A Conexão da Liderança em Segurança e a Excelência Operacional Per R. Scott Stricoff Imagine que você tenha sido indicado para ocupar o cargo de gerente de unidade em um local que fornece componentes para uma operação crítica à missão da organização. A produção destes componentes envolve um complicado processamento automatizado do maquinário. Os equipamentos são configurados, carregados, ajustados, cuidados e mantidos por operários habilidosos. O recebimento da matéria-prima, o armazenamento e a remessa destes componentes também são realizados, em grande parte, de maneira manual. No seu primeiro dia de trabalho, você descobre que esta unidade adotou uma abordagem exclusiva para administrar a produção — Administração por Boas Intenções. A abordagem de Administração por Boas Intenções se baseia no entendimento que todos compartilham um interesse comum em aprimorar a produção e a eficiência, já que os gerentes são responsáveis por isso e o trabalho dos operários depende disso. Na prática, a maneira como a Administração por Boas Intenções funciona é baseada na formatação e publicação de uma declaração de política que promova a eficiência e a qualidade para todos os envolvidos (Plano X). A declaração é comunicada para a organização e todos os funcionários recebem treinamento inicial na função, com treinamentos de atualização oferecidos anualmente. Espera-se então que todos realizem as tarefas de maneira correta e coerente e que toda a produção seja entregue aos clientes internos e externos. Como gerente da unidade, você receberá apenas dois relatórios: ao final de cada mês, você receberá um relatório referente ao número de componentes que foram devolvidos pelos clientes internos e externos por causa de defeitos. Cerca de seis meses após o final de cada mês, você receberá um relatório indicando se a unidade atingiu ou não suas metas de custos referentes àquele período. Poucos de nós pensariam que esta seria uma boa maneira de controlar a produção. Com a falta de medidas no próprio processo, sem garantia da qualidade, sem o apoio dos funcionários, um relatório que apenas indique as falhas significativas e outro que apresente os custos totais seis meses após terem sido incorridos, não é possível ter as ferramentas básicas para gerenciar a operação de maneira rápida e eficiente. No entanto, é desta maneira que a maioria das organizações gerenciam a segurança. E, possivelmente, o mais surpreendente é que a maioria das organizações nem mesmo reconheça a magnitude ou o significado da deficiência em seus respectivos processos de gestão de segurança. As organizações têm a tendência de dizer aos seus funcionários que a segurança é importante e que ao respaldarem os programas básicos e amplamente reconhecidos de segurança, o desempenho seguro acontecerá de maneira natural. Afinal de contas, ninguém deseja ver pessoas se machucando. Motivos pelos quais nos deparamos com esta situação são: • A segurança é geralmente posicionada como uma atividade independente, não realmente integrada com as demais atividades organizacionais • Somos orientados pela falsa dicotomia de que a gestão de segurança é impulsionada de cima para baixo ou com base no envolvimento dos funcionários de baixo para cima. Muitas organizações estão perdendo uma oportunidade valiosa — elas podem aprimorar a segurança de maneira integrada e sistemática e, depois, recorrer a esta metodologia para impulsionar a melhoria geral na eficácia organizacional, com uma ampla gama de benefícios (inclusive produtividade e qualidade). ©2011 BST. Todos os direitos reservados. Todas as marcas registradas são de propriedade da BST, registrada no INPI. BST e Behavioral Science Technology, Inc. são marcas registradas da BST. Estratégia e Execução Liderança e Mudança Eficiente Ao implementar uma nova iniciativa estratégica em segurança ou em outras áreas, é relativamente fácil articular a estratégia. Fazer com que as pessoas em toda a organização ajam da maneira necessária para implementar a iniciativa é onde está a grande tendência de ruptura do ciclo. A dificuldade surge por que a maneira como as pessoas agem é moldada e influenciada pelos sistemas nos quais trabalham. Há estímulos e reforços (positivos e negativos) que conduzem as pessoas às ações que demonstramos. Esta declaração é verdadeira para pessoas em todos os níveis da organização, de cima para baixo, e se não alinharmos com eficiência estes antecedentes e consequências com a nova iniciativa, é provável que nada mude. A abordagem Liderando com Segurança© é um mecanismo para apresentar à organização as ferramentas e os métodos para tornar a mudança eficiente ao influenciar as ações das pessoas em todos os níveis. A abordagem começa com a meta de melhorar o desempenho da segurança com a finalidade de atingir um importante objetivo e, ao mesmo tempo, ensina a organização a avançar os esforços de mudança de modo geral. Quando a organização aplica estes métodos à segurança, as ferramentas podem ser usadas para abordar outras mudanças de importância estratégica. Este método integra e solidifica a segurança e cria uma cultura geral que respalda a melhoria contínua de forma sustentável. Por exemplo, vimos organizações introduzirem iniciativas de Manutenção da Produção Total (TPM) para aprimorarem a eficácia, mas