gerenciais, introduzidas nos processos de trabalho sobre
o perfil da força laboral, parte do pressuposto de que o trabalho linear,
segmentado, padronizado e repetitivo, característico do padrão tecnológico
taylorista e fordista, têm sido substituídos por uma nova modalidade
marcada pela integração e pela flexibilidade.” (MACHADO, 2003, p.169)
O trabalho repetitivo muda de aspecto e a ciência do conhecimento passa a
tomar espaço. Esta mudança é fruto da globalização e dos avanços tecnológicos, os
quais acirraram a competitividade, eliminando postos e níveis hierárquicos exigindo
uma nova formação do trabalhador. Relativamente à economia mundial, verifica-se
que nas últimas décadas ocorreram profundas mudanças, as quais vêm sendo
apontadas por estudiosos como o período de transição de uma Sociedade Industrial
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para uma Sociedade do Conhecimento. Acrescenta-se aos recursos utilizados na
produção da terra, capital e trabalho o conhecimento, que modifica a forma de
valorizar o ser humano.
O uso do conhecimento vem valorizando as organizações, pois a utilização
desse recurso, mais as tecnologias disponíveis, produzem benefícios intangíveis que
se denomina Capital Intelectual. Para uma empresa enfrentar os desafios das
mudanças deverá ter um capital humano qualificado, adquirido através de
treinamentos e aprendizado contínuo. O que vai valer acima de tudo é a agregação
de valor e de riqueza contida no cérebro das pessoas.
O panorama que ora se apresenta diminui o número de emprego fixo, de longa
duração e em tempo integral por outras formas de prestação de serviço como o
trabalho temporário, trabalho por projeto e outros que exigem maior versatilidade do
trabalhador. No entanto, é importante registrar que com a diminuição de empregos, a
possibilidade de trabalho aumenta. Nesse sentido o profissional terá que se tornar o
administrador de sua própria carreira, revendo sua formação, pois:
...verifica-se um movimento complexo e heterogêneo, não coetâneo e difuso
de
qualificação
e
desqualificação
da
força
de
trabalho,
com
os
deslocamentos, substituições e absorções de segmentos laborais, a partir de
critérios emergentes e pouco explícitos de inclusão e exclusão, ditadas pelas
inovações tecnológicas e organizacionais. (MACHADO. 2003, p.177)
Estas formas ditadas pelas inovações tecnológicas exigirão que o sujeito ao
envolver-se com o mundo do trabalho tenha a habilidade de transformar desafios em
oportunidades. Em (MACHADO. 2003, p.181) temos que “o trabalhador necessita
ser flexível, ou seja, saber lidar com uma variedade de funções, saber integrar-se a
diferentes formas de agregação e mobilização de trabalhos”, estimular a inovação e
buscar soluções para as necessidades latentes, estando preparado para assumir
postos diferentes daquele que ocupa ou ainda desenvolvendo seu próprio negócio.
“Em termos de habilidade, o que se requer é saber identificar tendências,
limites, problemas, soluções e condições existentes; associar, discernir,
analisar e julgar dados e informações, usando raciocínio ágil, abstrato e
lógico;
saber
conhecimentos
lidar
com
extraídos
e
situações
transferidos
diferenciadas,
de
outras
aproveitando
experiências,
demonstrando predisposição para o trabalho grupal, dispondo de recursos
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de comunicação oral, escrita e visual, de forma a se mostrar em condições
de mobilidade, flexibilidade e adaptação às mudanças.” (MACHADO, 1994,
p.185)
As habilidades referem-se a diversos fatores de transformação, inclusive as
crises econômicas que quando ocorrem afetam todo o planeta, e este fenômeno
exige esta gama de habilidades que só poderão ser obtidas através de uma
formação ampla e abrangente.
Assim, a escola deverá propiciar o ambiente
adequado para desenvolver as potencialidades dos futuros trabalhadores, que
deverão compreender este universo, suas ideologias e mecanismos, submetendo-se
muitas vezes ao que é apresentado por ele, porém com discernimento para
questionar e capacidade transformadora.
