` COMUNICADO DE IMPRENSA – 16/2008 REPRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE – OMS, EM MOÇAMBIQUE GOVERNO DE MOÇAMBIQUE E PARCEIROS DE DESENVOLVIMENTO ASSINAM COMPACTO DA PARCERIA INTERNACIONAL PARA SAÚDE Signatários do Compacto da PIS Maputo, 17 de Setembro de 2008 - O Ministro da Saúde, Professor Dr. Paulo Ivo Garrido, em Representação do Governo moçambicano e os Parceiros de Desenvolvimento, marcaram no dia 16 de Setembro de 2008 um passo gigantesco na História do Desenvolvimento Sócio - Sanitário de Moçambique, com a assinatura de um “Compacto de Intenções” visando acelerar o progresso para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs) para o Sector da Saúde. Com este acto, Moçambique tornou-se o segundo Estado membro da Região Africana da Organização Mundial da Saúde (OMS/AFRO) a assinar um “Compacto de Intenções” depois da Ethiópia. O Compacto de Moçambique visa estabelecer um quadro para acções especificas, no País, bem como criar as condições necessárias para uma maior adesão de todos os Parceiros de Desenvolvimento aos princípios Para informações adicionais, p or favor, queira contactar : Telefone : 258- 21492733 ou [email protected] e abordagens estabelecidos no Compacto Global da Parceria Internacional para Saúde ( PIS) que reflecte a Declaração de Paris para aumentar a harmonização e alinhamento da assistência ao desenvolvimento. Vai igualmente reforçar os mecanismos actuais de harmonização e alinhamento a nível do País no âmbito da Parceria Internacional em Saúde ( PIS) , assinada em Setembro de 2007 em Londres, cujo objectivo principal é o de reforçar o alinhamento do apoio dos parceiros de desenvolvimento tanto ao nível internacional como nacional. Esta iniciativa visa expandir as intervenções e serviços prioritários de saúde visando o alcance dos Objectivos para o Desenvolvimento do Milénio (ODM); utilizar uma abordagem multisectorial Ministro da Saúde no momento da assinatura coordenada para fortalecer os sistemas de saúde e melhorar o alinhamento e harmonizar os programas e financiamento dos parceiros com o Governo. Falando na cerimónia o Ministro da Saúde enfatizou que “o principal objectivo do Compromisso de intenções é de estabelecer uma quadro para uma ajuda mais efectiva, bem como criar mecanismos e procedimentos para uma gestão e um controle governamental mais eficiente e efectivo dessa ajuda e que permita que Moçambique realize progressos no sentido de alcançar os ODMs” O Professor Garrido agradeceu aos parceiros pelos esforços no desenvolvimento e observou que “este momento enche - nos de muita alegria porque com a assinatura do Compacto damos passos muito importantes para o alcance dos ODMs, que coincidem com a tarefa do Governo, cujo o objectivo central é de melhorar os padrões de vida dos moçambicanos”. O Ministro da Saúde realçou igualmente que o Compacto pretende ser um documento unificador, “por isso incumbe a todos os parceiros em Moçambique, signatários e não signatários a respeitá lo” Disse igualmente que o Compacto reconhece a sinergia entre a Estratégia Nacional do Sector da Saúde dirigida pelo Ministério da saúde e a resposta multi- sectorial nacional ao HIV/SIDA coordenada pelo Conselho Nacional de Combate ao SIDA . 2 Por seu turno o Representante da OMS em Moçambique, Dr. El Hadi Benzerroug, falando em representação das Agências do Sistema das Nações Unidas disse que a ideia do Compacto coincide com o espírito das Reformas das Nações Unidas em curso no Pais, “ Delivering as One” que se traduz na uniformização da actuação das NU em Moçambique, acrescentando que “uma coordenação com todos os parceiros será um verdadeiro sucesso” O Embaixador da União Europeia em Moçambique, Clauco Calzuola, intervindo na Vista parcial dos participantes na assinatura ocasião disse que o momento era muito importante para o alcance aos ODMs e também “um grande passo em termos de coordenação e alinhamento da ajuda ao País”. A Representante do Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido ( DFID) senhora Rachel Turner, falando na qualidade de parceiro do Primeiro Contacto, disse esperar que “o compromisso indicado pela assinatura deste plano, em conjunto com processos robustos de planificação para identificar o défice de financiamento para os recursos humanos permitam a Moçambique ultrapassar obstáculos e ir de encontro ao progresso dos ODMs. Como parceiros de saúde, comprometemo-nos em ajudar o Governo a atingir estes objectivos.” O Vice-Presidente da NAIMA+, Ivan Zahinos, disse que a NAIMA+ compromete