Senador Eduardo Azeredo quer deixar claro que web está liberada nas eleições {dybanners}1,1,,MeioWeb Links Patrocinados{/dybanners} Fonte: Guilherme Felitti, do IDG Now! Em entrevista ao IDG Now!, senador do PSDB afirma que apresentará emenda na próxima semana para esclarecer projeto de reforma eleitoral. O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) detalhou em entrevista ao IDG Now! nesta quinta-feira (3/9) as mudanças que pretende promover ao entregar na próxima semana uma emenda ao texto do projeto de lei sobre a reforma eleitoral (PLC 141/09). A principal mudança da emenda, explica o senador, que também é relator do projeto em conjunto com o senador Marco Maciel (DEM-PE), será no artigo 57, principal causador da polêmica que cerca o projeto. O artigo equipara a internet a veículos montados a partir de concessões públicas, como rádio e TV, e barra coberturas jornalísticas e manifestações online que não tratem candidatos igualmente, como um blogueiro apoiar publicamente um candidato. Em seu texto atual, o artigo 57-D do PL 141/09 diz que "conteúdos próprios das empresas de comunicação social e dos provedores de internet devem observar o disposto no artigo 45” da lei eleitoral, conhecida pelo número 9.504, que barra apoios políticos e impede "tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação". Azeredo explicou que sua emenda adequará o artigo 57 "no sentido que fique claro que a internet é livre para opiniões políticas"e classificou como "problema de interpretação" no texto a equiparação entre internet estações de rádio e TV no que diz respeito às restrições. A única restrição a ser feita na cobertura jornalística online será em debates em vídeo transmitidos pela web que emulem o modelo adotado pela TV, que obedecerão as mesmas regras dos debates promovidos por canais de televisão. O artigo 46 da lei eleitoral exige que debates sejam feitos "estando presentes todos os candidatos a um mesmo cargo eletivo" ou "em grupos, estando presentes, no mínimo, três candidatos". A intenção de Azeredo segue plano do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que deu detalhes ao IDG Now! sobre uma emenda a ser apresentada nesta sexta no Plenário, que foi considerada “radical” pelo político por tentar “preservar seu sentido histórico de liberdade”. 1/2 Senador Eduardo Azeredo quer deixar claro que web está liberada nas eleições O senador do PSDB, inclusive, aprovou a medida de Mercadante, alguém que o acompanha há um bom tempo na discussão sobre questões tecnológicas no Senado. O senador petista foi relator do polêmico Projeto de Lei 84/99, que tipifica crimes eletrônicos proposto por Azeredo e foi considerado "censura" pelo presidente Lula. Azeredo afirmou não entender a polêmica da imprensa nos últimos dias, alegando que o PL 141/09 já havia vindo da Câmara dos Deputados com esse texto e que o Senado "ampliou o uso da internet ao permitir a compra de anúncios para (candidatos a) presidente". A votação no Senado do PL 141/09, que altera os textos das leis 9.504/97 (envolvendo as normas para as eleições) e 9.069/95 (que estabelece normas para os partidos políticos), seria nessa semana, mas acabou adiada por dúvidas a respeito dos artigos referentes à internet, segundo o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). Segundo Azeredo, o projeto deverá entrar na pauta na próxima terça-feira (8/9), quando sua emenda será apresentado e o projeto poderá ser votado. Caso seja aprovado tanto pelo Senado como pela Câmara dos Deputados e receba o aval do presidente Lula até 3 de outubro, as regras guiarão a propaganda política nas eleições de 2010. 2/2