As empresas, de uma maneira geral, para sobreviverem diante da
competitividade precisam estar preparadas com um quadro de funcionários que
atendam as especificidades dos diversos setores, pessoas capazes de acompanhar
o acelerado processo de desenvolvimento tecnológico e que estejam abertas ao
constante aprendizado.
Como já foi dito, o trabalho mecânico e repetitivo foi substituído por um tipo de
trabalho que exige a capacidade intelectual e discernimento.
Todas as evidências levam a crer que o operário limitado, de gestos
mecanizados e pouco discernimento, típico do modelo Taylorista/Fordista
de organização da produção, deixe de ser funcional para os objetivos
gerenciais dentro da nova etapa aberta com a recente aceleração do
progresso técnico. (CARVALHO, 1994, p.104).
Nesta perspectiva espera-se que a escola posicione-se de forma a
acompanhar as transformações sociais, não que a escola seja regulada pelo
mercado ou esteja condicionada e submetida ao sistema capitalista, mas pelo fato
de que o papel da escola é o de integração do indivíduo à sociedade. Cabe à escola
proporcionar uma formação que dê condições necessárias para a continuidade do
aprendizado e a adaptação ao mundo do trabalho.
2.2 EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
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As exigências do mercado de trabalho têm provocado discussões diversas à
cerca das qualificações profissionais necessárias para o ingresso nesse meio, e o
trabalhador por sua vez, para não ser excluído, sai em busca desta qualificação para
estar em condições de pleitear o seu espaço.
Para estas pessoas a Educação Profissional vem ao encontro de suas
necessidades de estudos para dar continuidade ou adequar-se às reivindicações do
mercado de trabalho, já que o acesso a este parece estar vinculado ao ensino
formal. Porém, no momento em que estes alunos se deparam com os testes de
seleção de funcionários ou vestibulares, percebem a deficiência do ensino recebido.
A mídia, geralmente, tem discutido amplamente os problemas da educação
brasileira, relacionando estes com a questão de desenvolvimento do país e a
distribuição de rendas. Uma matéria questionando a baixa qualidade do ensino
brasileiro e seus reflexos no desenvolvimento do país foi publicada pela revista
EXAME (27/09/2006, nº. 19) quando Alberto Rodrigues, especialista em educação
do Banco Mundial, diz que: “Há muito tempo, sabemos que as deficiências do Brasil
na educação afetam a distribuição de renda e o crescimento pessoal dos indivíduos”.
E continuando a análise de sua pesquisa, afirma: “Com a pesquisa, ficou claro que
essas deficiências também provocam a perda de competitividade do país em relação
a economias com as quais disputa o mercado global”.
A baixa qualidade da educação é colocada como um entrave para o
desenvolvimento econômico do país. O alto índice de reprovação, apontado pelo
Banco Mundial em 21% no Brasil, não faz com que o aluno aumente seus
conhecimentos, mas se apresenta como um dos fatores de exclusão, já que após
algumas reprovações o aluno perde a motivação e evade-se da escola.
De acordo com Silva Filho:
“Os dados sobre a qualidade do ensino indicam que a qualidade no Brasil é
uma das piores do mundo. Em 1990, o programa chamado Sistema de
Avaliação do Ensino Básico do MEC (SAEB) realizou testes em mais de 100
mil alunos em todo o Brasil: os alunos aprendem em média, 48,1% do que
deveriam aprender e o Estado com maior média foi Santa Catarina (53,4%),
que é um escore muito baixo.” (1994, p. 89)
Percebe-se que as discussões em torno da qualidade de ensino estão se
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tornando mais amplas, e, mais ainda quando se trata da vinculação desta ao
mercado de trabalho. Se por um lado há um contingente de desempregados, por
outro temos empresários que dizem haver vagas sem que hajam profissionais
qualificados para preenchê-las, como constatamos na Revista EXAME (Nº. 19 de
27/09/2006. p. 25): “Mesmo as empresas que recrutam alguns dos profissionais mais
preparados do país têm dificuldades para preencher as vagas”.
Nesta mesma revista é citado o comentário de Sérgio Rodrigues, presidente
da empresa subsidiária da Tata, maior empresa de informática da Índia, que há
meses não consegue preencher 300 vagas. “Simplesmente não encontramos gente
com perfil técnico necessário”.
