ÁREA: CV ( ) CHSA ( ) ECET ( X ) ÁBACO QUÍMICO VIRTUAL: UMA NOVA FERRAMENTA COMPUTACIONAL PARA O ENTENDIMENTO DA DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS Ericson André de Sousa Monteiro (ICV/UFPI), Janildo Lopes Magalhaes (Orientador, Depto de Química – UFPI) Introdução A informática pode ser utilizada no ensino de química, auxiliando o professor, em uma aula mais interativa, onde o aluno poderá acessar sites ou programas que o auxiliem no aprendizado (NEPOMUCENO & CASTRO, 2008). A química é uma disciplina de contexto experimental, que apresenta conteúdos abstratos de difícil compreensão e visualização principalmente pelos alunos este problema poderia ser parcialmente resolvido com a utilização de softwares específicos. Por exemplo: software para demonstração de moléculas em três dimensões, jogos educativos envolvendo problemas ambientais, laboratório virtual para visualização de reações e vidrarias. Desta forma, os softwares educativos dão novos significados as tarefas de ensino, atendendo as propostas ditadas para a nova educação, como LDB, PCN e PCN+ (BONA, 2009). O ábaco matemático (Figura1) é um antigo instrumento de cálculo, formado por uma moldura com bastões ou arames paralelos, dispostos no sentido vertical, correspondentes cada um a uma posição digital (unidades, dezenas,...) e nos quais estão os elementos de contagem (fichas, bolas, contas, etc) que podem fazer-se deslizar livremente, teve origem provavelmente na Mesopotâmia. A partir dessa ideia do ábaco matemático foi desenvolvido um software (Figura 2) que chamamos de ábaco químico, para facilitar o aprendizado em relação à distribuição eletrônica dos elementos da tabela periódica e tornar a aulas mais atrativas. Figura 1: Ábaco Matemático. Figura 2: Designer do aplicativo. Fonte: Próprio autor. Fonte: Próprio autor. ÁREA: CV ( ) CHSA ( ) ECET ( X ) Metodologia O programa foi escrito, em colaboração com o Prof. Dr. Andre Macedo Santana do Departamento de Informática e Estatística da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Para desenvolver o aplicativo foi utilizada a plataforma Android usando o ambiente de desenvolvimento Android Studio com versão XX suportada tanto por tablets como também celulares. E AndEngine para o desenvolvimento da GUI (Interface Gráfica com o Usuário). Android foi escolhido por ser uma plataforma gratuita e ainda código aberto (Open Source) e escolhemos o ambiente Android Studio por ter uma maior facilidade de se usar em relação aos outros, pois foi desenvolvida pela empresa Google, a criadora da plataforma Android. Na Figura 3, observa-se a distribuição dos subníveis s, p, d e f dividido em linhas Figura 3.Distribuição dos subníveis. Fonte: Próprio autor. As regras do jogo são as seguintes: 1. Escolher um dos elementos indicados na tabela periódica para a distribuição eletrônica. (O aluno poderá conhecer um pouco mais sobre o elemento escolhido); 2. Fazer a distribuição de acordo com o numero atômico (Z) do elemento 3. Não ultrapassar o limite máximo de elétrons nos subníveis de energia; 4. conferir o número de elétrons fazendo a soma em cada subnível; 5. Adotar o sentido do primeiro elétron o spin com valor de -1/2 ou +1/2; Depois de completado a quantidade de subníveis (Figura 4) o usuário aperta o botão e caso a distribuição esteja correta o sistema passa para a próxima fase do jogo onde o usuário irá preencher os orbitais identificando os spins. Nessa tela o usuário irá clicar no orbital, no primeiro clique, gera o spin para cima e no segundo o spin para baixo. O usuário deve repetir isso até que a quantidade de elétrons chegue ao número atômico do elemento. Figura 4. Foram adicionados 3 subníveis, o elemento está completo. Fonte: Próprio autor ÁREA: CV ( ) CHSA ( ) ECET ( X ) RESULTADOS E DISCUSSÃO O ábaco químico proposto pelo projeto é um software para o ensino, nesse ábaco as “bolinhas” representaram os orbitais, nos quais irão conter setas que dão ideias de elétrons, O usuário arrasta um dos orbitais (bolinhas) da extrema direita até cair na última barrinha posicionada abaixo na tela, que indicará os diagramas onde são distribuídos os elétrons obedecendo a regra de Hund e a distribuição de Pauli. Se estiver errada a combinação de orbitais o usuário terá que arrastar a bolinha de volta a placa da direita e ela retornará a sua origem, caso o usuário erre a distribuição de certo elemento químico aparecera uma mensagem de texto na interface indicando o erro com base a regra de Hund, assim obedecendo à teoria de distribuição eletrônica. Lembrando que as setas indicarao os elétrons assim, como seus spins.O ábaco químico têm na vertical os níveis energéticos, sendo que a energia aumenta de baixo para cima, assim o nível de menor energia (nível 1) se encontra na representação mais inferior, o seguinte em energia (nível 2) se encontra imediatamente acima, e assim sucessivamente. Na horizontal tem se a representação dos subníveis energéticos, esta disposição tem se a energia aumentada de baixo para cima, para uma maior coerência com a representação da maioria dos gráficos que envolvem energia. Conclusão Com o uso desse aplicativo acredita-se que o aluno terá despertado pelo menos o interesse no tema, bem como desenvolvido as competências e habilidades necessárias para o entendimento de distribuição eletrônica. Esse aplicativo auxiliará os alunos a uma compreensão melhor de como a distribuição eletrônica dos elementos é feita levando-se em consideração os níveis de energia dos orbitais. A primeira etapa foi concluída, uma vez que o formato de apresentação inicial está pronto. No entanto, para etapas futuras há uma necessidade de melhoramento no que diz respeito ao Layout de organização e otimização para estender para uma quantidade maior de elementos químicos. Referências AQUINO,J, R,: Trabalho de Conclusão de Curso, Faculdade Fabrai de Belo Horizonte, Brasil, 2008. Bona, B. O. Análise de softwares educativos para o ensino de matemática nos anos iniciais do ensino fundamental. Experiências em Ensino de Ciências, vol.4, n. 1, pp.35-55, 2009. NEPOMUCENO, K. M.; castro, M. R. O computador como proposto para superar dificuldades de aprendizagem: estratégia ou mito? Educar, Curitiba, n. 31, p. 245-265, 2008. Palavras-chave: Ensino; Química; Software.