se a incentivar os seus membros a cumprirem com os princípios estabelecidos no Código de Conduta, nomeadamente o respeito e cumprimento dos Planos Estratégicos e prioridades do sector saúde, com vista ao alcance dos objectivos do sector. Consideramos igualmente que o respeito e adesão ao Código de Conduta incrementará o alinhamento e a eficiência do esforço das ONGs pela melhoria da saúde das populações de Moçambique. A NAIMA+ é uma rede de Organizações Não-Governamentais (ONGs) internacionais que trabalham no Sector da Saúde em Moçambique. Desde a sua criação em 2000, tem vindo a aumentar o número de membros sendo actualmente cerca de 60 ONGs. Os Parceiros de Desenvolvimento que assinaram o Compacto são: Comissão Europeia; Embaixada da França; Embaixada da Itália; Ministério de Negócios Estrangeiros da Finlândia; Ministério de Negócios Estrangeiros da Noruega; Embaixada Real da Dinamarca; Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento; Agência Suiça para Desenvolvimento e Cooperação; Ministério dos Países Baixos de Cooperação para Desenvolvimento; Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido; Ministério Flamengo dos Negócios Estrangeiros; Fundo das Nações Unidas para a Infância; Fundo das Nações Unidas para a População, Organização Mundial da Saúde; UNAIDS e Banco Mundial. Os parceiros que assinaram cartas de compromisso são: GAVI, NAIMA+, EUA, Fundação Clinton; Fundo Global para HIV/SIDA, TB e Malária e Ajuda Irlandesa. 3 Fazem parte dos elementos chave do Compacto de Moçambique nomeadamente • UM único plano do País para a saúde e HIV/SIDA visando expandir os esforços para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio na saúde, nutrição, malária, tuberculose e HIV/SIDA (ODMs 1, 4, 5 e 6). Este plano deve ser integrado no quadro macroeconómico do país; • UMA única matriz de políticas e um único quadro de resultados que servirão de base para o processo de monitoria do plano e do compacto. Este quadro de resultados deverá estar ligado ao plano, ao orçamento, e incluir um processo de validação de dados. Ele indicará cla ramente os resultados quantificados (resultados/produtos), Ministro da Saúde falando à Imprensa ap ós a cerimónia objectivos e indicadores que podem ser usados para demonstrar o progresso no alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio relacionados com a saúde; • UM único orçamento que servirá de base para o financiamento. Todo o financiamento será harmonizado com o ciclo orçamental do país , no entanto, tal não significa que todos os fundos devam revestir a forma de apoio orçamental; •UM único quadro e processo de monitoria, partilhado por todas as partes. São igualmente elementos chave do Compacto de um País •UM único processo nacional de validação, que incluirá os principais intervenientes e responderá perante os cidadãos; • nalguns casos, UM único quadro fiduciário com os mesmos procedimentos de aprovisionamento e gestão financeira e que deverá estar harmonizado com os sistemas do país; • Quadro de referência para o desempenho do governo; • Quadro de referência para o desempenho dos parceiros de desenvolvimento, • Acordo sobre as modalidades de ajuda. As modalidades de ajuda devem ser acordadas com as instituições competentes do País conforme a política de ajuda do governo; • Processo de resolução de disputas. Será necessário estabelecer um processo claro de resolução de eventuais disputas e conflitos. O sector de saúde em Moçambique já tem um sistema bem desenvolvido para melhorar o alinhamento: Orienta-se pelo Programa Quinquenal do Governo, Plano de Acção para Redução da Pobreza Absoluta (PARPA) e tem um Plano Estratégico do Sector da Saúde ( PESS), que é traduzido num Plano Anual através do Plano Económico e Social (PES). Existe um processo acordado de monitoria e avaliação conjunta que utiliza um processo único de monitoria e avaliação com um único quadro de monitoria e avaliação. Os financiadores que não contribuem para um Fundo Comum podem também alinhar-se, assegurando que o seu apoio à projectos esteja harmonizado com o Plano Único nacional . Referir que existe um Código de Conduta do Sector da Saúde de Moçambique assinado entre o Governo e os Parceiros de Desenvolvimento em Abril de 2001. Numa mensagem de agradecimento enviada aos parceiros Neil Squires, Ponto Focal do SWAP em Mocambique, enfantizou que “ temos agora uma base sólida para se avançar em conjunto, e eu vejo a assinatura como o início de um processo para a melhoria do alinhamento, ao invés do fim do processo”. FIM/ 4