Assim percebe-se a necessidade da melhora da qualidade da educação bem
como a oferta de educação profissional que qualifique o trabalhador para atender as
necessidades do mercado, pois de acordo com Niskier (1998, p. 199): “Um país
condizente com o mundo moderno precisa de pessoal capacitado para empreender
a marcha da qualidade e da produtividade”.
As discussões relacionadas à qualidade do ensino que está sendo ofertado é
questionada inclusive pelos Parâmetros Curriculares Nacionais:
“O quadro educacional brasileiro é ainda bastante insatisfatório. Alguns
indicadores quantitativos e qualitativos mostram o longo caminho a
percorrer em busca da equidade. Comparações com outros países em
desenvolvimento colocam o Brasil em desvantagem na área de educação.”
(BRASIL, PCN‟s, 1998, p. 23).
Fica explícito nos registros destes documentos, que realmente existe a
consciência governamental das necessidades educacionais e da baixa qualidade do
ensino que se efetiva. O resgate deste quadro exige reflexão e medidas que
avancem em direção a resultados positivos, que tirem a educação brasileira dos
últimos lugares em que está sendo apontada quando comparada à educação do
restante do mundo, os índices brasileiros são baixos e não condizentes com as
expectativas de um ensino de qualidade. É necessário um investimento maior em
ciência e tecnologia no ambiente educacional.
Faz-se importante ressaltar que para que ocorra a mudança do quadro
exposto, é necessário também que as discussões sejam levadas para o ambiente da
escola, posto que uma transformação satisfatória só poderá ser efetivada com a
11
participação da coletividade envolvida no processo. O ambiente escolar é o lugar
propício para o desenvolvimento destas discussões, como é destacado por Kuenzer
(2001):
“...a escola é um espaço onde os alunos podem exercer seu papel na
construção da democracia social, acrescentando em seu saber a
criatividade, sensibilidade e a imaginação, vemos que precisamos preparar
esses alunos para o processo produtivo, que compreendam a realidade,
habilitando-os como trabalhadores ativos e efetivos no exercício da
cidadania.”
Analisando o exposto percebe-se que a responsabilidade passada a escola
em termos de formação do aluno, assume um papel decisivo para o sucesso da vida
em sociedade em todos os seus aspectos e, principalmente no que se refere a sua
inserção no mundo produtivo.
Em Nóvoa (1999), encontram-se atribuições que são concedidas por ele à
escola, quando diz que a função precípua da escola básica é a de dar base de
conhecimentos e valores, estimular a aprender, a pensar, a estudar, comunicar e
viver em conjunto. Ele relata que a escola é a melhor instituição que pode cumprir
esta tarefa.
Ferreira e Garcia (2005. p.169), expõe as atribuições da escola de acordo
com sua visão, quando diz que:
“[...] a escola é um dos únicos espaços institucionais dos jovens onde a
ciência é o objeto do trabalho; a apropriação dos conhecimentos produzidos
pela humanidade é um passo importante no processo de critica e
questionamento da ordem estabelecida. O movimento da história se dá no
processo de superação do antigo pelo novo e suas múltiplas interligações.
O conhecimento da ciência é desenvolvido por meio do conhecimento da
cultura e vice-versa, pois é o universal e o particular em conjunção no
processo de conhecimento do ser humano e de suas relações.”
Esta breve análise do papel da escola na sociedade remete para a análise da
educação profissional, a qual não só irá dar continuidade no processo de formação
recebida pelo aluno, como também irá procurar, através da implementação de
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disciplinas técnicas, inseri-lo no mundo do trabalho.
2.3 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E CURRÍCULO
A educação profissional retomada nesta década tem gerado uma série de
estudos visando principalmente atender aos objetivos que esta modalidade de
ensino se propõe.
É pensando no jovem, que por algum motivo não tem acesso a um curso
superior, porém precisa estar inserido no sistema produtivo e ao mesmo tempo, a
preocupação com os programas de desenvolvimento do país, que exige cada vez
mais pessoas qualificadas para o trabalho, que se propõe a análise do currículo
evidenciando sua especificidade e para isso, faz-se necessário entender antes o
significado do ensino médio integrado, que, de acordo com FRIGOTTO (2005, p.