não para atingir os resultados desejados. Em uma unidade, milhares de horas foram investidas para treinar os funcionários, estabelecer diversas posições de coordenador de TPM em período integral e fazer com que os funcionários realizassem centenas de projetos de melhoria de TPM. No entanto, a unidade não se satisfez com os resultados. A estratégia da unidade era sensata, mas descobriu-se que os projetos identificados pelos funcionários não estavam endereçando as questões críticas. Além disso, os supervisores geralmente continuavam a fazer as mesmas coisas, da mesma maneira como antes. Há diversos aspectos para a abordagem Liderando com Segurança que a torna realmente abrangente. Primeiro, o método ressalta a habilidade da liderança sênior de implementar a estratégia, adicionando os princípios de melhoria organizacional baseada no comportamento ao respectivo “conjunto de ferramentas” da organização. Estes métodos poderosos melhoram a eficácia dos gerentes ao fomentar e sustentar as ações necessárias no âmbito da organização para atingir seus principais objetivos. Recorrer à segurança como ponto inicial para introduzir estas ferramentas tem duas grandes vantagens: Da mesma maneira, muitas organizações implementaram Sistemas de Gestão Empresarial Integrada (ERP) e não conseguiram atingir os benefícios esperados. Nestes casos, os sistemas de ERP geralmente exigiam que as pessoas mudassem a maneira como desempenham suas funções e os departamentos tinham dificuldades para fazer as pessoas mudarem. Isso ocorre porque a maneira como o trabalho é desempenhado é incentivada e respaldada por uma gama de fatores que não foram alinhados com os novos processos organizacionais. Em outro exemplo, uma unidade precisou aumentar o número de funcionários no armazém porque a sobreposição do sistema de ERP em relação ao processo existente gerou trabalho adicional. • Os líderes sênior estão geralmente em busca de maneiras para demonstrar o seu compromisso com a segurança, mas não sabem como fazê-lo. • A segurança é um objetivo de melhoria que, por sua própria natureza, gera apoio amplo. Segundo, a abordagem Liderando com Segurança alinha os objetivos e o desempenho de todos os níveis de liderança e administração. Em muitas organizações, as iniciativas se concentram no supervisor de linha de frente ou no gerente de nível intermediário, onde uma cultura fortificada atrapalha e absorve as novas iniciativas como areia movediça. Não se consegue mudar isso através de advertências, implantação ou reforço de políticas formais. ©2011 BST. Todos os direitos reservados. Todas as marcas registradas são de propriedade da BST, registrada no INPI. BST e Behavioral Science Technology, Inc. são marcas registradas da BST. Estas situações requerem a aplicação de técnicas eficazes para mudanças organizacionais em toda a empresa. Terceiro, o processo associa eficientemente as iniciativas da linha de frente com as iniciativas impulsionadas pela administração. As iniciativas da linha de frente se desenvolvem em um vácuo que, na melhor das hipóteses, podem levar a programas que tendem a se desviar de sua linha central e, na pior das hipóteses, podem levar a mais cinismo que corrói a cultura e o desempenho geral. A principal pergunta é como transformar a conversa estratégica em sucesso estratégico. Há alguns princípios básicos para implementar esta abordagem com êxito: • A eficiência da liderança sênior pode ser dinamicamente aprimorada por meio de um processo de orientação individualizado para desenvolver novos conhecimentos e aptidões. Esta abordagem permite que novas ferramentas sejam imediatamente integradas às atividades do líder sênior, respeitando as severas restrições de tempo destes indivíduos. Resumo A abordagem Liderando com Segurança oferece uma maneira poderosa para levar a segurança e a eficiência organizacional geral ao próximo patamar. Isso inclui papéis apropriados em todos os níveis da organização, além de sistemas de apoio que permitam que cada pessoa tenha êxito em seu respectivo papel. Esta abordagem pode ser adotada de uma só vez ou em etapas, com uma várias possibilidades de pontos de início, dependendo das necessidades e das características da organização. Independentemente de onde a implementação comece ou do desenho customizado para a organização, Liderando com Segurança é uma valiosa ferramenta para a melhoria do desempenho organizacional no longo prazo. • Deve haver mecanismos de sustentação. Nenhuma iniciativa de mudança obtém êxito através da estratégia “ treinar e esperar”. O treinamento e as comunicações são importantes, mas uma iniciativa não será sustentável a menos que tenha mecanismos para atingir a continuidade. • A iniciativa precisa de informações de alta qualidade que a respalde. Muitas organizações utilizam com ineficiência as informações e os dados disponibilizados a elas e, como resultado, perdem oportunidades para fornecer feedback e responsabilização. Av. Engenheiro Luis Carlos Berrini, 801 - 8o Andar - Brooklin (São Paulo/SP - CEP: 04571-010 Telefone : 55 11 2507-9772 email: [email protected] | www.BSTsolutions.com ©2011 BST. Todos os direitos reservados. Todas as marcas registradas são de propriedade da BST, registrada no INPI. BST e Behavioral Science Technology, Inc. são marcas registradas da BST.