15):
“(...) podemos qualificar o ensino médio integrado como uma proposta de
„travessia‟ imposta pela realidade de milhares de jovens que têm direito ao
ensino médio pleno, e ao mesmo tempo, necessitam se situar no sistema
produtivo”.
Especificamente sobre a educação profissional temos o Decreto n° 2.208/97
em seu artigo 5° dispõe: “a educação profissional de nível técnico terá organização
curricular própria e independente do Ensino Médio, podendo ser oferecida de forma
concomitante ou sequencial a este”. E ainda, em seu artigo 8° “prevê a organização
do ensino técnico, em forma de módulos, possibilitando que a qualificação e a
habilitação profissional sejam obtidas através da soma de “certificados” de
comprovação de competências e habilidades e de aproveitamento de créditos das
disciplinas da parte diversificada do Currículo do Ensino Médio.” O que significa que
no momento do ingresso do aluno nesta modalidade de ensino, poderão ser
consideradas as diversas experiências educacionais trazidas por ele, sendo assim
valorizada toda a formação anterior obtida. O que também está previsto nos PCN‟s,
quando lemos que:
“O Currículo do Ensino Médio Integrado deverá propiciar a continuidade dos
estudos,
o exercício da cidadania,
preparando
os alunos para
o
desenvolvimento de conhecimentos tais como: a capacidade de pesquisar,
13
buscar informações, analisá-las e selecioná-las; a capacidade de aprender,
de criar e de formular, como também, as adequações à operação de
processos automatizados. O aumento dos saberes que permite compreender
o mundo, favorecerem o desenvolvimento da curiosidade intelectual,
estimular o senso crítico e permitir compreender o real, mediante a aquisição
da autonomia na capacidade de discernir. “(BRASIL, PCN‟s, 1999).
Assim, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio descrevem
uma escola que privilegia o conhecimento e a formação de um cidadão crítico, capaz
de se inserir no mundo do trabalho com capacidade crítica e transformadora. Esta
concepção valoriza a formação que realmente prepare o indivíduo de forma integral.
As diversas proposições dos PCN‟s relacionadas ao Ensino Médio Integrado levam
ainda a perceber que o atual contexto exige o envolvimento total do coletivo escolar,
principalmente dos profissionais envolvidos na formação que está sendo proposta,
que
necessariamente
devem
estar
preparados
intelectualmente
para
o
enfrentamento do panorama econômico e social que ora se apresenta. A escola de
forma participativa, dentro dos preceitos da gestão democrática, irá produzir sua
proposta pedagógica e curricular de acordo com sua realidade, atendendo para que
não haja a fragmentação dos conteúdos, concebendo assim uma formação
integrada.
“A política curricular é um processo de seleção e de produção de saberes,
de visões de mundo, de habilidade, de valores, de símbolos e significados –
em suma, de culturas. É também a maneira de instituir formas de organizar
o que é selecionado, tornando-o ensinável. (...) Tais políticas podem ou não
ser registradas em documentos escritos, mas sempre são planejadas,
vivenciadas e reconstruídas em múltiplos espaços e por múltiplos sujeitos
no corpo social da educação. “(Brasil, 2003, p.35)
A concepção e a concretização de um currículo que articule e integre os
conhecimentos gerais, técnicos e tecnológicos, é um desafio na formação
profissional de nível médio, pois a construção da proposta curricular é um ato
coletivo posto pela prática social como fortalecimento de valor da democracia na
sociedade brasileira.
“Aprender o sentido dos conteúdos de ensino implica reconhecê-lo como
conhecimentos construídos historicamente e que se constituem, para o
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trabalhador, em pressupostos a partir dos quais se podem construir novos
conhecimentos no processo de investigação e compreensão do real.
“(Ramos, 2005, p.107)
Pois como diz Ramos (2004) o objetivo do currículo “... não é a formação de
técnicos, mas a formação de pessoas que compreendam a realidade e que possam
também atuar como profissionais”. Assim, a proposição de análise do currículo
intenciona oferecer uma formação que abranja o interesse coletivo e sendo este
interesse que se apresenta como base para o estudo sobre o currículo, a
participação também dos alunos deve ser efetiva, o que se apresenta como uma
forma de compreensão da realidade bem como sua interação com o trabalho
pedagógico. A participação do aluno na análise e construção da proposta
pedagógica e currículo favorecem o desenvolvimento do seu senso de participação,
de trabalho conjunto em busca de melhores proposições e ainda o coloca como
sujeito ativo. È importante para uma formação integral, a consciência da
responsabilidade que cabe a cada um na construção coletiva de uma sociedade
voltada para o interesse comum.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A análise do currículo do ensino profissional centrou-se na necessidade de
verificar se os conhecimentos propostos eram condizentes com a formação
pretendida pelo aluno e as necessidades da empresa, no momento da contratação
de funcionários, ou mesmo no momento de avaliar se o trabalhador atendia aos
interesses do posto de trabalho ocupado.
A efetivação da proposta contou com as etapas que se julgaram necessárias
para alcançar o resultado desejado, sendo que a primeira delas foi a apresentação
do projeto, expondo sua finalidade com o objetivo de engajar o corpo docente no
desenvolvimento das atividades previstas.
Como resultado verificou-se que no primeiro questionamento –“A ementa
atende as necessidades atuais do aluno?” – Dez professores concordaram e o
professor das disciplinas de Fundamentos Psicossociais da Administração e
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Metodologia Técnica e Pesquisa, registrou que a ementa do currículo do colégio já
foi alterada, incluindo conteúdos necessários à área de Administração.
Nas perguntas: “Os objetivos propostos no programa da disciplina estão
sendo atingidos ou estão abaixo/acima da capacidade de assimilação dos alunos?” e
“Os conteúdos propostos no programa de disciplina são coerentes com o objetivo da
mesma?”, os professores foram unânimes em responder que sim, os objetivos estão
sendo atingidos, são coerentes e atendem a essas necessidades.
Na pergunta seguinte: “Você consegue ministrar todos os conteúdos
propostos durante o ano, de forma satisfatória?” tendo como resposta a necessidade
de se acrescentar mais uma aula por semana para que o conteúdo possa ser
transmitido de forma satisfatória.
No questionamento: “Em sua opinião é necessário acrescentar outro(s)
conteúdo(s) no programa? Quais?” Neste item foram feitas algumas sugestões para
acrescentarem-se as seguintes disciplinas: Estatística, Português Instrumental,
Administração Rural,
Financiamento de Projetos, Aspectos Tributários, Índices
Econômicos e Matemática Financeira, e para as aulas práticas a criação de uma
empresa Júnior.
Indagou-se ainda se existe conteúdo desnecessário. Todos os professores
responderam que todo o conteúdo proposto no programa da disciplina é necessário.
Na primeira etapa concluiu-se que na opinião dos professores, os conteúdos e
a ementa do Programa Currículo das disciplinas técnicas do Curso Técnico em
Administração, do Colégio Estadual Profª Maria Aparecida Nisgoski, atende às
necessidades dos educandos na obtenção de conhecimentos teórico- técnicos a
serem inseridos no mundo do trabalho, mas sentem a necessidade de mais horas
aulas e aulas práticas.
Na segunda etapa os professores das disciplinas técnicas, fizeram a
explanação dos conteúdos, cada um dentro de sua área e utilizaram diversos
recursos, como TV Pendrive, Retroprojetor, quadro de giz, fazendo com que os
alunos refletissem sobre a seguinte questão: “O conteúdo e objetivos desta
disciplina atendem às suas necessidades para enfrentar o mundo do
trabalho?” os alunos ouviram e participaram das explicações dos professores e
identificaram as inter-relações com as demais disciplinas.
Na terceira etapa, os alunos foram orientados sobre como deveriam proceder
na execução da entrevista com os empresários, obtendo-se os seguintes resultados:
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Empresas pesquisadas: 10 empresas, das quais seis são prestadoras de
serviços, três atuam na área do comércio e uma na área de pesquisa.
Na pergunta sobre o perfil profissional exigido na contratação dos
funcionários, 20% respondeu que observam a rapidez, capricho e organização no
atendimento, 40% observa a motivação, iniciativa, interesse em aprender e o
relacionamento interpessoal e 20% busca a pontualidade e comprometimento com a
empresa;
Quando questionados sobre a escolaridade exigida, 100% respondeu que os
candidatos devem ter o ensino médio completo e noções de informática;
No que se refere à principal causa de demissão de funcionários, 20%
respondeu que falta respeito na hierarquia da empresa, há falta de comunicação e
de conhecimentos e também é muito frequente o absenteísmo, 80% dos
entrevistados respondeu que a maior causa de demissões é a falta de conhecimento
em informática e na área específica para a qual foi contratado.
Foi perguntado se a empresa encontra dificuldades quando precisa contratar
funcionários e a resposta obtida foi que 80 % sim, encontra dificuldade e o principal
entrave é a falta de habilidades específicas e falta de experiência prática nas áreas
das vagas disponibilizadas.
Sobre o perfil que uma pessoa precisa ter para ser técnico em administração:
50%
acredita
que
necessita-se
de
visão
de
finanças,
raciocínio
rápido,
conhecimentos de informática e atitude e 50% destaca a necessidade de ser
inovador, responsável, dinâmico, honesto, ter vontade de aprender, gostar do que
faz, ser ético, dominar a arte da comunicação, demonstrar bom relacionamento
interpessoal e ter conhecimentos específicos de administração.
Indagados sobre a existência do Curso Técnico em Administração no Colégio
Nisgoski, 80% das empresas respondeu que têm conhecimento da existência desse
curso.
Após a realização dos questionários observou-se que a maior necessidade
nas empresas, além do conhecimento técnico administrativo e de informática, é
encontrar colaboradores que tenham habilidades específicas, competências e
atitudes do saber fazer, e também buscam pessoas que saibam comunicar-se
adequadamente, que saibam trabalhar em equipe, que adaptem-se com facilidade
às situações novas, que criem soluções originais e segundo Kuenzer, pessoas que
sejam capazes de educar-se permanentemente.
17
Na quarta etapa, na qual foi realizada palestra sobre “O Perfil do Trabalhador”,
ministrada por Amarilda Estefanuto Kmiec, psicóloga, docente da área de Recursos
Humanos no INEC - Faculdade de Castro, constatou-se o mesmo resultado obtido
com as entrevistas aos empresários, sendo que a palestrante ressaltou ainda, a
importância da multi-especialidade, do domínio de línguas estrangeiras, da visão
sistêmica e do comprometimento com as questões sociais e ambientais, no atual
contexto do mundo do trabalho.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
É importante evidenciar que este trabalho não é conclusivo. A própria
característica inovadora de análise conjunta do currículo, com a participação ativa
dos alunos, enriquece os conhecimentos no Curso Técnico em Administração do
Colégio Nisgoski e faz com que o enfoque do currículo, articulado aos interesses de
formação profissional, apresente-se como uma experiência fornecedora de novas
bases para reflexão.
As informações colhidas nesta proposta de trabalho possibilitaram à
verificação do currículo escolar, o conhecimento do novo perfil do trabalhador, a
atual realidade das empresas no contexto do mercado globalizado e, a
conscientização sobre as questões norteadoras que sugerem e direcionam a
elaboração de projetos que abranjam os diversos temas evidenciado no decorrer da
execução deste trabalho, tais como: relacionamento interpessoal trabalho em
equipe, comunicação eficiente, liderança e outros que poderão ser elaborados se
forem considerados necessários para o enriquecimento curricular.
Num futuro muito próximo, as organizações não irão mais valorizar critérios
como formação acadêmica: filosofia, química, economia, matemática, engenharia,
ou pedagogia... o perfil ideal será atribuído às pessoas que saibam pensar, resolver
situações problemas,
que saibam relacionar-se com outras pessoas de modo
harmonioso e que saibam conduzir a comunicação de maneira eficiente.
O perfil moderno exigirá, além das habilidades técnico-profissionais, as
habilidades de inteligência emocional, inerentes ao ser humano.
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proposta curricular e sua articulação com o mundo do trabalho